ReNa - Mas... Eu Te Amo! escrita por Mel Castro
Renê narrando: Já havia terminado meu banho! Estava colocando minhas roupas, quando escuto o celular da Helena tocar. Coloquei minha camiseta, e saí do banheiro do quarto dela.
– Quem é, amor? -Perguntei dando uma última secada nos meus cabelos.
– Não sei! É um número desconhecido, mas quando atendi, desligou! -Falou sem tirar os olhos do celular.
– Pode ser um trote!
– Sim, coisa de gente sem ter o que fazer! Agora fiquei agoniada, e até com uma dor no peito.
– Nervosismo!
– Exato!
– Sabe, isso me lemb...
– Shiii... -O celular tocou novamente. -O mesmo número!
– Atenda... -Sentei na cama e fiquei ouvindo o que ela falava:
– Alô...? Mãe?!?! O que foi? Você parece estar chorando... como assim? Desde quando? -Helena começou a chorar. - Não mãe, eu.... tá, eu sei... eu chego aí o mais rápido possível... beijo, tchau! -Helena desligou.
– Renê, o meu pai... teve uma parada cardíaca! Preciso ir pra lá! Eles não têm carro, e quando ligam pro SAMU, a ligação cai... -Falou chorando mais ainda!
– Sozinha você não vai! E deixa que eu dirijo, ok?
– Tudo bem, mas vamos rápido!
Fomos no meu carro! Helena não parava de chorar... e eu pensando que nunca mais veria ela assim...
__________
Eu estava sentado na sala de espera, e Helena andava em círculos, enquanto aguardava alguma notícia de seu pai.
– Meu amor, fazer isso não vai adiantar nada! -Falei segurando seu braço, e puxando para ela se sentar do meu lado.
– Ele não vai resistir, Renê...
– Vai sim! Ele é forte.
– Ele já teve isso... várias vezes!
– Eu sei! Você me contava. Ele já saiu de todas as outras, e vai sair dessa também.
– E se não sair? -Abracei ela, tentado passar algum tipo de força, ou de conforto. Mas nada funcionava! Vi o médico que estava cuidando do pai da Helena. Ele estava procurando alguma coisa, e quando olhou para nós, veio em nossa direção. Chacoalhei a Helena de leve, que logo o viu também.
– Então, doutor! Alguma novidade? -Fiquei em pé em sua frente, e Helena fez o mesmo.
– Sim! Mas o que eu tenho pra falar, não é muito bom... -O médico colocou a mão no ombro da Helena, e abaixou a cabeça.
– Doutor... você tá dizendo que o meu pai... que ele... -Ela não conseguia falar, estava chorando muito.
– Eu sinto muito, Helena... -Falou.
Helena me abraçou da maneira mais forte que conseguia. Ela soluçava entre os choros. Era desesperador ver o jeito como ela chorava, e não poder fazer nada para reverter essa situação.
– E a D. Cristina, já sabe? -Perguntei.
– Sabe! Eu queria dar a notícia para vocês juntos... mas ela logo descobriu. Helena, segundo antes de partir, seu pai me entregou um papel com algumas letras aleatórias.
– Como assim? -Ela saiu do abraço, e encarou o médico!
– Tá aqui! -Ele entregou uma folha à ela. -Eu sinto muito pela sua perda, Helena! -Ele saiu.
– OTUNWOESVSOCS!
– Que isso?
– São as letras que estão aqui! Mas eu não tô com cabeça pra pensar nisso, toma -Me entregou o papel.
___________
– Vocês tem certeza?
– Claro, D. Cris! Pode ir pra casa, que nós ficamos aqui. Aliás, tem até um colchão de ar ali atrás! Ficamos ali numa boa!
– Então... vou ali me despedir da Helena! É tão bom ver que vocês estão juntos... isso me dá uma gota de felicidade, enquanto estou num mar de tristeza! Olha Renê, cuida bem dela, ok? Ela sofria muito com o Mathias...
– Eu sei D. Cris! A senhora não sabe o quanto me dói, ver ela chorando assim... e o pior, é que eu nem sei como fazer esse sofrimento parar...
– Nesse caso, o tempo é o melhor remédio! -Entrei junto com D. Cristina, no velório, onde Helena não saía de perto do corpo do seu pai.
– Helena... -Falei quando estávamos sozinhos. -Você não quer descansar um pouco? -Perguntei beijando o seu braço.
– Não! -Foi tudo que ela falou. Me sentei em uma cadeira atrás da Helena, enquanto examinava àquela folha. Isso perece um código... ele gostava de brincar com isso... mas o que significa?!?!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Capítulo triste pra Helena, não é? E aquela folha? O que será que representa aquele código?