Na mesma casa em que... Natsu Dragneel? escrita por Mi


Capítulo 3
Capítulo 3.


Notas iniciais do capítulo

Yoo garbosos, primeiramente, eu queria pedir perdão pela demora e pelo capítulo pequeno.Resumindo: escola, compromissos, crises existenciais, e o que eu mais temia aconteceu: um bloqueio. Estou escrevendo essa estória as cegas, não tenho um planejamento geral, então dependo totalmente do fluxo de minhas ideias que infelizmente demoraram a vir dessa vez T-T. Gostaria de agradecer os favoritos, visualizações, comentários e opiniões, minna vocês são maravilhosos! Espero que gostem :3



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Os temores de Lucy foram confirmados. Ao adentrar a moradia do rosado ela não conseguia enxergar nada além de entulhos e mais entulhos, não sabia se estava dentro de uma casa ou do aterro de Magnólia. Suprimiu um grito ao olhar em direção a pia, ou melhor, onde deveria estar a pia, pois no lugar dela se encontrava pilhas infinitas de louças deixando a visão do móvel imperceptível.

Com todo cuidado, Lucy olhava para seus pés na esperança de que assim não viesse sofrer uma queda, temendo que se isso acontecesse talvez ficasse perdida no meio daquela bagunça e nunca mais fosse encontrada. Infelizmente, todos seus esforços foram para o espaço no momento em que ela tropeçou em uma pedra (isso mesmo, uma pedra, nos surpreendemos com o que podemos encontrar em casas alheias, principalmente se essa casa pertencer a um Exceed e um Dragon Slayer), logo a loira estava jogada com a cara no chão da sala:

– Natsu! A Lucy sumiu, ela estava aqui agora pouco e depois desapareceu. Lucy sabe desaparecer! – Gritava o exceed sobrevoando o cômodo – Olha Natsu! Ela apareceu de novo! Luxy como você fez isso?

– Eu não desapareci gato, eu tropecei em... – a loira olha em direção ao objeto que a derrubara- uma pedra, é claro- resmunga, afinal, que tipo de pessoa tem pedras dentro de casa?

POV LUCY ON

Coloco uma de minhas mãos na cabeça na esperança de que com o gesto tudo parasse de girar, infelizmente sinto a testa quente, e, ao olhar minha mão novamente encontro sangue. Droga! Era o que estava me faltando, além de estar ‘’sem’’ casa, com uma pilha enorme de louças para lavar e um gato que acha que posso desaparecer, agora tenho de lidar com um rosto machucado. O que eu fiz para merecer isso Kami-sama?

– LUCE! Você está bem? – a voz de certo rosado me tira do meio de minhas lamentações, logo o vejo se ajoelhando ao meu lado – NÃO, VOCÊ NÃO ESTÁ BEM, AI MEU KAMI ISSO É SANGUE! HAPPY VAI ACHAR AQUELA CAIXINHA COM COISAS CURATIVAS.

– O nome é kit de primeiros socorros Natsu – Corrigiu o gato logo depois adentrando em um dos quartos.

Talvez seja maldade de minha parte, mas confesso que foi engraçado ver o ‘’grande’’ e invencível Natsu Dragneel o qual eu vira enfrentar dragões entrar em desespero por algo tão bobo:

– Calma Natsu – falei tentando com todas as forças segurar a risada- É só um arranhão.

– SÓ UM ARRANHÃO? TEM SANGUE E... – acabo por interrompê-lo, pois começo a rir de sua histeria – O que tem de tão engraçado? – me pergunta sério.

– Você parece uma mãe no pico de sua paranóia – falei em meio a gargalhadas.

Nessa hora Happy entra trazendo o kit de primeiros socorros entregando a pequena caixinha a Natsu:

– Do que você está rindo Luxy? Natsu será que ela bateu a cabeça forte demais e agora ficou louca? – com essa indagação do exceed, foi à vez de Natsu rir.

– Cala boca neko. – o repreendi com um bico.

– Tá Luce, fique parada agora – disse-me o rosado se aproximando.

Ao algodão entrar em contado com o corte em minha testa pude sentir um pequeno ardor, quase impercíptivel já que minha atenção estava voltada à outra coisa. A proximidade de Natsu era algo que sempre me fora normal, afinal passamos muito tempo juntos e Natsu não tem qualquer senso de ‘’espaço pessoal’’, então tive de me acostumar com várias surpresas que me surgiam dessa mania. Mas agora, vendo seu rosto tão próximo ao meu me sinto estranha, meu estômago parece se revirar e meu coração palpita.

Devagar, ele limpa o ferimento que ao que parece fora apenas superficial, é estranho ve-lo fazer algo com delicadeza e paciência, talvez eu nunca tenha presenciado isso.

Céus, como nunca notei o quão cativante o olhar de Natsu é? Algo que te puxa para um universo diferente, fazendo falhas toda e qualquer tentativa de se livrar dessa hipnóse que só os olhos dele podem oferecer. O desenho dos seus traços que formam no momento uma expressão concentrada, e seus lábios...

Espera! O que estou pensando?! Talvez Happy esteja certo e a pancada foi forte o bastante para me deixar desorientada:

– Acho que estou ficando louca – pensei, infelizmente em voz alta.

– Nani? – Natsu, para seu serviço por um instante e me encara com curiosidade, limito-me a dar um sorriso e balançar as mãos.

– N-não, não é nada, eu só acho que vou fazer bolo de cenoura depois - disse o mais convincente possível, sabendo que comida seria minha única saída para me livrar de perguntas posteriores.

– Comida! Bolo! Luce! Arigatô! – Grita o rosado entusiasmado para em seguida abraçar-me, atitude que me fez corar, logo me soltando para me encarar – Você está bem mesmo? – pergunta sério – Está machucada em mais algum lugar?

– Estou ótima Natsu, e não, não estou machucada. - falei com um sorriso.

Como eu desejava estar com mais um arranhão, e poder sentir Natsu cuidando de mim novamente e... OPA! Lá estão os pensamentos estranhos de novo, o que está havendo comigo?

– Por que você e Happy não vão comprar os ingredientes necessários enquanto eu organizo as coisas por aqui? – Pergunto com certa urgência, precisava ficar sozinha nem que fossem apenas por alguns minutos.

– Vamos rápido Happy, Lucy tem certeza que está bem?

– Tenho, vai logo, estou com fome também – respondo irritada, preciso de um tempo, para me organizar.

– Oe, calma! – disse ele fazendo sinal para que me acalmasse – Voltamos logo – dizendo isso, passou pela porta com um gato azul em seu encalço.

Fico observando se afastarem, então torno a minha atenção a bagunça que se encontrava na casa do Dragon Slayer, ou melhor a casa que se encontrava na bagunça, pelo menos tento, já que minha mente insiste em me lembrar dos estranhos pensamentos que inesperadamente me vieram a cabeça, dou um suspiro pesaroso:

– Que droga está acontecendo comigo?


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Notas finais do capítulo

O que acharam da história no ponto de vista de Lucy? Comentem! Amo conversar com vocês
(Perdoem eventuais erros).