Sem que eu percebesse meu pai me deu um abraço sufocante, isso durou uns 3 minutos, e logo depois veio Angie, Olga e Ramalho. Quando finalmente pensei que estava livre de abraços e apertões veio o meu grupo de amigos, todos juntos me abraçando ao mesmo tempo.

Depois que me livrei daquela maratona de abraços fui tomar banho e tirar aquele aroma insuportável de hospital.

Tomei um banho demorado e relaxante, quando sai do banho ouvi batidas na porta era Angie me trazendo consigo um caderninho roxo, mais conhecido como meu diário.

–Vilu, acho que tenho que te devolver isso, já faz tempo que você me entregou ele, e, enfim pegue. –Angie falou me entregando o diário, nossa! Fazia mais de um ano que não tocava mais naquele diário, Fiquei relendo tudo o que já tinha escrito.

Chorei, sorri, era como se eu estivesse vivendo de novo tudo aquilo que tinha escrito... Esta tudo muito lindo, tudo muito bom até que cheguei no meu primeiro dia de aula do ano retrasado, o dia em que eu fui para a direção, e que eu e León nos damos o nosso primeiro beijo... então li o que tinha escrito umas três vezes, não me cansava de ler aquilo:

"Eu ainda estou em transe, pelo fato de eu ter beijado León, é meu sonho desde criança, e também pelo modo de como ela agiu com Lara, posso dizer que estou feliz, mas pode deixar que a Lara vai ter troco, ela me chamou de "nerd assombrada", aquela mosca tonta."

Nossa eu era tão diferente do que eu sou agora! Eu estou tão mudada que nem eu mesmo acredito que escrevi aquilo!

Era a sexta vez que eu estava lendo a mesma coisa, quando ouço batidas na porta, era León, com uma bandeja e um avental, não consegui me conter e tive que dar gargalhadas.

– Sua janta mileide. –León fala em um tom grave.

–Obrigada servo. –Resolvi entrar na brincadeira de León.

Ele colocou a bandeja no criado mudo, tirou o avental e se sentou do meu lado.

–Você está bem?

–Sim, estou ótima! León você não vai acredita no que eu estou lendo! –Falei animada.

–Hum... O que a senhorita esta lendo de tão importante assim?

–Eu estou lendo o meu diário, sendo mais especifica estou lendo aquele dia do nosso primeiro dia de aula!

–Sério? Eu não acredito hahaha!

–Sim! Eu estou lendo quando escrevi sobre o nosso beijo na direção. –Falei abaixando a cabeça. León segura meu queixo, e com delicadeza ergue a minha cabeça novamente, e logo em seguida fala:

–Ei, princesa! Não fique assim, pelo menos nós temos certeza que o pouco que vivemos como namorados foi mágico, você me mudou, se não fosse por você eu iria ser aquele mauricinho arrogante e sem sentimentos. -Cada palavra que o León falou me fazia chorar mais, eu não queria demonstrar sentimentos, mas era mais forte que eu. –Vilu não chore... –León fala limpando minhas lagrimas com seu dedo polegar.

–León, é inevitável não chorar, quando eu lembro de tudo que vivemos juntos, eu não consigo me conter.

Falei no meio de mais lágrimas, sem perceber fui envolvida nos braços de León, no meio do abraço León cochicha no meu ouvido: “-Eu ainda te amo minha princesinha”. Escutar isso novamente era melodia para meus ouvidos.

Quando estávamos prestes a nos soltar, León me rouba um selinho, e, graças a esse selinho começamos um beijo suave, cheio de carinho, mas não demorou muito tudo nos levava a um beijo quente, cheio de ternura... O beijo estava esquentando cada vez mais, León estava começando a me deitar na cama, o beijo estava longo, mais nenhum de nós se rendiam, com muita dificuldade comecei a tirar a sua camisa... E para acabar com o nosso clima papai bate na porta, o que causa susto em ambos, nos sentamos rapidamente, estávamos ofegantes por conta do nosso beijo, papai entrou em meu quarto e disse que León era para passar uns dias aqui em casa por que Sr. Vargas teve que fazer uma viagem de emergência, logo após que papai saiu do meu quarto começamos a nos fitar, e fomos chegando mais próximos um do outro, estávamos quase nos beijando novamente, mas Olga entra no quarto para pegar a bandeja do café. Quando ela entra e se depara com a bandeja ainda cheia de comida e fala:

–Minha pequenina, você precisa comer, acabou de sair do hospital!

– É verdade pequenina, você tem que se alimentar! –León fala imitando o jeito de Olga!

–León venha comigo e deixe a Violetta comer em paz! –Olga fala pegando León pelo braço.

–Não precisa Olga, ele não está me atrapalhando em nada!- Falo puxando León pelo outro braço.

–Eu vou com a Olga, e depois eu venho aqui para conversarmos mais um pouco. –León fala piscando o olho, nossa eu nunca tinha conhecido esse lado de León.

Depois que León e Olga saíram do quarto fui até o banheiro jogar uma água no rosto, não conseguia acreditar que eu e León quase... Ai meu Deus e o Dudu? Vish... De novo não!

Quando eu e León estávamos naquele “episódio” de “ternura” o nome Dudu nem passou pela minha mente