No centro esportivo de L.A., a luta de Goomer estava prestes a começar, havia várias pessoas na arquibancada e o ringue já estava pronto. Sam, Cat e Jerismar já estavam no local.

Jerismar: Muitos aqui estão torcendo pelo Goomer.

Sam: Também, esse tal Flint não é nada carismático.

Jerismar: Eu ouvi dizer que ele não costuma pegar leve com os adversários.

Sam: Como assim?

Jerismar: Todos os oponentes que lutaram com ele foram parar no hospital. Muitos temem enfrentar ele.

Sam: Então a coisa é mais séria do que eu imaginava.

De repente, Cat começa a sentir-se mal. Ela parece ter certa tontura e parecia que ia desmaiar.

Sam: Cat, o que houve?

Cat: Não sei, de repente me senti tonta.

Sam: Como pode sentir uma coisa que você já é.

Cat (triste): Para, isso é sério.

Sam: Desculpe. Sabe que eu me preocupo muito com você, parecia que ia desmaiar.

Jerismar: Talvez isso seja labirintite.

Cat: Disso eu não sei. Vou ligar para a Nona para ver se ela chegou bem em Elderly Acres.

Estava na hora da luta começar, os dois lutadores já estavam no ringue, assim como o árbitro e o apresentador, que começa a falar:

– E agora ao vivo do centro esportivo de Los Angeles... Lutando no canto vermelho... Fazendo a sua segunda aparição aqui no CFC... Ele derrotou o antigo Campeão John Zakappa... Todos vocês já devem conhecer... Goooomeeeer! – ele aponta para Goomer, que estava acenando para a plateia e parecia estar confiante.

Apresentador: E lutando com o canto azul... O invicto dos pesos pesados de Chicago... Logan Flint!

O árbitro começa a falar com eles.

Árbitro: Pronto no canto vermelho?

Goomer: Sim!

Árbitro: Pronto no canto azul?

Flint não diz nada, apenas faz um olhar intimidador para o árbitro, que começa a ficar com medo e inicia a luta.

Eles começam a lutar. Goomer dá vários socos e chutes nele, mas Flint intercepta todos os golpes. A plateia grita o nome de Goomer para incentivá-lo. Goomer sempre tomava a iniciativa, já que Flint estava apenas se defendendo.

Dice: Isso! Vai, Goomer!

Sam: Acaba com ele!

Jerismar: Goomer tem que ganhar. Ele não merece ficar em segundo lugar, posição que eu já fiquei muitas vezes.

Cat estava assistindo, mas não parecia estar empolgada como seus amigos. Ela ainda estava sentindo aqueles incômodos, mas não queria demonstrar. Goomer continuava golpeando Flint, que estava apenas fazendo uma estratégia de defesa, até que Goomer consegue golpeá-lo em cheio no rosto.

Dice: É Goomer!

Sam: Mostra pra ele quem é que manda!

Fim do primeiro round, Goomer se saiu vencedor e vai ao vestiário. Flint faz o mesmo, onde encontra Roger McNeice.

Roger: O que está fazendo? Não está lutando a sério como devia! Quero que você acabe com ele! Humilhe-o como fez aos outros!

Flint apenas olha para Roger e começa a balançar a cabeça positivamente.

Roger: Não quero mais você fazendo essas brincadeiras. Tenho certeza que tem capacidade de vencer esse idiota.

Na outra parte do vestiário, Dice e os outros estavam incentivando Goomer para o próximo round.

Dice: Se continuar assim, você vai vencer, amigão.

Goomer: Ele não é páreo pra mim. Já disse pra não se preocupar.

Jerismar: Acho que o que disseram sobre esse Logan Flint era mentira. Ele nem sequer conseguiu fazer cócegas no Goomer.

Sam: De todo modo, não é bom cantar vitória antes da hora. Vá lá e mostre o que sabe.

Goomer: É muito bom ter o apoio dos meus grandes amigos. Não vou decepcionar vocês.

Eles olham para Cat, que estava apenas quieta na dela.

Sam: Ela está assim desde que chegamos aqui. Acho melhor levá-la pra casa.

Cat já estava voltando à realidade e diz:

– Não precisa, eu estou bem. Quero ficar para apoiar o meu amigo Goomer.

– Se é assim, tudo bem. Mas qualquer coisa, me avise. – Sam dizia para Cat. A loira sabia que a ruiva não estava se sentindo bem, parecia estar temendo de que alguma coisa ruim estava para acontecer.

Jerismar: Puxa vida, o Vasco joga amanhã. Espero que ele vença a primeira partida da final do Carioca.

Sam e Dice começam a rir de Jerismar.

Dice: Flamengo vai ser o Campeão. Seu time será vice de novo.

Jerismar: Não, eu sinto que agora tem algo diferente. Chega de ser humilhado por esse urubu em decisões.

Goomer: Bom, eu já estou pronto. Que comece o segundo round.

Enquanto isso, Doheny e Tommy chegam ao apartamento.

Tommy: Muito interessante o show, Tio.

Doheny: Sei que você não gostou muito. Como as pessoas da sua idade dizem, não é a sua praia.

Tommy: Mas uma coisa me deixou intrigado. Por que o senhor não fez o truque de anos atrás?

Doheny: Eu não queria fazer a mesma coisa. Sou um mágico que gosta de inovar.

Tommy: O senhor trocou por um truque tão bizarro quanto.

Doheny: Ah, sim. Em vez de fazer com que os assistentes me matassem, preferi fazer a experiência com um dos voluntários. Usei o truque da corda indiana e o resto você já sabe. Além disso, graças a essas inovações, nunca mais passei por decadências na carreira.

