Dias melhores virão escrita por Rose


Capítulo 18
Cap. 18


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo quase DR...
(pessoal, desculpem a demora, esses dias estão meio complicados pra mim)



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O pé de Félix impedia que a porta do banheiro se fechasse...

– Niko, Carneirinho, vamos parar com isso? Se você pensa que eu vou deixar você insistir com isso, está muito enganado, você realmente não conhece Félix Khoury...

– Conhecer eu conheço, só ainda não me acostumei com sua falta de sensibilidade. Só isso!

– Deixa de ser genioso?! Eu ia te fazer um elogio, da onde você tirou que estou competindo com a lacraia? Parece até que você sente falta dele ainda...nem pra tirar esse papel de parede horrível daqui. Pronto falei!

Niko aparece na porta rapidinho:

– Pois fique sabendo que foi eu que escolhi! - E novamente ele tenta fechar a porta - Nem admitir que você tem ciúmes dele você admite...deixa o papel de parede aqui, lembre-se que eu não sou o anjinho pra você fazer gato e sapato

Félix ficara irritadíssimo, havia poucas coisas que o deixavam mais irritado que escutar seu carneirinho se comparar ao anjinho. Ele forçava a porta mais uma vez...

– Eu sou até mais forte que você...vai se cansar de tentar abrir essa porta... Vai tomar um café que daqui a pouco eu estarei melhor...

– Antes de eu sair daqui eu queria te dizer algumas coisas. Primeiro que eu não posso sair desse quarto assim...Olha o estado que você me deixou... Preciso ao menos de um banho. - Ele riu sozinho- Segundo, que você tem um péssimo gosto pra decoração... - mais risos

– Ei, essa casa é minha! - Niko era uma mistura de seu gênio com a tentativa de ficar bravo com seu amado...mas não cedia àquelas investidas.

– E por fim, Carneirinho, eu não sou esse príncipe, eu sou egoísta...sou fraco...nem consegui te apresentar para o meu pai como deveria; e quem estou enganando, não faria diferença nenhuma eu dizer a verdade... Ele nunca gostou de mim mesmo eu tentando ser hétero... – A voz dele estava se transformando em algo amargurado - Mas na hora, acho que meu instinto só pensava em te proteger...Mesmo que você diga mil vezes que você consegue lidar com isso, mil vezes eu tentaria evitar qualquer mal a você. Mas você nunca entenderá isso...

Félix tirou o pé que impedia que a porta fechasse, mas ela permaneceu imóvel...então ele continuou:

– Você nem percebeu ainda que após todas as confusões por causa do Fabrício, hoje eu sou a única coisa que te dá dor de cabeça!

Do banheiro ouviu-se:

– Você não é o centro do universo!

"Mas você é cada vez mais o meu centro". Os pensamentos de Félix se misturavam com suas frases soltas:

– Sim, você está certo! Eu...não...gosto...desse...papel de parede...porquê...me lembra...você e a lacraia aqui...e eu não suporto isso! Eu não suporto! Mas como eu vou te pedir pra mudar algo aqui se eu não consigo mudar aqui?

"Será que ele realmente tem ciúmes?" O banheiro estava cheio de perguntas...

Ele passava a mão entre o peitoral como se algo realmente o incomodasse bem ali, bem ali dentro...já estava sentado na cama...pensava em se vestir e sair...mas faltavam algumas coisas difíceis de serem ditas:

– E antes que eu me esqueça...se você fosse o anjinho, carneirinho, eu não estaria agora te dizendo tudo isso, eu o sustentei tanto tempo exatamente por isso, pra não haver cobranças, pra eu não ter que me preocupar com esse tipo de coisa, era apenas uma necessidade física...Carneirinho... Com você eu preciso preencher algo muito maior, algo que eu nem sei o nome, mas quando eu erro e te machuco...é como se tudo caísse...é como se eu fosse a pior pessoa de novo...eu queria tanto ser outro, pra ser um companheiro melhor, alguém melhor pra você. Melhor eu ir... Desculpe- ele se levantou em busca do terno escuro com a cabeça baixa.

