The Reason is You escrita por WaalPomps


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Heeeey gente
Sábado chegou, e com ele, um capítulo novinho em folha *----*
Bom, to louca do cu de raiva, porque o PC da facul deu vírus no pendrive e corrompeu o arquivo da fic, me fazendo perder tudo :/
Bom, espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/486178/chapter/4

_ Megan Lily Parker, abra essa porta agora. – gritou Pamela, socando a porta do quarto da filha. A garota levantou a cabeça do travesseiro, coçando os olhos de maneira preguiçosa – Megan, eu não estou brincando. Abra essa porta agora.

_ Já vai mãe. – resmungou a menina, se arrastando pelo quarto. Socou a mão na fechadura, destrancando, e a porta se abriu, já que Pamela a empurrava. A mulher entrou louca de raiva.

_ O que significa isso? – perguntou a mulher, jogando uma revista no colo da garota. Ela viu a capa e suspirou – Megan, já não dissemos que isso não pode acontecer?

_ Mãe, eu não sabia que o cara ia tentar me estuprar em frente aos paparazzi. – a jovem bufou, abrindo a revista – Pelo menos não apareceu nada demais.

_ Nada demais? Megan, o Jonas está que nem um louco atrás de abafar isso, os assessores da Marra estão com as linhas telefônicas congestionadas. – Pamela massageou as têmporas – E quem é esse rapaz? O que te salvou?

_ O nome dele é Alex. – Megan deu um sorrisinho mínimo – Eu o conheci depois disso. Ele viu o que estava acontecendo e me acudiu.

_ E pelo sorrisinho, foi mais do que isso. – a mais velha não conseguiu evitar sorrir de lado, enquanto a filha dava de ombros – Filha, por favor, pare com essas loucuras. Eu sei o quanto isso é divertido para você, mas é um martírio para a família.

_ Pode ficar tranquila mãe, depois de ontem, eu quero é distância de coisas assim. – Megan suspirou – Você sabe me dizer que horas são?

_ Quase 11h30. – a mulher avisou – Logo Jonas chegará, para almoçarmos todos juntos. Então, por favor, levante-se e se apronte.

Pamela saiu, deixando Megan com seus pensamentos. A jovem observou seu quarto (http://3.bp.blogspot.com/_OCHf1hRBVQc/TKSOT5ElxoI/AAAAAAAAFkw/btdxosjQhKQ/s1600/Foto_1_Qto_do_Adolescente_por_Gustavo_Romanelli[1].JPG), voltando a cair deitada na cama e puxando o celular da cômoda. Uma mensagem apitava.

Bom dia Parker. Está inteira?

Bom dia Alex. Estou bem sim, graças ao meu salvador misterioso. E pare de me chamar de Parker.

Hahahaha percebi que isso te irritava, achei divertido. Acredita que estou sendo considerado um herói em casa? Minha prima está louca porque lhe salvei.

Hahahaha te dei seus minutos de fama, dê-se por feliz. Vou te dar algo, para que presenteei sua prima.

Preferia que desse algo para mim, mas tudo bem. Aceitarei e ela ficará muito feliz.

Bom, você foi um cara legal, posso ser legal com você também.

Que tal sairmos hoje? Vai ter uma festa em uma balada nova da cidade. Provavelmente sem paps. Que tal?

Megan cogitou por um instante, brincando com uma mecha do cabelo. Deu de ombros suspirando, enquanto digitava a resposta.

Claro. Te pego às 23h. Me recuso a ir de moto e desmanchar o penteado.

Combinado Parker. Até a noite.

Sorriu internamente, se levantando em um pulo e correndo para o closet. Analisou as peças, montando um look para o shopping. Precisava urgente de um vestido novo para a noite.

~*~

No Rio de Janeiro, a quinta-feira começava normal para Davi. Ele acordou cedo, se arrastou para o chuveiro, tomou o banho mais gelado possível, virou três xícaras de café sem açúcar e saiu de casa, rumo a ONG onde ele e a mãe trabalhavam.

Rita era, na verdade, uma das coordenadoras do local. Quando Davi foi morar com ela, que era na verdade sua tia, o garoto era bem mais introvertido, quase mudo. Havia perdido o pai ainda bebê, e a mãe pouco tempo depois.

