Regression escrita por Kae Barnes


Capítulo 10
Frankenstein


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas o/ enfim, acho que vou aderir ao tempo de 15 dias pra postar, já que assim da tempo de escrever com calma(também avisando que provavelmente irei postar outra fanfic, mas desta vez, original). Mas fora esses pequenos detalhes, obrigada a quem comentou capitulo passado e espero que gostem desse.



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–Espera... quer dizer que... já vamos poder voltar a ser nós mesmos? – Reed chegava a ter um certo brilho nos olhos.

–Espero que sim – Hank respondeu – mas temos que trancar isso aqui a sete chaves. Qualquer alteração pode resultar na morte de alguém.

–É injetável? – Bruce perguntou, passando as mãos nos braços como se estivesse tendo calafrios.

–Sim.

–Maravilha – ele sorriu deforma irônica – não vou poder tomar isso, partiu voltar definitivamente à vida infantil.

–Por causa do Hulk não é? – Reed coçou a nuca. Bruce afirmou com a cabeça.

–Bom, daremos um jeito nisso.

Hank, por favor, venha até o salão principal. Traga Banner e Richards” Xavier falou na mente do Fera. Ele sacudiu a cabeça um pouco e chamou os dois garotos. A cura estava em suas mãos e acabou esquecendo de guarda-la, por fim, levou-a até onde os outros estavam sem nem notar do ato.

–O que foi Charles? – Bruce perguntou.

–Bom, Hank conseguiu o que possivelmente irá trazê-los de volta... mas antes temos eu ter certeza de que irá funcionar. Precisamos de uma cobaia e todos tem que estar presentes – explicou o professor.

–Quero é ver o desastre que isso vai resultar... – Loki falou, pessimista.

–Ainda bem que já trouxe a substancia Hank – Charles observou o frasco na mão do Fera – dê-me aqui.

Johnny havia pegado o cetro de Loki sem o deus perceber, e estava brincando com o mesmo. Ele girava o objeto e no momento em que Hank entregava o frasco para Charles, a ponta do cetro acertou o frasco em cheio, fazendo-o voar numa direção oposta.

O frasco foi em direção de Steve. Partiu-se ao chocar-se contra a cabeça do soldado e todo o conteúdo ficou impregnado no loiro. Por causa do vidro com que era feito, Steve teve pequenos cortes na testa. O liquido roxo estava por toda sua cabeça e escorria por seus ombros.

Todos olharam com um olhar de morte para Johnny, pois aquilo era a única coisa que poderia traze-los de volta ao tamanho que deveriam ser. Já Loki, o olhou assim pois estava mexendo sem permissão em seu cetro.

–Johnny... corre. Só digo isso, corre. – Bruce o alertou, mas o Tocha não foi tão rápido assim. Tony o segurou pelo braço direito e Clint pelo esquerdo. Johnny ficou paralisado, sabia que tinha feito merda.

–Agora ele apanha – Jane e Natasha já se preparavam para dar socos quando Pepper interveio.

–Calma, não é assim que vamos resolver as coisas – ela tentava controla-los, mas isso era praticamente impossível.

–Pepper, sai da frente senão quem apanha é você – Jane e Natasha voltaram a falar juntas.

Loki ria histericamente de toda a situação. Para ele, aquilo era divertido. Sif o repreendeu mas de nada adiantou, ele não conseguia parar de rir.

–Gente, lembrem do Steve! – Scott gritou. Lembraram de bater em Johnny mas esqueceram de que Steve estava numa situação não muito boa.

–É, lemblem de mim! – havia uma pequena gota de sangue escorrendo ao lado de seu olho.

–Eu acho que vou desmaiar... – Pepper estava ficando verde.

–Tragam algo para estancar o sangue – Charles pediu e Kurt foi buscar tudo que precisariam, como agulha e linha para os possíveis pontos que Steve levaria, gaze, soro fisiológico, etc.

