The Last Taste - Season 1 escrita por Henry Petrov


Capítulo 15
Turning Point


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Esse capítulo é menor que os outros, mas acho que a última frase foi um tanto impactante. Bom, de vez em quando eu vou perguntar alguma coisa aqui pra vocês e vocês respondem, ok? O que vocês esperam dos selos? O que acham que eles vão ser? Bom, só isso. Boa Leitura (:



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–O que aconteceu?

Foi a única coisa que consegui falar. Eu tinha completa consciência de tudo, eu lembrava de tudo que tinha acontecido e claramente, mas eu ainda não tinha entendido como aconteceu. Como eu cedi. Como eu fui burro e idiota, cedendo ao desejo.

Hanna estava ao lado de um cara de cabelos pretos e olhos claros, não aparentava mais de 20 anos. Ele usava uma camiseta azul e jeans. Hanna usava uma vestido dourado e seu cabelo estava liso. Em seu rosto, ela não tinha uma expressão de medo: ela sentia pena. Ela sua expressão suavizou e ela olhou para Sophie, confusa.

–Sophie, prazer. - ela não ousou se levantar do banco, só deu um aceno rápido.

Hanna não respondeu.

–Foi você, não foi? - ela perguntou a Sophie, apertando os olhos - Peter não é assim! Isso é culpa sua! Demôniozinho...

–Hanna. - falei, por fim. - Não foi culpa dela. Eu cedi.

Hanna arregalou os olhos, ainda mais espantada. Não ousei olhar no olho dela. Ela olhou para baixo, confusa.

–Calma, Han. - o rapaz falou. - Não viemos aqui por isso.

–Quem é esse? - perguntei, mudando de assunto.

–Esse é o Joe. - Hanna respondeu, colocando o cabelo atrás da orelha. - Ele... Ele...

–Me substituiu? - perguntei, desgostoso, reconhecendo o cara que sentou ao lado dela naquele dia. - É, eu sei disso.

–Peter, eu... - ela começou, se aproximando

Recuei e olhei para Sophie.

–Estamos quites.

Hanna entendeu o que eu quisera dizer.

–Você me trocou por um demônio? - ela perguntou - Ela é o inimigo, Peter. Você está do lado deles?

–Você está do lado dos anjos? - perguntei. - Como você pode?

–É a minha raça! - ela falou, apontando para si. - Você também não está do lado da sua raça? Estou do lado da minha!

–É aí que você se engana. - falei, com um sorriso no canto da boca. - Eu não estou do lado nem de Anjos, nem de Demônios.

Joe e Hanna franziram os cenhos. Sophie me olhou, assustada.

–Estou do lado dos humanos. - finalizei. - Estou do lado da Terra continuar do jeito que está, nada de inferno, nada de paraíso, só Terra. Nada mais. Você imagina o que seria se Lúcifer e Miguel iniciando O Julgamento Final? Destruição. O que você acha que seria da sua mãe? De você? Provavelmente, nada.

Ela se virou. Então, ela voltou e apontou o dedo para a ruiva caída no chão, ensopando o asfalto de sangue.

–E como você explica isso? - Hanna perguntou

–Estou chapado. É isso que aconteceu. Fim de conversa.

–Eu não acredito nisso, Peter. - ela continuou seu julgamento eterno, que estava me dando tédio. - Você não pode viver tendo essas recaídas, dando essas de vampiro! Isso vai te deixar em sérios problemas!

–Não preciso dos seus conselhos. - falei, cruzando os braços.

–Olha com que você fala. - Joe falou, defensivo. - Ela quer te ajudar.

Soltei um palavrão e Hanna suspirou. Ela se virou e seguiu em direção ao outro lado da rua. Sophie se levantou.

–Eu não gosto dessa guerra também.

Hanna se virou. Ela estava prestes a chorar.

–Não quero que ela comece. - Sophie continuou. - Eu ofereço a vocês quartos no castelo. Vocês podem passar a noite lá, esfriar a cabeça e amanhã nós conversamos melhor. Não iremos resolver nada aqui. Não assim. Não desse jeito. Vamos. Eu imploro.

Hanna olhou para Joe e ele deu de ombros. Ela suspirou e respondeu Sophie:

–Uma noite. Acabou. Só isso. Amanhã vamos embora daqui.

Sophie deu um sorriso leve e nos guiou até o castelo. Claro, eu dormi com ela. Hanna e Joe dormiram no velho quarto dos pais de Sophie, que obviamente, ela não falou sobre os velhos donos. Ela vestiu sua lingerie e eu fiquei só de calça, Kraktus era um tanto quente para dormir de camisa e lençóis.

–Foi muito justo o que você fez. - lembrei.

–Eu tenho meus momentos. - Sophie respondeu, ela apoiou a cabeça em meu peito e fechou os olhos.

–O que você acha que vai acontecer?

Ela se sentou na cama e olhou para mim, respirando fundo.

–Eu acho que eles não vieram aqui só porque ela te ama. - ela respondeu. - Não é fácil a transição de Kraktus a Anakyse e vice-versa. Tem que subir a montanha, tem que fazer o feitiço... Um ritual daqueles. Acho que eles vieram nos chamar para ajudá-los a quebrar os selos.

–Eu achava que quem quebrasse primeiro libertava um deles e prendia o outro pra sempre.

