Regression escrita por Kae Barnes


Capítulo 9
Pulga 1, Pulga 2


Notas iniciais do capítulo

É, alguém tem um fuzil aí? Preciso de alguem com coragem o suficiente para taca-lo em mim ;-; era pra postar semana passada mas aí foi a semana de provas :v saco isso. Não tinha tempo nem de respirar. Mas aí está o capitulo :3 e obrigada a quem comentou no cap passado



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Domingo para muitos é considerado o dia de descanso, de se reunir com a familia, de talvez fazer um churrasco com banho de piscina. Para muitos. Pena que isso estava longe de acontecer no Instituto.

Para começar, todos acordaram com um estrondo. Bruce e Steve dividiam o mesmo colchão, o loiro foi mudar de posição e acabou acertando a cara do colega com a mão. O resultado? Apenas um Hulk com muita raiva por ter sido acordado de maneira tão baixa.

Todos presentes tentavam não deixar Mellody e Natasha se encontrarem. Mas isso não quer dizer que as duas não se esbarravam uma vez ou outra.

–Anda Natasha, veste isso – insistia Darcy.

–Um vestido? Sério?

–Sim, e vai ficar uma beleza em você.

Mesmo contrariada, a pequena vestiu o vestido branco com listras horizontais pretas nas bordas da saia do mesmo, que Darcy havia conseguido. Seu cabelo estava consideravelmente maior então pediu para que Darcy a ajudasse a arrumá-lo. Estava praticamente impecável.

Sif estava ansiosa. Tinha receios sobre a reação de todos quanto a vinda de seu marido. Ele era imprevisível, então não tinha como saber que horas exatamente chegaria.

–Tia Sif, por que está tão nervosa? – Clint havia notado a ansiedade da guerreira.

–É que um asgardiano virá hoje, ele está preocupado com Thor, é da família.

–O cara é legal? – Tony praticamente brotou ao lado do arqueiro.

–Ele é bem... acolhedor.

x//x

Johnny caminhava normalmente pelos jardins do Instituto, olhando literalmente para o nada. Ele ficava fazendo bolinhas de fogo e as jogando para cima de forma descontraída. Mantinha sua mente limpa e não fazia questão de pensar em algo, seja esse algo produtivo ou não.

A sensação de mente limpa durou pouco. Nuvens começaram a se formar perto de onde estava, como se fosse ocorrer uma tempestade. "A tia que contlola o tempo não deve estar quelendo fazer um tempolal agola... não há necessidade" pensou. Mas aquela nuvem lhe era estranha, tinha cores diferentes de nuvens normais.

Um redemoinho formou-se no centro da nuvem e começou a descer e direção ao chão de forma rápida. Quando tocou o solo, durou alguns minutos no mesmo lugar e depois simplesmente desapareceu, deixando no chão apenas um homem de vestes verde, preto e com alguns detalhes dourados.

O Tocha estava boquiaberto. Tentou não ser visto pelo homem, mas sua tentativa foi falha. O cara o notou e caminhou calmamente até onde o menino estava.

–Diga-me, criatura ínfima, onde estou?

–Ah...a...a...

–Aí o inseto não sabe falar. Maravilhoso.

–Eu sei falar sim, cala. Não venha falar mentilas soble mim!

–Movido a base de insultos, interessante... Mas ainda não me disse onde estou.

–No "Orfanato" Xavier. Como que você desceu daquela nuvem cololida?

–Não importa. O que quero saber é por que Sif pediu para vir a um orfanato...

–Foi um modo de dizer. Você é amigo da Sif?

–Não lhe interessa. Onde ela está?

–Vem comigo.

Johnny levou Loki até onde possivelmente Sif estaria. O Deus da trapaça não levava muita confiança no garoto, mas aquilo ali não era bem o lugar que esperava chegar.

Eles adentraram a sala onde Tony, Clint e Sif estavam anteriormente. Os três ainda estavam lá, só que agora com a companhia de Thor, Natasha, Sue, Bruce, Kurt, Darcy e Reed. Loki fez uma breve inspeção pelo local, examinando com os olhos cada um que estava em seu campo de visão. Quando seu olhar se encontrou com os olhos de Sif, um brilho se formou nos olhos de ambos.

