Eu encarei Travis e revirei os olhos. Sério? Ele realmente ia vir com essa de ser a minha dupla em um trabalho do colégio? Vamos lá, ele podia fazer melhor. O idiota me deu um sorriso arrogante e abriu o caderno em cima da minha mesa. Travis é o único cara ruivo do colégio, acho que isso acabou tornando ele a estrelinha da newark, não é todo dia que você encontra um ruivo de um e oitenta e cinco de altura com um cabelo bagunçado andando pelos corredores parecendo o rei do universo, então eu não estranhei quando depois de 1 ano ele era a estrela do time de futebol, o melhor nadador da nossa liga senior e um dos melhores alunos do colégio. Quer dizer, ele parecia predestinado a ser perfeito com aqueles olhos verdes clarinhos e cabelo ruivo enrolado, tinha jeito de badboy mas não passava do exemplar de carinha perfeito.

– É o seguinte, nós temos duas semanas mas eu tenho treino praticamente todos os dias, então vamos fazer isso a noite. - Ele diz enquanto anota no caderno o que o professor diz.

– Eu não vou ser sua parceira, Becker. Emy e eu somos uma dupla, você deveria ir e se juntar com o Madoc. - Digo enquanto arrasto minha cadeira para mais perto de Emy que continua calada como uma múmia.

– Emily será que você pode ser a dupla do Matt? - Ele diz sem realmente olhar pra emy o que me deixa realmente irritada já que há alguns dias atrás ela era sua suposta namorada, vamos lá cara, a garota merece respeito.

– Claro, vou deixar vocês sozinhos. - A voz dela é cortante e eu começo a me sentir realmente mal. Eu não quero que emy se machuque por causa desse idiota.

– Emy, você não precisa ir. - Antes que eu termine a frase ela já está na mesa do nosso quase melhor amigo Matthew.

– Então, eu sei onde você mora eu posso passar lá as sete e nós vamos pesquisar na biblioteca central, assim fica bom pra você? - Ele me pergunta e eu decido que eu quero atirar meus livros na cabeça dele.

– Eu não vou sair por aí com você, Becker. - Eu resmungo e o sinal que anuncia o intervalo para troca de aulas ecoa pelo colégio, eu agradeço a Deus mentalmente e me levanto da cadeira esperando que ele pegue a dica de que eu não quero falar com ele mas esse é Travis e ele não se importa com o que eu acho.

– Tudo bem, olha só Carter nós vamos fazer esse trabalho juntos, você precisa aceitar e lidar com isso. Eu te escolhi, você não pode fazer nada. - Ele diz enquanto se levanta e se ergue sobre mim cerca de vinte e cinco centímetros, eu odeio ter que olhar pra cima para encarar o idiota.

– Veja e aprenda. - Eu digo enquanto passo por ele esbarrando meu ombro contra ele pra dar enfase ao que eu digo.

– Eu estou esperando ansiosamente, me ensine algo, Carter. - Travis diz enquanto ri e se apoia contra a mesa. Eu odeio esse cara.

– Mr. Kelton, eu estou insatisfeita com o meu companheiro neste precioso trabalho e eu gostaria que o senhor me permitisse trocar. - Eu digo enquanto os últimos alunos deixavam a sala conversando alto e rindo.

– Senhorita Carter eu temo dizer que nada pode ser feito... O senhor Becker foi categórico quando disse que você era sua companheira e ele não trocaria de forma alguma. Eu aconselho que a senhorita tente conversar com o rapaz e decidam isso de maneira civilizada. Preciso ir, até a próxima aula. - O velho se despede e corre pra fora da sala equilibrando a duzia de livros que ele sempre carrega por aí enquanto eu continuei parada encarando a parede. Mas. Que. Porra.

– Eu disse pra você. - Travis se curva num acesso de riso e eu o encaro irritada, eu só quero socar aquele rostinho bonito até ele se tornar feio demais pra qualquer uma olhar.

– Travis vamos lá, o que você quer em troca da minha liberdade sobre este trabalho? Eu sei que você odeia história eu posso fazer todo o trabalho e colocar seu nome em troca você me deixa em paz. - Eu ofereço e espero enquanto ele parece considerar a oferta.

– Não, eu prefiro ver você se contorcendo toda irritada porque está comigo. Tenho que ir, sem tempo pra mais conversa senhorita Carter, desculpe mas eu tenho um treino de futebol para comandar. Te vejo as sete. - Quando ele passa por mim a sua mão esbarra na minha e ele se curva para beijar a minha bochecha. Ignorei Melissa, ignore a porra do garoto.

– Não toque em mim, você é nojento. - Eu resmungo quando me afasto dele e limpo minha bochecha. Ele ri alto enquanto saí da sala e eu solto uma serie longa de palavrões. Porque inferno isso tem sempre que acontecer comigo?