Dias melhores virão escrita por Rose


Capítulo 57
Cap. 57


Notas iniciais do capítulo

O poder de uma palavra que muda tudo!



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"Até que foi bom o Anjinho lembrar do aniversário dele...eu nunca vou esquecer aquelas palavras...Nós vamos casar...Preciso contar para a minha mãe...Preciso dizer que eu já aceitei...Daqui a pouco ele acorda e eu dou um jeito dele ver que estou com o anel...Meu anel..."

Exausto Niko adormeceu com um sorriso na alma abraçado a sua nova vida, que, relutava em dormir...

"Ele nem disse que sim e eu já estou espalhando aos quatro ventos que vamos casar...Eu mal me separei e já quero me casar de novo. Se o apocalipse está chegando mesmo, que assim seja. Só que só agora eu sei que quero me casar pelo motivo certo: porque eu quero, quero muito isso...O que será que falta para ele aceitar? Aposto que é o cavalo branco...Ah, Carneirinho!"

Niko ainda cochilava abraçado ao tórax de seu moreno, aquele descanso tão merecido. Só que Félix continuava com um turbilhão de pensamentos que sempre levavam ao mesmo simples objetivo: "Preciso entregar logo o anel!"

Suavemente ele esgueirou-se pela cama com o mais extremo cuidado para procurar a caixinha do anel. Como Niko o mudava ele não sabia ao certo, já havia desistido de encontrar qualquer explicação - até sua memória estava indo embora ou seria a idade? Entre um sorriso e outro continuava a buscar o seu presente.

– É o apocalipse! Eu não acredito que fui roubado num hotel desses. E o pior eu só tinha pago a primeira parcela...Eu não aguento ser pobre! Cala a boca Félix! Você não aguenta é ficar sem ele...Mas ser roubado no dia do seu aniversário!!! – Quase surtando, ele ainda tentou se controlar para não acordar Niko:

– Amor, do que você está falando? Por que você já está de pé? Você me deixou exausto e nem consigo descansar direito...Que você está procurando?

– Carneirinho, não se preocupe... Eu vou dar uma saída pra resolver um problema na recepção e você aproveita pra descansar, mas só mais um pouquinho...Ainda temos muito o que aproveitar nesse domingo. Com a voz mais preguiçosa do mundo Niko ainda bem que tentou insistir e meio sem entender o que estava acontecendo voltou a cochilar:

– O ANEL!!!! - a batida seca da porta foi o estopim para que ele lembrasse o porquê do moreno estar naquele desespero todo. Não haveria outra coisa que ele pudesse procurar no quarto com tanto interesse.

Niko saiu tão esbaforido do quarto que nem soube explicar depois como se vestiu tão rápido pra ter tempo suficiente de ver seu amado rodando a baiana ou seria rodando o hot-dog?

– Onde está o gerente? Não minha senhora, eu sei que no quarto tem um cofre, só que eu estou procurando eu deixei fora do cofre!

– Senhor. Eu não tenho a lista em mãos dos funcionários que entraram no seu quarto em mãos e mesmo que eu tivesse, não há como provar que o senhor perdeu o que quer que seja dentro desse hotel. Eu tenho absoluta certeza de que nada fou furtado do seu quarto...Por favor vamos conversar na minha sala.

– Seria o apocalipse? Eu também tenho certeza que não tirei a minha caixinha de dentro do quarto...eu quero falar com o gerente.

– Senhor, gostaria de frisar que eu sou a gerente. Será que podemos conversar na minha sala?

– Por quê não podemos conversar aqui? A senhora está com edo que outros hóspedes escutem que NÃO é SEGURO deixar uma simples caixinha nos quartos desse hotel???

– Errr, Félix?

– Agora não, Carneirinho. Eu preciso resolver um problema.

– Félix?

Niko se balançava todo tentando chamar a atenção do moreno em vão, ele estava com os olhos cravados na gerente do hotel com o intuito de fazer um barraco maior que a Vinte e Cinco de Março pra conseguir o anel do seu Carneirinho de volta.

– Nicolas, será que você pode me dar cinco minutos para eu resolver um problema aqui com essa senhora...

– Senhor, por favor, vamos conversar na minha sala? Se o senhor preferir, por favor leve seu acompanhante conosco.

– Eu devo ter salgado a santa ceia para ter que repetir isso novamente: eu não vou sair daqui sem a lista das pessoas que entraram no meu quarto. Eu quero meus pertences de volta!

Se Niko não conhecesse Félix tão bem como agora, talvez até desistisse de desvendar aquele ser. Como alguém podia ser tão arrogante ao ponto dele começar a sentir incomodado com a maneira que ele estava falando com a funcionária do hotel e tudo por culpa dele.

– Félix, vem comigo, por favor – ele haveria de ir por bem ou por mal.

– Carneirinho, eu perdi algo muito importante e eu realmente preciso encontrar isso...Por favor.

Só havia uma palavra que poderia tirar Félix daquele transe insadecido para recuperar sua caixinha:

– Amor? Vem comigo, por favor? Antes de sairmos, qual a sua graça?

Para a surpresa da gerente o loiro se desculpou pelo inconveniente que seu companheiro pudesse ter causado reafirmando que a estadia estava ótima.

– Carneirinho, de ótima essa estadia não tem nada se eu não achar meus pertences...

– Amor...por favor...

E Niko estendeu a mão para reafirmar o pedido para que ele o acompanhasse sem maiores escândalos:

– Amor, vem.

Ele sabia que a única maneira deles saírem do salão da recepção seria assim: quatro letras que o hipnotizavam de uma tal maneira que a única coisa que se viu foi um suspiro para indicar que por hora o moreno o seguiria sem questionar nada, nem o motivo deles voltarem ao quarto de mãos dadas após atravessarem o saguão em direção ao elevador. Niko o guiou de volta com a mão firme e sem a menor possibilidade de deixá-lo escapar.

Antes que a porta se fechasse um expectador mais observador poderia ouvir um vestígio de reclamação ou não seria Félix Khoury assumindo que estava totalmente dominado pelos pedidos de um carneirinho loiro e genioso que com apenas uma frase o havia feito retornar ao quarto:

– Carneirinho, eu acho bom você ter um bom motivo para que eu largasse aquela gerente bicho-preguiça sem mais nem menos e que nem sequer me deu a lista dos funcionários que entraram no nosso quarto ou será que você ainda não percebeu que eu fui roubado!

“Foi você que roubou meu coração...Dentro dele mora um anjo...Que roubou...Que roubou meu coração...” – Niko ria lembrando-se da velha cantiga para desespero de Félix que ainda insistiu que algo muito importante havia sumido do quarto. Por sorte a mão de Niko o segurava firme.


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Notas finais do capítulo

Pra quem lê, opina, elegia ou ficou brava(o) comigo por todos esses dias postar eu só posso pedir desculpas porque o final do ano foi bem mais complicado do que eu imaginava, agora postarei em breve de novo.
Feliz 2015!



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