O garoto novo escrita por Miss Disaster


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Bom, vocês provavelmente vão me matar por esse capítulo, mas ok.



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Manu:– E quem te deu esse direito Pedro?

Pedro:– Eu sei que tu me detesta, mas eu te vi indo na direção da cantina, só que tu passou direto e eu lembrei da cachoeira que tu me mostrou e lembrei também do que tu me disse naquele dia.

Manu:– O que eu falei? - Nem eu lembrava.

Pedro:– Que tu só vinha aqui quando estava muito triste ou muito feliz, e pelo tua cara eu percebi que tu não tava feliz.

Manu:– Hm. - Dei de ombros.

Pedro:– Eu sei que eu ter vindo aqui atrás de ti não vai mudar tua opinião, mas eu ainda sinto alguma coisa por ti e eu sinceramente não quero te ver desse jeito. - Não sei se foi só aquilo, mas eu acabei não pedindo para que ele fosse embora.

Eu fiquei pensando no que ele disse e percebi que ele estava só me olhando, mas não tinha perguntado porquê eu estava daquele jeito:

Manu:– Não vai perguntar por que eu tô aqui?

Pedro:– Quando tu tiver pronta eu sei que tu vai falar. - Ele deu de ombros.

Manu:– Eu não aceitei o pedido de namoro do Art. - Soltei e só depois lembrei que ele achava que o Art era meu namorado.

Pedro:– O quê? Mas vocês não já namoravam? - Ele perguntou confuso.

Resolvi que se eu já tinha começado a contar, o jeito era terminar.

Manu:– Não, aquilo foi uma desculpa para tu achar que eu tinha te esquecido, por isso eu não aceitei namorar ele entende? Porque eu ainda gosto de ti. - Menti, mas não totalmente.

Ele ficou me olhando com cara de tacho. Eu simplesmente continuei olhando para a cachoeira.

Pedro:– Como assim? Fiquei confuso.

Manu:– Me conte uma novidade. - Ele riu.

Acabei contando tudo, menos a parte da visita do pai dele. Isso eu não ia contar para ninguém. O pior é que acabou rolando um clima entre a gente e eu fui lembrando de tudo que a gente passou junto e aconteceu.

A gente se beijou, só que eu não senti aquela felicidade toda que eu senti quando eu fiquei com ele pela primeira vez, pior eu não senti a mesma coisa que eu senti quando beijei o Art. E foi isso, a gente ficou...Várias vezes.

Pedro:– Então... A gente voltou?

Manu:– É. - Dei de ombros.

Eu queria me bater por causa disso, mas fingi que estava feliz. Ao contrário dele, que realmente estava feliz, com os olhos brilhando.Quando deu o horário do intervalo nós voltamos e entramos pela portinha de novo, ninguém percebeu que a gente entrou. Ele foi atrás dos meninos, o Gabriel e o resto, e eu fui sentar com os meus amigos. Assim que eu sentei na cadeira todo mundo começou a me encher de perguntas.

Ju:– Onde tu tava?

Nanda:– Como tu saiu do colégio, sem sair?

Luc:– Me ensina cara, preciso matar umas aulas.

Rodolfo:– Nós estávamos super preocupados contigo.

Art:– Onde foi que tu se meteu menina?

Manu:– Calma gente. Eu saí por uma saída que só eu conheço, ela dá para uma cachoeira, é lá que eu estava. Não, Luc, não vou te ensinar, tu já é irresponsável o bastante. E não precisava essa preocupação toda Rodolfo, eu estava com o... - Parei no meio da frase.

Ju:– Com quem?

Manu:– Ninguém importante.

Luc:– Se não é importante, porque vocês estavam sozinhos? - Ele fez uma cara maliciosa.

Como se tivesse esperando uma deixa o Gabriel, que estava numa mesa próxima a nossa, gritou:

Gabriel:– Onde tu tava moleque?

Aí pronto, quando eles ouviram isso, ligaram uma coisa a outra e a Nanda se pronunciou:

Nanda:– Manuela, não me diz que... - Ela respirou fundo. - Que tu tava com o Pedro.

Manu:– Estava. - Falei rápido como se isso fosse diminuir o sermão que eu ia escutar.

Rodolfo:– Não acredito nisso Manu.

Ju:– Porque tu estava com ele?

Luc:– Não acredito que tu tava com esse imbecil.

Eu esperei todo mundo parar de falar e soltei a bomba que eu tinha voltado com o Pedro. O que só piorou o sermão que eles me deram, tive que escutar tudo. Mas o pior de tudo não foi isso, foi o olhar triste que o Art me deu. Ele só ficou me encarando, fez um sinal negativo com a cabeça e saiu. Aquilo doeu mais do que tudo em mim. Só dei graças a Deus quando o sinal tocar, encontramos o Art na sala, ele pareceu bem, mas eu vi que ele não estava legal.

