Happy Birthday, Molly escrita por Louise


Capítulo 1
Preciso de Você


Notas iniciais do capítulo

Olá, xuxuzinhos do meu coração! Tia Lua aqui o Começando hoje, o primeiro post da fanfic de Sherlock, que eu tanto prometi no Twitter.Espero que curtam, é apenas do começo de algo MUITO GRANDE.



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__ Molly, corpo novo. É urgente.

"Se você esperar eu terminar meu almoço, eu posso ir ver" ela pensou. Seu humor estava péssimo naquela tarde fria, e a última coisa que precisava era que alguém a apressasse a fazer algo. "Nada de ficar sendo boazinha, Srta. Molly" sua consciência disse, "você não disse a ele que o tinha esquecido? Então ao menos tente agir como se fosse verdade. Não vamos perder todo o progresso".

"Tudo bem", ela respondeu. "Posso tentar".

Mas era mais forte do que ela. Ela jamais conseguiria não pensar naqueles cachos morenos, naquela boca perfeitamente esculpida, naqueles olhos verdes e azuis e não se sentir torturada - no bom sentido, se é que existe algum. Torturada por saber que ele não conseguiria amá-la, mas feliz por tê-lo conhecido, naquela linda manhã de inverno. Aliás, manhã que ela não esquecera. Nenhum detalhe fugira de sua mente.

__ Tudo bem, Sherlock - ela respondeu, tentando transparecer sua frieza. - Em dez minutos estarei no St. Barts.

__ Não dá, preciso de você agora. Vem comigo, por favor.

Ela imaginou a frase em outro contexto, automaticamente. Mas afastou o pensamento com um grito mental. "Chega! Não aguento mais!" ouviu, dentro da cabeça.

Ela sabia o que aquilo queria dizer. Queria dizer que estava cansada. Cansada de amar e se machucar. Cansada de se apaixonar por homens sem sentimentos. Cansada de sofrer por todos eles. Ás vezes, quando deitava a cabeça no travesseiro, se perguntava o porque. Porque ela tinha que se apaixonar por gente assim? Porque tantos? Se houvesse uma força maior, que controlasse tudo, Ela só poderia estar de brincadeira. Não era possível.

Suspirou. Travava uma batalha, o consciente de gelo e o inconsciente apaixonado. Qual ela deveria ouvir?

__ Ok, vamos logo. Mas é bom que valha a pena - alfinetou.

__ Oh, vai valer. Vai sim.

Ele estendeu a mão, esperando que ela segurasse para que pudessem ir. Era estranho, Sherlock nunca faria esse tipo de coisa normalmente. Não para ela. Não era ela a mulher invisível, a que não contava? Porque ser gentil com alguém que não se vê?

Ela segurou, e ele a puxou restaurante a fora.

__ Mas eu preciso pagar! - ela gritou.

__ Não precisa, o dono é amigo meu. Pode vir pagar outro dia - ele respondeu, sem olhá-la, mirando a porta de vidro logo a frente, no fim do corredor de mesas. Arrastou-a até um táxi. Os dois entraram, sentando-se lado a lado.

__ Baker Street, por favor - ele disse ao motorista.

__ Baker Street? Não iamos para o Barts? - ela estava confusa. Como poderiam ir ao Barts, se iam a Baker Street?

__ Ahn, é, hum... Esqueci uns papeis em casa - ele respondeu, sem jeito pela pergunta. "Droga", Sherlock pensou, "Não pensei nisso". É claro que ele estava nervoso. Como não ficaria? Tudo aquilo era para ela, afinal das contas. A mentira era parte do esquema, não era? Mas tudo estava combinado, porque ficar nervoso? - Preciso voltar para pegar.

__ John não pode levá-los para você? - ela perguntou. "Poderia" ele respondeu mentalmente. "Mas você não veria a surpresa, se fosse assim". - Ele está trabalhando. Não pode sair numa hora dessas para me trazer papéis.

__ Ah, ok - respondeu. Decidiu calar-se, ela, não abrir mais a boca até a Baker Street. Holmes pareceu ter pensado o mesmo, já que não disse mais nada. Ficou observando a paisagem caótica e agora molhada que corría pela janela. Ambos faziam o mesmo, cada um com sua janela. Podia ouvir os pingos da água estatelarem-se sobre o teto do cab, a música animada que escoava baixinho pelos alto falantes, a respiração pausada da companheira.

Ela era indecifrável, Molly Hooper. Nada como Irene, que ele não conseguira ler na primeira vez que se viram. Quando a conheceu, soube imediatamente quem ela era, a quanto tempo estava em Londres, se estava solteira, e se viera para a cidade do Big Ben à trabalho ou para esquecer alguém. Mas, seus movimentos, mesmo que simples, pareciam incalculáveis, impossíveis de prever. Ela definitivamente não era uma mulher ordinária. Conseguia surpreendê-lo a cada dia, embora ele não esboçasse reação.

Do outro lado da moeda estava Molly. Não aquela Molly, que sentia-se nas nuvens por ter passado mais de dois minutos tendo uma conversa não tão desagradável com o moreno. Não mais aquela Molly. O que havia ali, por mais que uma parte de si ainda quisesse esquecer toda aquela história de ser fria, e de tentar ignora-lo, era uma mulher com vontade de mudar. Uma mulher com sede de felicidade. Fosse ela com ou sem Sherlock Holmes em sua vida.

__ Descemos aqui. Depois pegamos outro para o Barts - ele sugeriu. Ela acenou com a cabeça.

O motorista estacionou diante do 221B. Molly quis dividir, mas ele fez questão de pagar tudo. "Fique com o troco" murmurou ao motorista. Saltou do carro e galgou a distância com as pernas enormes, e chegou ao batente da porta logo que a ruiva fechou a porta do táxi.

Abriu a porta. Tudo em silêncio. Não, quieto demais. "Ela vai notar, não é burra" divagou. Ele disse a John, que deixasse o rádio da Sra. Hudson ligado, para que parecesse mais natural, como se ela estivesse no andar de baixo, mas - pelo visto - ele não aceitou a ideia.

Molly entrou na casa. "Sra. Hudson deve ter saído" confortou-se, imaginando o porque do rádio não estar ligado. Subiu as escadas logo atrás do detetive, observando o chão dos degraus. Aqueles carpetes precisavam de um bom banho de sol e de uma lavagem completa. Chegou ao andar superior e notou a porta fechada. "Agora sim, isso está errado. Ele NUNCA deixa essa porta fechada".

Sherlock abriu a porta e entrou. Ela o seguiu.

As luzes se acenderam, de repente. Pessoas brotaram.

__ SURPRESA! FELIZ ANIVERSÁRIO, MOLLY!


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Notas finais do capítulo

E ai? Só esperem, isso vai dar em um problema que vocês nem imaginam... Até mais, you'll hear my name a lot (haha).

Beijinhos da ruiva,

Amelia.