The Reason is You escrita por WaalPomps


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

POSSO DIZER MINHA ALEGRIA QUE, A MAIORIA DAS COISAS DA FIC BATEU COM O RESUMO DO PRIMEIRO CAPÍTULO?
E COMO EU TO MUUUUITO FELIZ, RESOLVI POSTAR MAAAIS UM CAPÍTULO, PORQUE EU TO LOUCA DE ALEGRIA



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_ Mãe, eu já tenho 20 anos. Eu não preciso me mudar para o Brasil com vocês, posso muito bem ficar aqui, cuidando de mim mesma. – Megan protestava novamente contra a mudança recém-anunciada por Jonas.

_ Megan, você invadiu um autódromo, roubou um carro milionário e foi presa. Você não pode cuidar de si mesma. – Pamela bufou, baixando a revista que lia – Você é impulsiva, esquentada, não mede as consequências dos seus atos...

_ Eu tava em um surto de TPM.

_ Você tem TPM todos os meses, Megan. E eu não vou deixar você aqui, sozinha, para ter crise de TPM e sair quebrando São Francisco a cada uma delas. – decretou a mais velha – E além do que, vai ser bom, essa mudança de ares.

_ Bom pra quem? – a moça bufou – Mãe, Brasil é um país tão... Simples, pobre, sem graça. – a patricinha estremeceu – Eu gosto da nossa vida aqui, do jeito que é.

_ Megan, você sabe que o Jonas teve que tomar uma decisão muito difícil. - a mulher suspirou – E ele precisa do nosso apoio. Nós somos uma família, e famílias ficam juntos nos momentos difíceis.

_ Ele tem que fazer essa droga de reality no Brasil? Não pode ser por aqui? Digo... Estamos nos Estados Unidos, o centro do mundo. Ele não vai achar no Brasil, nada melhor do que ele acharia aqui. – a jovem se largou no sofá, ainda irritada.

_ Megan, você devia dar mais crédito ao país. Eu sou meio brasileira, o Jonas nasceu e cresceu lá... Querendo ou não, você tem raízes naquele país. – lembrou Pamela, e a filha bufou – E não adianta bufar mocinha... Seu lado brasileiro continua aí.

_ Mãe, eu sou americana, inteiramente americana. Meu lugar é São Francisco, não uma cidade fuleira como o Rio de Janeiro. – Megan se levantou, batendo os saltos – Eu vou, já que não tenho escolha. Mas assim que esse reality acabar, eu volto para cá, não importa o que vocês decidam. Eu venho para cá, nem que eu tenha que morar com o vovô.

_ E seu vô te aguenta, né Megan? – Pamela riu, enquanto a filha saia do cômodo – Esquentadinha... – a mãe voltou a atenção para a revista em seu colo.

Megan subiu para o quarto, bufando com a raiva crescente. Entrou no cômodo, se jogando na cama e puxando o celular da cabeceira. Discou o número do namorado, sendo atendida ao segundo toque.

_ Ajeita seu passaporte Alex... Você vai comigo para o Brasil.

~*~

_ Davi, dá pra você largar esse computador?- gritou Luene, entrando no quarto do namorado – Que saco, faz três dias que voltou de Recife e nem ao menos me procurou.

_ Eu tenho que ficar de olho Luene, incansavelmente. – ele rosnou, virando uma lata de energético – A qualquer segundo pode sair informações sobre o reality da Marra. E eu tenho que estar pronto.

_ Davi, eu entrei nessa droga de site hoje e vi... Vai demorar pelo menos uma semana para anunciarem as regras, está bem? Você pode dar alguns minutos de atenção para a sua namorada. E pode dormir um pouco, antes que fique doente. Você quer estar passando mal quando o Jonas anunciar o desafio, e perder essa chance?

Ele parou, ponderando as palavras da namorada. Havia três dias que estava enfiado no quarto, em frente ao computador, com seis engradados de energético.

_ Você vai tomar banho, fazer essa barba e dormir, porque hoje você tem que ir na faculdade. Você tem um grande projeto, lembra? – perguntou a moça – E é melhor você ir comigo falando, porque daqui a pouco sua mãe vai entrar e vai arrancar todos esses fios da tomada.

_ Tá bom... – ele levantou, a contragosto, e Luene o empurrou até o banheiro.

Horas mais tarde, de banho bem tomado, barba recém-feita e algumas horas de sono, Davi saiu pela casa, encontrando os pais e o irmão.

_ Olha, resolveu aparecer. – brincou Dante, enquanto Davi sentava na mesa de jantar. Rita o olhou severamente.

_ Pode falar mãe, pode falar. – o rapaz suspirou, enchendo seu prato.

_ Davi, eu não concordo com essa sua obsessão por esse reality. Você nunca teve interesse em riquezas, ou nada do tipo. – a mulher suspirou – E agora está aí, todo fanático por esse jogo, por ganhar a presidência...

_ Mãe, eu posso mudar tudo. – suspirou Davi – A Marra praticamente comanda o mundo, tem muitos recursos. Já pensou ter isso disponível, com essa ideia do computador? E com as demais ideias que eu e vocês temos?

_ Davi, eu sempre te disse para fazer tudo com honestidade e trabalho próprio. – Rita bufou.

_ Mãe, eu sempre me esforcei, mas o mundo é dos espertos. – o rapaz retrucou, irritado – E o Herval concorda comigo.

