Regression escrita por Kae Barnes


Capítulo 8
As portas abertas do inferno


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oi gente. Me fuzilem se quiserem, sei que demorei a postar :s mas eu estava passando por uma crise de falta de criatividade. Espero realmente que me perdoem. Obrigada a quem comentou capítulo passado e espero que gostem deste :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/485343/chapter/8

Por fim, os mutantes se deram bem com as crianças. O treinamento de alguns foi suspendido para que mantivessem todos entretidos, ou simplesmente para evitar que acontecesse uma catástrofe. Cada pequeno tinha um mutante como babá, embora em alguns dos casos, pudessem ficar com duas crianças. Era o caso de Steve e Jane. O mutante responsável por eles era Bobby, que podia manipular e criar gelo. Em geral eles não davam trabalho, mas suas ideias colidiam constantemente.

Quarteto da morte, foi como Clint, Natasha, Johnny e Tony ficaram conhecidos. Kurt foi o nomeador. Foi preciso apenas 2 mutantes para cuidar dos 4: Kurt e Jamie Madrox. Jamie tinha apenas 13 anos, mas como possui a mutação de poder se multiplicar, poderia dar conta.

–Cara eu sou o homem de ferro e tenho babás.

–Pode até ser inteligente, mas age como uma criança – Scott estava limpando seus óculos.

–E parece um velho de tanto que reclama – Jamie estava deitado na cama de Scott, tentando achar dentro de sua mente, algo para fazer.

–Ele é assim mesmo Jamie, e olha que nem está muito reclamão hoje – Natasha estava pintando o rosto de Clint e de Johnny com uma tinta que havia achado, a propósito, os dois estavam dormindo em seu colo.

–Ha há há, que engraçado isso protótipo de aranha – Tony falou com ironia – que isso Natasha, resolveu maquiar os dois namorados foi?

–Ela namora com eles dois? – Jamie deu um pulo da cama, com os olhos arregalados.

–Claro que não – a ruiva falou, olhando feio para Tony.

–Os dois gostam dela, ela gosta de si mesma – o pequeno Stark disse, sentando-se no chão.

–Ruiva, onde você achou essa tinta? – Kurt apareceu, e estava olhando estranho para Natasha e para a tinta laranja neon que ela estava segurando.

–Achei isso lá na sala... algum problema?

–Nenhum, só que essa tinta é permanente e pra sair da pele tem que colocar solvente – Kurt ria mais do que falava.

–Que maravilha – ela estava com uma cara de quem sabia que ia se dar mal.

–Quero ver é na hora que eles acordarem... tsc tsc – os comentários de Tony não serviam para nada.

–Calado – a espiã estava com as mãos meladas também, então depois quando acordassem não seria tão ruim.

–Ah e, a Pepper disse que era pra vocês descerem pra almoçar. E parece que a sobrinha da Kitty chegou – Kurt falou rápido.

–Mas... que horas são?

–Por volta de 1 da tarde – Scott respondeu – quem vai acordar as belas adormecidas aí?

–A fósforo vai fazer isso – Tony disse, rindo e olhando para Natasha que estava com uma cara azeda danada.

–Vamos gente, vocês enrolam demais – Jamie falou e todos, menos Kurt, fecharam a cara pra ele.

Desceram as escadas correndo, como sempre, e chegaram à sala de jantar eufóricos. Parecia mais um arrastão, mas esse pequeno detalhe resolveram ignorar. Antes disso Johnny e Clint deram um piti pois estavam se achando uns verdadeiros palhaços por conta da tinta. Notaram uma figura ilustre de boné e óculos escuros num canto da sala, mas dessa vez, nem Tony se atreveu a mexer com o “ser desconhecido”.

–Acalmem-se todos por favor – Charles começou – e sentem-se.

Todos obedeceram, afinal, contrariar o professor X era quase uma loucura. Só estavam presentes as crianças e seus respectivos mutantes-babá. O resto não estavam no instituto pois era sábado, e sábado era como se fosse o dia de folga. Para alguns pelo menos.

–Acho que já sabem sobre a vinda da sobrinha de Kitty – ele mostrou a figura ilustre de boné – assim como foram bem recebidos pelos meus alunos, vocês a receberão, já que a idade é a mesma – “Não falem a ela sobre suas reais identidades” acrescentou mentalmente para todos, menos para a garota.

–Por que ela está usando boné e óculos escuros se estamos dentro de casa? – Steve levantou o braço para chamar atenção e perguntou, a garota se sentiu um pouco incomodada com a pergunta.

–E-eu... tenho vergonha de como estou... é deprimente – a garota falou. Ela movimentava poucos os lábios e mantinha a cabeça abaixada. Natasha achava a voz da menina muito familiar.

–Deprimente é assistir desenho animado – Tony falou – pode tirar o boné e os óculos, está entre amigos.

–Veldade. Não ilemos rir ou zoar de você por nada, pode confiar – Steve dizia transpirando confiança.

