Iron Girl escrita por gabriela stark


Capítulo 58
58 ▬ Secrets comes up


Notas iniciais do capítulo

Oi people.
Escrevi esse capítulo de madrugada, então relevem qualquer errinho. Vamos descobrir um lado da Megan que nem sequer sabíamos que existia.
Boa leitura e cliquem nos links.
Morram com o gif.
Capítulo dedicado a Line Malfoy e a Carol Morgenstern.



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Eles nos ameaçaram.

Ao ouvir o meu pai dizer isso senti minhas pernas fraquejarem, me sentei na cadeira mais próxima com medo de cair no chão com Harley no meu colo.

— Qual ... qual foi a ameaça ? — Perguntei.

— J.A.R.V.I.S, dê play.

— Sim senhor Stark.

" Caros Stark's e agregados.

Meu nome não os interessa. Saibam que vocês possuem ... pessoas que me são muito valiosas. Se meteram com as pessoas erradas, não esquecerei dos soldados que mataram mas podemos negociar.

Megan Stark, você e o pai dos bebês irão se encontrar com um homem de minha inteira confiança no Café Java, na frente do Central Park, ao meio dia de amanhã. Não leve ninguém com você além do progenitor das crianças, sem deuses nórdicos, sem agentes da sua agência idiota, sem homens de ferro ou monstros verdes. Isso não é um pedido. "

Merda, mil vezes merda.

— Temos um pequeno problema — Natasha disse. — Eles pensam que Milo é filho do James também, devem ter pensado que ele era gêmeo da Allie.

— Verdade — Eu disse. — E James está fora da cidade, maldita hora em que ele foi aceitar aquela missão da S.H.I.E.L.D. Vocês ouviram o cara, não posso levar o Thor.

Silêncio, parecia que eu estava em um cemitério. Olhei meu pai, pedindo ajuda com o olhar, e ele me devolveu o olhar, como se dissesse que tudo iria ficar bem.

— Olha — Roy se pronunciou, ele embalava Sven que estava de pé no seu colo. — Eu posso ir com a Megan. Eu conheço a Bratva, eles conhecem muito pouco o Arsenal e menos ainda Roy Harper.

Olhei Roy agradecida e ele sorriu para mim. Eu ia dizer algo mas Thor foi mais rápido.

— Agradeço o que está fazendo Roy, ambos agradecemos. Eu iria com a Meg mas eles foram bem claros — Thor disse meio cabisbaixo e eu afaguei sua enorme mão. — Sinceramente acho que vai dar certo — Thor disse e eu queria muito acreditar nas suas palavras.

oOo

Aquela manhã tinha amanhecido mais fria do que de costume, acho que para combinar com o meu humor que não estava dos melhores. Vesti as minhas roupas mais quentinhas: calça jeans preta justíssima, uma regata preta, um casaco com estampa de tigre roxo e botas. Trancei o meu cabelo e coloquei uma touca vermelha, eu usava o meu anel de noivado e o colar que o Thor havia me dado anos atrás.

O plano era enganar o cara o máximo possível para descobrir os reais planos da Bratva, os Vingadores e Oliver estariam espalhados em pontos estratégicos, prontos para agirem caso a coisa ficasse feia. Barry estava na torre com Felicity e Pepper, ajudando a fazer a segurança das crianças.

Eu e Roy estávamos bancando o casal perfeito e apaixonado. Estávamos sentados lado a lado em uma das mesinhas externas do café, era 11:45hrs. Toda hora eu olhava o celular, verificando as horas e se o número do meu pai estava na discagem automática.

— Hey.

— Que foi ?

— Ontem eu ouvi você respondendo a pergunta do Oliver de como tinha aprendido a pular obstáculos, você disse que a vida te ensinou, o que quis dizer com isso ? — Roy me perguntou e eu suspirei.

— Minha mãe ... ela morreu em um acidente no laboratório onde trabalhava pouco antes de eu completar 17 anos. A S.H.I.E.L.D mandou um agente me buscar em Londres para eu viver com o meu pai, eu só tinha ele de família — Olhei mais uma vez o celular, nervosa com a proximidade do encontro e com o rumo da conversa. — Sabe ... eu me acostumei bem rápido com a minha nova vida, eu sempre quis aquilo, uma família. — Suspirei antes de prosseguir. — Quando eu estava prestes a fazer 18 eu ... comecei a mudar. Eu estava indo mal na faculdade, passava muito tempo na rua, típica fase rebelde, meus pais não sabiam o que fazer comigo, posso dizer que dei bastante trabalho. Uma garota que anda sozinha a noite em NY tem que saber se defender, eu tinha algumas noções de jiu jitsu, então não era difícil, eu aprendi a me virar sozinha, batia nos caras que mexiam comigo, participei de lutas de rua clandestinas, se tinha uma luta você iria me encontrar lá. As vezes as lutas aconteciam em lugares de difícil acesso, então eu tive que aprender a pular muros, escalar e saltar sobre cercas, essas coisas.

— E por que você se rebelou ? — Roy perguntou baixinho.