Ela, que estava com Clint no colo, colocou o arqueiro no chão e levantou-se. Andou rapidamente até Loki e o beijou. Fazia semanas que não se viam. Ele retribuiu o beijo com todo fervor.

A reação da plateia que ali estava foi mais variada que fantasias no carnaval. Johnny ficou confuso e olhou estranho para o casal. Clint, Natasha, Tony e Bruce, que estavam mais familiarizados com asgardianos ficaram de queixo caído sem querer acreditar no que viam. Sue, Reed e Kurt se entreolharam e fizeram movimentos com os ombros de quem não entendeu foi nada mesmo daquilo. Darcy e Thor ficaram encarando aquilo, processando tudo na cabeça, os dois com um enorme ponto de interrogação na testa.

–Senti sua falta – Loki falou entre o beijo, sorrindo – não passe mais tanto tempo longe.

–Foi necessário – Sif sussurrava.

–Então o que foi que aconteceu de tão importante que me fez voltar a este mundo inferior?

–Isso – Sif se afastou de Loki e apontou para alguns da platéia.

Loki os olhava da pior maneira possível. Ele olhou de volta para Sif com um ponto de interrogação na cara maior que os de Darcy e Thor.

–Sif, isto é algum tipo de brincadeira?

–Irmão... – Thor falava com um pequeno brilho nos olhos – você não está morto!

Loki voltou a atenção à criança loira que havia falado, com olhos arregalados e sobrancelhas juntas.

–Thor?

–Ele mesmo – respondeu Sif.

Loki não demorou muito para entender o que estava vendo ali. Ele sentou numa poltrona e a guerreira começou a explicar o que havia acontecido, detalhe por detalhe. Claro que os outros a ajudaram a esclarecer algumas coisas, mesmo sabendo que aquele homem tinha sido um inimigo no passado.

–Quer dizer que esses projetos de gente são aqueles que me derrotaram em Nova Iorque? – ele soltou a gargalhada.

–Projeto de gente nada seu maldito – Tony retrucou.

–Loki – Sif o repreendeu.

–Posso estar consideravelmente menor, mas ainda posso enfiar uma flecha nesse seu olho – Clint falava de má vontade.

–Mas... eu o vi morrer! – Thor tinha ficado calado até então.

–Nem cheguei perto disso. – Loki respondeu com um sorriso triunfante.

–Pare de rir e explique a ele – Sif pediu, segurando a mão do deus travesso.

–Eu fingi minha morte – ele bufou enquanto falava – esperava voltar a Asgard sem você e tomar o trono. Em parte, consegui. Mas Odin estava velho e cansado, seria covardia matá-lo e depois tomar tudo que tinha. Então decidi esperar. Ganhei confiança de nosso pai e pude não voltar para minha cela. Acabou que me casei com Sif... foi quando o Pai de Todos disse que todo rei precisa de uma rainha a altura. Como sabia que você escolheria a humana e como via que você já não tinha mais salvação, decidiu passar o trono a mim. Ganhei confiança de toda Asgard e só então que fui ver como meus ideais tinham mudado. Odin morreu e então o reino era meu. Claro que ainda existia os que não gostavam de mim, mas eram uma minoria bem diminuta. Queriam você de volta mas a ultima coisa que nosso pai disse foi “Não diga a Thor sobre minha morte a menos que ele mesmo pergunte, ou em um momento de necessidade”.

Loki terminou de falar e os olhos de Thor encheram-se de lagrimas. Estava triste sim, mas a parte criança bateu forte e então o choro saiu. Ele agarrou uma das pernas de seu irmão e ficou ali, chorando. Os outros ficaram realmente tocados pela historia. Tinham motivos para desconfiar, mas Loki não parecia estar mentindo. E Sif tinha honra, ela não mentiria a tal ponto.

­–Como ele morreu? – o pequeno deus do trovão perguntou, enxugando algumas lagrimas.

–Dormindo – Sif falou, falar sobre isso a incomodava mas conseguia controlar bem o incomodo.