Enquanto tentavam fazer os cortes de Steve pararem de sangrar, Tony e Clint ainda seguravam Johnny pelos braços. Sem os maiores verem, Natasha e Jane o esbofetearam umas duas vezes. Logo após isso, o soltaram. Clint saiu da sala resmungando alguns palavrões direcionados a Johnny e outros ao mundo que fez aquilo acontecer e muitos outros a Pietro e Wanda por terem feito aquela brincadeira. Desejou com todas as suas forças que o braço de Wanda que tinha sido atingido por sua flecha apodrecesse e caísse.

Apenas Hank, Charles, Pepper e Ororo puderam ficar na sala ajeitando a testa de Steve, os outros tiveram que ir para a cozinha, esperar que tudo acabasse. Loki, como não queria nem ajudar, nem ficar com os pequenos, foi para o jardim acompanhado de Sif.

–Todos aqui estamos putos por isso que o Johnny fez, mas parece que o Clint foi o mais afetado por aqui... – Sue comentou, baixo. Mas dava para todos que estavam mais perto ouvir claramente.

–Eu tô é com pena do cara – Tony falou batendo os dedos na cadeira em que Sue estava sentada.

–Por que? Sabe de alguma coisa? – Natasha perguntou, ela estava preocupada.

–Sabemos – Bruce disse antes de Tony – temos nossa parte nisso, indiretamente.

–O que vocês fizeram?

–Na verdade o que ele ia fazer...

–Para de enrolar lata de sardinha.

–Antes disso tudo, o cara ia te pedir em casamento, Natasha – Tony falou, em sua voz era possível notar tom de pena, aceitação e indignação – mas aí aconteceu isso. Então Hank conseguiu a “cura” e ele ficou feliz pois ainda poderia fazer isso. Agora...

–A chance se foi – completou Bruce.

–Agora entendo por que dele ter ficado daquele jeito... crianças não podem casar – Reed agora estava tocado.

Natasha não conseguiu falar nada. Aquilo era uma revelação e tanto. Saber sobre o que ele sentia tinha sido uma surpresa, mas isso... Ela havia se preparado psicologicamente para muitas peculiaridades da vida, mas para uma coisa assim, nunca havia pensado que aconteceria. Muito menos com uma pessoa que ela sentia algo.

–Vamos mudar de assunto né – Jane disse – como será que o moralista vai ficar?

–Thor, meu amigo – Tony colocou o braço por cima do ombro de Thor – gostei da tua namorada. Jane iremos fazer muito mais apelidos para o capicolé.

Thor apenas fechou a cara.

–Caso funcione, como será que ele vai ficar? Aquilo foi muito para uma pessoa só – Reed estava pensativo.

–Jarvis, colete uma amostra do sangue do capicolé...

–Tony.

–Oi.

–O Jarvis não está aqui – Bruce não sabia se ria ou se chorava, de rir, daquela situação.

Tony ficou com uma cara de tacho linda enquanto todos os outros riam. Prometeu a si mesmo que iria fazer com todos ali o que estavam fazendo com ele.

–Oi gente – Steve entrou na cozinha, sua testa estava toda remendada.

–Fala aí Frankenstein – Tony o recebeu com um novo apelido. Steve quase levantava o dedo do meio para ele, mas se controlou antes de fazer tal ato.

–Como está a cabeça? – Reed perguntou .

–Funcionando. Levei tleze pontos cala...

–ISSO TUDO?!

–É... – Steve ria sem graça.

–E como vai ficar sua situação? – Natasha perguntou, calma.

–Hank levou meu sangue pla estudar, ele acha que se reagir com o solo do super-soldado vai causar algum dano colatelal.

–Tomala que desfigule sua cala, assim não telei mais um gêmeo flaco que nem você – Johnny disse de cara fechada.

–Quem você chamou de flaco aqui hein? – Steve cerrou os punhos.

–Você.

–Ei fogueira, já não basta ter feito isso com a testa do menino agora vai querer começar uma briga é? – Ben tentou intervir.

–Não ligo quem começou e o motivo disso, se não pararem com isso agora eu pego na cabeça dos dois e os deixo desmaiados por pelos menos dois dias, entenderam? – Vampira elevou a voz. Os dois loiros ficaram quietos, já que sabiam dos poderes da mutante.

–Não aconselho discordar dela – Kurt falou, cauteloso.

–Tirem o Jamie daqui! – Tony gritou e todos olharam estranho para ele – vai que ela toca nele, 8 iguais a ela seria o apocalipse.

