Regression escrita por Kae Barnes


Capítulo 20
Castigo


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo... enfim. Boa leitura o/



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2 anos depois dos acontecimentos do ultimo capítulo...

− Clint! Para de fazer cócegas – Natasha reclamava, rindo. A ruiva tinha agora 17 anos, era encantadora.

− Me dê um bom motivo para parar – ele continuava com o ato. Os dois riam animadamente.

− Bom..., por isso – Natasha pôs a mão no rosto de Clint e o beijou. Não durou muito, apenas alguns segundos.

− Se por cada vez que eu te fizesse cócegas recebesse uma coisa assim... – ele notavelmente tinha segundas intenções e ela entendeu isso de primeira.

− Quem sabe.

Os dois estavam na sala da torre. Tony e Pepper haviam saído e demorariam um pouco para voltar, afinal, nunca se sabia quando os dois voltariam quando tinham que comparecer às reuniões das Indústrias Stark.

Clint puxou a ruiva pela cintura e a beijou decentemente. Ele segurava nas costas dela e ela havia enterrado as mãos no cabelo dele. Naquele momento nada mais importava, apenas o toque do outro.

Beijaram-se até encontrarem o sofá. Clint sentou-se no estofado e Natasha sentou-se em seu colo. Aquilo era bom, na visão dos dois. O beijo se tornou mais quente a medida que o tempo passava, cada vez mais desejavam um ao outro.

Até que alguém “indesejável” fez presença naquele cômodo.

− O que está acontecendo aqui!? – Tony praticamente gritou.

− Ah, oi pai – Natasha tomou um susto. Levantou-se rapidamente e se recompôs.

− E aí Tony... – Clint estava tão desconcertado quanto Natasha.

− Não posso sair por 2 minutos que quando volto tem dois infelizes se pegando na minha sala! Jarvis, por que não interviu nisso?

− Era um momento intimo, senhor. Não acho que seja algo que deva ser interrompido. Nunca interrompi seus momentos com a senhorita Potts. –Jarvis respondeu, educadamente como sempre.

− Você saiu por quatro horas – Natasha o corrigiu.

− E se demorasse mais meio minuto seria capaz de ganhar netos – Tony estava de cara fechada e braços cruzados.

− Não exatamente...

−Tony! Mas que gritaria é essa aqui? – Pepper saiu do elevador – lá do terceiro andar dava pra escutar sua voz, sabia?

− Conte à sua mãe o que você estava fazendo aqui com esse elemento. Vamos Natasha, conte – Tony instigou.

− Não estávamos fazendo nada demais – Natasha revirou os olhos.

− Tony, ela já não é mais uma criança – Pepper falou, indo para perto da menina – pare de trata-la como se ainda fosse.

Tony pôs as duas mãos no rosto e começou a puxar a pele para cima e para baixo. Notavelmente estava perdendo a paciência.

− Jarvis, ligue para a Hill. Peça que ela venha para cá agora – ele deu ênfase na palavra “agora”.

− Não há necessidade, senhor. Senhorita Hill está subindo. Segundo as chamadas de mais cedo, senhorita Potts a chamou para falarem sobre... bom, isso já não posso informar.

− Ótimo. Natasha sente ali no sofá do canto e você, cidadão – ele referia-se a Clint – sente aqui onde eu possa te ver.

− Quanta imaturidade – Natasha revirou os olhos e foi para o lado de Clint – olha só pai, te respeito pra caramba, mas ele é meu namorado. Não pode ficar nos vigiando o tempo todo.

− Posso e vou, não quero minha filha no caminho da perdição.

− Falou o cara que com 15 anos já pegava metade da cidade – Maria entrou na sala. Como sempre tinha uma resposta na ponta da língua para Tony.

− Seguinte – a russa passou um dos braços para o pescoço de Clint – se eu quiser posso fazer isso – beijou a bochecha do menino – isso – deu um selinho no mesmo – e isso – agora o beijou de forma doce.

− Ei ei ei ei, pode ir parando aí, olha a baixaria aqui no meio da minha sala! – Tony estava exaltado. Pepper e Maria apenas riam da situação.

Meses antes Clint havia informado formalmente à Pepper que estava namorando Natasha. Maria também sabia então nenhuma das duas via problema. Tony era ciumento, por isso não aceitava.

O telefone de Maria começou a tocar. Ela olhou o número e apenas ignorou a chamada.

