Together escrita por Max


Capítulo 17
Capítulo 17 - Segure na minha mão e recarregue


Notas iniciais do capítulo

1. Estou chateadinha com vocês, estou me sentindo com amor não correspondido. Cês não me dão mais atenção, eu quero atenção.
2. Não sinto minhas pernas - pra quem não sabe, sou jogadora de vôlei. E agora eu acho que isso causa um bloquei no meu lado (nada) criativo e por isso não consigo escrever algumas coisas coerentes.
3. Eu estou fazendo os capítulos com passadas rápidas entre horas do dia... Por que? Porque é assim que vai ser, acho que só até esse capítulo mesmo, mas é pra poder situar vocês na nova plataforma de suspense que vai vir... Ih! Dei spoiler.
4. A música do título é "Reload" e não tem nada haver com o capítulo, mas eu acho tão bonita que... Bom, ta aí.



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[18h00m]


– Como se sente? - ele perguntou.
– Melhor do que nunca.
Andávamos de braços dados no parque da cidade, a neve já derretia e formava possas de água bem rasas.
As árvores já não tinham folhas e o esquilos não corriam mais de um lado pro outro.
Algumas pessoas estavam sentadas nos bancos, jogando comida à alguns pombos.
Desviamos de algumas possas e crianças em bicicletas, me abracei a uns dos braços dele.
Pedro sussurrou algo indecifrável.
– Você disse alguma coisa? - me virei pra ele.
Ele sorriu e beijou minha testa. - Disse que você está linda.
Eu sabia que ele não tinha dito da primeira vez, mas aceitei o elogio.
Pedro abaixou e começou a modelar a neve nas mãos.
– Onde vai me levar?
– Quero que veja um lugar.
Eu sorri quando vi o coração de neve que ele tinha feito.
– Pra você. - ele estendeu.
– Não quero.
Ele arqueou as sobrancelhas.
– Eu não quero só o coração, quero você inteiro.
Ele estendeu os braços. - Então me pegue.
– Pego, te pego quando você quiser.
Nós rimos.
Paramos de frente para o lago parcialmente congelado, ficamos abraçados vento o sol se pôr. O céu se misturava em tons de amarelo, laranja, rosa, vermelho e outros multicoloridos de azul. Podíamos ver praticamente a lua, ainda transparente.
Encostei minha cabeça no ombro dele, os braços davam a volta pela minha costa.
Tive a sensação de que ele nunca mais ía me soltar, era a sensação que eu precisava.
Levantei o queixo, meus lábios estavam mais próximos dos dele agora. Fechei os olhos enquanto me aproximava para beijá-lo.
Ele fez o resto do percurso, o que foi devidamente romântico.
Senti meu estômago encher de borboletas e parecia como um primeiro beijo outra vez.
– O que você faz comigo? - sussurrei.
– Eu não sei, acho que é porque você é única.
Sorri e abri os olhos. - Agora eu agradeço?
– Não. - ele sorriu. - Agora é a hora que você me beija.
Ri e o beijei.
– Quer saber? - ele segurou minhas mãos com toda a força.
– O que foi? - sorri.
– Eu amo você, muito e não tem esse papo de amar ao ponto de te deixar ir. Você é minha, pra sempre.
– Maluco apaixonado, Pedro? - mordi os lábios. - Desde quando você é assim?
– Desde que você me beijou.


[20h00]
– Pai. - chamei.
Ele sorriu do outro lado da tela.
– Oi, Anninha. Como você está?
– Eu estou bem.
– Bom, eu também estou, então não se preocupe comigo.
– É um pedido impossível.
Ele gargalhou. - Eu sei, mas como está por aí?
Contei a ele tudo o que tinha acontecido, nos mínimos detalhes. Contei até mesmo sobre minha mãe Richard, ele riu na maior parte do tempo. Fiquei aliviada por isso.
E eu estava mais calma, meu pai estava vivo, estava bem e finalmente, estava feliz.


