Demons escrita por Rafaela Stryder Herondale


Capítulo 3
Capítulo 3- You want to tell me something Roland?




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– Psiu, Roland.- Chamou-me Tyler, estávamos no meio da aula e eu realmente estava tentando prestar atenção mas com ele me cutucando e fazendo "psiu" era impossível.- Tyler se você não está entendendo depois eu te explico ok?- Sussurrei ainda copiando a matéria.

– Não é nada disso, mas é que eu descobri uma coisa interessante.

– Sério? Nossa que legal.- Fui irônico, realmente não estava com cabeça para fofocas. Minha noite foi como sempre horrível e as provas já estavam chegando.

– Olha, você sabe que meu irmão é...- Ele deixou a frase morrer quando percebeu que um grupo de pessoas olhavam em nossa direção.- Vem comigo.- Ele continuou e me puxou para fora de sala, com sorte consegui pegar nosso material antes de sairmos.

– Você está maluco, cara? A nossa prova já está chegando e você simplesmente sai assim da sala de aula.

– Você matou mais de 30 pessoas e o maluco sou eu?- Ele pergunta com um sorriso sarcástico.

– Continue falando...- Me dei por convencido.

– Ontem de noite eu descobri que meu irmão é sonâmbulo. Antes de vir para a faculdade eu fiz algumas pesquisas e acabei chegando a conclusão: você também pode ser sonâmbulo por isso nunca se lembra de nada quando acorda. Eu vi que quando os casos são muito sérios eles até colocam em uma clínica para pessoas com depressão, doenças neurológicas, esse tipo de coisa.

– Ah bem pensado, você só se esqueceu de um pequeno detalhe. Eu mato pessoas, não fico simplesmente andando por ai. Eu sou um perigo para a sociedade, não vou para uma clínica com um monte de pessoas problemáticas.

– Eu só estou tentando te ajudar.- Ele disse em defesa.

– Lembre-se que da última vez que fez isso, não acabou nada bem para você.

– Roland, cara, você é meu irmão. Isso aqui,- Apontou para o próprio pescoço, indicando a cicatriz.- não foi culpa sua. Foi um acidente.

– Tudo bem, esquece. Obrigado por tentar me ajudar, de verdade, mas eu vou recusar dessa vez.

Me virei de costas com a consciência pesada, Tyler merecia um amigo melhor. Sem perceber acabo esbarrando em uma garota e derrubando seus livros. Peço desculpas e me abaixo para pega-los. Ao me levantar consigo perceber que ela é mesmo bem baixa, seus cabelos são ruivos e seus olhos azul bem claro.

– Obrigada.- Ela agradece rindo enquanto entrego seus livros.- Oh céus, isso é tão clichê.

– Do que você está falando?- Pergunto confuso.

– O carinha derruba os livros da mocinha e ao entregar para ela ocorre uma troca de olhares significativo. Depois de um tempo eles estão juntos e felizes. Fim.- Ela explica soltando uma risada.- Espero que isso não aconteça, odeio coisas clichês.

– É, eu também. Vamos fazer o seguinte? Nós esquecemos o que acabou de acontecer aqui e todos ficam bem.- Sugiro e ela ri junto comigo.

– Fechado. Obrigada mais uma vez.- Ela sussurra a última parte e desaparece do meu campo de visão.

Continuo caminhando na direção da saída. Pego meu carro e vou embora para casa, a volta demorou mais do que a ida por que dessa vez tinha trânsito. Chego em casa e me surpreendo ao ver meu pai, essas horas ele ainda costuma estar no trabalho.

– Pai? Por que chegou cedo hoje?- Pergunto curioso.

– Filho, você sabe que sempre pode me contar tudo, não é?- Ele perguntou e eu assenti.- Pois bem, antes de eu ir ao trabalho decidi dar uma leve arrumada no seu quarto, que por sinal está uma bagunça, e achei isso debaixo da sua cama.- Ele disse me mostrando o casaco que estava com o sangue daquele homem.- Você estava usando ele hoje de manhã, então eu me pergunto, você quer me falar alguma coisa Roland?


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