O garoto novo escrita por Miss Disaster


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo mexeu até com o meu emocional, então segurem na mão de Deus e leiam.



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Só fui despertar no finalzinho da 4ª aula, daí em diante prestei atenção na aula. Quando acabou a aula, meu pai veio me buscar e o Art foi com a gente. Cheguei em casa almocei, fiz minhas tarefas, depois atualizei minhas redes sociais e fui dormir. Acordei 16 horas e desci para lanchar, fiz um sanduíche de queijo e presunto e tomei com suco de graviola.

Depois fui assistir a uns seriados na TV a cabo. Meus pais chegaram e nós fomos jantar, no meio do jantar meu pai nos contou que o antigo chefe dele tinha pedido demissão e que por coincidência o novo chefe dele era "o pai daquele meu namoradinho malandro", traduzindo o pai do Pedro. E ele tinha nos convidado para jantar na casa dele no dia seguinte.

Ótimo, porque minha vida não estava boa o bastante. Depois do jantar assisti mais um pouco e depois fui dormir. Acordei cedinho e disposta, por incrível que pareça. Me arrumei e desci para comer, meu pai foi me deixar no colégio e o Rodolfo e o Art já estavam lá. Sentei entre os dois:

Rodolfo:– Ai meu Deus, porque vocês não avisaram para eu trazer uma vela?

Manu:– Idiota. - Bati no braço dele.

Rodolfo:– Você me bate como uma anã. - Ele fez uma pausa dramática. - Ah espera tu é uma anã.

Manu:– A pessoa quando perde o amor á vida é triste ne Rodolfo? - Lancei um olhar bravo para ele.

Rodolfo:– Ô meu Deus, estou brincando contigo princesa. - Ele me abraçou. - E pode ficar calmo Art, não vou roubar ela de ti não, pode tirar essa cara de ciúmes. - Nós rimos.

Fiquei encostada no ombro do Art, típico de casalzinho de namorado. E esse é o problema, a gente estava agindo muito como um casal e mesmo adorando estar com ele, eu ainda não queria ficar com ele efetivamente, porque eu ainda sentia alguma coisa pelo Pedro e se eu ficasse com o Art eu iria usar ele de certo modo para esquecer o Pedro e isso me fazia sentir mal. Só que ao mesmo tempo eu me sentia tão bem estando com ele que eu acabava não tendo forças para "me separar" dele. E assim foi ficando, ficando, ficando.

Eu até achava que se ele me pedisse em namoro eu aceitaria. Uma semana, mais ou menos, durou tudo isso, até aquela visita irritante. Eu estava terminando de me vestir para ir na casa do Art, ele disse que queria conversar comigo por isso eu estava nervosa, quando a campainha tocou. Eu calcei uma havaiana e fui atender pensando que era ele.

Quando eu abri a porta tive uma surpresa, porque não era o Art... E nenhum amigo meu, mas sim o pai de um deles. Era o pai da Van e do Pedro. Eu achei que ele iria querer falar com o meu pai:

Manu:– Tio Paulo, tudo bom? O senhor quer falar com meu pai? Porque se for ele está na empresa.

Paulo:– Não Manu, eu quero falar é com você mesmo.

Manu:– Comigo? - Estranhei.

Paulo:– É, com você. Posso entrar?

Manu:– Claro. - Saí da frente e fiz um gesto com a mão mostrando o sofá.

Ele sentou no sofá e eu ofereci refrigerante, mas ele disse que iria ser rápido. Ele me explicou o porquê da visita, quando ele terminou eu fiquei com cara de tacho, demorei alguns segundos para assimilar tudo. Ele esperou eu me recuperar para responder. Eu senti uma vontade enorme de bater nele, mas me controlei e exigi que ele saísse da minha casa, ele saiu mas pediu para eu pensar bem no que iria fazer.

Quando ele saiu eu me joguei no sofá e simplesmente comecei a chorar, não sei o que exatamente fez aquilo, era um pouco de TPM, misturado com meus problemas e essa visita idiota do Tio Paulo, chorei muito. Até o Art me ligar e perguntar se eu não iria. Eu disse que estava terminei de me arrumar, levantei, respirei fundo e fui retocar o lápis que estava todo manchado. Terminei de retocar e fui para a casa do Art.

Quando eu cheguei na porta dele eu senti uma vontade de voltar correndo para o meu quarto, ficar debaixo dos lençóis para sempre. Mas eu respirei fundo e toquei a campainho e eu já estava preparando o meu sorriso para a Tia Marta quando eu vi que a porta estava aberta. Abri devagarzinho e esperei encontrar o Art parado na sala me esperando, mas o que eu vi foi pior de um jeito fofo.

