The Reason is You escrita por WaalPomps


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Heey gente, já é quase sábado. E como o meu sabadão vai ser corrido, já vou deixar o capítulo para vocês.
Espero que gostem



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Megan apoiou no carro, o salto batendo insistentemente contra a lataria do veículo. Os cabelos loiros revoavam, enquanto ela observava a moto se aproximando. Alex estacionou perto dela, descendo e tirando o capacete.

_ Oi linda, tudo bem? – ele se aproximou dela, indo beijá-la. Ela o repeliu.

_ Quem é você?

_ Como assim Megan?

_ Quem é você? – ela repetiu a pergunta, fechando a cara – Porque Alex Smith, eu sei que você não é.

_ Co-como assim? – o rapaz gaguejou, empalidecendo.

_ Eu fui até a empresa onde você “trabalha”, e olha que interessante: nenhum Alex Smith nunca trabalhou ali. – ela prosseguiu, o amargo da raiva preenchendo sua boca – E então eu fui mais fundo. Fui atrás de fontes em Patterson, e mais um fato interessante: não há, nem nunca houve, um Alex Smith naquela cidade.

Alex estava acuado, diante do olhar de raiva de Megan. Ela parecia prestes a explodir, o rosto vermelho contorcido em uma careta de ódio puro.

_ Não é o que você está pensando... – ele suspirou por fim.

_ Não é o que eu estou pensando? Alex, você mentiu para mim e... Quer dizer, será que seu nome é mesmo Alex? – Megan arfava, nervosa – Meu Deus, como eu pude ser tão burra e cair na sua ladainha?

_ Megan, por favor, me escuta...

_ Me larga. – ela se afastou quando ele se aproximou – Não toca em mim. Sai de perto de mim, e nunca mais me procura.

_ Megan. Megan, para, por favor. – o rapaz tentava falar, enquanto ela entrava no carro. Ela deu partida, acelerando e soltando o freio de mão – MEGAN.

Mas ela não parou. Largou com o carro, mirando a moto do ex-namorado e passando por cima dela. Ouviu-o gritar mais algumas vezes, mas não estava se importando. Os olhos queimavam pelas lágrimas, e ela dirigia em alta velocidade pelas estradas de São Francisco.

Dirigiu por um longo tempo, até encontrar o que procurava. Arremessou o carro contra o porão de ferro, arrancando-o. Estacionou o veículo de qualquer jeito, enquanto todas as pessoas presentes no autódromo vinham correndo ver o que acontecia.

_ Srta Parker, tudo bem? – um dos editores da empresa de seu avô veio correndo, preocupado – Quer que chamemos sua mãe, ou seu avô?

_ Eu quero a chave da Lamborghini Gallardo. – avisou a moça, e todos arregalaram os olhos – Eu quero as chaves, agora.

Logo um rapaz apareceu correndo, com uma chave em mãos. Ele a entregou para Megan, tremendo de medo. Ela deu as costas para todos, marchando com seu salto até o carro amarelo, que estava parado no meio da pista, abandonado pelo piloto que o dirigia.

Entrou, colocando a chave na ignição e dando partida. Acelerou, fazendo o carro rosnar alto, e saiu queimando o asfalto. Deu várias voltas na pista, observando os presentes assustados, e então tomou o caminho que usara para vir.

Dirigia com o pé no acelerador, sem ver a velocidade que atingia. Não tinha medo de morrer ou de se machucar. Só queria distância de tudo e silêncio, para prantear sua dor e extravazar sua raiva.

Tudo que queria era um grande amor, daqueles de cinema. E Alex podia não ser um príncipe de contos de fadas, mas ele lhe dava alegria e segurança. Ele lhe fazia tão bem, mas como tudo em sua vida, era uma mentira.

Se assustou ao ver uma viatura de polícia cortar sua frente, as sirenes ligadas e piscando sem parar. Pelo retrovisor, viu que havia outra atrás, e praguejou alto.

Pelo visto, Megan Parker voltaria a estampar a capa dos tabloides.

~*~

Davi estava no portão de embarque, ansioso para voltar para o Rio de Janeiro. Sentia saudades da família, e até da namorada. Apesar da diversão daqueles dias, as reuniões o deixavam em puro estresse. Precisava muito relaxar.

Entrou no Skype pelo notebook, aproveitando a rede Wifi no aeroporto. Procurou o nome de Manuela nos contatos, mas a bolinha estava cinza, indicando que ela estava off-line. Suspirou, fechando o programa, quando viu o aviso de mensagem nova. Reabriu depressa, mas a mensagem era de Herval.

Garoto, se prepara, porque o mundo tá realmente querendo ser teu.

Clicou no link que seguia, e seus olhos brilharam.