–Não intimidem a menina – Bruce interveio, ajeitando seus óculos, que no caso, estavam maiores se comparados a sua estatura.

–Mas seria legal se você nos deixasse ver seu rosto, senão vamos acabar lembrando de você como a menina do boné – Sua falava de forma calma, tentava parecer simpática.

–Quanta pressão – Jamie começou a comer antes dos outros e falava de boca cheia.

–Jamie, come de boca fechada e engole tudo antes de falar – Anna Marie, vulgo Vampira, reclamou. Ela tinha prometido a si mesma que um dia ainda faria Jamie ter bons modos.

–Ok, primeiramente qual é seu nome bonézinha? – Clint perguntou, assim como Jamie, ele já estava comendo.

–Clint! – ela falou, num tom de surpresa e animação.

–O que? Seu nome é Clint também? Cluzes – Johnny exclamou, mais alto que o normal.

–Conhece ela? – Reed perguntou, mas o arqueiro estava mais confuso que todos ali.

–Eu?

–Sou eu Clint – a menina tirou o boné e os óculos num movimento rápido – Mellody.

Ela sorria e a maioria a olhava estranho. Jane, Sue e Reed colocaram uma mão na testa e abaixaram a cabeça. Thor cobriu com a mão o “O” que havia formado em sua boca, Tony tinha colocado as mãos nos lados de sua cabeça e arregalou os olhos de forma que parecia que ele sabia que um desastre iria acontecer.

Clint ficou sem reação e Natasha cerrou os punhos, além de bufar umas 2 vezes.

–Cledo, depois me lemblem de ligar plo capeta e pedir pla ele fechar os portões, por que ta blotando demônio aqui – Johnny falou, se Mellody não estivesse tão feliz por rever Clint, teria chorado.

–Bartolomeu... boa sorte – Clint fechou sua cara laranja neon para Tony.

–Tony, seu apoio moral é invejável – Bruce comentou.

Mellody estava realmente horrível. Os hematomas que os murros de Natasha haviam deixado em seus olhos ainda estavam roxos, faltava 2 dentes em sua boca e em sua cabeça estavam faltando tufos de cabelo. Sim, realmente a visão do inferno como Johnny pensava. Jamie caiu da cadeira assim que a viu. Os outros mutantes estavam apenas boquiabertos. Darcy cocava a cabeça tentando entender tudo. Sif, Ororo, Pepper e Charles tinham ido almoçar em algum lugar menos conturbado.

–Kitty, salva sua sobrinha. Por favor – Sue pediu, já que Kitty era quem estava tomando conta da pequena invisível. Kitty não entendeu o por que.

–O que aconteceu contigo criatura? – Jamie falou. De forma que parecia mais um grito.

–Isso vai dar merda – Scott falou, com uma expressão de quem tinha previsto tudo e sabia muito bem onde iria terminar.

–O que causou isso a ela está mais próximo dela agora do que antes, sério, tira ela daqui – Sue insistiu.

–Por que? Ela disse que foi uma novata da escola que bateu sem motivo algum... – a Lince Negra estava tentando raciocinar.

–Foi a Natasha – Sue concluiu – foi ela quem bateu na Mellody. Essa historia de regredir está afetando nossos psicológicos de forma que as emoções estão com mais intensidade e ela teve um ataque sério de ciúmes.

–Espera... ciúme de quem?

–Clint – a Mulher Invisível falava como se fosse algo obvio – ela nega mas gosta bastante dele e ver sua sobrinha abraçando-o foi a gota d’agua para ela descontar a raiva acumulada nas ultimas duas semanas.

As duas olharam para Natasha. Mesmo estando com a aparência de uma fedelha, estava com um olhar mortal. Poderia a qualquer hora voar no pescoço da pobre Mellody.

–Cara, isso aqui ta melhor que as novelas que o Logan assiste – Anna Marie falou.

–O Anti-Pentes assiste novela? – Tony ficou boquiaberto.

–Sim – ela respondeu – mas ele toma cuidado para que ninguém veja... ou quase ninguém.

–Hehe, isso é uma informação valiosa.

Bruce levantou de onde estava e foi até Natasha. Ele cutucou o braço da ruiva até ela parar com o olhar mortal para Mellody. Depois cutucou Clint para que ele saísse do choque do momento. Logo em seguida, arrastou os dois pela camisa até o lado de fora da mansão.

–Primeiro: não quero saber de outra briga entre você e a garota, ouviu dona Natasha? Segundo: por favor Clint, tenta não dar muito mole pra menina porque eu não quero que o primeiro tópico que acabei de falar se torne invalido.

–Não prometo nada – a ruiva estava contrariada.

–Não posso simplesmente ignorar a garota. Ela não é maior de idade como a gente e pode ter traumas por abandono ou exclusão por causa disso.

–Está vendo? Ele protege ela. Que lindo hein Clinton – quando ela falava o nome inteiro, qualquer um poderia ter certeza de que a coisa estava séria.

