Regression escrita por Kae Barnes


Capítulo 19
15 anos


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente vou agradecer à Lady América pela recomendação. Em segundo, obrigada a todos que comentaram capítulo passado. Espero que gostem deste :3



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5 anos depois dos acontecimentos do ultimo capítulo

−Natasha, por favor... eu disse que não queria presentes...

−Betty, calada. Aceita. Por favor.

Betty revirou os olhos e bufou. Estava fazendo 15 anos e não queria nenhum tipo de comemoração. Mas assim como Tony, Natasha havia ficado irrefreável. Ela decidiu dar à menina um presente, que seria de muita utilidade num futuro próximo.

−Que lindo – a morena olhava para o vestido azul turquesa – deve ter custado uma grana...

−Nem se preocupe, eu mesma fui na loja e comprei. Você é praticamente do meu tamanho então não tinha como errar.

−Mesmo assim, obrigada – Betty abraçou a ruiva.

A ruiva havia ido passar o dia na casa da amiga. Ao longo dos anos, foram ficando bem próximas, devido ao emprego de Ross e do “lugar” que Tony tinha. Praticamente inseparáveis.

−Por nada – Natasha retribuía o abraço – quero que o use hoje a noite. Promete que vai vestir?

−Hoje a noite? Por que?

−Só prometa. É claro que não vou te deixar aqui sozinha em casa em pleno seu aniversário.

−Mas...

−Betty – Natasha falava de forma indiscutível. Os olhos verdes da menina eram autoritários.

−Tudo bem, eu prometo.

Enquanto isso, na antiga torre dos Vingadores

−Não seu tapado, bota isso ali – Tony reclamava

−Tapado é você, me ajuda então! – Bruce estava com os braços cheios de coisas.

Eles estavam preparando uma festa surpresa para Betty. Coisa que não era muito difícil. Com Tony, Bruce e Clint arrumando a maioria das coisas é que se tornou algo catastrófico. Nenhum dos três concordavam entre si então de 5 em 5 minutos virava uma bagunça.

−Clint, bote esse sofá ali – Tony bateu na cabeça do menino com uma caneta logo após falar.

−Ei! Isso doeu.

−Que bela forma de tratar seu genro... – Bruce ria da desgraça alheia.

−Calado, vai trabalhar menino – Tony arremessou a mesma caneta na cabeça de Bruce e acertou.

−Stark – Maria apareceu na porta, ela ficara encarregada de buscar o bolo e já havia voltado – não jogue canetas em meus filhos.

Ela entrou e colocou o bolo na mesa central. Ao passar dos anos, eles tinham que usar muito o disfarce, por isso acabaram adquirindo o costume. Não chamaria isso realmente de costume, pois Maria havia mesmo aceito os dois meninos como seus filhos e agora os tratava como tal. Os dois davam-se bem com ela agora e a chamavam de mãe. Era um progresso muito bom de se ver. O mesmo havia acontecido entre Pepper e Natasha.

−Maria amore mio! Finalmente alguém decente chegou.

−Vocês não arrumaram nada – ela dizia, fria.

−Ah, oi mãe! – Bruce a cumprimentava.

−Oh mãe, minha cabeça ta doendo agora – Clint reclamava.

−Stark, venha aqui – ela chamou, de cara fechada. Tony obedeceu. Maria deu um tapa na parte de trás da cabeça do homem de ferro – isso por fazer aquilo com meus bebês.

−Mamãe, você é uma sexy. Valeu – Clint sorriu de forma sacana e voltou para o trabalho que estava fazendo. Ou seja, voltou a empurrar o sofá.

−Que horas elas vão chegar? – Bruce estava meio que nervoso.

−As 8. E ainda são duas da tarde, tenha calma menino – Maria o reconfortava.

−Tony.

−Vish, a Pepper chegou – Tony disse com tom alarmante.

−O que te disse pra fazer, Tony?

−A decoração?

−Exato. E por que apenas o Bruce e o Clint estão fazendo algo?

−Estou na minha hora de intervalo.

−Que hora de intervalo o que, passa pra ajudar os dois – Pepper começou a estapeá-lo até que Tony resolveu ajudar no que deveria fazer.

−Dá um tiro que é mais rápido – Maria sugeriu, rindo.

−Também acho. Mas isso é radicalismo – Pepper riu junto – Steve disse que chega daqui uns 20 minutos. Ele vai trazer a Wanda para ajudar também.

−Picolé e Bruxinha... casal mais zoado que já passou por mim – Tony fazia um coração com as mãos.

