El juego del destino escrita por Liz


Capítulo 18
Capítulo 18 - Nova York


Notas iniciais do capítulo

O título e o capítulo não estão dos melhores :/

Enfim, boa leitura.



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Três dias depois - Paulina narrando:

Se antes minha vida estava confusa, após a notícia da gravidez, ela virou de cabeça para baixo.

Passei um bom tempo afogada em lágrimas, não por essa criança, e sim por mim mesma, por ter tido a coragem de pensar em tomar um chá de algo que nem sei o que era e acabar com tudo, como se fosse um par de sapatos que você joga fora quando enjoa. Talvez a senhora que me aconselhou não tivesse má intenção, mas fui uma idiota por pensar que poderia resolver as coisas assim.

Quero passar a gravidez da maneira mais tranquila possível, por isso acabei decidindo ir para longe, pelo menos até que meu filho nasça. Pode ser covardia de minha parte, mas só estou tentando fazer o considero melhor.

Conversei com quem sempre cuidou da fábrica desde que meu pai era vivo, Alfredo. Disse que precisava me afastar por alguns meses e que administraria tudo à distância na medida do possível, mas que deixaria muita coisa por aqui em suas mãos. Resolvido esse assunto, comprei minha passagem. O destino? Nova York.

Não sei exatamente o porquê de ter escolhido essa cidade, acho que foi porque desde que a conheci quando criança, gostei muito.

Quanto à minha casa, decidi alugá-la. Não teria coragem de vender, pois passei minha vida inteira aqui. Fiz uma carta de recomendação para todos os empregados, agradeci seus serviços e lhes paguei o necessário.

Com tudo certo, chamei um táxi e parti rumo ao aeroporto. No entanto, na metade do caminho senti que precisava fazer uma coisa muito importante antes de deixar a cidade de vez.

– Podemos desviar o trajeto? Ainda tenho tempo até o horário do voo. – perguntei ao taxista

– Claro, como a senhora preferir. - respondeu-me

Indiquei a ele o caminho e enquanto não chegávamos, fiquei olhando o movimento pelo vidro, pensando no que estava prestes a fazer.

– Já chegamos, a senhora prefere que eu fique esperando? - disse-me o taxista, tirando-me de meus devaneios

– Sim, não vou demorar. - afirmei e desci do táxi

Estava no lugar onde tudo começou: a igreja. Analisando a fachada da mesma, lembrei-me do primeiro momento em que havia colocado meus pés ali. Rapidamente, meus olhos marejaram.

Dei dois passos mais à frente, indo em direção a porta, com a intenção de procurar Carlos Daniel. Foi então que o medo não deixou que eu continuasse.

Como iria encará-lo? Não poderia simplesmente dizer "vou ter um filho seu, mas não se preocupe, estou indo embora". Muito menos poderia pedir que ficássemos juntos, eu não tinha esse direito. Sei que nenhum dos dois buscou se apaixonar e que as coisas aconteceram naturalmente, porém não posso obrigar Carlos Daniel a deixar tudo por um filho.

Com as lágrimas embaçando minha visão, voltei correndo para o táxi. Estava nervosa, insegura.

Controlei o choro e pedi ao taxista que me levasse até o aeroporto, dessa vez sem paradas.

Quando finalmente chegamos, peguei minhas malas, fiz o check in e embarquei, deixando tudo para trás, ainda que lá no fundo permanecesse minha vontade de conversar com Carlos Daniel.

Assim que me acomodei no assento, olhei para o corredor e tive uma surpresa - mais uma entre tantas, por incrível que pareça– ao ver quem sentaria ao meu lado.

– Que surpresa agradável, Paulina! - afirmou sorrindo

– Rodrigo? Não me diga que suas férias serão em... - interrompeu-me

– Nova York? Sim! E você, o que faz aqui?

Engoli em seco ao ouvir sua pergunta.

– É uma longa história, muito complicada de explicar. - suspirei

Fomos o caminho inteiro em silêncio. A verdade é que não estava com cabeça para contar o que fosse para Rodrigo nesse momento.

...

– Em que hotel você vai se hospedar? - me dirigi a ele pela primeira vez depois de horas, assim que desembarcamos

– Em nenhum. Como te disse, pretendo passar um bom tempo aqui, por isso aluguei um apartamento.

– Ah sim... entendo.

– Paulina, o que você tem? - questionou-me enquanto andávamos por aquele aeroporto enorme, mudando de assunto– Esteve calada o tempo todo e não quis te incomodar, mas me preocupo com você.

Não tive palavras para responder algo concreto.

– Por favor, confie em mim. - paramos e Rodrigo olhou-me nos olhos, buscando respostas– Te conheço há alguns meses, no entanto não sei nada sobre você realmente. Posso perceber que está sofrendo, porque não desabafa? - sugeriu

– Rodrigo, eu... - outra vez, fui interrompida

– Aqui não é o melhor local para conversarmos, o que acha de jantar comigo? Garanto que estou disposto a te ouvir como um bom amigo.

– Pode ser no restaurante do hotel que ficarei hospedada? Te passo o endereço pelo celular. É que estou muito cansada e não sinto vontade alguma de sair. - não queria dar falsas esperanças a ele, mas realmente precisava conversar e talvez ele pudesse ser a pessoa ideal para isso.

– Tudo bem, te encontro lá às 20:30.

Nos despedimos, chamei um táxi e parti.

Rumo à uma nova vida... sei que não vou deixar de amar Carlos Daniel, já desisti de tentar lutar contra meu coração. Só espero que com o tempo esse amor doa menos.


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Notas finais do capítulo

Por favor não me odeiem, tá bom? kkkkkkkk

Comentem!