Regression escrita por Kae Barnes


Capítulo 7
O Anti-pentes.


Notas iniciais do capítulo

Oi de novo pessoas lindas :3 então, se tiver demorado a postar, me desculpem. Espero que gostem ^^



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Uma semana se passou desde o incidente com Alex, as coisas com os pequenos tinham se acalmado. Não houve mais nenhum acidente proposital na torre. Clint havia realmente tentado, com a ajuda de Tony, sair de lá para poder ver como Mellody estava. Afinal, sentia-se altamente culpado pelo que havia acontecido a ela, mas todas as tentativas foram falhas, sempre acontecia algo que os impedia.

Já estava decidido, eles iriam para o Instituto. Segundo Fury, lá teriam força e proteção suficiente para aguentar todas aquelas pestes juntas.

–Certeza de que vai me mandar para uma escola de esquisitões? – Tony perguntava para Pepper.

–Não os chame assim, pelo menos os “esquisitões” tem mais juízo que você – Pepper respondeu, passando com uma sacola por todos os pequenos vingadores.

Ela estava recolhendo sua armas: o escudo de Steve, a aljava e o arco de Clint, os controles manuais do Jarvis de Tony, a pulseira e as armas de Natasha. O martelo de Thor ficaria sob supervisão de Sif. Por precaução, até entregou calmantes tarja preta para Bruce.

Todos estavam altamente contrariados.

Como Bem era responsável pelos pequenos do quarteto(ou parte dele), recebeu um extintor de incêndio, caso Johnny resolvesse aprontar. Sue e Reed eram mais racionais. Já Scott não precisava de nada, pois além de racional, sabia quais eram as regras de Xavier.

Tiveram que conseguir um ônibus que pudesse levar todo o pessoal e que conseguisse carregar quase meia tonelada de pedra.

–Aí olho de mosca, lá pelo menos tem coisa legal pra fazer?

–Tony, já falei que parasse com esses apelidos pejorativos – Pepper o repreendia, e Scott ajeitava os óculos.

–“Coisa legal” no seu caso é algo destrutivo, então posso dizer que sim.

–Tia Pepper, e o Nick? Ele vai ficar lá na SHIELD mesmo? – Natasha perguntava.

–Nick Fury mal contou as coisas para você que é de confiança, imagine para mim...

–Bluce, se eu jogar fogo em você, o Hulk apalece? – Johnny estava entediado. E como não queria responder as perguntas de sua irmã sobre gostar de Natasha, então teria que arranjar, e rápido, algo bom para fazer.

–Acho que sim – ele estava desconcertado – ou eu viraria um churrasco humano.

–Johnny nem pense nisso! Não quelemos estlagos por aqui – Steve estava sério e de braços cruzados. Ele não aprovava a maioria das atitudes de Johnny.

–Além disso, acho que o ônibus quebraria por excesso de peso – Clint falou, fazendo uma careta.

Em menos de 10 minutos tudo estava um caos. A bagunça rolava solta. Jane já tinha agarrado o braço de Darcy, com medo de algum daqueles demônios jogasse alguma coisa em cima dela.

Thor batia na cabeça do Coisa, vendo se era realmente dura. Johnny tinha partido para cima de Steve, o acusando de roubo de identidade (ele não se conformava com o fato de serem iguais em quase tudo, e ainda reclamava que Steve era sério demais), os encarregados de aparta-los eram Sue e Reed. Bruce, Clint, Tony e Natasha faziam uma pequena guerra de bolas de papel. Inicialmente, Scott só observava, mas depois que Natasha acertou uma das bolinhas no meio de sua testa, foi brincar também.

Pepper, Sif e Ororo preferiram ficar nos bancos que estavam mais a frente e deixaram Darcy e Ben na parte do fundo com as crianças. Afinal, sempre teria que ter alguém para vigia-los.

Assim que desceram do ônibus, Pepper deu a ordem de que todos ficassem juntos e quietos até que Charles fosse recebê-los.

–Sejam bem vindos ao Instituto Xavier, é um prazer receber tantos heróis assim, e pessoas de outros mundos.

–Olá Charles – respondeu Pepper – só posso agradecer pela gentileza.

