Oh Shit, Castiel! escrita por Yoko Kurosaki


Capítulo 5
Golaaaaço do Brasil! Ops, Castiel!


Notas iniciais do capítulo

AI MEU DEOOOOOOOSSSSS, eu tô APAIXONADA por esse capítulo!

Mas ANTES, preciso agradecer MUITO à Dani-chan que recomendou a fic! ♥_♥ Dani-chan, OBRIGADA, eu fiquei o resto do dia com um sorriso no rosto, sério! Acho que te amo HUAHAUHA ♥

Enfimmmmmm, galerinha, tá aí o cap mais foda que já fiz HAUHASUAH

#GO #GO #GO



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/485675/chapter/5

Ok. Não sei como reagir a isso.

Posso ir lá dar um murro na cara dela, posso pegar meu celular para ligar pro Castiel, posso tirar uma foto...

É, eu escolhi a primeira opção.

Foi impressionante como em menos de 5 segundos eu já estava a centímetros deles. Cheguei lá como se não quisesse nada, mas nem tinha importância já que os dois estavam de olhos fechados. Aproveitei para agarrar BEM o cabelo dela e puxar com tudo pra trás! Nathaniel se afastou não entendendo nada até que me viu. E ficou em choque.

– Ai! O que é is... TÁ LOUCA?! – gritou, dando um tapa na minha mão e fazendo cara de puta. Como se ela já não fosse.

– QUE FEIO, HEIN DEBRAH?! TRAINDO TEU NAMORADO! – gritei de volta, quase cuspindo na cara dela. Vi num reflexo que ela ia me dar um empurrão mas Nathaniel impediu. Iris e Jade apareceram e foram me puxando pra trás mas eu resisti. Comecei a sentir alguns olhares alheios...

– QUE NAMORADO?! AQUELE SEU AMIGUINHO É UM LIXO! PERDI MEU TEMPO COM AQUELE CANALHA!

Ah, não. Ela não fez isso.

Me diz que ela não tá xingando o Castiel.

– A VERDADE É QUE VOCÊ É UMA PIRANHA! NÃO AGUENTA FICAR COM UM MACHO POR MAIS DE UMA SEMANA, NÉ VAGABUNDA?! – gritei, feliz por ter finalmente xingado essa perua. Tudo bem que eles ficaram por mais de uma semana, mas foda-se. Meu argumento foi demais para ela.

– QUÊ?! VOCÊ VAI APANHAR, SUA CACHORRA! – cuspiu, relutando contra Nathaniel que a segurava e partindo para me agredir. Tsc! Essa vadia conseguiu me arranhar na bochecha! Mas é claro que não perdi a oportunidade de ela se aproximar e tentei um chute. Atingiu a canela de alguém, menos a dela. Ai.

– EU VOU TE MATAR! – me ameaçou. Mas agora Nathaniel finalmente puxou ela e a conseguiu levar para outro lado da casa. E Jade me levou para outro canto. Iris não sabia se ria ou se ficava preocupada.

Todo mundo voltou a beber e conversar. Se essa discussão demorasse mais um pouco, provavelmente já teria virado patifaria. Ainda bem que foi rápido, não estragou a intenção da festa. Que era assistir ao jogo do Brasil. Até por que enquanto brigávamos, ouvi gente gritando “GOL CONTRA, DESGRAÇADO! ”. Depois até brincaram que nós éramos Brasil x Croácia! Até parece.

– Ai, amiga, eu estava na esperança de você ficar com o Nath hoje! Masss... – murmurou Iris, quando Jade se afastou para ir pegar uma bebida. Estávamos encostadas na parede, apenas observando.

– Pois é. Nem sei mais o que pensar dele. – murmurei também. Eu já não estava mais no pique de festa e acho que ela percebeu isso.

– Não quer ir lá fora tomar um ar? – sugeriu.

