Bots Mystery escrita por LKN


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/486203/chapter/21

André entra no quarto para ver o estado da sua amiga Tori, que já havia acordado. Mesmo um pouco abalada com o que havia acontecido, a moça esboça um sorriso.

André: Vejo que já está melhor.

Tori: Sim. Sua presença me faz sentir reconfortável. Deve ter ficado muito preocupado, a ponto de me levar para este hospital.

André: Você estava sangrando muito. E os seus ferimentos eram bem mais graves que os do Sikowitz.

Tori: É... Ainda estou sentindo algumas dores.

André: Olha, ter visto você ferida daquele jeito foi uma das piores coisas que já vi na minha vida. Acho que se os outros não tivessem chegado a tempo, aquele Gremlin teria...

Tori: Chega! Por favor, não continue.

André: Tudo bem. Graças a Deus, você está aqui sã e salva. Isso é o mais importante.

Tori: Eu sei. Desculpe ter gritado com você.

André: Relaxa, eu só tava dizendo bobagem mesmo.

Tori: Bom, e o que houve com o Gremlin?

André: Ele deu um trabalho danado para os outros. Até a Sam foi derrubada por ele, mas aí Jade o afugentou usando a lanterna.

Tori: Hum... E eles estão bem?

André: Sam e Freddie ficaram apenas com ferimentos leves. Nada muito sério, como aconteceu com você.

É então que André se lembra que o Gremlin havia dito algo que o havia intrigado. Uma coisa que ele já havia ter escutado antes na boca de outra pessoa. Tori vê que ele estava pensativo e começa a chamar sua atenção.

Tori: André... O que foi?

André: N-nada... Apenas uma coisa que vi o Gremlin dizendo pra Jade...

Tori: Vai! Estou curiosa! O que foi que ele disse?

André: Ele falou “Desta vez estou sem botas, Debby!”.

Tori fica aflita com isso. Ela logo se lembra que uma outra pessoa costumava a chamar os outros por esse nome.

Tori: Debby... Quem gostava de chamar os outros assim era a...

André: Ponnie.

Tori: Sim. André, o que isso significa?

André: Não tá dando pra compreender. Só lembro que o Lester falou que os Gremlins não são feitos apenas para atacar. Eles também tem a mania de tentar enlouquecer pessoas, sabotar equipamentos...

Tori:...

André: ... E eles também atacam aviões. Há indícios que eles começaram a fazer isso desde a Segunda Guerra Mundial. Talvez boa parte dos acidentes aéreos fosse provocada por eles.

Tori: Tipo 11 de Setembro?

André: Aí já não sei. Isso parece Teoria da Conspiração.

Eles ficam em silêncio por dois minutos. André estava ao lado de Tori, não parava de pensar com o que havia acontecido com ela. A mesma põe suas mãos entre as dele, que se surpreende com a ação.

Tori: Olha... Você teve uma atitude muito fofa ao se preocupar comigo, e também em me trazer pra cá.

André (corado): Não foi fofo. Era o que tinha que ser feito. Não podia te deixar ali sangrando. Até mesmo a Jade, que te “odeia”, ficou muito preocupada.

Tori: Hum... Mas gostei muito dessa parte sobre você se importar comigo. Talvez seja muito mais importante pra você do que achava!

André: Você nem imagina.

Após dizer isso, os dois começam a sorrir um para o outro. O dia era fatídico, mas nada poderia estragar o amor que sentiam. Tori abraça André fortemente, mesmo ainda sentindo algumas dores, parecia não se importar com isso. O mesmo retribui com gosto o afeto. Em seguida, seus rostos começam a se encostar, assim como seus lábios. Eles iniciam um beijo apaixonado, que foi bem intenso, para compensar o tempo perdido entre eles. Após isso, eles param para tomar fôlego.

André: Tori, isso é tão estranho... Você é minha melhor amiga.