–Te interna Tony – Natasha falou, colocando uma das mãos sobre a testa. Se fizesse parte de algum desenho animado, uma gota se formaria na cabeça da ruiva.

//-//

–Devemos mesmo fazer isso?

–Claro. Vimos o que aconteceu e a culpa foi inteiramente nossa.

–Ainda discordo...

–Vamos maninha, seu braço está ruim e podem ajudar. Até diria bem feito e...

–A ideia foi sua, e não minha. Não tem moral para dizer “bem feito” para mim.

–Tanto faz. Quer fazer o favor de colaborar e levantar logo daí pra gente ir pro Instituto?

Ela respirou fundo duas vezes e elevou seu olhar para o irmão.

–Tudo bem.

//-//

Acordaram com gritos. Pelo menos metade acordou, principalmente os que dividiam quarto com Steve. Suas roupas estavam definitivamente menores. Sim, ele havia voltado a seu tamanho natural. Os gritos? Um de felicidade de Steve e o outro de susto de Bruce.

–Cara, quando for gritar avisa primei... você voltou! – Bruce coçava uma das orelhas.

–Caraca... graças a Deus – Steve não sabia se comemorava ou se chorava de emoção. Ele não tinha mais a língua presa.

–O que fo... Meu Deus, Steve! – Pepper entrou o quarto em que estavam. Com o grito, tinha receio de que algo grave tivesse acontecido.

–Falem mais baixo, quero dormir – Thor falou, colocando a cabeça embaixo do travesseiro.

–Thor, levanta. Olha isso – Bruce reclamou.

–O que? – ele ainda mantinha a cabeça enterrada nos panos.

–O Rogers. Levanta logo daí loira abusada – Tony estava atrás de Pepper e quase a derrubou tentando passar.

Ao ouvir isso, Thor levantou. Seu rosto parecia o deum psicopata.

–Do que me chamou?

–Loira abusada, algum problema?

Thor não respondeu, partiu para cima de Tony e fizeram do centro do quarto uma arena de UFC. O loiro desferia socos no rosto de Tony e este tentava dar chutes em seu agressor.

–Você. Deveria. Respeitar. Os superiores. A. Você.

–Thor, se controle – Tony não entendia o que estava havendo com seu coleguinha de trabalho. Thor nunca foi uma pessoa violenta, com humanos.

–Estou farto de suas brincadeiras Stark. Deveria queimar em Musphelheim!

–Alguém por favor me ajuda aqui – o nariz de Tony já estava sangrando.

–Largue-o Thor, agora. – Loki chegou ao local da briga e falou com voz imponente.

Thor parou por alguns segundos e olhou para o irmão. Algo em seus olhos mudou. Voltou sua atenção a Tony e parecia que não estava ciente do que tinha feito. Levantou com olhar desolado.

–E-eu fiz isso? – o deus do trovão perguntava, gaguejando.

–Sim, fez. E se o rena aí não tivesse chegado, acho que eu precisaria de uma plástica – Tony limpou o sangue que estava em seu nariz com uma das mãos.

–M-mas... – ele não sabia o que falar.

–Thor, venha aqui – Loki o chamou e ele foi, sem dizer mais nada.

–Acho que a coisa da mente realmente existe – Reed concluiu.

–O que?

–Quanto mais tempo passarmos dessa forma, mais uma mentalidade infantil se agravaria em nossos cérebros. Thor nunca seria tão violento assim com qualquer um aqui, talvez só com o Loki nos tempos que ele era o inimigo, mas fora isso, não seria. Uma criança briga por qualquer coisa, um brinquedo, por comida e as vezes até por birra.

–Então temos que ver quem está com o cérebro mais afetado e colocar a pessoa no topo da lista para receber a cura – completou Bruce.

–Thor já está claro que é o caso mais critico... – Steve estava pensando.

–Steve, meu amigo, você fez uma descoberta esplendida agora. Pensou nisso sozinho ou precisou de ajuda?

–Vá se ferrar Tony – o soldado respondeu. Sim, ele aprendeu muitas coisas com os novos companheiros. Tipo mandar alguém a algum lugar.