No som da sala de estar tava tocando Seus Detalhes do Fly, tinha um monte de pétalas de rosa espalhadas pelo chão e um cartaz no chão onde tinha escrito: "Você nasceu linda, avance uma casa e responda as perguntas em voz alta" Eu sorri e disse: Ok.

Andei um pouquinho e encontrei outro cartazes: "Quer saber a fórmula da felicidade?". Eu ri e disse: 'Claro, me diga' Andei mais um pouco até chegar no pé da escada e tinha outro cartaz: 'Namore comigo que eu lhe ensinarei'. Aí pronto, aquele aperto no peito que eu já estava sentindo só aumentou. Mas eu respirei fundo e respondi:

Manu:– Isso iria ser uma prova de amor? - Tentei rir.

O Art surgiu do último degrau da escada e respondeu:

Art:– Não sua lerda, é um pedido de namoro. - Ele disse enquanto descia as escadas e jogava uma caixinha para mim.

Eu peguei e abri, mesmo já sabendo o que tinha dentro, e era um anel com metade de um controle de vídeo game. Ali a vontade de chorar falou mais alto e eu desabei.

Sentei no pé da escada e simplesmente comecei a chorar com a caixinha grudada ao peito. Senti o olhar do Art em cima de mim o que só aumentou minha vontade de chorar. Ele veio correndo me abraçar e ficou comigo nos braços até eu me acalmar, o que demorou um pouco. Quando eu parei de chorar, ele só continuou abraçado a mim e me deu um beijo na testa.

Art:– Tá bem agora?

Manu:– Tô. - Falei fungando.

Art:– Tem certeza?

Manu:– Te-tenho. - Forcei um sorriso.

Art:– Então me explica o que foi isso.

Manu:– Nem eu sei. - Menti.

Art:– Isso tudo foi por causa do pedido? Porque se for eu desisto, princesa. Se tu não estiver pronta ainda eu entendo, de boa.

Manu:– Nã-não. É só que... - Eu percebi que essa era uma forma de não aceitar o pedido sem parecer ruim. - É-é, eu não tô pronta ainda entende?

Art:– Tá tudo bem por mim. - Ele forçou um sorriso mas eu percebi que ele estava triste e isso só me fazia me sentir pior.

Aí eu comecei a chorar mais, ele me levou pro sofá e ficou abraçado comigo até eu parar de chorar. Quando eu finalmente parei o ataque ele pergunto use eu estava bem mesmo e eu só confirmei com a cabeça e me despedi dele. Ele foi me deixar em casa, ou seja atravessou a rua. Eu subi correndo para o quarto, me joguei na cama e chorei até não ter mais o que chorar.

Fui tomar um banho para ver se melhorava, passei quase uma hora no banheiro, mas me senti melhor quando saí. Vesti um short qualquer e um moletom e fui ler um pouco para ver se melhorava, só que qualquer livro que eu pegava tinha alguma coisa que me lembrava o Art, uns tinham o nome dele, outros tinham algo que se relacionava com ele.

Acabei desistindo de ler e fui comer, isso sempre melhorava meu humor, mas não dessa vez, acabei me decidindo por dormir. O que foi pior porque eu sonhei com o Pedro e o Art discutindo por mim. Acordei só no outro dia e com olheiras horríveis, fiz o melhor que eu pude com pó compacto, corretivo, base e lápis de olho. Vesti a blusa do uniforme, uma calça jeans clara, um Vans preto e deixei o cabelo solto.

Desci para tomar café e graças a Deus ninguém percebeu as olheiras, meu pai foi me deixar no colégio e ninguém tinha chegado ainda. Aproveitei e fui para o meu cantinho, que eu descobri uma semana depois de chegar no colégio, nos fundos do colégio tinha uma portinha que dava pra um matagal. Mas quando você ia andando um pouco encontrava uma cachoeira linda. E o legal de lá é que tinha umas árvores perto e não era tão quente.

Sentei em uma das pedras perto e fiquei lá sentada vendo a paisagem, eu ia matar aquela primeira aula porque não tinha como eu me concentrar mesmo. Como eu estava com os fones de ouvido não escutei quando ele chegou, e só fui perceber que ele estava lá quando ele sentou do meu lado. Olhei para ele sem entender e perguntei:

Manu:– O que tu tá fazendo aqui? - Ele só sorriu.

xXx:– Sentado eu acho. - Ele olhou para a pedra.

Manu:– Jura? Quero saber por que tu tá aqui.

xXx:– Eu te vi saindo e vim atrás.


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Notas finais do capítulo

Não me matem, pfvr e espero que tenham gostado :*



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