–Acham que o coração parou, lentamente. Ele não sofreu, isso que importa.

–Esse calinha é aquele que tentou invadir a terra e que vocês botalam ele pla correr em Nova Iorque? – Johnny não havia entendido ainda como um asgardiano, além de Thor, era tão “proximo” dos vingadores.

–Sim é ele mesmo – Tony, Clint, Natasha e Bruce falaram ao mesmo tempo com voz de tédio.

Passaram o dia tentando fazer com que os alunos de Xavier se acostumassem com Loki. A única coisa que sabiam sobre o cara era que tinha tentado dominar a terra com um exercito chitauri. Quem o conhecia bem, vingadores, podia ver claramente como tinha mudado, e para melhor. Estava, de forma distorcida, mais gentil.

Clint estava tentando fazer um arco com ligas de dinheiro e um galho envergado que havia achado. Não ia ficar bom como o seu, mas ia servir. Ele tinha planejado achar o lugar onde Pepper escondeu seu arco, mas não tinha nem pista desse lugar. Na verdade nem sabia se ela tinha o trazido para aquele lugar.

–O que está fazendo? – Natasha chegou por trás dele, de fininho, e perguntou num tom calmo.

–Um arco. Tenho que arranjar alguma coisa para fazer né.

–Ah, sim – ela sorriu de leve. Não fazia ideia do que falar para puxar assunto.

Ela ficou ali o observando por alguns minutos. Ele sabia da presença dela, mas procurava algo produtivo para falar.

–Quer falar alguma coisa Natasha? – ele virou-se para ela, olhando-a nos olhos.

–Não... não quero não – ela respondeu, tentando desviar o olhar.

–Te conheço cabeça de fósforo, quer falar alguma coisa sim – ele falou com um sorriso maroto no rosto.

–Bem... é sobre o que me disse ontem...

–Ah... aquilo.

–É que eu estive pensando e... – ela não pode terminar a frase. Ele largou o protótipo de arco no chão e a abraçou. Era um abraço reconfortante, ela sorriu.

–Não precisa falar nada.

–Preciso sim – ela se afastou um pouco – preciso te dizer uma coisa que vem acontecendo há muito tempo mas só vim dar conta disso agora...

–Você está doente? – ele arregalou os olhos.

–Não idiota – ela riu com aquele comentário – é que... eu também te amo. Só que era contra meus ideais de vida reconhecer isso.

Já havia anoitecido, Hank continuava no laboratório. Bruce e Reed viraram suas pulgas, pois não o deixavam sozinho ou quieto em momento algum. O Fera ficava em parte feliz com a ajuda, já que as pulgas era dois dos maiores gênios da atualidade. A parte preocupada era a de que a parte infantil do cérebro de ambos se manifestasse de forma acelerada e acabasse destruindo tudo que haviam conseguido até agora.

–Pulga 1, pega o microscópio ali. Pulga 2, pega a lamina e 3 pares de luvas. Vão, rápido!

–Pare de me chamar de Pulga, Smurf gigante – Bruce passou muito tempo com Tony, resultou que agora sabia apelidar as pessoas muito bem.

–Pulga 1, você vira um abacate gigante, então não pode falar nada – Hank estava misturando algumas coisas para ver se alguma delas funcionava.

–Pra que isso tudo?

–Acho que já estou chegando em um resultado.

–Resultado para que?

–Para devolver a vocês o seu tamanho real – Hank continuava mexendo em alguns líquidos e os examinando no microscópio.

–E se só piorar nossa situação? Suas curas não são muito confiáveis não, a ultima te deixou azul permanentemente. – Bruce falou, sentado ao lado do Fera, apenas observando.

–Essa eu tenho certeza de que vai dar certo.

–Só não faça algo que vá explodir dentro da gente... vai que eu viro gelatina – Reed falou, meio preocupado.

Hank não respondeu. Ficou misturando coisas e as examinando por no minimo uns 10 minutos e em todo esse período, Bruce e Reed o observavam. Até que o azulado ergueu as sobrancelhas.

Consegui.


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