Iron Girl escrita por gabriela stark


Capítulo 59
59 ▬ Big brother, little sister


Notas iniciais do capítulo

Meu último capítulo já previamente pronto, então até o próximo sair pode demorar um pouco.
Um dos meus capítulos favoritos por que envolve três personagens que amo demais: Megan, Mama Bennet e Roy.
Eu gosto de mexer com esses personagens, gosto de esculhambar com a vidinha deles, gosto de mudar tudo. Não curtiu o que fiz aqui ? não posso fazer nada, vlw flw.
Capítulo totalmente dedicado a Line Malfoy, eu adoro você garota.



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" 15 de Janeiro de 1991, Seattle.

Marla dormia sozinha no seu alojamento da faculdade, sua colega de quarto estava fora, visitando a mãe que havia sofrido um infarto. Marla fez uma careta, pesadelo talvez ? a morena fez mais uma careta e se sentou de forma repentina na cama, levando as mãos na barriga levemente inchada. Ela gemeu de dor e afastou o cobertor para o lado, se deparando assim com uma poça de sangue que aumentava gradativamente. Ela arregalou os olhos e por puro instinto empurrou quando a próxima pontada veio, abafando o grito de dor no travesseiro. Estava sozinha, com medo e muita dor. Continuou empurrando até que o alívio veio as 2:40hrs da manhã.

O alívio tinha a forma de um garotinho de olhos e cabelos castanhos, era muito pequeno mas parecia bem para um bebê que tinha nascido prematuro de sete meses, o pequenino recebeu o nome do pai: Roy William Jr. Ela o pegou hesitante e o cobriu com o lençol sujo de sangue, estava frio naquela madrugada. Marla ligou para a mãe e Angela foi ríspida como sempre mas a mulher anunciou que estava a caminho.

Uma hora depois Angela apareceu e se deparou com a cena da sua única filha embalando um pequeno bebê. Angela, sem nenhum cuidado, pegou o bebê no colo, mandando que a filha limpasse a bagunça, Angela não se conformava que a filha tivesse engravidado de um homem pobre.

— O que vai fazer com ele ?

— Vou nos livrar desse fardo, não se preocupe.

— Mas ...

— Cale-se Marla e limpe a sujeira que fez.

Angela saiu do quarto segurando o neto e Marla se entregou ao pranto antes de limpar a bagunça. Marla formou-se um mês depois com honras e foi trabalhar em um laboratório promissor em Londres. No ano seguinte, em uma festa, conheceu um jovem milionário chamado Anthony e engravidou do mesmo, Angela ficou exultante com a notícia, sonhava que a filha se tornasse a nova senhora Stark, ela nunca se enganou tanto na vida.

Marla deu a luz uma menina em Junho do ano seguinte porém não pediu nenhuma ajuda de Anthony, ela queria criar aquele bebê sozinha, queria fazer diferente com ela porém se deixou influenciar pela a mãe sedenta de poder. "

oOo

Estávamos eu, Thor e James reunidos na frente do vidro que nos separava do russo. O mesmo estava algemado em uma maca na pequena enfermaria que tinha ali na torre. O russo, que descobrimos se chamar Ivan, olhava o vidro com um sorriso debochado como se soubesse que estávamos ali. James havia retornado da sua missão naquela manhã, dois dias depois do incidente com o russo.

— Ele não vai falar nada — Eu disse com um suspiro cansado. — Ele é daquele tipo que morreria para proteger o chefe.

— Mas ele deve ter alguém com quem se importar: família, mulher, filhos, amigos — James disse. — Se dissermos que vamos proteger a pessoa com quem ele se importa, talvez e isso é um grande talvez, ele possa colaborar.

— Boa James, irei lá falar com ele — Falei antes de entrar na pequena enfermaria, ignorando os protestos deles. Me sentei em uma cadeira ao lado da maca e fiquei encarando Ivan, mergulhamos no silêncio. — Eles tem quantos anos ? — Perguntei e ele me encarou com um misto de curiosidade e repulsa. — Aposto que é um casal. — Continuei.