[21h37m]
De fato a mini-biblioteca era minha parte da casa preferida. Quase conversava com as paredes e o único som que eu ouvia lá de dentro era o de cada página do livro sendo virada.
Alguns flocos de neve cristalinos grudaram no vidro, minha mão foi ao encontro do minúsculo.
– Estão com fome? - tia Bárbara entrou no cômodo.
Virei o rosto quase se instantaneamente, de forma robótica.
Levei o dedo indicador até os lábios, pedi silêncio. Abaixei o livro e parte do cobertor, o rosto da Bea estava sereno.
– Eu estou. - sorri. - E ela dormiu a alguns minutos.
– Ótimo trabalho.
Coloquei o livro de contos de fadas pro lado e aninhei Bea corretamente enquanto levantava.
Babi a agarrou junto ao corpo.
– Como estão as coisas entre você e o Pedro?
– Estão bem, eu acho.
– Me diga que não está chateada por ele ter ficado bêbado.
Eu não captei o porquê de ela se preocupar com o meu relacionamento com o Pedro.
– Não estou, eu deveria estar, mas não consigo.
Babi sorriu e foi saindo do quarto. - Bom, qualquer coisa, eu posso conversar com você.
– Tia Babi. - a chamei.
Ela parou no corredor e olhou pra mim.
– Vou procurá-la quando precisar.
Ela fez um movimento afirmativo.

[22h00]
Vi o carro dele vindo de longe, voei pelas escadas e cheguei lá embaixo antes de ele estacionar completamente.
Pedro desligou o motor e abriu a porta.
Ele usava um calção largo e uma regata completamente colada, mais sexy impossível.
Ele correu até mim e me levantou segurando-me pela cintura.
Coloquei minhas pernas ao redor no quadril dele.
– Oi. - ele sorriu enquanto apoiava as costas no carro.
Segurei ele pelo queixo e o beijei. Ele arfou quando nos afastamos.
Sorri. - Como foi o treino?
– Estou cansado, mas não pra você. - percebi o tom malicioso e revirei os olhos.
– Palhacinho. - apertei o nariz dele com dois dedos.
– Não custa tentar.
Coloquei meus braços em volta do pescoço dele. - Entre, eu separei alguns filmes.

[22h30m]

Pedro fazia cafuné em meu cabelo, parte do meu corpo estava sobre o dele. Aparentemente brigávamos por um lugar no sofá, mas estava tão bom ali que nem percebia a falta de espaço.
– Você quer mesmo ver filme?
Analisei todos os títulos. Ficção científica, terror, romance, comédia; eram muitos filmes de gêneros diferente.
– Não, era só uma desculpa pra ficar perto de você.
– Você é tola as vezes, sabia? - ele emitiu uma risada rouca.
– Eu sou tola? - apoiei-me nos dois braços, queria olhá-lo nos olhos.
– Tonta, se é assim que prefere, eu sempre vou estar perto de você, sou como uma super cola.
– Promete?
Pedro começou a rir de forma descontrolada.
– O que foi? - perguntei.
– Eu prometo, mas essa palavra é engraçada.
– Você é que é tolo.
– Quer discutir quem é mais tolo?
– Não, somos tolos no mesmo.
Dessa vez eu ri. - Okay, 'tolo' é que é uma palavra engraçada.
– Tola. - ele me beijou.
Eu não acredito em alma gêmea, nem em metade da laranja... Do limão, do pêssego, ou qualquer coisa do tipo. Sempre fui fã do 'os opostos se atraem', porém, agora Pedro estava em minha vida... E pasmem, ele deixou tudo mais 'ido', mais colorido, mais divertido, mais definido e com a sensação de merecido... O famoso amor de cupido.


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Notas finais do capítulo

Tô poeta hoje. ~risada sem graça
Ei! [drama] Fiquem, eu amo vocês. [/drama]
Beijos na bochecha, ou onde vocês quiserem. Se vocês quiserem.