Regression escrita por Kae Barnes


Capítulo 21
DéJà Vu


Notas iniciais do capítulo

É, ultimo capítulo. Foi bom enquanto durou, mas o show acabou. Ok, vou parar com esse ar de enterro :s obrigada a todos(as) que acompanharam e saibam que fico feliz que tenham vindo até aqui. A quem não lembra muito bem o começo de tudo, recomendo ler o 1° capítulo antes de ler este, apenas para refrescar a memória sobre algumas coisas... bom, é isso ._.



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Clint acordou com alguns cutucões. Assim que abriu os olhos viu Natasha a sua frente com um olhar confuso.

− Que? Onde estamos? – ele perguntou. Sua expressão facial era um ponto de interrogação explícito.

− Você está bem, Clint? – Natasha perguntava. Ele podia ouvir o som de um forte vento do lado de fora onde se encontravam.

− Mais ou menos... onde estamos? – em sua cabeça deveriam estar na Torre Stark, os dois com 18 anos. Ali Natasha estava do jeito que a conhecia antes do incidente do 084.

− Indo para a base da SHIELD. Voltando da missão no Alasca... tem certeza de que está bem?

− Ah... – “foi um sonho, tudo aquilo não era real, finalmente havia voltado para a realidade” ele pensou – é só que...

− Acho que não vou mais te deixar dormir nos jatos, capaz de algum dia acordar e não saber nem o próprio nome – a ruiva comentou e riu do próprio comentário. Ela revirou os olhos e voltou a sentar-se ao lado do arqueiro.

Ele lembrava de tudo. Da recepção na SHIELD, do 084 explodindo, eles crianças, do Instituto, de Hill sendo sua mãe, de ter namorado Natasha quando tinham “17 anos”. Aquilo tinha sido bastante real. Para ele foi real. Decidiu não compartilhar aquilo com ninguém. De longe seria loucura, de perto o mandariam para um sanatório.

A principal parte que se repetia em sua mente foi o dia em que tornaram-se crianças. Era o dia que pediria Natasha em casamento. O anel estava comprado e se tudo estava correto, ele deveria estar dentro de sua mochila.

Levantou-se de onde estava, balançando a cabeça para que pudesse voltar à razão. Abriu a mochila e tirou a caixinha com o anel de lá. Respirou fundo duas vezes antes de decidir fazer aquilo agora. Sabia como a ruiva era, e tinha certeza de que havia mais chances dela o rejeitar do que o aceitar. Isso era algo que valia a pena correr risco. A olhou de relance, ela apenas olhava para fora do jato pela janela que havia ao seu lado.

Ela estava um caco. A missão do Alasca rendeu aos dois cicatrizes, hematomas, uniformes rasgados. Os dois estavam sujos e com sangue seco escorrendo pelo rosto. Aquilo era quase que normal. Realmente pareciam que tinham vindo da guerra. Guerra em que era apenas os dois contra uma gangue de terroristas.

− Natasha... – ele falou, retesando. Os olhos verdes da mulher o olharam de forma curiosa.

− O que foi?

− Vem aqui – ele se aproximou dela e a fez levantar de onde estava. Ela não entendeu nada mas levantou, confiava no que Clint fazia.

Ele aproximou o rosto do dela e suas testas ficaram coladas. Natasha estava quase envergonhada com aquilo, estar daquela forma com ele trazia à tona sentimentos que ela se esforçava para reprimir. Ele colocou rapidamente a caixinha no bolso e tocou o rosto da ruiva com as mãos.

− Faz tempo que eu queria fazer isso, mas nunca tive a coragem. A verdade é que eu te amo desde sempre Natasha. Sei que você não é de sentir nada por ninguém mas eu tinha que te contar isso. Queria fazer da forma certa, tentar arquitetar uma forma mais bonita mas a qualquer hora posso te perder de uma forma irreversível e não quero que isso aconteça. Natasha Romanoff... – ele então ajoelhou-se e tirou a caixa do bolso, abrindo-a e mostrando o conteúdo – casa comigo?

