Mess. escrita por bangerz


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

É meio difícil saber se alguém tá realmente lendo isso aqui se vcs n comentarem e eu preciso de um norte por aqui né? (:



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– Para de acelerar! Droga, Travis nós vamos derrapar, para com isso seu babaca! - Eu grito enquanto me agarro ao banco do carro e começo uma oração silenciosa pela minha vida.

Deixa eu explicar como tudo isso começou. Nós estávamos sentados no sofá enquanto eu graciosamente - ou não tão graciosamente - colocava meus pontos negativos sobre ele e seu carro idiota na roda da verdade sobre os motivos pelos quais eu não andaria com ele em seu carro até a biblioteca central, digamos apenas que eu não tive chance e não fui levada em conta, agora aqui estamos nós na rodovia principal enquanto Travis acelera a 100 km por hora as oito e cinquenta da noite. Essa foi uma péssima ideia, eu devo dizer.

– Você não confia nas minhas habilidades no volante? Você está me magoando, Mess. - Travis me diz com uma falsa expressão ofendida no rosto. Eu sei que ele está rindo por dentro. Rindo de mim. Eu odeio esse cara.

– Eu não confio em nada que venha de você, Travis. - Eu resmungo enquanto ele desacelera e eu dou um sorriso de vencedora. Devia saber melhor, quando eu penso que ganhei Travis acelera mais do que antes e o carro gira na curva que nos levaria a entrada da biblioteca, eu grito e aperto os meus olhos bem fechados. Sabe o que dizem sobre ver um filme da sua vida antes de morrer? É mentira, eu não vi nadinha mas eu podia ouvir a morte chamando meu nome. Quando eu abro os olhos Travis está rindo desesperadamente.

– Você quase me matou! - Eu grito irritada enquanto ele solta longas gargalhadas que fazem meu estomago embrulhar e minhas pernas tremerem.

– Você é tão medrosa, meu Deus! Melissa, eu tinha tudo controlado, pelo amor de Deus. - Ele diz entre uma risada e outra e eu me desfaço do sinto pra ter um melhor acesso sobre ele, eu vou mata-lo agora mesmo.

– Seu idiota, eu vou matar você, Becker! - Eu grito enquanto estapeio tudo que posso atingir dele, minhas mãos ardem pelo impacto com a pele mas eu não ligo, continuo batendo nele enquanto ele ri cada vez mais alto. Eu.odeio.esse.cara.

– Pare! Mess se você não parar agora mesmo eu vou parar você! - A voz dele soa ameaçadora mas eu não estou nem ao menos dando importância ao que ele diz, eu quase morri aqui cara, eu tenho todo direito do mundo de bater nesse energúmeno o quanto eu queira.

– Eu vou arrancar seus olhos! - Grito irritada.

– Eu avisei. - Antes que eu posso entender algo, Travis se desfaz do cinto de segurança e no segundo seguinte eu estou presa entre a porta do carro e ele. É sufocante e ele cheira a verão e um toque de algo que eu não sei o que é, inspiro o cheiro dele um pouco mais e fecho os olhos, não é como se eu quisesse fazer isso é mais como se o meu corpo agisse sozinho. - Continue assim e eu vou pensar que você está implorando pra ser beijada, Mess.

– Eu iria preferir beijar o amadeu. - Eu falo irritada enquanto empurro ele pra longe de mim e sacudo a cabeça tentando me livrar da memória do cheiro dele e faço uma careta quando penso realmente em beijar Amadeu, a aranha nojenta da minha vizinha. Merda eu pareço uma daquelas garotinhas sonhadoras e apaixonadas.

– Você está quase me pedindo pra beijar você, Mess. Vamos lá, admita pra mim e pra si mesma, nós estamos sozinhos aqui, ninguém vai saber que minha arque inimiga é apaixonada por mim. - Ele ri enquanto pisca pra mim numa tentativa ridícula de me seduzir. Porra, ele nem sabe que está muito perto de conseguir. Não, ele não está, pare com isso agora mesmo Melissa!

– Vá pro inferno, Becker. Eu odeio você. - Resmungo enquanto abro a porta do carro e pulo pra fora, eu sou mais baixa que a maldita caminhonete.