— Do que está falando ?

— Dos seus filhos, eles tem quantos anos ?

— Não vou falar nada para você sua vadia americana.

— Inglesa.

— Tanto faz, continua uma vadia.

— Não respondeu a minha pergunta — Falei de forma calma, sem me abalar com os insultos dele.

— 4 e 2 — Falou por fim.

— Olha, podemos proteger eles se cooperar conosco — O russo desatou a gargalhar fazendo caretas de dor.

— Acha mesmo que vou cair nessa ? prefiro morrer a trair o meu chefe e a Bratva.

— E prefere deixar seus filhos órfãos ?

— A Bratva nunca iria desamparar eles.

— Olha, eu lancei a ideia, vou deixar você pensar nela com calma, volto mais tarde.

— Não se incomode em voltar, eu nunca vou colaborar com vocês e na primeira oportunidade, esmago você seus insetos nojentos.

Eu o olhei com certo tédio e sai da enfermaria, indo de encontro a Thor e James.

— E aí ? conseguiu algo ? — James perguntou ansioso, eu neguei com um aceno de cabeça.

— Ele vai ceder, só temos que esperar.

oOo

Havia se passado uma semana e meia desde o incidente com o russo e ele continuava irredutível, sempre que podia vociferava ameaças, meu pai queria prender ele em uma das celas que havia em um dos andares da torre, era uma ideia tentadora.

Após a décima quinta ameaça do dia, meu pai deu um basta e falou que iria botar o russo em uma cela, ninguém discutiu com ele. Eu o levaria para a cela e Roy foi comigo para me ajudar caso o russo tentasse alguma coisa. A primeira parte do trajeto foi calma, sem incidentes. Quando saímos do elevador e colocamos o pé no longo corredor com luzes industriais é que o tempo fechou.

Foi tudo tão rápido que ainda me pergunto se realmente aconteceu. O russo fez um movimento sutil e esfaqueou Roy com um bisturi bem onde ficava o rim. Olhei Roy, chocada demais para gritar. O russo veio na minha direção segurando o bisturi sujo com o sangue do meu amigo e tentou fazer o mesmo, porém eu consegui desviar no último minuto e lhe dei uma chave de braço, só o soltei quando vi que tinha desmaiado devido a privação de oxigênio.

— J.A.R.V.I.S !

Senhorita Stark ?

— Mande papai e Barry descerem aqui, rápido.

Farei isso.

Um minuto depois Barry estava do meu lado, erguendo Roy que tinha o dobro do seu tamanho e peso, e o levando dali. Olhei o russo e comecei a chutar suas costelas, pouco me importando com as consequências.

— MEGAN ! — A voz imponente de papai soou no corredor e eu olhei, as lágrimas de puro ódio turvavam a minha visão.

— Eu não vi que esse ... desgraçado estava com um bisturi, se o Roy morrer vai ser por minha culpa — Gritei antes de voltar a chuta-lo, papai me pegou pela a cintura e me ergueu, me tirando de perto do russo, eu esperneei e gritei.

— Vá ver o seu amigo, eu cuido do russo.

Acatei sua ordem e entrei no elevador, apertando o penúltimo andar, onde ficava a enfermaria. Ao chegar vi que todos estavam lá, observando Bruce cuidar de Roy, Felicity chorava, assim como eu.

— Ele vai ficar bom ? — Perguntei para ninguém em especial.

— Não sabemos — Oliver se pronunciou.

— É minha culpa, eu não vi o bisturi, eu devia ter revistado ele.

— Não se culpe Megan, ninguém podia prever isso — Oliver disse mas isso não me fez sentir menos culpada. Bruce saiu da enfermaria e nós o cercamos.

— Ele vai ficar bom Bruce ? — Fui a primeira a perguntar.

— O sr. Harper precisa de uma transfusão de sangue urgentemente, o rim não foi danificado graças a deus mas ele perdeu muito sangue. Infelizmente o tipo sanguíneo do sr.Harper complica tudo, não tenho o seu tipo estocado aqui.