−Espero que o Steve te bata Tony, hoje você ta que ta – Pepper colocava a mão na própria testa.

−Quase não chego, o transito estava horrível – Karen, a mãe de Betty, chegou à sala onde eles estavam – Thaddeus disse que virá apenas a noite.

−Thaddeus? Quem diabos é Thaddeus? – Clint perguntou, realmente não conhecia o nome.

−E isso é nome de gente? – Tony estava tão confuso quanto Clint.

−É o Ross, gênios. – Maria havia se sentado no sofá e falou quase rindo.

−Ah sim... o nome dele é Ross e não Thales! – Tony protestou.

−Thaddeus, burro – Clint retrucou para Tony.

−Olha como você fala com seu sogro maninho – Bruce tirava sarro da situação.

−Depois da caneta de hoje, ele mereceu.

Passaram a tarde discutindo e tentando manter as coisas em ordem. Depois que Steve chegou, tudo ficou mais fácil. Ele sim botava ordem naquele bando de bagunceiros. Wanda colocava no lugar as coisas mais difíceis e Maria, Pepper e Karen apenas observavam todo o trabalho.

Nesse tempo Natasha estava com Betty, a arrumando com a desculpa de que iriam a alguma lugar a noite que Betty iria se divertir muito. Não entrou em detalhes, deixando a menina curiosa. Assim não teria risco dela descobrir sobre a festa que organizaram.

Ao final da tarde, tudo estava pronto. Tudo em seus devidos lugares e todos extremamente sujos. No meio do processo Tony estourou um balão que estava cheio de lama dentro e melou todos que estavam por perto. O culpado por aquele balão estar ali não foi identificado.

−Natasha, onde estamos indo? – as duas estavam dentro do carro de Tony, Betty ainda não sabia para onde ia.

−Happy vá para... oh não, espera. Vai para a torre. Esqueci uma coisa muito importante...

−Sim senhora – Happy respondeu e fez o que Natasha pediu. Ele também estava ciente de tudo que iria ocorrer.

−O que foi?

−Esqueci só uma coisinha, vai ver quando eu for lá buscar.

O carro chegava perto da torre, notavelmente a parte de cima, a mais movimentada, estava com as luzes apagadas. Para Natasha aquilo significava que tudo estava pronto. Para Betty seria que ninguém estava em casa.

−Não vou subir sozinha, vem comigo Betty.

Jarvis avisou que as duas estavam subindo. Betty nem desconfiava. Estavam todos nervosos.

A porta do elevador abriu e as luzes acenderam.

−Surpresa! – todos disseram ao mesmo tempo.

−Vou te matar Natasha... – Betty estava atordoada.

−Feliz aniversário baixinha – Clint veio e a abraçou. Quando o mesmo viu Natasha, ficou com os olhos brilhando.

−Obrigada Clint – Betty respondeu, sorrindo.

−Parabéns filha! – Karen veio abraça-la também.

E todos fizeram o mesmo. Bruce foi o ultimo.

−Parabéns... – ele falou durante o abraço.

−Vocês sabiam que não queria festa. Estou extremamente envergonhada agora – Betty disse quase num sussurro no ouvido de Bruce.

O abraço havia acabado.

−Ideia do Tony – Bruce ria da reação de Betty – com ajuda da sua mãe, intervenção direta minha, do meu irmão e da Natasha.

−Vocês são terríveis – a menina deu um peteleco na testa de Bruce – ainda não acredito que fizeram isso...

−Agora é tarde.

−Me promete uma coisa?

−Claro, o que?

−Não cante “com quem será”. Sério, isso é muito vergonhoso e pelo menos agora queria que isso não acontecesse. Lembra do aniversário da Natasha há 2 meses? Cantamos com o Clint e o tio Tony quase arranca a cabeça do menino e da filha. E a dele junto, de brinde.

−Aquilo foi algo magnífico! – Bruce protestou.

−Agora imagine numa escala 30 vezes maior. É o que vai acontecer com o meu pai se ele ver isso. E logo que agora é a primeira vez em 10 anos que ele vai comparecer em meu aniversario...

−Prometo – o menino suspirou – não irei cantar.

−Obrigada – Betty sorriu e beijou a bochecha de Bruce.

–Betty! Seu pai chegou, vamos cantar o parabéns! – Karen chamou a filha.

−Vamos Bruce – a menina pegou a mão do amigo e o puxou para a mesa do bolo.

Ross havia ficado junto da filha e da esposa. Ele sorria, algo que na visão de Maria era algo milagroso.

