Johnlock escrita por Mail


Capítulo 2
O jogo de Holmes


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigado aos que acompanharam o epílogo dessa história e me deram motivação pra continuar.



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Um pouco depois de minha surpresa, ouço sirenes de polícia deliberadamente altas.

Sherlock, sempre me subestimando. Não é como se eu fosse estúpido o suficiente pra jogar um jogo digno seu, apesar de tudo. Jogar as respostas na minha cara era um jeito demasiado indiscreto pra dizer "Você é um idiota, todos são".

Sigo pra rua vizinha, esperando o que sempre deve se esperar, se tratando de Sherlock: o inesperável. E eis o que encontro: nada.

Não haviam nem ao menos os carros de polícia cujo som eu havia ouvido. De certa forma, eu não tiraria seus méritos, afinal isso era na realidade o que eu menos esperaria.

Um pouco exausto, mesmo depois de uma caminhada tão curta. Não sei porque eu ia tão longe por aquele cara, mas era algo que eu não conseguia simplesmente ignorar. Ele simplesmente parecia tão fascinante, mesmo depois de todos os anos de convivência com ele. Mesmo após 5 meses sem vê-lo, ele parecia tão caloroso, tão próximo. E tão misterioso.

Peço um café preto para um velho que se identifica logo "Mohsel Horolks".

– Por que está me dizendo seu nome? É um padrão realmente necessário?... digo, me desculpe, eu só estou... sabe, problemas familiares.

– Entendo como se sente, minha irmã também tinha alguns problemas com álcool.

O homem se retirou pouco antes que eu pudesse perguntar "como". Precisava contar à Sherlock sobre isso, eram poucas as pessoas que tinham capacidade de dedução tão elevada ( se esse fosse realmente o caso ) quanto ele mesmo. E eu tinha experiência própria de que, nove a cada dez pessoas com esse potencial eram gênios do crime latentes.

Como esperado, a pessoa que me levou o café não era a mesma, e dessa vez, não ouve uma apresentação, embora seu crachá dissesse claramente "Rachel". Há tempos atrás, parei de ignorar coincidências. Embora esse nome não esteja sendo propriamente atribuído, é claro.

– Eu preciso de um ar fresco... porém, fique com isso - estendo gorjetas e saio sem tomar o café - a propósito, belo nome.

Assim que me viro de costas, tudo pareceu tão óbvio.

O nome Mohsel Horolks estampado também na porta. Como uma escrita tão atípica poderia ser tão familiar? E como eu podia ser tão cego pra não ter percebido antes?


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