Together escrita por Max


Capítulo 16
Capítulo 16 - Lágrimas de gelo


Notas iniciais do capítulo

Ei! Deixa eu falar! Temos 15 pessoas acompanhando (segundo o contador) e quatro favoritaram *-*
Venham aqui, me abracem, me beijem, me amem e falem comigo.
PS: Me senti meio triste escrevendo esse capítulo, espero que dê pra confundir vocês. Essa era a intenção :B



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O vento frio adornava o ar. Acho que estava nevando lá fora. A cama estava macia e quentinha, o edredom felpudo me fizeram abrir os olhos rapidamente, olhei para o lado. Pedro olhava pra mim de maneira estranha.
– Bom dia. - ele sussurrou.
Os dedos deslizavam de forma carinhosa pela minha bochecha.
– Ai meu Deus. - levantei.
Pedro riu. - O que foi?
– Eu dormi aqui?
Ele confirmou. - Volte para cama, e fale bem baixinho desta vez.
A mão estendida na minha direção me mostrava o caminho que eu deveria fazer.
Logo que deitei, seus braços me envolveram.
– Na verdade, você dormiu debruçada sobre a mesinha. Aí eu te trouxe pra cama, acredite, foi bem difícil.
Minhas mãos desceram sob o edredom e descansaram pelo tórax dele.
– Espero que seja pelo fato de você estar bêbado.
– E você é pesada.
O belisquei. - Nunca mais diga isso.
Ele sorriu.
– E para de sorrir, você me assusta. Por que estava sorrindo e me olhando?
Olhei para o lado, me deitei lateralmente.
– Porque você estava exatamente como eu imaginei que estaria.
O via de perfil, e por um momento eu imaginei como seria casar com ele, ter dois filhos, o Bryan e a Helena; ter um cachorro chamado Spike e morar em uma casa perto do lago.
Não percebi que estava chegando perto, minha franja já roçava em seu rosto por eu estar debruçada sobre seu corpo.
– No que está pensando? - ele segurou meu queixo.
– Em você me deixa aerea.
– Nos ares? - ele mordeu os lábios.
Confirmei e me deitei ao seu lado.
A porta estava entre aberta e um vestido vermelho pairar pelo corredor.
Segurei-me ao Pedro com força. - O que?
Ele franziu o cenho.
– Sua mãe está em casa?
– Acabou de sair.
Pulei pra fora da cama, meus pés sentiram o chão gelado. Gemi.
– O que foi?
– Está frio e eu vi alguém lá fora.
– Tem certeza? - confirmei, ele levantou. - Vou ver.
Coloquei minhas mãos em seus pescoço e o beijei rapidamente. - Tenha cuidado.
– Parece até que alguma coisa muito arriscada.
O sorriso em seu rosto me fez avermelhar.
– Já pensou se é um assaltante?
Ele negou.
– Era um vestido vermelho.
– Uma mulher?
– Pode ser.
Ele andou para fora do quarto.
Não demorou muito tempo até ele voltar.
– E aí?
Ele trancou a porta.
– Abigail estava lá embaixo, mas não estava com um vestido vermelho. Então não sei, você está bem?
– Estou, vou tomar banho.
Ele abaixou a cabeça instantaneamente. - Sobre ontem...
– Esqueça. - beijei-o. - Esqueça isso, certo?
– Só saiba que estou arrependido.
– Tudo bem.