— Até hoje eu quero entender isso, não sei bem. Sabe, eu construí a minha primeira armadura para provar que era tão boa quanto o meu pai e que tinha herdado a inteligência dele mas ... sei lá, eu era filha de um super herói e não fazia nada além de ficar em casa jogando vídeo game, eu não queria aquilo, eu queria ser algo, fazer a diferença mas ... comecei do modo errado. Me arrependi dos meus atos e voltei a ser a filha calma e que não dava trabalho

— Ei, sem julgamentos aqui, eu fazia coisas piores do que você mas eu entendo Megan, sério mesmo.

— Valeu Roy — Agradeci com um sorriso então senti Roy se enrijecer ao meu lado, seu braço esquerdo se pousou nos meus ombros. Um homem na casa dos 30 e poucos se sentou defronte nós, usava óculos escuros e vestia um terno italiano de qualidade.

— Lindo casal — Disse com um forte sotaque russo. — Megan Stark presumo ? — Perguntou e eu assenti confirmando. — E você seria ... ?

— Roy Harper, noivo de Megan.

— Então vamos aos negócios — Ele tirou os óculos e pude ver seus olhos castanhos. — A Bratva tem um interesse peculiar nos seus filhos, eles são crianças extraordinárias.

— Mas ainda sim são crianças, bebês.

— A Bratva os quer — Falou como se aquilo resolvesse tudo.

— Mas a Bratva não vai os ter — Roy replicou, ele estava atuando muito bem. — Eles são simples bebês, se o seu chefe quer tanto uma criança ele que faça uma.

— Meu chefe é um homem poderoso que não vai querer como inimigo Harper — O russo falou de modo gélido. — O caso aqui até que é bastante simples, entreguem as crianças, vocês são jovens, podem ter outros filhos — Não acredito, não acredito no que ele acabou de dizer. — Vocês tem dois dias, entreguem as crianças nesse endereço ou sofram as graves consequências, tenham uma boa tarde — Ele se retirou deixando um papelzinho sob a mesa com o endereço. Roy pegou o celular para ligar para os outros e eu dei um pulo da cadeira, me pus a seguir o russo ignorando os chamados do meu mais novo amigo e confidente.

O russo entrou em um beco onde no final um carro estava estacionado. Eu o encurralei e lhe dei uma rasteira.

— Ninguém ... vai ... tirar ... os meus ... filhos de mim — Falei pausadamente. O russo se levantou e tirou o pó do terno, ele era muito bom de briga mas eu era mais. Eu me lembro de ouvir os caras que eu enfrentava nas lutas clandestinas dizer que eu tinha sangue nos olhos. Eu o chutei usando a perna esquerda e ele foi para frente sem fôlego, eu não estava pensando direito naquele momento, eu só queria acabar com aquele cara. Ele veio para cima de mim arquejando e eu desviei para o lado, aparei o golpe que ele desferiu e joguei o seu braço para a direita depois para baixo, o forçando o máximo que consegui até ouvir um "crac". O russo berrou de dor e me atingiu no rosto, senti algo morno escorrendo pela a minha bochecha. Lhe dei mais uma rasteira e apliquei um soco no seu diafragma, o impedindo de gritar e comecei a lhe desferir soco atrás de soco. Estava prestes a dar o golpe de misericórdia quando senti alguém segurar o meu punho ensanguentado, era Roy, atrás dele vinham os Vingadores e Oliver com o arco em punho.

O rosto do russo era só uma massa disforme e ensanguentada, deus meu, o que foi que eu fiz ?

— Não ... não ... isso de novo não, essa vida não — Murmurei enquanto Roy me erguia de modo delicado. Senti os braços de Thor me envolverem e me afundei no seu abraço. — Ele ... ele tá vivo ? — Perguntei hesitante.

— Está inconsciente — Oliver disse. — Temos um refém da Bratva, isso é bom, agora podemos negociar de um jeito que eles entendam.

Olhei para as minhas mãos trêmulas e sujas de sangue russo, minhas mãos ficavam desse mesmo jeito quatro anos atrás, isso parecia um fantasma me perseguindo. Comecei a chorar baixinho, eu não queria aquela fase me perseguindo novamente, não queria ter que fugir de gangues, pular cercas elétricas, lutar noites e mais noites com caras do triplo do meu tamanho.

Voltamos para a torre com o russo ainda desacordado, enquanto os demais decidiam o que fazer, eu me tranquei no banheiro do meu antigo quarto e fiquei mais de uma hora embaixo do chuveiro tentando tirar o sangue nojento do russo das minhas mãos, ao mesmo tempo que eu fazia isso eu chorava.

Saí do banho e vesti o primeiro pijama que eu vi, um short e um moletom do Mickey com capuz. Desci as escadas e encontrei meus bebês na sala: Allie e Milo brincavam com o Lego e os gêmeos estavam nos seus boncers, aquela simples visão dos meus bebês felizes e a salvo me deu forças para continuar lutando.


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Notas finais do capítulo

Megan tem um passado que a condena, gente do céu.
A coisa vai esquentar nos próximos capítulos, aguardem meus amores.
Mil beijos.