Ela ficou sem palavras. “Droga” pensou. Todos aqueles anos tentou reprimir o que sentia por Clint e algumas vezes dava certo. Dessa vez não poderia mais fazer aquilo consigo mesma. Ela sorriu. Sorriu de forma espontânea, feliz, algo que somente fazia quando estava perto dele.

− Sim – os olhos de Natasha estavam marejados.

Clint a olhou e logo levantou-se, beijando a mesma. Foi um beijo calmo, repleto de paixão. Um tomava cuidado para não tocar os cortes do outro e assim ficaram até o ar faltar.

Ele tirou o anel da caixa e pôs no dedo da agora sua noiva. Era um anel simples, mas bonito. Uma mistura de ouro com ouro branco e prata, discreto até. Mesmo algo simplório, simbolizava muita coisa para os dois. Abraçaram-se e ficaram assim por longos minutos.

Chegaram à base da SHIELD. Tiveram que separar-se para pegar as coisas e sair do jato, provavelmente o “pequeno avião” seria utilizado por outras pessoas depois dali.

− Deixa que eu levo isso aqui para o depósito – Clint pegou as duas sacolas que Natasha carregava, agora ele carregava 4 sacolas – vá falar com o Fury.

− Ok – ela deu um meio sorriso – mas vê se volta.

− Sempre – mesmo cansado, ele tinha um ar de alegria.

Ela seguiu pelo corredor até avistar Hill. Enquanto caminhava, alguns agentes a observavam. As roupas totalmente sujas e rasgadas, o cabelo embaraçado e sujo também, e a expressão cansada chamavam bastante atenção.

− Hill. Avise ao Fury que chegamos e que tudo ocorreu bem. Vou tomar um banho.

− Fury quer falar com você.

− O que?

− Você ouviu.

− O que diabos ele quer?

− Ele a aguarda.

Aquele tom seco de frio de Maria era algo que incomodava a todos. Natasha achava tal coisa irritante mas tentava relevar. Revirou os olhos e dirigiu-se à sala de Fury.

− O que é dessa vez? – Natasha não queria realmente estar ali.

− Mas que bom humor, agente Romanoff. Quero que vá receber alguns amigos.

− Com tantas pessoas aqui, logo eu?

− Você é a mais qualificada para isso. Missão bem sucedida?

− Mas é claro. Do que se trata agora. Ultima vez que me pediu algo parecido os Vingadores foram formados.

− O Quarteto virá. 084 achado e precisamos de inteligências específicas para isso... um anel? – Fury havia notado o anel no dedo de Natasha.

− Estou noiva do agente Barton – ela falou de forma tímida, mas firme.

− Ah, meus parabéns. Mas lembre-se de que a vida pessoal de vocês não pode...

− Sei disso Nick. Então quer dizer que eles realmente vem... – ela suspirou pesado.

− Sim. Espero que faça uma ótima recepção a eles.

− Por que mesmo que tenho que fazer esse tipo de coisa?

− Porque faz de uma forma legal e bonita.

− Que horas?

− Em alguns minutos. Suponho que dê tempo de tomar banho e comer alguma coisa antes.

− Ok, então até mais tarde diretor Fury.

Então ela saiu da sala onde ele estava. Maria passou por ela e falou algo a Fury de forma indignada. Não ligou para o piti que Hill estava dando, nem devia ser importante.

Finalmente, um pequeno tempo de descanso. Enquanto ia para meu quarto senti Clint segurar em minha cintura e me puxar para um beijo, este que foi correspondido de forma natural.

− E então?

− Vou ter que fazer uma recepção.

− Agora?

− Sim. Acharam um 084 que aparentemente é perigoso e Fury quer inteligências específicas para analisar.

− Quem?

− Richards. O elástico lá do Quarteto.

− Hm... quer ajuda? Não pode aparecer lá assim parecendo uma mendiga.

− Olha quem fala não é, Clinton.

Romanoff, eles chegaram – Fury avisou pelo aparelho de escuta.

− Ok senhor – ela respondeu. “E lá se vai meu banho...” – eles chegaram.

− Eles? Quem mais veio – Clint estava retesando. Havia algo de familiar naquilo.

− O Quarteto. Todos vieram. Qual o problema?

Ele lembrou o motivo daquilo parecer familiar. Já havia vivenciado tudo aquilo antes.

− Ah não...


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