– Melhor, acho que vou embora... – falei. E Iris assentiu. Passou a mão nas minhas costas num gesto de conforto e disse que eu estava linda naquela roupa. Ai, tinha que ser essa Iris ♥

Me despedi da maioria do pessoal, só os que apareceram no meu percurso até a porta. Minha cabeça estava latejando, precisava de um sofá confortável para eu hibernar, e rápido.
Ainda bem que minha casa era perto dali.

Mas... O apartamento do Castiel não ficava tão longe também.

Tá em casa?

Mandei SMS pra ele, porque estava fora de questão usar meu 3G pra chamar ele no Whatsapp. Qualé, tá achando que eu cago dinheiro? Humpf!

Estou. Vem pra cá agora, se puder.

Nem pensei duas vezes. Podia estar com dor de cabeça, estressada e deprimida mas quando me dei conta, já estava tocando a campainha dele.

– Foi rápida! – disse, assim que abriu a porta. Não deu dois segundos e o Dragon pulou em mim.

– Dragon! Ai! – resmunguei. Ele lambia minha cara com aquela língua de dois metros por quadrado! E o Castiel maldito só ria! Pff...

Depois de se divertir vendo o Dragon praticamente me estuprar ali, Castiel tirou ele de cima de mim e me ajudou a levantar. Enquanto limpava a baba do Dragon na minha cara, fui entrando. Estranho, em dia de jogo, o Castiel estar em casa.

– Tá em casa por quê? – indaguei, enquanto fechava a porta e olhava pra TV. 2x1 pro Brasil, por enquanto.

– Tô em casa porque minha mãe vem pra cá hoje. Ela vai terminar de assistir ao jogo comigo. – sorriu de orelha a orelha, enquanto se jogava no sofá e aumentava o volume da TV.

– Sério??! A Tia Cláudia vai vir?! – era assim que eu chamava a mãe do Cast. Ufa, uma notícia boa pelo menos.

Ele assentiu, feliz. Só mesmo o Cast sabe a falta que os pais dele fazem.

– Vai. E o meu pai vem final de semana! – disse, dando tapinhas no sofá indicando para eu sentar. E sentei, farta! Precisava de uma coisa macia...

– E me chamou para assistir ao jogo com vocês? Aw, bom saber que você lembra de mim às vezes, né Castiel? – falei, totalmente irônica. Mas rindo.

Ele riu também. – Foi, mas não só isso. Preciso te contar uma coisa.

Ai, bateu um ventinho no estômago...

– É? Preciso te contar uma também. Muito séria. – falei, tentando ficar séria mesmo.

Ele desviou o olhar da TV e o fixou em mim. Por uns 3 segundos. – É a explicação para esse arranhado na sua bochecha? – indagou. – O que aconteceu?

Eu queria responder ele instantaneamente, mas precisei esperar um pouco para aproveitar os milésimos de segundos em que ele olhou pra mim para apreciar o contorno de seu rosto. Ai, droga... Acho que isso é algum tipo de hipnose.

– É, é sim. Fui numa festa hoje. – desviei meu olhar para a TV. Eu não ia conseguir falar e olhar para ele ao mesmo tempo. Meu rosto começava a queimar.
Nisso, ele desviou também e voltou a focar no jogo.

– Aquela na casa do namorado da Rosalya? – perguntou, como se já soubesse a resposta. Dessa vez olhei pra ele, mas surpresa.

– É! Por que não apareceu lá um pouquinho? – indaguei.

– Porque a Debrah ia estar lá. E é exatamente isso que eu preciso falar com você.

– E é exatamente isso que eu preciso falar com você – repeti, de propósito. Agora ele olhou pra mim.

– O quê? O que aconteceu?? – de repente o jogo nem estava mais rolando, ele colocou cem por cento de atenção no assunto. Até se inclinou um pouquinho.

Apontei para meu arranhão na bochecha. – Isso é o que aconteceu.

Ele se reclinou no sofá, com uma expressão de “ah, não. Não acredito nisso”. Surpresa, confusão e preocupação tudo misturado. Essa era a expressão de Castiel. Pelo menos era o que parecia em 2 segundos.