–Professor, cadê os mutantes? Não estou vendo nenhum por aqui – Scott perguntou, ele estranhava que tudo estivesse tão quieto.

–Jean e Logan foram recrutar mais dois mutantes no sul do país. Os outros, uma parte está na sala de treinamento e a outra parte foi treinar os poderes ao ar livre com Hank orientando. Jean perguntou por você, mas não disse nada para não preocupa-la.

Scott cerrou os punhos ao ouvir a primeira frase. “Jean e Logan...”, não gostava nada disso.

–Vamos, vou mostrar onde irão ficar – Charles deu meia volta – e Stark, pare de fazer piadas mentalmente sobre minha falta de cabelos. Romanoff, você também.

Os dois pequenos estavam com cara de culpados, foram pegos no flagra. Alguns soltaram risos, e no caso de Johnny, caiu na gargalhada.

Mais tarde naquele mesmo dia, Pepper estava conversando com Charles sobre a situação dos pequenos. Os mutantes não haviam voltado, somente Kurt estava ali (ele tinha enrolado Hank para não ir). Os que estavam na sala de treinamento, que eram bem poucos, recolheram-se para seus quartos. Então o ambiente estava calmo, quando ouviram um grito:

–MATALAM O STARK!! – Johnny gritava e descia as escadas correndo, com se fosse o fim do mundo.

–É o que? – Pepper não tinha entendido, então viu que Natasha e Clint corriam atrás dele.

–Ele quis dizer que mataram o Stark – o pequeno arqueiro explicou.

–MATARAM O TONY?!? – Pepper entrou em desespero.

–Calma Pepper – Natasha ria de forma contagiante – quem morreu foi o Ned Stark, de Game of Thrones. Eu estava mostrando a série para os dois, só que Johnny não se conforma com a morte do Ned.

–Um dia vocês ainda me matam do coração – ela colocava a mão sobre o coração e respirava fundo várias vezes – cadê os outros demônios?

–Nossa que delicada – Clint fazia drama – eles estão lá em cima, só não sei o que estão fazendo.

–Não se preocupe Srta. Potts, todos estão bem. Embora alguns estejam pensando coisas improprias para a idade... estão bem – Charles falou, acalmando um pouco o coração de Pepper.

Johnny, Clint e Natasha voltaram para onde estavam antes, eles dividiam o mesmo quarto com Tony e Scott. O quarto era de Scott, mas por ordens de Charles, teve que aceitar 4 hospedes.

–Mas ele ela um Stark legal – Johnny entrava no quarto fazendo barulho – não podia ter mollido!

–Eu morri?! – Tony perguntou com uma cara de “WTF”.

–Não Tony – Natasha tacou a mão na própria testa – o Ned.

–Ah sim. Meus pêsames foguinho – o pequeno playboy estava esparramado num sofá que ficava perto da janela.

Estava olhando para fora, procurando algo melhor do que arvores, quando viu uma luz. E outra. E mais outra. Até que pessoas surgiam das arvores. Eram os mutantes voltando. Tony estava boquiaberto. Scott e Natasha tinham ido olhar também. Eram muitos. Cada um estava utilizando seu poder de forma diferente.

–Olha só, o circo está na cidade! – Tony falou, animado.

–Cala a boca Tony – a ruiva o beliscou forte.

–O professor, com toda certeza, vai manter todos lá embaixo e explicar a situação. Só depois que vai chamar vocês para poder apresenta-los – Scott falou – ao invés de Instituto, isso aqui ta virando é o Orfanato Xavier, só que sem sistema de adoção.

O pequeno mutante só então que viu, os últimos mutantes a chegar (como se estivessem tangendo o resto) foram Jean e Logan. Eles riam de alguma coisa e pareciam mais íntimos do que antes.

–A ruiva ali é a famosa Jean Grey, Scott? – Clint perguntou.

–Sim – a pequena raiva de Scott fazia com que seus olhos soltassem raios, mesmo estando de óculos. Mas por sorte, os óculos impediam que fossem lançados. Tony agradeceu a Jeová, Zeus e até a Odin por aqueles óculos existirem.

–Iiiih já entendi. Scott gosta da Jean, mas compete com o bêbado de ressaca ali – o arqueiro falou – esse cara além de estar de mal com o pente, cortou o cabelo no instituto dos cegos, credo.