−Natasha... – Tony tinha uma voz repreensiva e estava com a testa franzida, olhando para a menina.

−Que foi, papai? – ela respondeu com uma voz doce.

−Passou quase a festa toda com o ex-passarinho. Não gostei disso.

−Ele é meu futuro namorado, deveria se acostumar.

−Futuro namorado? Ahn?

−Combinamos de só termos algo sério quando ambos tivéssemos 16. Vida de criança e nossa vida... juntas... acho que não daria tão certo assim.

−Se eu souber que você perdeu sua virtude... – Tony levantou o dedo e olhava para a ruiva com um “senão” explícito no olhar.

−Tony, agora não é hora para isso – Pepper interrompeu a conversa, segurando o riso. Natasha estava quase rindo também.

−Ei gente, desculpem o atraso. Tive que deixar a Darcy na casa dos pais dela antes de vir, sogrinho que pediu – Pietro chegou onde todos estavam.

−Ainda bem que conseguiu vir tio Pietro – Betty sorria.

−Não poderia perder uma festa como essa não é?

−Mesmo com a velocidade, quase chega atrasado hein desbotado – Wanda sussurrou para o irmão.

−O que é isso? – Steve notou uma mancha avermelhada na gola da blusa que Pietro vestia.

−Suponho que o “sogrinho” não saiba disso – Clint não conseguiu conter o riso e estava prestes a chorar de rir.

−Cala a boca Clint – Pietro bateu na parte de trás da cabeça do menor.

−Vamos começar, antes que isso vire UFC – Karen disse, prevendo que aquilo iria terminar em caos.

E então, finalmente, começaram com o canto .

−Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida. É big, é big, é big é big é big. É hora, é hora, é hora é hora é hora. Rá, tim, bum. Betty! Betty! Betty!

A vela foi apagada, o pedido foi feito. Um coro peculiar começou a cantar o que Betty mais queria que não tivesse.

−Com quem será, com quem será, com quem será que a Betty vai casar... – Natasha, Clint, Pietro e Tony cantavam – vai depender, vai depender, vai depender se o Bruce vai querer – Ross já estava puto, olhando com a pior cara azeda que podia para Bruce – ele aceitou, ele aceitou, tiveram muitos filhos e depois se separou – Bruce e Betty estavam mais vermelhos que a mancha na camisa de Pietro.

−Lá vem o padre, de bicicleta, levou um tombo e rasgou a cueca – Clint continuou.

−Lá vem a noiva, toda de branco, e o seu marido de cueca e de tamanco – Natasha completou.

−Foi pro hospital, foi pro hospital, tiveram muitos filhos e depois um animal – Pietro concluiu.

Betty estava com os olhos arregalados. Bruce estava cogitando sair correndo na primeira oportunidade. Ross estava querendo a carcaça de Bruce.

Tony apenas soltou a gargalhada.

Karen ria. Tomou logo uma iniciativa interventiva.

−Vamos cortar o bolo!

−Boa ideia. Betty, pra quem vai o primeiro pedaço? – Maria perguntou.

−Er... – a menina ainda estava em choque – vai para... meu pai! – com aquilo talvez a raiva de seu pai fosse amenizada.

Ross ficou assustado. Não esperava que recebesse aquilo. Faltara mais da metade dos aniversários que sua filha teve e não se achava merecedor daquilo. Mas recebeu de bom grado.

Maria chamou por Bruce. Ele havia ganhado o segundo pedaço do bolo. Ainda estava envergonhado.

−Algum problema mãe?

−Nenhum. Olha só, seu irmão é uma pessoa sem salvação, mas você ainda tem. Não faça nenhuma besteira ok?

−Sabe que não faço. Clint é que tem mais chance, e muita, de fazer algo desse tipo.

−Bom. Sabe o que já falam de mim não é? Lá na SHIELD?

−Depende, de qual das coisas você está falando?

−De que meus dois queridos filhotes estão pegando as meninas que tem os pais mais ciumentos que já vi. Por onde eu passo eles falam “Ei Hill, me ensina a ser como seus filhos. Pegadores nota 10” ou me perguntam se quero junto com eles fazer outros que nem vocês.

−É... – Bruce realmente não sabia o que falar – embora eu não tenha pegado a Betty. Olhe pelo lado bom, agora não vai faltar assunto para você conversar com os agentes. E ter outros irmãos não é lá muito ruim...

−Quer ficar de castigo?

−Retiro o que eu disse – o menino falou rapidamente – vou ali pegar refrigerante mãe, quer um?

−Claro.


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