Dias melhores virão escrita por Rose


Capítulo 54
Cap. 54


Notas iniciais do capítulo

Capítulo fofo para preparar o que vem por aí.
Espero que gostem!
bjs



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– Porque eu não disse simplesmente sim? Pra que eu fui tentar florear isso. Era muito simples, dizer sim e ponto. Eu nem sei em quanto tempo ele iria querer casar... De repente seria em um ano a partir de hoje. Onde é que ele foi? Deve estar na piscina... Cadê o meu relógio? Eu já disse pra ele não ficar organizando minhas coisas... Que ódio! Era só pra organizar as contas do restaurante...Coitado, graças a ele eu sei que tenho o suficiente para abrir um restaurante novo...gavetas, relógio...Onde ele foi?

Todo atrapalhado Niko terminava de se vestir...Félix acabara de sair feito um furacão sem rumo e por tudo que lhe era caro ele não queria estragar aquele final de semana com uma briguinha boba, não havia uma semana em que eles não tivessem um atrito. Alguns minutos de revolta para em seguida fazerem as pazes.Ele não se lembrava ou já havia esquecido por completo se com o Eron era daquela forma, nem gostava pensar em compará-los, o Eron era passado.

– Pelas contas do rosário, onde vocé colocou meu relógio, Félix? Eu já estou falando igual você, criatura... Minha última tentativa são essas gavetas aqui...Mas o que é essa caixa preta aqui agora? Será o apocalipse?

Junto do tão procurado relógio havia uma caixinha que congelou Niko, apesar de saber muito bem do que ae tratava lhe faltou coragem para abri-la e ver o conteúdo. É claro que ele sabia que era um anel ou algo do tipo...E deveria estar diretamente relacionado àquela pergunta que o nauseva de nervoso agora: “Casa comigo?”.

– Isso é pra mim?! Sim, é claro que é. Ele tinha deixado aqui guardado para essa conversa desastrosa. Não, eu não vou me sentir culpado... Eu só preciso que ele entenda que eu quero o mesmo que ele, só que eu preciso de um tempo. Não fala isso Nicolas Corona, se você falar algo assim ele vai começar a te bater com as palavras para que você aceite logo isso.

Nervoso como um aprendiz de cozinheiro, Niko colocou o relógio e devolveu a caixinha à gaveta, passou de novo no banheiro para checar que estava apresentável e ao sair do quarto fechou os olhos pra enganar a si...

– Que se dane! Que se dane! Eu não vou conseguir sair desse quarto sem olhar o que está naquela caixinha...

E assim, desconfiado ao extremo, que ele se trancou no quarto novamente para descobrir o que havia no famigerado recipiente.

Sim, era certo que seria um anel ou duas alianças talvez; algo lhe pertencia mesmo que ainda não tivesse sido entregue e por essa razão ele voltou, pra saber o que era, como era, o que poderia representar...Era muito mais forte que ele esse desejo. Definitivamente Félix sabia o que poderia chamar a atenção do seu carneirinho.

– Ele vai me matar se ver eu mexendo nisso. Bom ele me mata e depois vem pedir desculpas, como sempre... Deixa eu ver isso aqui logo. Não me aguento mais.

Como descrito aqui, era uma caixinha preta, desssas que se ganha quando se compra algo em joalheria, nada que não tivesse sido visto antes ou que seria visto depois por qualquer pessoa.

– Ai meu Deus...é lindo...é um anel lindo...Ele comprou para o pedido...Ele ia me dar se eu dissesse sim...Mas pra quê tudo isso? Porque ele sabia que eu ia adorar e ficar todo bobo...Desse jeito aqui...Preciso achá-lo...Nossa o Félix tem muito bom gosto, olha isso, não tem como não gostar. Aposto que ele gravou o nome dele aqui, deixa eu ver...

– Gostei Félix, gostei muito...Preciso dizer isso pra ele, de verdade, independente de qualquer coisa.

Por instinto Niko colocou o anel no dedo que lhe melhor lhe pareceu para admirar uma vez mais e saiu...A caixinha, essa ficou no cesto de lixo próximo ao elevador...Agora ela não teria mais uso. Niko não tiraria o anel do dedo nem que alguém apontasse uma arma para ele...

Piscina, bar, bar da piscina, sauna, saguão de entrada...Nada de achar o moreno, só faltava a praia, mas como achá-lo no meio daquela multidão, já na porta principal do hotel Niko apenas suspirou, por que ele ainda precisava ser tão, tão, tão Félix daquele jeito...