–Ela só tem no máximo 10 anos! Vai querer se comparar a uma criança agora Natasha?

–Olhe como estou, é até ironia não e comparar a uma.

–Ok gente, sem brigas por aqui...

–Cala a boca Banner – os dois agentes falaram ao mesmo tempo. Pobre Bruce, ficou com uma cara de tacho legal.

–Você ter batido nela poderia te levar pra cadeia sabia?

–Já fiz coisas bem piores e sabe disso. Aliás, você e ela juntos seria pedofilia e aí sim alguém iria para a cadeia.

–Eu só amo uma pessoa agora, ficar com ela é o que mais...

–Uma garota de 10 anos? Sério isso? – ela cruzava os braços, interrompendo a fala do arqueiro.

–Caramba, deixa eu terminar de falar. Por aquela menina eu só sinto uma amizade e em parte pena por que apanhou feio de você. Eu te amo Natalia, mesmo você gostando ou não disso.

Ela ficou sem ter o que falar. Ouvi-lo falando seu nome mexia muito com ela, apenas os mais íntimos a chamavam assim. Ele deu meia volta e voltou para dentro da mansão. Bruce que só observava, ficou atônito. Nunca imaginou que veria uma cena daquelas. Natasha olhava para o nada. Não tinha ideia do que fazer e parecia ter esquecido como se mexer. Bruce voltou a cutuca-la.

–Er... só para constar, esse sol ta matando e se você ficar aqui vai ficar com uma insolação bacana.

–Eu... mas... não...

–Quem diria, você ficou sem palavras. Vamos lá para dentro – ele foi empurrando-a – vou chamar a Darcy para vir falar com você. Está precisando seriamente desabafar e colocar as ideias em ordem e eu não sou a melhor pessoa para ouvir alguma coisa.

x—x

Ao final da tarde, as coisas se acalmaram um pouco.

Hank mantinha Reed e Bruce ocupados no laboratório, já que agora os dois o ajudavam a descobrir a causa da regressão. Anna Marie tentava fazer Thor ficar quieto, mas este queria usar seu martelo, fato que ocasionaria alguma destruição caso ocorresse. Depois de ouvir Natasha, Darcy foi ajudar Bobby a separar Jane e Steve.

–Steve, mas eu preciso ir!

–Isso é imolal! Não se pode sair pegando as coisas dos outlos assim sem permissão!

–Você fala como se eu tivesse assaltado alguém.

–Isso é platicamente um assalto.

–Ow ow ow, o que está acontecendo aqui? – Darcy elevou a voz para chamar a atenção dos dois.

–Ela quer construir alguma parafernalha aí e precisa de algumas coisas, que precisaria pegar de alguém. Ele está dando uma séria lição de moral nela que não está surtindo efeito nenhum – Bobby estava com uma das mãos na testa, tentando ao máximo não perder a paciência com os dois.

–Como se a Jane escutasse alguém – Darcy revirou os olhos.

–Eu deveria diminuir seu salário sabia?

–Você nem me paga nada baixinha. Agora os dois, se aquietem.

Jane queria pegar algo que estava em cima da prateleira, mas Steve ficou na frente, a impedindo de subir em algo para alcançar o que queria.

–Sai da frente.

–Não.

–Lugar de artefatos históricos é no museu e não na minha frente.

–Me obligue a sair.

A astrofísica partiu para cima do soldado. Ela agarrou nos cabelos dele e começou a puxa-los. Darcy e Bobby não tinham visto nada até ouvirem barulho de algo se quebrando. Correram para ver o que é e se depararam com a seguinte cena: Jane em cima de Steve puxando os cabelos e arranhando a cara do loiro, Steve mordendo o braço de Jane e ao lado um dos vasos mais caros que eles tinham por ali, quebrado.

–O professor vai me matar.

x—x

–Olá Charles – Sif havia aprendido a chamar o povo da terra pelo primeiro nome – queria conversar com você...

–Sif. Pode falar.

–É que outro asgardiano está perto de vir. Ele está preocupado com Thor queria saber se poderia ficar por aqui também.

–Claro, não negarei teto a ninguém. Mas precisará de outro quarto para nosso novo hóspede?

–Não, não. Posso dividir o meu com ele...

–Posso saber quem seria...?

–Sim – a asgardiana respirou fundo – é Loki.

Charles arregalou um pouco os olhos. Aquilo realmente era uma surpresa.

–Calma, ele não é mais aquele maníaco que tentou dominar a terra dois anos atrás.

–Prevejo que meu Instituto será realmente demolido... – ela riu com a fala dele.

–Sim, ele ainda continua sendo o Deus da trapaça, mas não acho que causará nenhum mal a ninguém por aqui.

–Ele virá hoje?

–Amanhã.

–Hm, pois bem. Devo avisar a mais alguém?

–Não... não acho que isso seria bom.

–Tudo bem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!