− Não vai atender?

− Não.

− Qual é, e se for o Fury com alguma coisa pra você? – Tony tentou irritá-la.

− Era o Ross. Ele não entende que tirei férias.

− E se for algo importante?

− Me fala depois.

− E se for algo importante para agora?

− Ah Stark, você é irritante – ela respirou fundo antes de prosseguir – Jarvis, poderia retornar para o Ross? E bote no viva voz, por gentileza.

− Sim, senhorita.

Tony prendia o riso. Pepper não sabia como reagir: rir ou brigar com Tony por aquilo. Maria sentou-se e ouviu os toques, esperando que Ross atendesse.

Alô? – ele atendeu, parecia estar estressado.

− Ross? Você me ligou?

Sim Maria, liguei! – ele estava alterado, isso era certeza – sabe o que eu encontro quando chego em casa? Uma sala bagunçada cheia de pipoca e...

− A Maria não tem culpa se você não arruma sua casa – Tony começou a rir.

Não interrompa Stark. Minha casa estava totalmente um caos e chamo por minha filha, que deveria estar em casa a esta hora. Quando a procuro em seu quarto a vejo enrolada em lençóis, dormindo com seu filho!

− Vai ver os dois estavam cansados... – Maria arriscou – e foram descansar...

Não precisa tirar toda a roupa para poder descansar.

Tony iria gargalhar, mas conteu a risada. Pepper pôs as mãos na boca e arregalou os olhos. Maria estava ponderando se ficava com raiva, desolada ou ria da situação. Claro, uma risada de nervosismo.

− E onde eles estão agora?

Estou olhando para os dois. Seu filho é bastante insolente.

− Mas não foi você que disse que Bruce era uma pessoa exemplar?

Isso quando eu não o via na cama com minha filha.

E desligou. Agora sim Tony gargalhou alto.

− Esse garoto deve ter puxado ao pai, quem é mesmo o pai dele Maria? Deve estar ouvindo cada sermão que o Ross dá...

− Cala a boca Stark.

− Sua meiga. Ah e... – Tony olhou em volta – cadê os dois?

− Eles foram para o quarto da senhorita Romanoff, senhor – Jarvis respondeu – sugiro que dessa vez não...

− Tudo bem Jarvis – Tony estava claramente contrariado – tarde demais.

− Não vai reclamar? – Pepper estava espantada.

− Há coisas que não podem ser desvistas, não quero ver coisas desse tipo. Hill... seus filhos são o mal caminho que o capeta botou no mundo.

− Não sei se devo rir disso ou considerar um insulto.

− Ai senhor, tinha esquecido que disse à Sue que cuidaria do Johnny – Pepper tacou a mão na testa.

− O que?

− Johnny foi botado de castigo pelo Reed, então não poderia sair de casa em momento algum. Sue e Reed vão estar fora pela semana e Ben não tem moral o suficiente com o garoto... disse que ele poderia ficar aqui. Já que temos belos exemplos de pessoas com moral elevada.

− Traduzindo, o Jarvis vai vigiá-lo e tem permissão para fazer qualquer ato que o impeça de sair daqui – Maria completou.

− Minha casa vai ficar parecendo uma creche de novo.

− Não é tão ruim. Olhe pelo lado bom, teremos 3 da mesma idade por aqui. Acho que dá pra aguentar.

− Que horas o foguinho vai chegar?

− Em 5 minutos senhor – Jarvis disse, ele tinha a localização exata de onde o carro de Reed estava.

Quando Johnny chegou, não sabiam dizer quem estava com a pior cara, ele ou Tony. Johnny ainda estava com raiva pelo castigo, Tony com raiva por seus “princípios” quanto a Natasha estarem sendo quebrados.

Johnny virou quase que um ajudante e escravo de Pepper e Maria por duas horas. Elas o mandavam fazer várias coisas e ele obedecia, já que era obedecer ou mofar em algum canto dali. Pepper queria algo, pedia a Johnny. Maria precisava de ajuda em algo, pedia a Johnny.

− Pra que essa cara de cachorro perdido Johnny, nem trabalhou tanto essa tarde... – Tony zombava do menino, querendo irritá-lo.

− Elas deviam pedir para você fazer isso – o loiro estava de braços cruzados, de cara emburrada e jogado no sofá.

− Aí eu mandaria o Jarvis fazer. Olha só quem apareceu!