“Eu sou um idiota, um ogro, como a rainha do hot-dog me dizia? Burro! Burro do coração! Eu já sabia que a criatura cacheada não iria aceitar de primeira, que maluco iria querer casar com alguém que jogou a própria sobrinha fora...Porque eu só não disse que tudo bem, que podiamos morar junto no começo e depois casaríamos...Como ele vai achar que eu realmente mudei desse jeito?...Eu acho que estou ficando velho, tem horas que as idéias do Niko são muito mais próximas das do Jonathan do que das minhas...Será que consigo consertar isso? Deixa eu voltar pro hotel, já caminhei o suficiente nessa praia pra entender que eu preciso voltar lá e me desculpar...Desculpa Niko.”

Ao chegar ao quarto Niko obviamente não estava lá, racionalmente Félix sentou-se e esperou por ele, afinal ele deveria ter saído para espairecer na piscina, pensando alto decidiu que o melhor era deixar ele voltar.

Uma hora depois...Niko retornou rosado, havia caminhado por uns quarenta minutos sob o sol do final da tarde de Copacabana em vão já que Félix estava confortavelmente descansando no ar-condicionado do quarto.

– Carneirinho, que houve? Olha seu rosto, você está meio vermelho... – Visivelmente sem graça Félix tentava algum assunto para poder chegar ao pedido de desculpas sem iniciar outro atrito.

– Esqueci o protetor solar...E sem comentários, ok?!

– Isso que dá sair pra piscina sem se arrumar, Carneirinho...Eu tenho uma loção pós sol na minha maleta...Um minuto...Olha aqui... – Ele estendeu a mão oferencedo a pequena embalagem na esperança que aquilo os aproximasse.

– Félix, eu sai pra te procurar na praia...Só me dá essa loção logo e eu quero sair pra jantar, estou com fome e cansado desse sol todo. Eu já fiz uma reserva num restaurante que uma amiga me indicou...é um dos melhores desse bairro. A reserva é para as oito horas. E até o jantar eu quero ficar quieto.

– Não foi a fura-olha que indicou, foi?

O loiro bateu a porta do banheiro com força.

– Eu estava brincando, Nikooooo.... – revirou os olhos, como era geniosa!

Niko não estava bravo, mas queria cozinhar Félix um pouco para que ele aprendesse que nem tudo era do jeito que ele esperava...Nem o Jayminho era tão birrento, essa era a palavra na cabeça do loiro, birrento. Agora ele estava ali largado na cama feito criança que fez algo errado e não sabe como consertar o problema.

Enquanto isso Félix havia perdido o rumo do pedido de desculpas, quem sabe o jantar, um bom vinho lhe desse a oportunidade de conversar e retomar o pedido de desculpas e o de casamento também.

Niko bem que tentou fazer com que seu amado percebesse que o anel já estava em seu dedo durante o jantar e que isso seria um bom sinal, só que seu companheiro resolvera prestar mais atenção na taça de vinho do que em qualquer outra coisa.

Caminharam de volta até o hotel, já era tarde e uma brisa agradável percorria a orla:

– Carneirinho, vamos ficar um pouco aqui fora antes de entrarmos? Eu queria conversar um pouquinho mais.

– Podemos conversar amanhã, Félix? Acho que esse sol da tarde e a comida agora há pouco acabaram comigo...Eu já tinha esquecido como era bom comer algo que não sou eu que preparo. Acho que comi demais...

– Eu sempre vou preferir sua comida – com uma risada meio sem jeito ele deu um pequeno empurrão no seu Carneirinho para reforçar o que queria dizer de verdade; talvez o vinho lhe tivesse deixado mais leve ou menos carrancudo para aceitar que o melhor seria deixá-lo descansar como ele acabara de lhe pedir.

– Félix, eu quero tomar banho sozinho.

– Mas Carneirinho...Olha vamos conversar eu preciso me desculpar...

– Eu disse lá fora que hoje eu quero dormir, amanã conversamos. Você toma banho depois que eu terminar e amanhã conversamos. Ponto final. – Decidido, ele fechou a porta do banheiro e pode-se ouvir o click do trinco para que ninguém ousasse invadir aquele seu momento de privacidade.

Apesar da decepção Félix imaginava que merecia aquele gelo repentino, pela manhã seria seu aniversário e com certeza Niko haveria de ter preparado alguma surpresa. Só que a surpresa maior seria se Félix visse Niko admirando o que estava gravado em seu anel enquanto ele permanecia trancado do lado de dentro do banheiro.


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Notas finais do capítulo

Até breve!



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