Tori: Nada foi estranho... Isso já era pra ter acontecido há muito tempo!

André: Mas então...

O médico e a enfermeira entram no quarto, quebrando o clima romântico entre os dois.

Médico: Sr. Harris, está na hora de ir. A Srta. Vega precisa descansar.

André: Tudo bem. A propósito, quando ela vai ter alta?

Médico: Como ela já está praticamente recuperada, garanto que amanhã já poderá sair daqui.

Tori: Que bom. Não queria ficar mais tempo nesse quarto.

André: Te vejo amanhã...

Tori: Espera!

André: O quê?

Tori: Boa sorte na luta contra eles. Vai precisar.

André:...

Tori: Vai logo!

André: tudo bem. A gente se vê!

André sai do quarto. Ele estava feliz, por que de certa forma, ele e Tori finalmente conseguiram definir a relação entre eles. Mas por outro lado, estava preocupado, pois iria começar uma grande batalha.

Mudando de cena, Gary e Kelvin chegam ao condomínio Schneider, e encontram os outros policiais juntando o corpo daquele que havia morrido.

Gary: Billy... O que aconteceu aqui?

Billy: Foi horrível, senhor. Agora a pouco várias criaturas estavam aqui, acompanhadas de um outro ser, parecido com eles mas bem maior. De alguma forma, eles fizeram uma das viaturas atropelarem o Derrick.

Gary: Glup! E-ele falou algo com você? O que ele está tramando?

Billy: Apenas me disse seu nome. Parece que ele se chama RG5000, e ficou assustado quando falei do senhor. É o responsável por essas pegadas que encontramos nas ruas.

Kelvin percebe que Gary havia ficado nervoso quando Billy falou sobre a criatura pra eles.

Kelvin: Sr. Gary. Você sabe algo sobre esse cara?

Gary: Muito não... Só me lembro que ano passado, o nosso colega Simon foi brutalmente assassinado. Ele havia desaparecido naquele dia que prendemos uma louca que estava incomodando a filha de uma amiga minha.

Kelvin: “Amiga”. Sei...

Gary: Quieto! Prosseguindo, alguns dias depois ele foi encontrado morto, sem as roupas dele, e estava completamente dilacerado. Não gosto muito de lembrar disso.

Billy: Ele confessou que havia matado um policial. Essa história confirma tudo.

Kelvin: Mas essas pegadas ainda não existiam naquela época. Como ele já poderia estar aqui sem deixar vestígios.

Billy: Ele disse que foi modificado em laboratório, vai ver ainda não era tão grande como hoje em dia.

Gary: Isso não importa agora. Mande os legistas levarem o corpo de Derrick. Temos que entrar nesse condomínio. Kelvin, tome conta dos garotos.

Gary e Billy entram no condomínio, deixando apenas Kelvin. Os outros saem do carro dos policiais. Sam, Cat, Freddie, Robbie, Jade, Beck, Dice, Sikowitz, Tommy e Benny se juntam a ele.

Sam: Policial Kelvin. Será que podemos ajudar nesse caso?

Kelvin: Acho melhor voltarem para os carros, vocês são apenas crianças.

Jade: Olha, cara! Você pode até ser policial, mas não gosto quando nos chama desse jeito. Temos idade suficiente para superarmos diversos problemas.

Sam: É isso aí, Jade! Não dá mole pra ele não!

Sikowitz: Eu tenho 36 anos. Por acaso pareço um garoto?

Kelvin: Não, mas...

Robbie: É mesmo necessário entrarmos aí?

Sam: Está com medinho, Baby?

Robbie: N-não é isso. É que eu sou muito novo pra morrer. Ainda tem muita coisa que quero aproveitar.

Cat: Vamos entrar! Quero acabar logo com isso!

Todos olham para ela, já que a ruivinha era alguém que eles menos esperavam tomar uma atitude dessas.

Robbie: Mas Cat! Não é seguro pra você ir lá dentro, é melhor você ficar aqui!