Isso me deixou 46276549516875x mais triste, sentei no meu lugar e ia falar com ele quando o professor chegou. Derrubei minha caneta perto dele para tentar arranjar "assunto":

Manu:– Art, pega minha caneta por favor.

Art:– Ué, eu existo? - Ele me encarou, pegou a caneta, me entregou e virou de novo pro professor.

Quando acabou a aula, eu arrumei minhas coisas rápido para ir falar com ele, mas ele foi mais rápido e quando eu terminei ele já tinha saído e ido embora. O Pedro veio falar comigo e fez questão de ir me deixar em casa, como nos velhos tempos...

E para completar a maravilha que foi meu dia, quando nós chegamos o Art estava olhando pela janela, mas não para mim, só quando ele me viu :/ Eu entrei, almocei e fui fazer minhas tarefas. Mais ou menos 16 horas, fui tomar banho, vesti uma regata qualquer, um short jeans, calcei minhas havaianas e fui na casa do Art.

Toquei a campainha e a tia Marta atendeu, ela disse que eu podia subir, pelo jeito o Art não tinha dito nada a ela. Eu subi e bati na porta:

Art:– Entra. - Ele estava de costas e não viu que era eu.

Manu:– Art... A gente precisa... conversar. - Ele virou e ficou me encarando.

Art:– Pra quê? - Ele continuou me encarando.

Manu:– Eu sei que tu deve estar me odiando, querendo que eu suma da face da Terra, mas... - Ele me interrompeu.

Art:– Olha você além de falsa é vidente também Manu. Já dá pra arrumar um namorado... Ah espera, você já tem também. - Eu percebi que ele estava morrendo de raiva de mim porque ele me chamou de Manu e não de Manuzita.

Manu:– Me perdoa, por favor, eu sei que foi muito errado o que eu fiz, voltar com o Pedro, sério, me perdoa por favor.

Art:– Eu não tenho porque te perdoar, tu só fez o que tu acha que é melhor para ti, voltou com o cara que tu ama... - Ele fez uma pausa. - Logo depois de fingir um choro para outro cara. Nada fora do comum.

Manu:– Art, eu juro que não foi porque eu quis. - Eu comecei a falar.

Mas ele me interrompeu:

Art:– Ah Manu, vai me dizer que tu negou meu pedido, chorou e aceitou voltar com ele sem querer? Não sou tão idiota assim. - Ele levantou e abriu a porta. - Agora sai que eu tenho que estudar, porque diferente de você eu não tenho namorada babaca para me sustentar.

Manu:– Art... - Eu tentei de novo.

Art:– Sai. - Ele apontou para a escada.

Eu saí segurando o choro e desci a escada. E como se não fosse o bastante quando eu estava indo para a porta, eu vi uma pétala debaixo do tapete, só com uma pontinha para fora. Eu me abaixei, peguei a pétala e saí. Antes de atravessar a rua eu olhei para a janela dele e ele estava lá, mas quando me viu saiu. Segurei o choro até chegar no meu quarto, onde eu simplesmente comecei a chorar que nem o dia anterior.

Justo eu, a garota "fria" chorando dois dias seguidos. Me controlei, disfarcei as olheiras com maquiagem e guardei a pétala que eu tinha achado dentro de uma caixinha que eu achei jogada na minha gaveta. Fui assistir umas séries de humor, para ver se melhorava, mas nem assim. Meus pais chegaram e eu fui jantar, subi para o meu quarto depois do jantar e fui atualizar minhas redes sociais.

E adivinha só? O Pedro já tinha mudado o status do relacionamento, aceitei e saí do Facebook. Fiquei só charlando no tumblr e no twitter. Fui sair era quase duas da manhã, desliguei o PC e me joguei na cama. Acordei até disposta no outro dia, tomei banho, me vesti e desci para tomar café. Meu pai foi me deixar no colégio, o Luc, a Ju e o Art já estavam lá. Eles me olharam torto quando eu sentei perto deles.

Ótimo, até os meus amigos estavam julgando. Quando tocou para a aula eu senti vontade de ir para a cachoeira de novo e matar aula mais uma vez, mas era dia de revisão já bastava tudo que estava acontecendo, eu não queria adicionar recuperação a lista. Foquei na aula e até entendi o assunto direitinho, o sinal para o intervalo tocou e eu desci com o pessoal, eles tentaram agir normalmente, mas o Pedro estragou quando chegou lá e me chamou. Acabei indo e passando o intervalo com ele, quando tocou ele subiu comigo.

Assisti as aulas "de boa" e quando tocou, o Pedro também foi me deixar em casa. Almocei, fiz minhas tarefas e fui ler um pouquinho porque fazia tempo que eu não pegava um livro. Parei de ler já eram quase 19 horas, desci para jantar e fui para o quarto assistir umas séries.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado kkkkkk :*