~Dia seguinte...~

Helena narrando: Acordei com uma imensa dor nas costas, estranhando não estar no meu quarto. Foi quando lembrei que havia dormido com o Renê no quarto de hóspedes, e que o colchão é muito duro. Tá explicado a dor nas costas. Também estava com uma fome fora do normal.
Dei um beijinho na testa do Renê, e sai da cama com cuidado para não acordá-lo.
Comecei a preparar um café da manhã, pra levar pro meu amor. Enquanto estava cortando uma maçã ao meio, olhei para a minha mão direita, e senti um alivio enorme não encontrando o meu anel de noivado no meu dedo.

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– Bom dia, meu príncipe. -Disse dando vários beijinhos no rosto do Renê.
– Eu estou ouvindo direito? -Falou levantando aos poucos.
– Está! Olha amor! Eu preparei um cafezinho para nós.
– Na cama? -Perguntou se escorando na cabeceira.
– Uhum, ó. -Coloquei um morango na boca dele.
– Muito bom!!

Começamos bem o nosso dia. Ficamos boa parte da manhã namorando enquanto tomávamos nosso café.
– Daqui pra frente, a nossa vida vai melhorar muito, né princesa? -Renê perguntou fazendo carinho no meu braço.
– Uhum! Só eu e você...
– Dois filhos... um cachorro... Um edredom, e um filme bom no frio de agosto, não é?
– Não! É só eu você, um edredom e um calor de janeiro! Que tal?
– Perfeito do mesmo jeito! Mas a história dos filhos e cachorro, nós vemos mais pra frente!
– Bem mais pra frente.
Ficamos um bom tempo em silêncio, abraçados um no outro, curtindo o nosso momento de paz e sossego.
– Como pode? -Perguntei saindo dos seus braços e o fitando.
– O que?
– É quem em poucas horinhas que passamos juntos essa manhã, eu me senti muito mais feliz, do que eu fui esses últimos anos com o Mathias. Pela primeira vez, eu me senti amada!
– Oin meu anjo. -Renê me deu um selinho rápido.
– Isso vai ser pra sempre?
– Com toda certeza do mundo, vai! Sabe por quê?
– Por que?
– Eu te amo! Ao contrário do Mathias, eu te amo de verdade! Quero você do meu lado pra sempre, tá bom minha linda?
– Tá ótimo! -Nos beijamos incontrolavelmente. Eu sinto que com o Renê, tudo vai ser diferente. Eu posso ver o brilho no olhar do Renê, logo após dos nossos beijos, dos nossos momentos mais especias, toda vez que eu falo que o amo... eu nunca havia percebido isso no Mathias... nunca!
– Helena, posso te perguntar uma coisa meio doida? -Perguntou quando nos separamos do beijo.
– Pode!
– Quem é melhor na cama? Eu ou o Mathias? -Gargalhei.
– É difícil responder... além de dormir, eu nunca fiz nada com o Mathias.
– Jura? -Seus olhos brilharam de uma maneira incrível. Renê abriu o sorriso mais lindo que podia, e logo depois me beijou
– Sim!
– Helena... -Renê segurou minha nuca, e me trouxe para mais perto dele. -Eu te amo muito! -Só isso bastou para que, em um rápido movimento, minhas mãos voassem para seus ombros, e iniciar o beijo mais romântico que eu já dei em alguém. Ele apenas me beijou da mesma forma.

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– Lindo, que tal nós irmos ao cinema, hein?
– Pra que? Só se for para não olhar o filme! -Desliguei a televisão.
– Você quer ficar aqui o dia todo? -Falei parando em sua frente.
– Sim! Olha que clima gostoso... um friozinho...
– Renê, tá friozinho, porque o ar condicionado tá ligado! Lá fora deve estar uns 40 graus.
– Vamos ficar aqui, vamos... -Renê se levantou e parou na minha frente.
– Mas eu queria ir no cinema!
– Ta bom, amor! Que filme você quer olhar?
– Ué, faz diferença? Nós nem vamos prestar atenção no filme. -Sorriu.
– Então tá bom! Vamos! Você me convenceu.
– Mudei de ideia! Quero fazer outra coisa! -Joguei o Renê no sofá.
– Helena, você me deixa maluco, sabia?
– Uhum! -Me sentei em seu colo, ele logo começou a morder meu pescoço, enquanto eu ia à loucura com isso.
Renê se levantou comigo em seu colo, e me deitou no sofá, ficando em cima de mim.
– Esse sua calça jeans não tá ajudando. -Falei no ouvido do Renê, e pude senti-lo se arrepiar inteiro.
– Na sua cama... Por que não vamos pra lá?
– Só se você me carregar.

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Quando chegamos no meu quarto, nós já não estávamos respondendo por nós. Queríamos aquilo mais que tudo. Por um momento, fechei meus olhos, e deixei o Renê tomar conta de tudo. O que estava dando muito certo!
Nós estávamos viciados no outro! Sim, era isso! Se eu ficasse um minuto sem ele, já estava me sentindo quase morta. Nós éramos um casal, podíamos fazer o que quisermos, e o melhor: sem culpa!

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Renê narrando: Ficamos um tempo nos recompondo dessa loucura que fizemos. Helena ainda estava ofegante, e ver a maneira que ela respira, era um dos meus passatempos favoritos.

– Meu amor? -Beijei seu pescoço.
– O que?
– Não acha que as coisas andam muito perfeitas, não?
– Acho! Por que? Não é bom?
– Claro que é bom!
– Eu vou tomar um banho, ok?
– Tudo bem! Vou encomendar alguma coisa para a nossa janta.
– Eu já vou pra casa, meu bem! Nem adianta!
– Eu vou ficar sozinha, nessa casa enorme, sem nem um macho pra me proteger dos espíritos que aqui habitam?
– Para de ser exagerada! Amanhã vamos nos ver novamente. -Helena abaixou sua cabeça.
– Ok...
– Então vamos fazer assim: arrume suas malas, que amanhã eu venho te buscar!
– Por que?
– Vamos fazer uma viagem! Ficar 1 mês longe! Só nós dois.
– Irrecusável... -Helena veio em minha direção.
– Então... eu vou pro banho... tentar apagar o fogo que a senhorita acendeu...
– Tenho uma ideia melhor...
– Qual?
– Você me ajuda com as minhas malas, e depois eu vou pra sua casa com você!
– Po... Pode ser!
– Por que está nervoso? -Perguntei mordendo o seu lábio inferior.
– Faz isso não... Deixa eu tomar meu banho, ok? Depois nós namoramos.
– Ok.