Mess. escrita por bangerz


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Me perguntando cadê vocês que não aparecem nos comentários.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/486036/chapter/4

Eu atirei minha mochila na poltrona perto da minha cama e comecei a me desfazer dos coturnos e da camiseta que eu vestia, olhei ao redor do quarto e encontrei o controle do aparelho de som, liguei e aumentei o volume Cool Kids do Echosmith explodiu pelos auto falantes e eu dancei pra fora da minha calça jeans, essa era uma das vantagens de passar os dias sozinha em casa, eu podia dançar só de calcinha e sutiã por aí sem me importar com quem iria aparecer. Dancei até o banheiro e parei na frente do espelho, eu preciso realmente cortar esse maldito cabelo. Faço uma nota mental para achar uma tesoura hoje a noite e me inclino mais para o espelho tentando ter um olhar melhor sobre a minha sobrancelha, ótimo ainda estava ok, faço meu breve numero de contorcionismo e me desfaço do sutiã, a calcinha segue junto e eu dou uma corridinha até meu chuveiro, tomo um banho demorado, e sim eu estou ciente do problema com a água e como ela pode acabar, acredite eu sou uma ecologista de carteirinha mas tem dias que tudo que você precisa é de uma ducha bem demorada.

Quando meus dedos começam a enrugar eu desligo o chuveiro e agarro minha toalha, pego a toalha melhor e enrolo ao redor do meu cabelo, calço meu chinelo e ando para o closet, eu não demoro para escolher uma sweatpants e um sweater fino, seco meu cabelo e desço fazendo uma lista mental do que eu posso preparar pra comer sem colocar fogo na cozinha ou carbonizar alguma panela, lasanha congelada é a única opção que não oferece perigos e eu escolho e é a minha escolhida. Olho pro relógio tentando checar quando tempo eu tenho até que eu precise me trocar para esperar o idiota do Becker, são cinco e quarenta e nove, eu tenho uma hora ainda, coloco a lasanha no microondas e corro pra sala, procuro um filme qualquer na tv mas nada me agrada além de sexta feira treze. Me deito no sofá e espero até que o sinal do microondas toque, eu acho que eu não tinha notado o quão cansada eu estava porque quando eu acordo tudo está escuro, as luzes ligadas pelos sensores de movimento estão apagadas e a tv mostra outro filme que eu não me interesso, levanto e corro pra cozinha, a lasanha esfriou mas eu não ligo, agarro um prato e despejo o conteúdo dentro, procuro a caixinha de suco na geladeira e volto pro sofá, quando eu cavo o primeiro pedaço a campainha ecoa pela casa toda e eu estou realmente cogitando fingir que não estou em casa.

– Mess! Mess, você está aí? - Eu realmente prefiro fingir que não tem ninguém em casa. Tudo que eu menos quero é Becker na minha casa. - Mess, eu vi a luz acesa.

– Porra de sensor. - Eu xingo baixinho e levanto do sofá com mais preguiça do que antes, quando abro a porta eu tenho que me esforçar pra não rir do nariz vermelho dele e dos olhos apertados, esfriou demais.

– Eu pensei que ia morrer congelado aqui fora. - Ele reclama enfiando as mãos dentro do casaco e me empurrando pra entrar.

– Idiota, eu nem te convidei pra entrar, sabia que isso é falta de educação? - Eu resmungo enquanto fecho a porta rapidamente pra impedir o frio de entrar.

– Quem liga pra educação quando se está com a senhorita mal educada? - Ele diz com um sorriso falso e eu xingo outra vez enquanto ele tira o casaco e se joga no sofá que eu ocupava antes, estica o braço e agarra o meu prato com a lasanha, antes que eu consiga processar as informações ele já está comendo o segundo pedaço.

– Seu filho da puta, essa comida é minha Travis! - Eu corro pra arrancar o prato dele mas ele é mais rápido e pula para trás do sofá enquanto estica o braço acima da cabeça e deixa três vezes mais alto do que eu.

– E eu sou o mal educado? Onde está a sua hospitalidade, Melissa? - Ele pergunta se fingindo de ofendido e eu continuo jorrando uma serie de palavrões pra ele enquanto subo no sofá e tento reaver meu prato. Porque eu tive que dormir? Por quê?

– Você não pode chegar e tomar a minha comida, Travis! - Eu grito irritada e ele ri antes de tirar outro pedaço e me devolver o prato.

– Aí está pequena agressora, não precisava desse escândalo todo, eu só queria um pedaço.

– Compre o seu. - Resmungo antes de sentar no sofá e encarar a tv comendo a minha lasanha.

– Como nós vamos fazer? Tem essa pesquisa e depois nós precisamos desenvolver os textos, fotografar os prédios com influências da época. É complicado. - Travis diz enquanto se senta ao meu lado e espalha os braços e pernas sobre o meu sofá e a mesinha de centro da sala.

– Pesquisaremos na internet, é bem simples se você quer sabe, só precisa ter um notebook, você sabe o que é isso não sabe? - Eu ironizo e ele faz uma careta irritado.

– Óbvio que eu sei mas eu prefiro a pesquisa feita na biblioteca central, está aberta até as doze, hoje. - Ele diz e se inclina para roubar com o dedo um pouco do creme da lasanha que se espalhou pelo prato, eu bato a mão dele pra fora, mas ele já roubou de qualquer jeito.

– Eu não vou sair de casa com esse frio todo aí fora. - Reclamo e me enrolou com o cobertor que minha mãe deixava estendido no sofá.

– Você é como um bebê chorão, eu não sei por que te escolhi. - Travis resmunga e esfrega as mãos juntas tentando aquecê-las.

– Ah sim, eu sou o bebê aqui, não fui eu que escolhi a pessoa que me odeia para ser minha dupla só por pura birra. - Eu digo irritada e ele me responde com um sorriso desenrolado lentamente pelo resto bonito. Meu coração acelera, mas eu grito internamente pra que ele volte ao normal, não há nada de importante pra se ver no Becker.

– Será que você me odeia mesmo, Carter? Eu posso ouvir seu coração acelerado daqui. - Ele está sorrindo, o sorriso que ele usa quando blefa e ele não sabe que eu sei que não passa de um truque pra me deixar nervosa.

– Você precisa arrumar um aparelho auditivo então, está escutando mal, Becker. - Eu digo e devolvo o sorriso.

– Ou talvez você só precise de um empurrãozinho. - Ele diz e estica o braço nos meus ombros, os dedos se enrolam em uma mecha do meu cabelo e eu estapeio a mão dele pra que ele a deixe ir. Talvez eu tenha subestimado, talvez ser a dupla do Becker não seja só ruim pra minha reputação como odiadora do Becker como também seja a pior provação do mundo pra minha sanidade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

n gostei muito do capitulo mas enfimmmm



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mess." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.