– Vocês... – começou a falar e a abrir um sorriso de comédia – Vocês brigaram lá na festa?!

Dei um suspiro. E ele começou a rir.

– Não acredito! Hahahahah. Alguém filmou??? – ele pôs a mão na barriga e inclinou a cabeça para trás.

– Castiel! - o reprovei. – E você ainda ri?!

– Yoko, é engraçado. Eu sempre quis ver você brigando um dia. Devia ter ido mesmo. – disse, limpando uma lágrima do olho e arfando.

– Pois é. – me preparei para falar cinicamente - Eu puxei o cabelo dela porque ela estava beijando o Nathaniel. – dei um sorriso de “pois é, e você fica rindo do seu próprio chifre”.

Então a risada cessou. A expressão de Castiel sofreu uma bipolaridade que acho que nenhum bipolar na vida mudou de humor tão rápido quanto ele. Pude ver em seus olhos que, ao falar Nathaniel, seu estado de humor passou para: em fúria.

– Nathaniel? – repetiu ele, com um quase sussurro. Já não sabia se ele estava olhando pra mim ou pro nada.

Então percebi que fiz merdinha. Estraguei o dia dele. Justo quando a mãe dele ia vir pra cá, e ele estava todo feliz.
Eu já ia explicar a situação, me reconciliar, mas de repente Castiel saltou do sofá e foi em direção à porta.

– Castiel! – falei num tom elevado, apenas para ele parar e me olhar. Mas não. Ele abriu a porta com força, até a maçaneta interna bater com tudo na parede e voltar uns centímetros. Pude ver seu maxilar enrijecido. Ele não disse nada, apenas deixou a porta aberta e começou a descer as escadas do prédio. Dragon, por instinto, o seguiu.

Caralho! Caralho! Caralho, Yoko!

Eu só faço merda! Meu DEUS!

Saltei do sofá e saí. Encostei a porta apenas para ninguém entrar. Nisso, corri desesperadamente atrás de Castiel. Desci as escadas de dois em dois.
Quando cheguei na portaria (que na verdade não tem porteiro, é apenas um código secreto que você digita e o portão abre. Mágica), vi Dragon latindo pra rua. Castiel o deixou aqui. Corri para digitar a droga do código, mas Dragon começou a querer pular em mim de novo. Caralho.

Abri o portão e, fechando cuidadosamente para Dragon não sair, saí em disparada atrás do Castiel. Ele devia ter colocado o capuz da blusa na cabeça pra eu não reconhecer ele, mas eu sabia a estatura de cor. Querido, escuta aqui, eu sou sua melhor amiga há anosss! Beijinhos.

Para disfarçar um pouco, andei rápido. Já avistei Castiel na calçada dando passos largos e decisivos como se estivesse indo matar alguém. Credo.
Andei mais rápido ainda até alcançá-lo.

– Castiel! Espera! – falei, alto o suficiente pra ele escutar e baixo o suficiente para as outras pessoas não ficarem de olho.

Ele me ignorou. Ai, meu Deus, agora ele tá puto da vida comigo também! TUDO CULPA DESSA VADIABRAH DOS INFERNOS! Ai, que ódio! Eu já conseguia sentir meus olhos querendo arder e lágrimas de raiva querendo sair. Me contive.

– Castiel, pensa melhor! A casa está cheia de gente! Se você for lá pra dar um soco na cara do Nathaniel, quem vai levar porrada é você! – arfei. Talvez uma ou duas pessoas olharam estranho pra mim e pra ele. Acho que eu já não estava nem ligando pra elas.

Agora ele começou a dar passos menores. Mais curtos. Percebi que eu falei algo que ele não tinha pensado antes.

– Por que você não vai lá e só termina com a Debrah de vez?? – sugeri. Mas estava bem óbvio que isso já ia acontecer.

De repente, ele parou. Alcancei ele e entrei na sua frente, encarando-o. Seu maxilar continuava enrijecido. Seu olhar, mortal. Mas com um pouco de insegurança.