– Se você mudasse qualquer coisa agora, não seria mais esse alguém que eu gosto tanto. - Niko o olhava parado na porta do banheiro. – Desculpe eu não deveria ter me comparado ao anjinho; mas, mas você disse companheiro?!

Félix apenas confirmou enquanto vestia a camisa . Tinha tantos medos e o medo maior de perder alguém...perder alguém não, perder seu carneirinho. Nem havia percebido que Niko se aproximava dele

– Cada um chama de um jeito...né? Hoje minha mãe se referia a gente como namorados,acredita?

– Acredito, da primeira vez que ela falou comigo sobre a gente, ela disse que eu era a nora que ela pediu a deus - risos - mas como você prefere que eu te apresente pros meus pais?

Félix ficou vermelho, não havia o que dizer, sabia que no fundo o que Eron dissera era verdade, ele jamais apresentaria Niko como um amigo da família, nesse ponto a lacraia seria mais decidida que ele.

– Eu não tenho esse direito de decidir por você... Talvez você deva usar as mesmas palavra que eu...um amigo da família... Carneirinho, desculpe, eu acho melhor eu ir pra não brigarmos.

Niko sentou-se ao lado dele na cama.

– Não estamos brigando, estamos tendo uma DR. – O loiro sorriu.

– Uma o quê?

– Estamos discutindo a relação, seu bobo! Você ainda não me respondeu , como você prefere que eu te apresente pros meus pais? Eu quero ouvir de você isso, por favor.

– Niko...

O loiro, de uma certa maneira, sabia que precisava encorajar Félix, tantos anos dentro do armário e agora era difícil, ele sabia que talvez Pilar fosse a única pessoa a apoiá-lo no momento, no fundo acreditava que conhecer seus pais também o faria bem, na cabeça de Niko não haveria como não gostar do Félix.

– Félix?

– Você não vai deixar eu sair daqui enquanto não te responder, não é?

– Exatamente! – Niko falava baixinho, segurava uma das mãos de seu amado na cama, estava entre limite do apoio e força para não deixá-lo fugir... Buscava cada espaço entrelaçando as mãos

– Eu acho que você pode me apresentar como... seu namorado..., digo a sua mãe e pai que tenho as melhores intenções com você...Mas você aceita?

A outra mão de Niko puxou o queixo de Félix para sua direção, era a luz versus a escuridão, não havia como um fugir do outro, não mais. Um selinho carinhoso de Niko indicava que ele ficaria muito feliz em apresentar seu amado daquela forma:

– Sim, aceito, mas antes dos meus pais, preciso conversar com o Jayminho...Mas penso nisso depois.

– Agora posso ir? – Félix ainda pensava que conseguiria sair dali e se prometia que assim que seu pai tivesse condições iria resolver aquela situação, não poderia perder Niko, seu pai já era algo perdido a muito tempo.

– O senhor pode ir pro banho. – Niko o puxou rapidamente para o banheiro de novo, sabia que ele precisava de uma boa ducha e uma boa noite de descanso. – Mas quais são essas boas intenções, Félix? Agora fiquei curioso com o que você vai falar pros meus pais...nada de chamar meu pai de carneirinho sênior, ok?

– Ah, carneirinho, isso eu trato com a sua mami poderosa...mas acho melhor eu ir pra casa depois desse banho.

– Nem pensar, está muito tarde e se antes eu me preocupava com você, imagina agora? Nem pensar...do jeito que está difícil manter um namorado, melhor não arriscar... – Niko era um contentamento só - Podíamos pensar em como redecorar meu quarto isso sim, que você acha?

Félix o abraçou forte e disse que a casa era dele, não queria interferir nisso, não tinha esse direito.

– Félix, não tem nenhum motivo pra eu manter esse quarto do jeito que está, e se te incomoda, por quê não? A próposito, sabia que você fica muito melhor sem esses ternos escuros que você anda! Pronto, também falei!


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez, desculpem a demora, para os próximos dias - Cesar acordando no hospital e as primeiros conversas de Félix com os pais de Niko



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