– Continue dizendo isso a si mesma, Mess! - Ele diz rindo enquanto saí do carro e veste a jaqueta velha de couro.

– Eu não preciso me dizer nada, eu odeio você de verdade. - Eu digo enquanto ando de costas em direção a biblioteca, eu não preciso olhar eu sei o caminho decorado. Eu costumava fugir de casa para vir aqui e perder um bom tempo quando eu tinha treze anos, faz um tempo desde então mas eu nunca vou esquecer o caminho.

– Você vai cair. - Ele diz enquanto olha atentamente pra mim, se esse não fosse o Becker eu poderia jurar que ele estava preocupado comigo, mas então esse era ele.

– Quem liga? - Eu pergunto rindo enquanto puxo as mangas do meu sweater e em seguida enfio as mãos no bolso de trás da minha calça jeans que eu vesti rapidamente quando foi decretado que viríamos hoje mesmo.

– Foda-se. - Ele xinga enquanto olha pra cima e finge que eu não estou na sua frente. Eu agarro meu cigarro no bolso de trás da calça juntamente com o esqueiro e puxo pra fora, eu fumo as vezes, eu não sou uma viciada mas eu fuma uma ou duas vezes por mês, quando eu sinto vontade. Eu acendo o cigarro e o prendo entre os meus lábios enquanto guardo o esqueiro. - Mas que porra é essa? Melissa apaga isso agora, você ainda vai morrer por essa maldita coisa!

– Você não manda em mim. - Eu digo sorrindo como uma criança que acabou de aprontar e dou uma tragada longa olhando pro céu escuro acima de mim, quando eu volto para expelir a fumaça Travis está na minha frente e arranca o cigarro dos meus dedos, eu solto toda a fumaça bem no rosto dele, por pura maldade. Quem ele pensa que é? Quer dizer, uma garota tem seus direitos não tem? E nós estamos num país livre eu posso morrer de câncer no pulmão se eu quiser.

– Porra, Mess! - Travis grita no meio de um acesso de tosse enquanto eu dou a ele meu melhor sorriso de gato que comeu o canário.

– Bem feito. Você me deve um cigarro. - Eu digo e dou as costas pra ele, ele tosse mais algumas vezes e eu luto com a vontade fodida de virar e ir até lá ajudar o imbecil a se recompor.

Quando eu alcanço as portas da biblioteca Travis está uns cinco passos atrás de mim, fones nos ouvidos, cabelo bagunçado, mãos nos bolsos da frente da calça jeans e uma tosse ocasional. Ele parecia até bonitinho. Ok, ele estava realmente bonito. Eu até diria que tentador. Ele acena pra que eu entre e me segue, nós andamos lado a lado até a recepção, eu dou ao bibliotecário nossos nomes e ele nos dá os crachás para podermos circular por todas as áreas da biblioteca.

– Nós vamos procurar primeiro no acervo de história ok? - Eu digo enquanto ando entre os corredores com Travis atrás de mim.

– Grande sacada, sua inteligencia me assusta, Mess! - Travis solta sua ironia em cima de mim e eu reviro os olhos, eu estou cansada dele e eu quero dormir.

– Foda-se. - Eu xingo e continuo andando sem me importar com ele, nós chegamos ao acervo de história e eu passo o crachá pelo leitor magnético da porta e espero que ela abra, quando nós entramos uma a uma as luzes se acendem, ótimo, sensor de movimento, eu odeio isso porque as luzes se apagam quando você passa pelo sensor deixando um rastro escuro atrás de você e eu posso até ter quase dezoito anos mas eu continuo tendo medo do escuro.

– É algum tipo de ritual obrigatório? - Travis pergunta e eu saiu do meu transe momentâneo.

– O que?

– Isso de ficar em pé sem se mover, é um ritual? - Ele pergunta de novo e me dá um sorriso bobo.

– Travis porque você não vai se foder? - Eu digo e viro as costas pra ele outra vez, começo a andar pelo corredor enquanto ele continua parado na porta rindo como um idiota. Eu odeio Travis Becker. De verdade.


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