“Marra Corporation anuncia reality show com prêmio inacreditável”

“Na tarde de hoje, Jonas Marra surpreendeu o mundo. O mega empresário e gênio da tecnologia, anunciou um reality show que terá como prêmio, pasmem, o comando de sua empresa mundial.

E as novidades não param por aí. O reality será realizado no país natal do magnata, e só poderá contar com participantes nativos do local. O paraíso? O nosso Brasil, na bela cidade do Rio de Janeiro.

As inscrições serão abertas no próximo mês, quando a família Marra vira em peso para a cidade maravilhosa. Mais detalhes, no site www.marracorporation.com”.

Foi como se todo o ar deixasse os pulmões de Davi. Ele correu para o site, mas não haviam muitas informações. Apenas uma grande tela preta, escrito “Vem aí, a chance da sua vida”. Sentiu o coração acelerar, a boca ficar seca, as mãos suadas. Parecia que estava apaixonado, e o alvo de seu amor era aquela tela à sua frente.

_ Davi, estão anunciando nosso voo. – o professor sacudiu seu ombro, o tirando do transe – Anda rapaz, vamos para casa.

_ Por enquanto... – sussurrou Davi, colocando o computador na mochila e se levantando.

~*~

Megan batia o pé de maneira nervosa, bufando a cada segundo que passava na sala do delegado. Por ser quem era, não a haviam colocado em uma cela normal, deixando-a naquele espaço reservado, pelo menos até que a mãe viesse liberá-la.

Já havia pagado a fiança, mas Pamela e Jonas pediram que ela esperasse, já que o inferno dos tabloides já haviam cercado a delegacia de polícia.

_ Srta. Parker? – um policial entrou – Há um rapaz aí para vê-la. Diz ser seu namorado.

_ Manda esse cretino entrar. – mandou Megan, cerrando os punhos. Estava com raiva, poderia descontá-la no rapaz.

Ele entrou com cuidado, na certa temendo levar um sapato na cabeça. Megan bufou. Jamais gastaria seu Christian Louboutin na cabeça de um babaca daqueles.

_ O que você quer? – perguntou ela.

_ Eu fiquei preocupado Megan. Por Deus, você saiu que nem louca. E enquanto eu esperava o guincho, passou em um carro roubado, com a polícia atrás de você. – ele desabafou – Você é minha namorada, imagina como eu fiquei.

_ Ex-namorada. – corrigiu ela, fazendo-o suspirar.

_ Você pode me deixar explicar, por favor? – ela bufou, assentindo – Meu nome realmente não é Alex Smith, não sou de Patterson e não quero ser um empresário. Meu nome é Alex Hudson, sou de Monterrey, e sou jornalista.

_ VOCÊ É O QUE? – ela levantou em um pulo, avançando contra ele – Eu vou te matar.

_ Megan, Megan, para. Me deixa falar, por favor. – ele a agarrou pelos punhos, que teimavam em socá-lo – Para e me escuta, por favor. Me deixa explicar.

_ Explicar o que? Como você espionou a minha família? – ela rosnou, os olhos já queimando em lágrimas.

_ Megan, eu sou jornalista policial. E a não ser que sua família esteja relacionado com algum assassinato ou assalto, eu não sei o que eu poderia espionar em vocês. – ele sibilou, nervoso – Eu não menti no resto do que disse sobre você. Eu tenho uma prima mais nova que é sua fã, que te idolatra mais que a vida. Meu irmão é psicólogo e eu sempre me interessei por saber mais sobre você, talvez até mesmo por ser jornalista. Mas quando eu te salvei, quando eu me envolvi com você... Megan, foi tudo real. Eu nunca senti por ninguém o que sinto por você, eu te juro por Deus e pela minha família.

_ Não jura em falso.

_ Não to jurando. Eu sinto algo por você, que nunca senti por ninguém, e nem vou sentir. Você é tão importante para mim, que me dá medo de errar e colocar tudo a perder. – ele a abraçou – Por favor, Megan, acredita em mim. Dá mais uma chance para nós dois.

_ Eu... Eu... – ela parecia perdida diante dos olhos dele, que pareciam implorar piedade. Ela suspirou – Eu te dou mais uma chance Alex. Mas uma pisada na bola, e você vai descobrir que a influência dos Parker é maior do que você imagina.

_ Acredite em mim princesa, eu sei disso. – ele sorriu aliviado – Obrigado por acreditar em mim.

_ Só não me decepcione Alex... Por favor. – sussurrou a menina, com a voz embargada.

_ Jamais minha pequena.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
E caaalma gente, Alex e Manuela tem que azedar a vida né? O que é um grande amor sem um carrapato e uma songa monga pra encher o saco?
Bom, até terça-feira, se Deus e a faculdade permitirem.
Beeeeijos ;@