E foi então, aos seis anos, que conheceu o mundo dos computadores, da internet, dos games e das redes sociais. De repente, Davi era outro garoto, vivia em outro mundo. Ele começou a se aprofundar no assunto quando tinha oito anos e os CDs de jogos não mais o contentavam. Aos 12, começou a se interessar pelas máquinas e seu funcionamento. Aos 15 anos, entrou em um curso técnico de informática, no qual sabia mais que o professor.

Agora, aos 20, cursava engenharia da computação e novamente se saia melhor do que os próprios professores. E em paralelo a isso, dava aulas para crianças e adolescentes, tentando mostrar e ensinar a eles sobre aquele mundo incrível que havia encontrado, e no qual vivia.

_ Filho, o Herval quer falar com você hoje, assim que chegar à ONG. – avisou Rita, enquanto o rapaz ia saindo de casa – Ele pediu para você correr na sala dele, antes mesmo de ir para a sua.

_ Oxe, aconteceu algo sério? – Davi se preocupou, mas a mãe negou.

_ Nada de mais querido, você vai gostar. – ela sorriu para o filho, enquanto ia para os quartos. Ele deu de ombros, apanhando a mochila e saindo de casa.

O caminho até a ONG não era longo, já que Rita insistira em morar perto do local de trabalho. O rapaz foi com os fones enfiados na orelha, absorto em seus pensamentos, observando a rua com leve desinteresse. Não conseguia achar graça no mundo real.

_ Herval? Queria me ver? – Davi bateu na porta do tutor, que lhe sorriu largo. O homem indicou que Davi entrasse, enquanto se levantava de sua mesa – Algo errado?

_ Não Davi... Algo maravilhosamente certo. – a animação de Herval era contagiante – Um dos seus professores esteve aqui ontem, conversando comigo.

_ Sobre o que?

_ Sabe aquele computador que você tem trabalhado, o de baixo custo operacional? – o rapaz assentiu – A universidade quer financiar a pesquisa e o trabalho.

_ Jura? – os olhos do garoto brilharam – Mas isso é incrível.

_ E tem mais ainda.

_ Mais?

_ Sabe aquela feira de tecnologia, que tem todos os anos em Recife, no porto digital? – o rapaz assentiu – Então... Você vai para lá rapaz, tudo pago pela universidade.

_ Você tem que estar brincando. – Davi gargalhava – Herval, isso é fantástico. Meu Deus...

_ É moleque, quando a gente é bom, o mundo reconhece. – o tutor o abraçou – Seu professor vai conversar com você hoje, explicar tudo melhor. Mas se continuar nessa, logo você deixa de ser professor.

_ E quem disse que eu quero deixar de ser professor? – brincou o mais novo – Essas crianças precisam de alguém para mostrar esse mundo incrível para elas.

_ Tá bom, eu finjo que acredito. – Herval riu – Agora vai... Seus alunos estão ansiando pelo mundo incrível.

Davi saiu da sala quase aos pulos. Não conseguia disfarçar o sorriso no rosto e a animação, e os alunos perceberam isso. Perto da hora do intervalo, um dos garotinhos levantou a mão e perguntou:

_ Tá tudo bem professor? Você nunca tá tão sorridente assim, e hoje parece que vai explodir de animação.

_ Tá tudo bem sim Júlio. Na verdade, foi bom você ter perguntado. – o rapaz soltou o canetão – Sabe quando eu digo para você que o mundo da computação é incrível, que ele pode mudar suas vidas, e vocês não acreditam? – as crianças assentiram – Então... Ela mudou a minha quando eu era pequeno, e continua a mudar. E para melhor. E não só a minha.

_ Como assim? – perguntou outra das crianças.

_ Ainda não dá pra explicar Luisa, mas quando eu puder dizer, vocês saberão. – o rapaz sorriu para as crianças – Bom, vamos voltar ao que fazíamos?

O dia se seguiu bem rapidamente, talvez pela ansiedade do rapaz. Ele não via as horas passarem, não percebia que às vezes se esquecia de explicar algo, e diversas vezes foi corrigido pelos alunos, que achavam graça naquele lado diferente de seu professor.

No final da tarde, resolveu correr em casa tomar um banho, para estar apresentável para a reunião com o professor. O homem havia ligado mais cedo, marcando de encontrar com Davi na reitoria da faculdade, às 20h.

Colocou sua melhor camisa, que já havia pedido que Rita passasse, uma calça jeans ajeitada e o tênis mais novo que tinha. Tentou dar um jeito no cabelo, mas não importava o que fizesse, o infeliz insistia em ficar arrepiado ou com cara de que acabara de acordar.