–Não. - ela continuou. - Isso é um dos problemas de ser uma lenda: as pessoas distorcem. Enfim. Amanhã saberemos. Por enquanto, vamos dormir. Estou cansada.

–Tudo bem. - aceitei. Ela colocou a cabeça de volta em meu peito e dormimos.

Acordamos bem cedo. Acho que ainda não tinha nascido o sol. Sophie estava me sacudindo, enquanto eu tentava continuar confortável. Ela gritou para que eu levantasse, então obedeci. Fui cambaleando para o banheiro, onde caí na banheira. A água quente me recebeu calorosamente.

–Vamos, Peter! Não durma na água! Hanna acordou! Ela tá subindo e não tá nem um pouco paciente... Anda, levanta! - Sophie me tirou da água.

Esfreguei os olhos e sacudi a cabeça. Respirei fundo e tentei me arrumar o mais rápido possível. Então, em pouco tempo, eu já estava sentado na sala ao lado do quarto de Sophie, esperando Hanna e Joe subirem do quarto de hóspedes para a torre de Sophie. Demorou um pouco.

Por fim, ela apareceu à porta, com uma jaqueta jeans, calça preta e uma blusa rosa por baixo. Joe estava logo atrás dela, com sua blusa azul e seus jeans. Ela olhou para Sophie, que se levantou e olhou para as roupas de Hanna.

–Até que ficou bom. - ela comentou. - Gosto de manter meu guarda-roupa variado para acontecimentos desse tipo. Para um anjo, não ficou tão mal usar a roupa de um demônio.

Hanna sorriu de leve. Murmurou um "Obrigada" e sentou-se no sofá oposto e seu cachorrinho de olhos azuis sentou ao seu lado. Olhei de um lado para o outro, esperando alguém falar.

–Podem começar. - quebrei o silêncio

–Temos que quebrar o selo. Acho que vocês já sabem disso. - Joe começou. - Bom, em Anakyse, tem uma Nephirim chamada Lucy. Ela é a guardiã de Anakyse.

–Desculpe. - interrompi. - Achei que Patrick fosse o guardião.

–Ele é o prefeito, o líder. Resolve os problemas da cidade, coisas normais. - Hanna respondeu. - Mas quem cuida da segurança, quem defende, quem faz as decisões relacionadas à magia é Lucy.

–Ela tem um objeto - Joe continuou -, uma placa. Uma tábua, como aquela dos 10 mandamentos. Ela obtém tudo, eu disse, tudo que precisamos para libertar Miguel... E Lucífer. São desafios perigosos, alguns são quase impossíveis. Talvez não consigamos a tempo.

–Vamos quebrar a tempo. - contestei. - Minha vida está em risco.

–Sabemos disso. - ele continuou. - Além disso, nós Anjos nunca concordaríamos se não houvesse algo em jogo. Algo nosso.

–Como assim? - perguntei

–Em cento e cinquenta anos, tivemos dois casos de quebra do quinto selo. Se completar 200, regras de Walters, o selo se autodestrói e todos que tenham alguma coisa relacionada a ele morrem, isto é, toda Anakyse e Kraktus.

–É impressionante. - Hanna mudou de assunto. - Você está preocupado consigo mesmo.

Pisquei.

–Como? - perguntei, confuso.

–Você mudou. - ela continuou. - Preocupa mais consigo mesmo do que com o resto do mundo.

Olhei para Hanna, incrédulo. Quem era ela para falar assim comigo?

–Todos temos interesses. Ótimo. - conclui, mudando aquele assunto. Estava me dando nos nervos. - E agora?

–Primeiro, precisamos fazer um acordo. - Joe respondeu. - Um Trato Findário.

Sophie prendeu a respiração.

–Não... -ela murmurou.

–O que foi? - perguntei, confuso. Olhei para Hanna e percebi que era o único.

–Um Trato Findário é um acordo. - Sophie explicou. - Que não pode ser quebrado. Se não, a parte desonesta é eliminada. Isto é, se quebrarmos a promessa... Estamos mortos, Peter.

Pisquei.

–Faça. - falei, confiante.

–Peter, não! - Sophie pediu. - Eu conheço alguém que fez esse Trato e descumpriu. Ele desapareceu e nunca mais foi visto! Não podemos fazer isso...

–Mas precisamos, Sophie. - contestei. - Pelo bem de Kraktus, precisamos fazer isso. Eu preciso fazer isso por vocês... E por mim também.

Sophie olhou para os lados, angustiada, procurando algum argumento. Hanna apertou os olhos.

–Tá. Faça.

Joe se levantou e Hanna também. Sophie e eu fizemos o mesmo. Hanna e Joe seguraram as mãos e nós seguramos as deles. Fechamos os olhos e Joe falou.

–Joe Carpenter, Sophie Hough, Hanna Whitlight e Peter Roman. Neste Trato, prometemos cuidar um do outro durante uma longa jornada para libertar Lúcifer e Miguel. Não devemos abandonar uns aos outros e devemos nos proteger, sempre colocando a quebra dos selos em primeiro lugar. Nós prometemos. Trato Findário! Fargen!

Uma ventania correu pela sala. Senti algo mexer em minha mão. Abrimos os olhos e olhamos uns para os outros. Respiramos fundo e perguntei:

–E agora?

–Agora... - Hanna hesitou. - Vamos para Anakyse.


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