Demons escrita por Rafaela Stryder Herondale


Capítulo 4
Capítulo 4- What would you do?




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Abri minha boca como que para falar alguma coisa porém nenhuma palavras saia. Medo dominou meu corpo inteiro. Meu pai não pode saber o que eu faço, ele iria ter tanto desgosto de mim. Ele iria falar da mamãe, com certeza. Iria dizer o como ela deveria estar me odiando nesse exato momento, onde quer que esteja. Eu ia lavar aquele casaco, ia tirar todo o DNA daquele cara mas isso só ia ser possível agora, depois da faculdade. Não acredito que isso está realmente acontecendo.

– Pai eu..- Comecei a falar mas ele me interrompe.

– Filho, quando eu tinha a sua idade, eu me metia em muitas brigas. Eu já até deixei um homem internado em um hospital. E é por isso que eu estou preocupado, por favor, não seja assim. Tenha mais paciência, ignore os comentários dos outros. Você é melhor que todos eles, me prometa que não vai mais se meter em brigas.- Ele pediu. Então era isso? Ele pensou que eu estava brigando? Sem prisão? Sem palavras agressivas? Sem clínicas para doentes mentais?

– Eu prometo.

– Ótimo, venha, vamos almoçar.- Ele disse colocando as mãos nas minhas costas e me guiando até a cozinha.

– Hã... Pai? Eu sei que você está em casa e isso é muito bom mas é que eu tinha combinado de almoçar com a Lily e os pais dela. Tudo bem?- Pergunto. Sim, eu menti mais uma vez, só que eu prefiro mentir pra ele e sair do que ficar com ele e ter um enorme peso na consciência.

– Sem problemas filho, mande um beijo pra ela.

– Pode deixar.- Eu disse e sai de casa.

Pego meu carro e vou em alta velocidade para o melhor lugar onde eu poderia pensar, a praia. Chego em poucos minutos depois. Estava vazio, me sento na areia e fico observando o mar subindo e descendo. Quando eu era mais novo minha mãe sempre me trazia aqui, nós jogávamos bola, corríamos, eram atividades simples, mas que fazem muita falta e deixam muita saudade.

– Olá.- Disse uma voz feminina, a dona dela se senta ao meu lado. Ao virar a cabeça percebo que é a garota de hoje cedo.

– E ai? Se encontrar na praia não é clichê?- Pergunto brincando e ela ri.

– Um pouco, mas eu sempre venho na praia então não é uma coisa tão clichê assim.- Ela responde.- Aconteceu alguma coisa?

– Hã? Não, tudo bem, por que?- Pergunto confuso.

– Por que o que mais tem na praia a essa hora são pessoas com algum problema. Vamos lá, me diz qual o seu.- Ela pediu e eu soltei um longo suspiro.

– Digamos que, bem, eu tenho um segredo e isso me faz ficar com um peso na consciência por que nem meu próprio pai sabe, ai eu tenho que mentir para ele. É complicado.- Meio que disse a verdade.

– Tente contar aos poucos esse segredo, para pessoas que você confia muito e ai você já não vai ficar com tanto medo de contar para o seu pai.

– Não é tão fácil assim.- Digo dando um sorriso triste e ela coloca sua mão na minha.

– Nunca é fácil, mas você tem que tentar.

– Obrigado pela dica...- Me interrompo, lembro que não sei o nome dela.

– Luísa.

– Obrigado Luísa, ah, me chamo Roland.- Me apresento.

– O prazer é meu.- Ela diz com um sorriso.

– Luísa?- A chamo e ela me olha.- Se alguém te dissesse que a noite mata pessoas desconhecidas enquanto dorme e ao acordar não se lembra de nada, o que você iria fazer?


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