Herval lhe emprestou o carro para ir para a faculdade, não querendo que o rapaz enfrentasse um ônibus e chegasse suado ou desarrumado. Davi dirigiu sentindo o peito inflar de animação, ouvindo rádio em um volume absurdo, às vezes gritando as músicas que conhecia, para aliviar a ansiedade.

Quando estacionou em frente a faculdade, suspirou, pegando a mochila. Sentia que sua vida estava prestes a mudar.

~*~

Megan dirigia distraída pela cidade, vez ou outra se olhando no espelho do carro. Estava com uma maquiagem forte, realçando os olhos castanhos, e um vestido branco adorável. Era exclusivo da Chanel e havia custado uma pequena fortuna, mas nada que não pudesse bancar.

Parou em frente a um hotel chique, onde Alex estava hospedado até conseguir um apartamento. O rapaz estava com uma calça jeans escura, tênis e camisa, e tinha um buque de flores na mão.

Ele entrou no carro, sorrindo para ela.

_ Você não me deixou te buscar, pelo menos me deixe presenteá-la. – ele estendeu o buque, que ela apanhou sorrindo.

_ São lindas, obrigada. – ela colocou as flores no banco traseiro, tomando cuidado – Bom, você está muito bonito.

_ Você está maravilhosa. – ele elogiou, vendo-a corar – Olha, Megan Parker cora.

_ Cale a boca. – ela riu, ligando o carro e saindo, os dois conversando assuntos banais. A cidade era grande, e a festa ficava longe do hotel.

Alex disse que quem havia contado era um colega do trabalho, que era amigo do dono do lugar. Havia conseguido colocar o nome dos dois na lista e assim, eles desfrutariam da inauguração do local, sem badalação excessiva. Ou assim esperavam.

_ Meu Deus. – Megan exclamou horrorizada, ao ver dezenas de fotógrafos na porta da boate. Alex a encarou, temeroso.

_ O dono deve ter usado seu nome para divulgar a festa. – ela suspirou – Sinto muito Megan, não pensei que isso poderia acontecer. Se quiser, vamos embora.

_ Claro que não. – ela foi firme – Nós vamos entrar e nos divertir. Se algum paparazzo entrar, eu tenho spray de pimenta.

Alex riu dela, enquanto a via parar o carro em frente a boate. Ele pulou para fora depressa, dando a volta e abrindo a porta dela, enquanto o manobrista vinha e pegava o veículo. Os dois jovens logo foram cercados pelos paparazzi e Megan puxou a mão de Alex. O rapaz sorriu, a abraçando pelos ombros e guiando pelo meio dos fotógrafos.

E todos já sabiam qual seria a matéria que estamparia os jornais no dia seguinte.

~*~

Davi chegou em casa animado, preenchido pela excitação de tudo que havia ouvido e descoberto na reunião. Passaria uma semana em Recife, com tudo pago pela faculdade, e teria acesso a algumas das mentes mais brilhantes do mundo da tecnologia, incluindo representantes da Marra.

Como chegou mais tarde, a família já dormia. Correu para o quarto com um hambúrguer e um copo de refrigerante, e logo já estava no mundo virtual.

Mas não teve tempo de dizer nada, as novidades já estavam escaldantes.

_ MAYA ESTÁ DE VOLTA. – gritou um dos colegas de jogo.

_ Como? – Davi jurava não ter ouvido direito.

_ É sério cara, MAYA voltou ao mundo dos jogos. Só se fala disso nos tópicos do facebook...

MAYA era, simplesmente, a maior lenda do mundo dos jogos virtuais. Ninguém a conhecia realmente, ou já havia conversado com ela pelo Skype ou outro meio de comunicação, que não fosse o jogo. Não sabiam se era homem ou mulher, mas MAYA era um mito, e o sonho de todos os nerds era ter a chance de um dia jogar com ela.

_ Ai gente, essa fixação com ela é bizarra, sério. – riu Manuela, recebendo alguns xingos.

Mas Davi estava maravilhado. Abriu o jogo depressa, já encontrando o chamado.

Se pensava que o dia não podia ficar melhor, estava completamente errado.

“Olá Magodainformática17, sentiu saudades? Pronto para jogarmos? MAYA”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram?
Até terça-feira babys
Beeijinhos