Cat: Não, Robbie! Preciso lutar contra ele, não é a toa que ele faz isso para atingir a todos nós.

Jade: Falando assim, até parece que sabe de algo a respeito.

Todos percebem o jeito estranho de Cat, ela parecia mesmo esconder algo deles.

Cat: Sim. O Tandy me contou sobre um monstro que fica rondando a cidade, deixando suas marcas pelo chão.

Jade: O Robô? Mas o que ele tem a ver com isso?

Kelvin: Continue, mocinha.

Cat: Ele me disse que o monstro havia nascido de um bichinho que está guardado em uma sala secreta do Bots. Fiquei surpresa, pois aquele animalzinho é tão fofo, não imagino que possa fazer mal a alguém.

Tommy: Mogwai. O Tio Doheny e o Sr. Lester sabem muito a respeito disso.

Sam: Sim, e como Lester contou que os Mogwai se multiplicam com água...

Jade: ... E também se transformam em Gremlins se eles se alimentarem após a Meia-Noite.

Cat: É isso mesmo. Só que esse monstro é muito mais antigo, parece que ele é um dos sobreviventes de um incidente que aconteceu num prédio em Nova York, há vários anos atrás.

Sikowitz: Já tinha ouvido falar dessa história. O prédio foi atacado por Gremlins, mas a mídia fez de tudo pra esconder essa realidade. Não queriam que as pessoas ficassem com medo.

Kelvin: Também ouvi dizer, mas achei que era Lenda Urbana. Os Gremlins citados foram mortos eletrocutados, mas esse parece que deu um jeito de escapar.

Benny: Vocês vão continuar com essas histórias, só pra eu ficar com medo?

Dice: Benny, você sabe que quando fica furioso, ninguém é capaz de conter você.

Benny: Isso é um problema que eu tenho, aliás todos da minha família são assim, por isso que tomamos esses remédios pra controlar os nervos.

Freddie: Todos da sua família? Quer dizer então...

Benny: Isso mesmo. Você nem imagina do que somos capazes.

Sikowitz (cochichando para Freddie): Esconda os Bibbles e o celular para ver o que acontece.

Freddie: Glup!

Robbie: Prossiga Cat.

Cat: Bom, como vocês sabem, esse Gremlin sobreviveu. O Tandy me disse que os cientistas o transformaram num monstro maior e mais assustador.

Kelvin: Que é justamente aquele em que Gary e Billy foram atrás. Vamos nos juntar a eles garotos. Mas por favor, só peço que tomem cuidado!

Freddie (pensando): Depois do que ouvi hoje, começo a achar que aquela família é formada por um bando de loucos.

Benny: Não, Freddie! Nós não somos corintianos.

Freddie: M-mas o quê? Juro que não falei nada, eu só tinha pensado!

Benny: Disse pra você não nos subestimar. E eu torço pelo Palmeiras.

Dice: Palestra Itália. Se bem que você é italiano mesmo...

Cat: Já chega! Benny, não precisa ficar falando sobre os nossos problemas familiares!

Benny: Desculpe, maninha. Prometo que vou me conter.

Kelvin: Melhor irmos depressa, o Gary acabou de mandar uma mensagem.

Um carro aparece diante deles. Spencer estava dirigindo, acompanhado de André e Gibby. Todos eles saem do carro.

Spencer: Vocês não podem entrar aí sem a gente.

Sam: Só faltavam vocês mesmos.

Cat: A Tori esta bem?

André: Sim, o médico disse que amanhã ela vai ter alta.

Cat: Que bom.

André: Agora temos que enfrentar esse desafio. Parece até aqueles lugares de filmes de terror.

Spencer: Sim. E com muitos monstros dentro. Temos que ter cautela.

Enquanto isso, no centro de Los Angeles, várias pessoas estavam saindo dos locais onde estavam. Elas estão sendo atacadas por Gremlins. Uma limusine fica parada no local, e as pessoas dentro apenas observam.