–Clint – a espiã olhou feio para ele, mas tentando segurar o riso – mesmo que eu concorde com tudo que você falou dele, isso não é coisa que se diga.

–Legolas – Tony pôs uma mão no peito e outra no ombro do arqueiro – você está começando a me dar orgulho.

Todos olharam incrédulos para Tony. Ele não ligou para isso. Voltou a olhar para a janela. Virou-se para os outros logo depois com a boca aberta e os olhos arregalados.

–Não vão acreditar...

–Em que...? – Scott foi até a janela, não conseguiu terminar a frase. Seus olhos explodiram e os raios vermelhos atravessaram as janelas atingindo o gramado do jardim.

Logan havia beijado Jean. Ela havia recuado e jogado ele longe, mas isso não mudava o que ele tinha feito.

–Vocês podem ser os piores de todos os que regrediram – Tony ia falando algo, mas o mutante levantou o dedo pedindo que ficasse quieto – mas acho que vão poder me ajudar.

–Seja mais específico por favor – a ruiva pediu.

–Quer que a gente queime o tlaseilo do Anti-pentes? – Johnny perguntou, com o punho pegando fogo.

–Só quero dar uma lição no... Anti-pentes – com isso, todos riram. Os 5 aderiram esse nome para falar de Logan.

–Ei gente, o professor ta chamando vocês – Kurt apareceu de repente no quarto. Johnny e Tony deram um pulo, não tinham se acostumado com o azulado brotando o tempo todo.

Os 11 menores desceram correndo as escadas, alguns mais rápidos que outros. Kitty, Kurt e Darcy ficaram responsáveis de chama-los. Chegando lá embaixo, se depararam com mais de 50 mutantes os encarando de forma estranha.

–E eu pensando que era brincadeira! – alguém falou.

–Scott, venha aqui. Os outros fiquem em fileira – Charles pediu, os pequenos obedeceram e ficaram do jeito que ele queria – Bom, na teoria vocês os conhecem, na pratica não. Na ordem da direita para a esquerda estão: Jane Foster, a astrofísica que achou Thor; ao seu lado está o Thor; Reed Richards, o Sr. Fantástico; Susan Storm, a Mulher Invisível; Johnny Storm, o Tocha Humana; Natasha Romanoff, a Viúva Negra; Clint Barton, o Gavião Arqueiro; Tony Stark, o Homem de Ferro; Steve Rogers, o Capitão América; Bruce Banner, o Hulk. Há também Sif, Srta.Potts, Sr. Grimm e Srta. Lewis que estão aqui para acompanha-los. Espero que todos os tratem bem, agora já podem voltar para suas atividades rotineiras.

Uma parte dos mutantes foi socializar com os pequenos heróis. Foi um momento engraçado, pois muitos dali tinham aquelas pessoas como exemplos. E agora os exemplos estavam do tamanho de pivetes de 8 anos.

Scott correu para onde Jean estava. No caminho esbarrou com Logan.

–Ei moleque, olha para onde anda! – Logan falou, irritado.

–Não me chame de moleque – Scott parou e ficou encarando o mais alto.

–Não enche baixinho.

–Ei Anti-pentes, não ignore o Scott! – Natasha falou, ela estava nas costas de Kurt.

–Scott? Ah, é você Summers? Espera, que neg[ócio é esse de Anti-pentes? – Logan estava ficando confuso. Já era de se esperar.

–Sim. Eu. Quem mais por aqui usaria óculos vermelhos? – o pequeno mutante virou a cara e continuou seu caminho até Jean. Quando o viu, ela só não teve um ataque cardíaco por pouco.

Logan pegou um copo de cerveja e sentou-se no sofá.

–Ei cara, em que brechó você comprou essa roupa? – Tony, com toda sua delicadeza, havia reparado na blusa branca amarelada que Wolverine estava usando.

–Não é da sua conta, pirralho.

–Olha como fala comigo, Anti-pentes. Mas sério, a quantas décadas você não faz compras?

–Ei Tony, perde seu tempo com ele não – Kurt chegou perto dos dois, com Natasha ainda em suas costas – ele ta sempre de mal humor.