–Bom, sabemos que funciona mesmo. E agora? – Pepper tinha um olhar preocupado.

–E agora temos um problema – McCoy chegou ao quarto dos pequenos olhando para alguns papeis e com uma voz grave.

–Que problema bola de pelos?

–O senhor Rogers voltou ao normal, mas em compensação... o soro do super soldado foi completamente aniquilado da corrente sanguínea dele.

–Como assim? O que isso quer dizer? – Steve estava pasmo, não sabia o que pensar sobre aquilo.

–Que agora você é como se fosse apenas um civil normal que toma muito anabolizante – Bruce disse antes que Hank abrisse a boca – ainda tem a força e tudo, mas vai envelhecer.

//-//

Era hora do almoço. O prato do dia era macarronada com suco de limão.

Os pequenos só foram comer depois que os mutantes saíram da sala de jantar. Preferiam comer apenas com o grupo de sempre e não se misturar muito com os que não eram seus babás. Bobby estava bem mais aliviado agora, já que Steve não precisava mais de alguém para vigia-lo. Mas sua preocupação não era nula. Na verdade ninguém ali se preocupava muito com as crianças, tinham mais medo é de estar sob o mesmo teto que o deus da trapaça.

Loki fazia pequenos truques com alguns ali algumas vezes por dia e isso era engraçado para quem assistia e vergonhoso para quem participava. Sif tentava coloca-lo nos eixos mas isso era uma missão impossível, até para ela.

Thor havia se acalmado um pouco e se desculpou com Tony, que não ficou ressentido pela surra que levou. Já que a maioria ali queria e ainda quer fazer algo desse tipo com ele.

–E aí legolas, como você ta? – Tony bebia mais suco de limão do que tocava na macarronada.

–O que você acha? – Clint respondeu, com um mal humor eminente em sua voz.

–Bom, olha pelo lado bom, vai que você e ela não consigam voltar a ser grandes, pelo menos vão saber como o outro era quando criança. Coisa que eu duvido que qualquer um de vocês sabiam antes disso.

–Vira essa boca pra lá. É o cúmulo ficar assim. Minhas lembranças dessa idade são só a morte dos meus pais e eu e meu irmão indo morar num circo.

–Bom, agora vai poder mudar essas lembranças, caso não tenhamos sucesso.

Clint não respondeu. Aquilo era algo que o deixou pensativo por alguns minutos. Realmente era uma forma de mudar seu passado trágico. Era melhor do que uma lavagem cerebral pelo menos. Mas se não fosse o passado que teve, talvez não estivesse ali naquele momento.

–Charles, e quanto aos gêmeos Maximoff? Tem noticia deles? – Bruce já avia terminado sua refeição.

–Infelizmente não. Seria bom revê-los...

–Acho que todos aqui querem vê-los também – Tony deu um sorriso sacana.

–Clalo que quelemos, e somos tão legais que dalíamos alguns hematomas de plesente pala aqueles malditos – completou Johnny.

–Pode apostar que sim – Clint disse, com um leve tom sombrio na voz.

–Bom, eu agradeceria... já que com toda essa confusão pude voltar a ser alguém normal outra vez... – Steve não pode terminar a frase.

–De normal você só tem o nome e olhe lá, fóssil – Natasha arqueou uma sobrancelha.

–Rogers – Tony continuava com o sorriso sacana – cala a boca. Você voltou ao “normal”, mas a gente não.

–Alguém viu a Mellody? – Kitty chegou até onde estavam, preocupada.

–Se a Natasha não tiver dado cabo dela...

–Não fiz nada – Natasha defendeu-se.

–A vi hoje mais cedo... mas não faço a mínima de onde esteja agora – Sue falou, pensativa.

A campainha toca.

–Quem será? – Reed pergunta.

–Está esperando alguém professor? – Kitty deixou o assunto sobre sua sobrinha de lado por algum tempo.

–Não... não estou. Kurt, vá ver quem é.

O azulado obedeceu. Voltou dois segundos depois com a maior cara de zé mané possível.

–Quem era? – Xavier havia parado de comer.

–Não vão acreditar...

–Fala logo smurf! – gritou Tony de onde estava.

–Os Maximoff.


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