Fizemos muitas coisas produtivas durante a tarde toda, trabalhos da escola, mostrei a ele meus dotes musicais - com o teclado, e ele me mostrou os próprios desenhos.
Brincamos no x-box, lemos partes de alguns livros de literatura.
Experimentamos algumas tintas novas de tela.
Depois colamos um mural de fotos na parede escura do quarto dele, organizamos em ordem cronológica.
Ele era lindo quando bebê, agora era maravilhoso, sem querer me gabar. Rimos de umas fotos de quando ele parecia ter 15 anos. Encontramos até fotos nossas bem novos, ele segurava minha mão e parecíamos não querer fazer aquilo, era uma festa de pares de escola. Tinha outra que ele aparecia me abraçando pelo pescoço, usávamos gorros de natal.
Achei algumas fotos nossas que pareciam recentes e que não lembro de ter tirado, ele ficou nervoso quando perguntei de onde eram. Eram fotos de nós no parque, em um pique nique e até andando de pedalinho.
Coloquei todas essas fotos juntas, próximas a corações e um beijo de batom que acressentei, ele gostou.
Depois ele trocou as colchas de cama e arrumou a mesa próxima a porta.
Enquanto ele acabava de arrumar o quarto, vesti um dos moletons dele. - Eu estou com frio.
Ele abriu a cortina com dois dedos. - Você deveria ver como está lá fora.
– Vamos fazer bonecos de neve?
Ele se virou pra mim sorrindo, algumas lágrimas caíram dos olhos dele depois de um tempo.
– O que foi? Você está bem? - levantei e segurei o rosto dele com as duas mãos.
– Eu estou ótimo.
– Não chore, eu disse algo?
– Não. - ele limpou as lágrimas e me beijou.
O abracei com força. - Desculpe se disse algo que te machucou.
– Você não disse. - beijou-me outra vez.
Descemos as escadas brincando, Abbi nos olhou e corou. Sorri para tal gesto, ela correu pra cozinha.
Quando ele começou a amontoar a neve, senti os meus dedos congelarem.
– Esqueci uma coisa. - bati com uma das mãos na no rosto.
– Eu vou buscar.
– Tudo bem, eu pego. Deixei minhas luvas em cima da mesa.
– Não demora.
– Tão cuidadoso. - brinquei mordendo a língua levemente entre os dentes.
– Sou egoísta na verdade, não divido nada que é meu.


Corri para dentro da casa, depois entrei na cozinha.
Abbi estava soluçando enquanto chorava.
Cheguei mais perto.
– Abbi? O que foi?
Ela levantou o rosto, os dentes trincaram para mim.
Abbi se moveu rapidamente, quase pulou da cadeira de tão rápida, ela se levantou, me dando as costas.
– Não se mete.
– Abigail? - sussurrei. Aquela não era a Abbi de três meses atrás, aquela não era a Abbi que apresentaram e que tinha sido gentil comigo.
Um sentimento de impotência veio até mim, senti minha amizade com Abbi ser um punhado de areia fina e fofa, que agora fugia de minhas mãos.
– Eu não sei o que aconteceu, mas sinto muito.
Peguei as luvas de cima da mesa e saí da cozinha dando passos pra trás.

Quando cheguei ao quintal, Pedro arremessou uma bola de neve me mim.
Gritei divertida para ele parar, limpei meu casaco.
– Esqueça a feira de outono, nós vamos ao baile de primavera.
– Bailes de primavera são ultrapassados. - ri.
– Você também é.
Revidei a bola de neve.
Ele desviou, eu corri e arremessei um monte de punhados nele, uma atrás da outra. Tropecei, cambaleei alguns centímetros e caí nos braços dele, que não aguentou devido não prestar muita atenção, caímos juntos e rolamos o pequeno declive, não foi dolorido e nós riamos.
O sol ainda estava lá, o céu alaranjado fazia os olhos do Pedro ficaram mais claros, ele estava lindo e radiante.
Minha cabeça girou alguns milésimos, parecia que eu já o tinha visto assim, no entanto eu tinha certeza que aquela era a imagem mais linda que eu já tinha visto em toda a minha vida.
– Pedro?
Ele continuou sorrindo, olhou em meus olhos. - O que foi?
– Eu te amo. - sussurrei, o corpo dele tremeu e lá dentro eu sabia que não era frio.
Ele me rolou para a neve, me beijou de uma forma quente e intensa.
– Eu te amo também.


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Notas finais do capítulo

Sério, quando eu digo pra falarem comigo é pra falar mesmo.
E eu quero comentários, estão gostando ou não? Sugestões?