Tommy: Aquela fase deve ter sido muito ruim, não é?

Doheny: Sim, Tommy. Eu não gosto de lembrar disso. Ninguém me chamava para ir a lugares importantes. Só ia a eventos por ter alguns cupons. Isso até aquela vez que fui a San Diego. Não imaginava que minha passagem por lá iria conseguir mudar o rumo da minha vida profissional.

Tommy: Sei. Agora que o senhor já fez a apresentação, nós vamos voltar para Las Vegas?

Doheny: Não. Lembra daquelas suas suspeitas sobre o show ser apenas uma fachada?

Tommy: O quê que tem?

Doheny: Eu vou revelar a verdade para você, aliás, para todo mundo. Amanhã, vou numa emissora de TV mais próxima alertar sobre os acontecimentos.

Tommy: Então a coisa é mesmo séria. Mas você acha que esse povo vai acreditar?

Doheny: Não custa nada tentar. Eles precisam saber do perigo, pois é algo que pode custar a vida deles.

Tommy: Bom, eu estou cansado. Amanhã conversamos sobre isso. Boa noite, Tio.

Doheny: Boa noite, Tommy.

Com Tommy já indo para o quarto, Doheny ainda estava na sala. Seu celular toca e ele atende.

– O que você quer? – ele dizia para a pessoa desconhecida.

Xxx: Só queria dizer que vi o seu show. Estava na plateia usando um disfarce de panda. Mesmo assim, parece que ninguém me notou.

Doheny: Já disse que não quero você me perseguindo. Eu bani você da minha vida. Não te devo mais nada!

Xxx: Ora, Doheny. Não se esqueça que se não fosse por mim, você iria ser mais um mágico fracassado.

Doheny: Me arrependo muito de ter tido essa aliança. Preferia estar em decadência, a ter conhecido você, uma pessoa cruel e desprezível.

Xxx: Há, há, há! Gostei do elogio, seu mágico idiota! Pode dizer que você me baniu, mas nunca irá se livrar de mim. Ninguém pode comigo! Aqueles que tentaram se deram muito mal e com você aconterá o mesmo, se sair da linha.

Doheny fica perplexo e desliga o celular. Parecia ser alguém que de alguma forma tem a ver com o passado sombrio do mágico.

Em outra parte de Los Angeles, André estava indo para sua casa, mas ele escuta um ruído perto dele. Ele olha para trás, não vê nada além da escuridão da rua, e ao voltar a olhar pra frente toma um susto ao dar de cara com Tandy, o robô.

André: Cara, você me deu um susto! Está me seguindo?

Tandy: Desculpe, eu só estou fazendo uma caminhada para gastar energia. Robôs também fazem isso.

André: É que é estranho ver você em um lugar que não seja o Bots.

Tandy: Por falar nisso, você estava lá, mesmo sabendo que estava banido.

André: Desculpe, cara. Eu precisava ver esse show. E você não pode me culpar por algo que a minha Avó fez.

Tandy: Tudo bem. Mas prometa que nunca mais irá levar aquela mulher pra lá de novo!

André: Tá certo. Ela não vai mais, tá bom assim?

Tandy começa a se sentir estranho, parecia sentir a presença de alguém.

André: O que foi cara?

Tandy: Meu radar acoplado acaba de detectar uma estranha presença vinda nessa direção.

André: Estranha presença? Diga o que é então!

Tandy: Deixe-me ver... Oh, não!

André: O que foi?

Tandy: É melhor você ir logo pra sua casa, garoto! Nesse exato momento, esse lugar não é seguro!

André: Tá, eu vou correndo pra lá.

André sai correndo pela rua até chegar à sua casa, mas Tandy continua lá.

Tandy: Oh, Céus! Se for quem eu estou pensando, estamos todos perdidos. Não sabia que ele havia despertado. Vou voltar correndo para o Bots.

Voltando ao centro esportivo, o árbitro dá o sinal para o segundo round começar. Goomer vai pra cima de Flint, que já parecia estar equilibrando a luta. Todos estavam incentivando Goomer , até mesmo Cat. Roger estava apenas observando, fazendo uma cara de satisfação, mesmo que Flint ainda não tenha vencido.

Cat: Vai, Goomer! Acaba com esse bobão!

Sam: Essa foi muito boa, vindo de alguém que parecia indisposta.

Goomer tenta dar um soco em Flint, que se abaixa e ele acaba acertando o árbitro. Flint dá um chute esquerdo em Goomer que consegue interceptar. Conforme o tempo vai passando, Goomer começa a ser golpeado por Flint.

Sam: Oh Céus. O Goomer parece não estar mais aguentando.

Dice: Mas o quê? Reaja Goomer!

Cat (pensando): Sabia que algo ruim ia acontecer. Não posso ver essa tortura, preciso fazer alguma coisa.

– Vai, Goomer! Reaja, não deixa ele te bater. Você estava lutando tão bem. Mostre do que você é capaz! Sei que pode fazer mais que isso! – gritava Cat, fazendo Sam, Dice e Jerismar olharem para ela.

Goomer não conseguia mais lutar no mesmo nível de Flint, e estava apanhando para o mesmo. Todos ficam chocados, menos Roger, com sua frieza sutil. Quando Goomer estava para dar um chute direito em Flint, o mesmo bloqueia e com um golpe quebra a perna de Goomer, que grita de dor.

Árbitro: Ele quebrou a perna, não tem mais condições de luta.

Todos veem Goomer segurando sua perna e gritando, enquanto Flint estava calmo e seguro, ao contrário de Roger, que estava vibrando com a vitória do lutador que ele gerencia. Flint havia vencido a luta.