Hermione estava no Salão Comunal dos Monitores e lia atentamente o livro de feitiços, nem percebeu quando Rony se aproximou e se sentou ao seu lado.

– Vejo que você não mudou nada nesse último ano na França – ele disse abaixando o livro e ela riu fracamente.

– Talvez não – ela disse dando ombros – Eu ainda gosto de ler e ainda sou apaixonada por livros. Resumindo, continuo a mesma rata de biblioteca de um ano atrás.

– Você não é uma rata de biblioteca – ele disse e ela o encarou com as sobrancelhas erguidas – Tudo bem, talvez seja um pouquinho.

– Ta certo – ela disse rindo e voltando a ler – Mas você poderia começar a ler o seu também, estudaremos feitiços bem complexos esse ano e bem difícil de serem executados.

– Um dia eu começo – ele disse dando de ombros e se espreguiçando na poltrona, enquanto Mione apenas revirava os olhos.

– Hey, gente! – disse Gina entrando e Rony levou um susto.

– Você já conseguiu a senha? – perguntou ele bufando.

– Sou bem prática – ela disse dando um sorrisinho falso para o irmão que apenas revirou os olhos – Mione, pegue o bilhetes e vamos encontrar com Astoria e Luna!

– Por quê? – ela perguntou confusa.

– Só pega – ela pediu e Hermione deu de ombros deixando o livro na poltrona e subindo as escadas com a ruiva ao seu calcanhar. Elas adentraram o quarto da morena e foram até a mesinha de cabeceira.

– Está aqui – ela disse pegando a caixinha e abrindo, mas não havia nada ali.

– Você tem certeza? – perguntou Gina.

– Absoluta! – ela disse nervosa – Ninguém tem a senha daqui! Só eu e Rony, e ele não entraria no meu quarto!

– Você tem razão – disse Gina – Vem, temos que encontrar as outras!

As duas correram escada a baixo e ignoraram completa Rony que resmungava alguma coisa para elas.

– Astoria! – gritou a ruiva quando viu a amiga no fim do corredor.

– Que foi? – ela perguntou confusa – Vocês estão bem?

– Os bilhetes – ela disse arfando – Sumiram!

– Como assim?

– Eu deixei os bilhetes dentro de uma caixinha no meu quarto – disse Mione rapidamente – E quando fomos pegar eles não estavam mais lá! Rony não pegaria! E ninguém mais tem a senha!

– Você olhou direito? – disse Ast começando a ficar nervosa.

– Claro que olhei!

– Vem, temos que achar a Luna! – disse Gina.

As três caminharam em passos largos pelo castelo perguntando a qualquer alma viva – ou morta – se tinham visto a loira, e só foram encontrá-la uns dez minutos depois.

– Luna! – disse Mione – Onde estão seus bilhetes?

– No meu dormitório – ela disse dando de ombros – O que aconteceu?

– Os da Mione se sumiram!

– Como assim? – ela perguntou com as sobrancelhas franzidas – Você olhou...

– Sim! Eu olhei direito! – ela disse irritada e a loira encolheu os ombros.

– Faz assim – disse Gina – Eu e Mione vamos no meu dormitório e ver se os meus estão lá, vocês façam o mesmo e nos encontramos daqui a vinte minutos em frente ao castelo.

– Tudo bem – disse Luna e saiu quase correndo para o seu dormitório.

– Vinte minutos – concordou Astoria e correu para o seu dormitório sem nem se importar se estava ou não esbarrando nas pessoas.

Entrou no seu Salão Comunal e passou correndo por Draco e foi para o seu dormitório.

– Você está bem? – gritou Draco indo atrás dela mas As não se importou em responder, apenas abriu a porta de seu quarto com força e tapou a boca com as mãos, deixando seus livros caírem aos seus pés – O que houve?

– Por favor, me diga que foi você quem limpou o sangue – ela pediu olhando para a parede limpíssima, quem visse não acreditaria que já haviam a sujado de sangue.

– Não foi você? – ele perguntou e ela mordeu os lábios com força e correu até seu guarda roupa – Astoria me conta o que está acontecendo, você já está me assustando! Primeiro, aquela mensagem de seiláquemlá do nada e agora a parede aparece limpa sem ser você ou eu a ter limpado! Você deu a senha para alguém?

Astoria não se importou em respondê-lo, se ajoelhou em frente ao armário e abriu a última gaveta onde Havaí deixado os papéis abaixo de um porta retrato em que ela, Gina, Mione, Luna e Emily acenavam e riam; ela engoliu em seco e levantou o porta retrato, não havia bilhete algum ali, apenas uma meias velhas.

– Essa não – ela sussurrou se permitindo sentar no chão e pôs a cabeça entre as pernas.

– Astoria o que está acontecendo? – Draco perguntou se aproximando e ela o encarou pela primeira vez desde que entrara ali.

– Olha – ela disse calmamente fechando a gaveta e então o armário e ficando de pé em frente a ele – Eu realmente adoraria te contar, mas a questão é que eu não posso! Você não entenderia e... eu não posso!

– Tente – ele disse dando de ombros.

– Não da mesmo – ela disse negando com a cabeça e passando por ele, mas ele segurou seu braço fazendo-a encarar.

– Confie em mim – ele pediu a encarando no fundo dos olhos e ela desviou o olhar, ele suspirou pesadamente – Olha, eu não vou poder te ajudar se você não me contar o que está acontecendo!

– Eu não estou pedindo ajuda! – ela respondeu irritada.

– Mas está precisando! – ele devolveu no mesmo tom.

– Olha, vai guardar suas liçõezinhas de moral para a minha irmã, ta legal? – ela falou revirando os olhos.

– Talvez você esteja certa – ele disse dando ombros e a soltando.

– Eu estou!

– Você sempre está certa, não é? – ele disse revirando os olhos debochadamente.

– Sim, sempre! – ela respondeu ainda mais irritada – Agora, se não se importa saia do meu quarto porque eu tenho compromisso!

– Claro, vai lá – ele disse dando de ombros e revirando os olhos.

– Vou sim! – ela respondeu bufando e ele saiu do seu quarto, ela ficou encarando as costas dele e o loiro parou em frente à porta de seu próprio quarto e então pôs as mãos na cabeça em sinal de irritação e se virou para Astoria novamente caminhando decidido até ela – Mas o que... – a morena não pode completar a frase pois ele puxou sua cintura e a beijou.