Tony notou que Natasha e Clint adentravam a sala. Os dois estavam com caras de sono, parecia que tinham acabado de acordar.

− Bom dia pai – a ruiva falou, bocejando.

− Já é de tarde, coisinha – ele respondeu.

− Mesma coisa. Cadê a mamãe e a Maria?

− Estão lá em cima ajeitando o quarto do...

− O que o Johnny está fazendo aqui? – ela o interrompeu com a pergunta.

− Castigo – Johnny disse, com um sorriso amarelo no rosto – virei praticamente escravo da mãe de vocês.

− Minha mãe é adorável – Clint gesticulava teatralmente.

− E a minha nem dá trabalho – Natasha completou, no mesmo tom.

− Vocês realmente conseguiram o afeto de mãe e filho – o loiro dizia meio que desapontado – mesmo que eu tente, a Sue só me vê como o irmão mais novo.

− Talvez porque vocês já eram da mesma família. Cada um aqui veio de uma parte diferente do mundo, então os vínculos foram crescendo com o tempo. Vou usar a mamãe como exemplo: ela me odiava quando entrei pra SHIELD, morria de medo do Bruce, hoje nos defende como se fosse nossa mãe de sangue.

− Vai ver é isso mesmo.

− Natasha... de quem é essa camisa que está usando? – Tony fez a pergunta com um tom curioso.

Ela olhou para a peça de roupa rapidamente e arregalou os olhos por alguns segundos. Era uma das blusas favoritas de Clint, na verdade a que ele estava usando mais cedo. No momento, Clint estava sem blusa, o motivo óbvio disto era que Natasha estava usando a dele.

−Er... é do Clint.

− Sério, vou jogá-lo ali da janela – Tony fez outra vez uma cara abusada, franzindo a testa e estreitando os olhos.

− São mais de 15 andares, joga ele, eu jogo você. Vai tentar? – Natasha retrucou, cruzando os braços.

− É sempre assim por aqui? – Johnny perguntou, direcionando a pergunta a Clint.

− Pelo menos 10 de 4 vezes que acontece – Clint concordou com a cabeça enquanto falava.

− Gente! Gente! Não sabem da novidade! – Pepper desceu as escadas correndo, Maria vinha andando, rindo, logo atrás dela.

− Você animada, uma novidade muito importante pelo visto. A Maria ta gravida? – Tony tinha cara de quem não estava entendendo nada.

− É Tony, engravidei do Jarvis – Hill respondeu com a voz carregada de ironia.

− Senhorita Hill...? Como assim? – Jarvis perguntou, Clint e Johnny começaram a rir.

− Não é isso. Até porque se a Maria engravidasse seria do...

− Pepper, calada – Maria interviu.

− Hm... arranjou alguém mãe?

− Finalmente a fera desencalhou – Tony levantou os braços e ajoelhou-se – aleluia senhor!

− Se controle homem – Natasha reclamou.

− Nada disso. Steve vinha morar aqui conosco certo? – Pepper revirou os olhos e prosseguiu com o que ia dizer inicialmente – mas houve pequenos acontecimentos e outra pessoa virá também.

− E de creche passa para pensão...

− Para de reclamar Tony.

− Sou uma pessoa de coração generoso, deixei até a Hill e as pestes dos filhos dela virem – Tony fez sinal de coração com as mãos – mais dois não será problema.

− Quem vai vir?

− Steve pediu a Wanda em casamento – Pepper concluiu – ela virá também.

− Do jeito que ele é, é capaz de ter engravidado a menina e por isso vai casar.

− Steve é correto, mas não extremista assim, Tony.

− Quando ele vier, posso queimar aquela cara moralista dele? – Johnny pediu.

− A cara dele é igual a sua, gênio – Natasha falou – ter a Wanda aqui vai ser maravilhoso!

− Olha que se ele se estressar com você, pode pedir pra Wandinha deformar seu rosto num estalar de dedos – Tony alertou o loiro.

− Não tenho medo de bruxas...

−IIIIIIIHUL – Clint gritou, forçando um pouco a garganta para a voz ficar mais estridente, ao mesmo tempo que puxava o tornozelo de Johnny. Este que deu um pulo e ficou com a cabeça flamejante.

− Não. Faça. Mais. Isso – Johnny estava ofegante.

− E é porque não tem medo de bruxas... imagine se tivesse.


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