_ O Herval tem outros interesses. – riu Dante, intrigando os dois filhos. Rita o beliscou – Ai, desculpa.

_ Mãe, eu preciso tentar tudo que estiver ao meu alcance. – Davi segurou a mão da mãe adotiva – Eu posso mudar o mundo para pessoas que nem as da ONG, pessoas que nem a minha mãe e o meu pai. – Rita baixou os olhos – Gente que não tinha condições de estudar, que não tem muitas oportunidades.

_ Eu só não quero que você esqueça quem você é. – suspirou a mãe, acariciando sua mão.

_ Eu não vou me esquecer mãe. E eu sei que, se eu esquecer, você vai me lembrar.

Rita sorriu, abraçando o filho. Matias e Dante ficaram em silencio, absortos em sua refeição. Logo, Rita e Davi os acompanhavam, todos perdidos em seus próprios pensamentos.

~*~

Jonas estava em sua sala, no topo do prédio da Marra Corporation. Em suas mãos, o logo criado pela equipe de marketing. G3R4Ç@0 BR4S1L.

_ Tem certeza de que quer fazer isso, Jonas? – perguntou Brian, sentando de frente para o pupilo.

_ Brian, eu preciso. – suspirou o homem – Eu não posso deixar o Josh assumir meu lugar, ele vai levar a empresa para a merda.

_ Jonas, ele é um gênio.

_ E daí? – o presidente se levantou, caminhando até a parede de vidro e observando a cidade – Ele é um ridiculozinho, mimado e imbecil, que nunca lutou por nada na vida. Eu construí essa empresa do nada, há vinte e tantos anos atrás. Eu tive que deixar muita coisa para trás, para conseguir isso... Muita coisa...

_ Isso tem a ver com seu atraso nas bodas, no final de semana. – perguntou o guru, e Jonas suspirou – Jonas...

_ Há um rapaz no Brasil, ele entrou em contato com nossos investidores. – Jonas mudou de assunto – Ele conseguiu realizar um projeto que eu sempre sonhei em fazer. Ele criou um computador de baixo custo operacional, e pelo que nossos investidores disseram, é algo impecavelmente realizado.

_ E nós investimos? – Jonas negou, bufando – E por quê?

_ De acordo com eles, o rapaz não se interessa no lucro, é um idealista. – Brian assentiu – Eles tentaram copiar a ideia, mas a universidade do rapaz foi mais rápida e registrou o projeto como dele.

_ Por isso que está indo para o Brasil? – questionou Brian.

_ Esse é um dos motivos. – suspirou Jonas – E eu preciso resolver um assunto pendente.

_ Assunto pendente? – o guru se levantou em um pulo – Jonas, eu sempre soube que você tinha assuntos inacabados naquele país, mas se algo voltou que o faça voltar para lá as pressas, você precisa me contar, para que eu possa te ajudar.

_ Eu vou me virar Brian, não precisa se preocupar. – garantiu Jonas, ainda encarando a cidade. O homem ficou o encarando um tempo, antes de suspirar e dar as costas para o pupilo.

Jonas ouviu a porta batendo, e deixou sua mente vagar.

Um Jonas mais jovem caminhava pelo pequeno bairro do Rio, onde morava. Bateu na porta de uma casinha bem simples, e logo uma bela mulher abriu a porta. Tinha os cabelos bem escuros, a pele clara, os olhos negros faiscando.

_ O que você quer?

_ Sandra, você não pode me ignorar desse jeito. Eu tenho direito de saber do meu filho. – rosnou Jonas, tentando entrar na casa. Ela o empurrou.

_ Não tem filho nenhum. – ela desviou os olhos.

_ Como? – ele sentiu a garganta apertar

_ Eu perdi o bebê, depois da nossa briga. – os olhos dela estava cheios de água, e a culpa o atingiu em cheio – Eu fiquei nervosa e aconteceu. Agora não tem mais nada te prendendo a mim.

_ Sandy, você entendeu tudo errado...

_ Eu não entendi nada errado Jonas, eu ouvi bem o que você disse para a sua mãe. – ela sussurrou – Você disse que eu e o nosso filho estávamos te atrasando. Agora não tem mais filho te prendendo, pode ir embora.

_ É isso mesmo que você quer? – perguntou ele, e a morena não respondeu, apenas abaixou os olhos e desviou o rosto – Se é isso que você quer...

_ Espero que encontre o que quer. – Sandra disse, fechando a porta na cara dele. Jonas ficou encarando o número da casa e fungou, engolindo o choro.

Caminhou até a sua casa, encontrando a mãe na sala. Ela o encarou, e ele rosnou.

_ Maldito Brasil. Que eu nunca mais precise pisar nessa terra desgraçada.

Ele caminhou até a escrivaninha, abrindo uma gaveta e puxando um compartimento secreto. Puxou a foto antiga, encarando o rosto da antiga namorada. Aquela foto havia sido tirada três semanas antes de ele ir embora do país, no dia em que haviam descoberto que ela estava grávida.

Haviam estado tão felizes, até o momento em que ele percebeu que para realizar seus sonhos profissionais, não poderia ter nada daquilo. E então ele teve uma escolha.

Só esperava não ter feito a escolha errada.


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Notas finais do capítulo

E AÍ? GOSTARAM? NÃO GOSTARAM?
ME DIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIGAM
Beeeeeeeijos e até terça