–Kurt, não fale assim dele – Kitty chegou com Susan no colo – não queremos que essas gracinhas tenham má impressão de algum de nós.

–Mas o Tony tem razão, parece mais que ele está vestindo um pano de chão – Natasha completou. Logan olhou feio para ela, Sue e Kurt riram.

–Com você vestido assim, vejo uma ponte na sua vida – todos olharam para Tony, esperando que ele terminasse de falar – e você mora embaixo dela.

Todos caíram na gargalhada. Menos Logan, é claro.

–Foram emoções demais por hoje... acho que vou dormir, alguém me acompanha? – Tony ia se retirando de fininho.

–Deixa que eu te levo – Kurt se ofereceu, já que era um meio de transporte mais rápido – Kitty, pode ficar com a ruivinha aqui também?

–Posso sim, vem Natasha.

Kurt levou Tony para o quarto de Scott e Kitty levou a loira e a ruiva para a cozinha. As duas estavam com fome.

–Ei Nat, você e o Tony escolheram a pior pessoa para zoar – a Lince Negra estava fazendo sanduiches para as meninas.

–Sério? Que perfeito.

–Acho que o lema deles é o mesmo que o do Johnny, “quanto pior, melhor” – a loira comentou, rindo.

–Eita, então vão se dar bem com alguns daqui – Kitty ria baixo – acho que em todos os grupos tem alguém que parece mais ser o enviado do tinhoso. Estou aliviada por estarem aqui. Minha sobrinha vai vir passar a próxima semana comigo por causa de uns problemas que ela teve na escola, acho que ela é do tamanho de vocês então podem se dar bem.

–Por que ela vai vir? – Natasha perguntou.

–Se meteu em uma briga e acabou que... bom, vocês verão quando ela chegar amanha.

Bruce e Reed não saíam de perto do Fera. Hank era como a versão X-men dos dois.

–Vamos lá Hank, deixa a gente ver seu laboratório.

–Não, é perigoso.

–Por favor, senão eu apelo pro Hulk – Bruce estava usando golpes baixos, mas era a única coisa que ele poderia fazer no momento.

–Isso já é sacanagem Bruce – Reed ria alto.

–Sacanagem é sermos discriminados por nosso tamanho.

–Vocês dois, olhem ali – Hank apontava para a sala – aquilo que é injustiça.

Os dois olharam e não entenderam.

–Explique, por favor – Bruce pediu.

–Ali, perto da lareira – Hank disse.

Lá estavam o pequeno Scott tendo uma “pequena” discursão com Logan. Os três cientistas se aproximaram dos dois mutantes para poder escutar.

–Olhe seu tamanho, ela não ficaria com você desse jeito. Seria pedofilia, guri!

–Falo o mesmo de você, tem idade para ser o avô dela!

–Você agora está do tamanho de quem nem saiu das fraldas, não tem moral para me dizer nada!

–Tenho sim, só pelo fato de ser bem mais perigoso que você! Se que quisesse, poderia cortar sua cabeça fora e disso acho que não conseguiria se recuperar!

–Você não vai fazer nada, xará. Aquieta esse facho aí que já basta aquele palhaço de cabelo pra cima e a amiga ruiva dele pra me encherem o saco.

Scott ameaçou tirar os óculos e Logan pôs as garras de adamantium para fora. Bruce e Reed, vendo que a coisa ali tava feia e que ia dar merda mesmo, correram para segurar Scott. Hank foi logo depois e pediu para Logan se acalmar.

–Scott, escute, lutar agora não vai levar a nada – Reed segurava o braço direito do pequeno raivoso.

–O que ele quer é que você perca a cabeça, agora vamos ali com a gente – Bruce segurava o outro braço de Scott e puxava o mesmo para fora dali.

–Não, não. Eu vou acabar com esse cara! – ele tentava soltar seus braços de Bruce e Reed, mas sem sucesso.

–Não hoje, nem agora. Agora você vai voltar para o seu quarto e ver se as coisas por lá ainda estão inteiras – o Sr. Fantástico tentava ser diplomático.

Depois de muita teima, conseguiram convencer o mini-Ciclope a ficar calmo. Scott estava certo de uma coisa: sua guerra contra o Anti-pentes estava declarada.


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