Flint: Pobres cidadãos. Não imaginavam que hoje seria um dia terrível para eles.

Megan: Isso não importa agora. Ao menos parte do plano já foi concretizada.

Os policiais aparecem no local, para tentar parar as criaturas, que continuavam atacando a multidão.

Ao mesmo tempo, aparecem robôs para confrontarem os policiais. Megan sorri maliciosamente, olhando os acontecimentos.

Megan (pensando): Era disso que estava falando.

– Parece vai começar uma guerra companheiros. – Dizia um dos policiais, ao ver os robôs que estavam carregados de munição.

Na casa de Sam & Cat, Goomer estava assistindo TV e vê o noticiário.

– Agora mesmo no centro de Los Angeles, várias pessoas estão sendo atacadas por animais não identificados. Não sabemos do que se trata, nem de onde vieram. E... Espera o que está acontecendo? – O repórter começa a se desesperar, logo a câmera cai no chão, e a imagem vista não mostra os acontecimentos, apenas o jornalista sendo atacado e gritando socorro.

Logo, o canal fica sem sinal, assim como outros também. Goomer fica tenso, e também preocupado, pois seus amigos poderiam estar passando pela mesma situação.

Goomer (pensando): Espero que os outros estejam bem. Nenhum deles me disse o assunto da reunião deles. Vai ver pra não me preocupar muito, já que estou me recuperando da lesão que sofri.

Logo em seguida, ele escuta um barulho.

Dentro do condomínio Schneider, Jerismar e Lester estavam diante de RG5000. Eles estão amarrados em duas respectivas cadeiras.

Jerismar: Cara, você vem nos encher o saco de novo?

RG5000: Veja como fala comigo, verme! Olhe o monitor e veja que seus amigos estão aqui. Nem imaginam o perigo que eles correm.

Jerismar: Sam, Cat, Dice e os outros. Se você fizer algum mal pra eles, eu...

RG5000: Vai fazer o quê? Me bater? Você não passa de um inseto, eu acabo com você muito facilmente.

Jerismar (pensando): Parece até os vilões de Dragon Ball falando. Tenho que me conter, senão esse bicho acaba com a minha raça.

RG5000: Vocês não conseguem vencer nem mesmo os Gremlins comuns, quanto mais a mim.

Lester: Vai fazer com a gente o mesmo que fez ao William Baker?

RG5000: Há, há, há! Se soubessem o que fiz com aquele pobre coitado, vocês não iriam conseguir dormir.

Jerismar: Se bem que nem dá pra dormir nessa situação.

RG5000: Vou deixar vocês a sós. Tenho que fazer umas coisas.

Jerismar: Maneira no piso.

RG5000: Engraçadinho...

Ele sai da casa, deixando apenas Lester e Jerismar, que estavam olhando os monitores.

Jerismar: Isso aqui lembra muito aquele filme cujo vilão era idêntico ao senhor.

Lester: Não é hora para brincadeiras. Temos que dar um jeito nessa situação, e derrotá-lo antes que seja tarde.

Jerismar: Derrotar esse cara? Pelo que eu vi, ninguém nesse mundo iria conseguir tal feito.

Lester: Está enganado. Por mais forte que ele seja, ele deve ter um ponto fraco. Observei bem o nosso grupo, e vi que um deles é capaz de derrotar esse monstro.

Jerismar: Alguém do nosso grupo? O André disse que a Sam foi derrubada por um Gremlin comum. Comparado com o RG5000, esse Gremlin se transforma numa barata.

Lester: Na hora você vai ver. Esses miseráveis não vão conseguir o que querem.

A parede ao lado deles desaba, e do outro lado está outra pessoa, revelando ser o famoso mágico Henry Doheny.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenha ficado bom.
Deixem comentários.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bots Mystery" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.