— Qual é o tipo sanguíneo Bruce ?

— AB-, esse tipo sanguíneo é muito raro — Falou e nós nos entreolhamos, até que eu me pronunciei.

— É o meu tipo sanguíneo.

— Venha comigo Meg, eu não pediria isso a você já que está amamentando mas é caso de vida ou morte. Vamos, vou ver se é compatível com o senhor Harper.

Me deixei ser conduzida por Bruce e ele tirou um pouco de sangue, ele o testou com o do Roy e o vi franzindo o cenho confuso mas no fim ele falou que éramos super compatíveis. Ele coletou o meu sangue e começou a transfusão, aos poucos os batimentos cardíacos do Roy ganharam mais força.

Os dias se arrastaram, eu sempre que podia estava ao lado do Roy que teimosamente não tinha aberto os olhos. Várias vezes vi Bruce conversando de modo urgente com o meu pai, eu não sabia o que tava rolando ali mas parecia ser sério. Em uma noite em que eu estava no loft, aproveitando um momento de paz na companhia dos meus filhotes e noivo, meu pai surge acompanhado da minha mãe que estava cada vez mais linda com a sua barriguinha.

— Ei pessoal, o que houve ?

— Meg ... hã ... nem sei como te contar isso.

— Isso o quê pai ?

— Melhor se sentar docinho — Pepper disse e eu a obedeci, sentei no sofá e eles se sentaram defronte eu, eu podia sentir a tensão ali.

— O que aconteceu pessoal ? não é ... nada com o Roy né ?

— Envolve o Roy mas não se preocupe, ele está bem. A coisa é meio complicada.

— Fala logo pai.

— Pois bem, quando Bruce foi testar o seu sangue para ver se era de fato compatível com o do Roy ele descobriu algo.

— O que o brócolis descobriu ? não vai me dizer que ele é um super soldado ou algo semelhante.

— Menos Megan.

— Foi mal, continua.

— O fato é, Bruce descobriu que você e Roy são irmãos, meio-irmãos tecnicamente, por parte de mãe.

— I-i-i-rmãos ?

— Aparentemente sua mãe andou fazendo um filho antes de você vir ao mundo anjo.

— Ela nunca mencionou nada a respeito.

— E nem mencionaria, com a bruxa da sua avó do lado.

— É, tem razão — Murmurei ainda chocada com a revelação. Eu tinha um irmão, um irmão mais velho e ainda por cima era o Roy, com quem eu tinha um vínculo especial. Sorri e encarei o meu pai.

— Gostou da notícia não é pirralha ?

— Gostei, sempre quis irmãos e agora tenho dois, sou o recheio do sanduíche — Falei e abracei papai e depois Pepper, uma vez na vida minha mãe fez algo que preste, o Roy.

— Ei docinho, por que não vai dar oi para o seu irmão mais velho ? ele acordou não faz muito tempo — Pepper disse e eu disparei na direção do elevador que me deixou no andar da enfermaria. Bruce sorriu para mim e permitiu a minha entrada. Roy estava meio sentado na maca e via televisão.

— Finalmente voltou do submundo.

— Graças a você little sister.

— Já te contaram ?

— Já, o doutor Banner me contou. Sempre quis ter um irmão ou irmã, sempre pedi um mas o meu pai sempre dizia que não. Agora tenho uma irmã foda pra caralho. Nunca conheci a ... nossa mãe, pode me contar dela um dia ?

— Olha a boca — O repreendi com um sorriso, me aproximei da cama e peguei a mão livre do cateter do soro. — E sim, eu te conto sobre ela quando quiser.

— Valeu por me salvar little sister.

— As ordens big brother, irmãs mais novas servem para isso.


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Notas finais do capítulo

Ninguém sabe quem é a mãe do Roy então coloquei que a mãe dele é a mãe da Meg, na verdade sonhei com isso e transformei o sonho em capítulo.
Até o próximo capítulo cupcakes.