– Eu já terminei com ela, Yoko. – suspirou, impaciente. – Era isso o que eu ia te falar na minha casa.

OI?!

QUÊ?!

ELES NÃO IAM SE COMER QUANDO EU TINHA IDO EMBORA??!

Ai, droga. Buguei meu cérebro.

– Como assim você terminou com ela?! – indaguei. Agora eu queria explicações.

Ele passou a mão na testa, limpando o suor e depois tirou o capuz, ao mesmo tempo penteando os cabelos com a ponta dos dedos. Suspirou mais uma vez.

– Eu quero muito dar um murro na cara daquele maldito. Você vai me deixar ir para eu poder ser o homem mais feliz da Terra por cinco segundos? – perguntou, meio sarcástico. Ele estava olhando nos meus olhos.

– Não. – falei instantaneamente. Eu também olhava nos olhos dele, bem firme. E eu estava decidida a cumprir isso. Depois de uma pausa, continuei: - Não vou deixar você fazer isso porque quando acabar seus cinco segundos, você vai ter cinco dias de dor. No corpo inteiro, porque vai juntar todo mundo pra cima de você, Castiel! – dei um empurrão de leve em seu ombro, nada com que se assustar mas ele me olhou surpreso – E sua mãe vai ficar louca quando achar a porta do apartamento aberta e ninguém em casa! E o Dragon na portaria. – dei outro empurrão, fazendo ele dar um passo para trás e eu o seguindo. – Então agora você vai voltar pro seu apartamento – apontei na direção do prédio - porque você não tem outra escolha.

Ficamos nos encarando por um tempo. Ele querendo acreditar que eu estava mesmo impedindo ele e eu querendo não acreditar que meu rosto já estava queimando novamente. Então, ele bufou e pegou minha mão que estava apontando para o prédio. Saiu me puxando de volta pro apartamento.
Mas dessa vez ele apertava minha mão bem forte, como se nunca fosse soltar. E andava tão rápido que eu mal conseguia acompanhá-lo.

– Calma, Castiel! Anda devagar! – protestei, enquanto desviava das pessoas na calçada. Ele nem me escutou.

Chegamos na portaria, ele não soltou minha mão. Digitou o código bem rápido enquanto Dragon latia para ele. Abriu o portão, me puxou rápido e o fechou. Ele ainda não havia soltado minha mão, mas achei que ia fazer isso já que precisava levar o Dragon de volta lá pra cima. Então ele continuou me puxando até a porta de entrada e apenas disse “Vem, Dragon! ”, e o cachorro nos seguiu.

– Castiel, o que você tá fazendo? Eu consigo andar sozinha! – protestei novamente, enquanto subíamos as escadas. Minha mão já estava doendo. Apenas ouvi uma risada abafada dele, mas me ignorou.

Chegamos finalmente na porta do apartamento dele. A porta continuava aberta, sinal de que a mãe dele não havia chegado ainda. Dragon saiu em disparada pela sala enquanto Castiel me puxava para dentro e fechava a porta.

– Pode me soltar já – falei, enquanto ele esticava o pescoço para confirmar se sua mãe estava ali ou não. A TV continuava ligada -, minha mão já tá doendo de tanto você me p...

Meus lábios não conseguiram terminar de falar puxar. De repente meu rosto estava fervendo como se houvesse uma panela quente na minha cara. Minhas costas encontraram a porta rapidamente e eu estava em choque.

Enquanto Castiel me beijava, eu pude escutar a TV gritar GOL.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AIIIIIIII CARALHOOOOO, POSSO SAIR CORRENDO PELA CASA JÁ???!!!

GALERAAAA, faz assim: me mandem comentários sobre a reação de vocês ao terminar de ler o cap u-u HAUSHASUHHUSA estou curiosa ♥

Ah, e mais uma vez, OBRIGADA DANI-CHANNNN, eu amei tua recomendação, de verdade ♥ puts, eu amo todos vocês, sério. Acabei de me declarar agora.

Agora tchau porque toddynho me espera u-u