El juego del destino escrita por Liz


Capítulo 19
Capítulo 19 - Labirinto


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez demorei mais que o habitual, acabei me envolvendo em umas coisas por aqui e não deu tempo de escrever...

Embora tenha prometido fazê-lo maior, dedico esse capítulo para a Mazinha :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/484608/chapter/19

Paulina narrando:

Conforme o combinado, estava esperando Rodrigo no restaurante do hotel. Ainda não tinha certeza se contaria a ele sobre minha gravidez... na verdade não tinha certeza de nada.

– Te fiz esperar muito? - perguntou Rodrigo, sorrindo

– Não, acabei de chegar! - afirmei, forçando um sorriso a fim de não transparecer meu desânimo

Após Rodrigo se sentar em minha frente, conversamos um pouco sobre o trabalho e nossos negócios, nada em especial. Depois, fizemos nossos pedidos.

A verdade é que com tantas coisas, não sentia um pingo de fome, mas fiz um esforço pelo bebê e pedi um filé de frango grelhado com uma porção de salada. Já Rodrigo, preferiu macarronada.

– Quando vai confiar em mim? - ele me questionou enquanto terminávamos de comer, após um tempo em silêncio

– E-eu confio em você! - afirmei um pouco nervosa, Rodrigo não é nem um pouco bobo e tinha percebido algo estranho desde que me viu naquele avião

– Não o suficiente para compartilhar comigo o que tanto te aflige. - disse olhando em meus olhos

Baixei a cabeça, sem saber o que dizer.

– Para que veja que pode confiar em mim, vou te contar algo que poucos sabem. - Rodrigo segurou minha mão direita, e então olhei-o novamente

– Não precisa, eu... - ele me interrompeu

– Por favor, faço questão.

Apenas fiz um sinal positivo com a cabeça e esperei que ele prosseguisse.

– Eu não sou filho daquele que chamo de "pai". Minha mãe ficou viúva quando eu tinha apenas 1 ano de idade, seis meses depois conheceu outra pessoa e um tempo depois se casou.

– Rodrigo, de verdade, não precisa se sentir obrigado a me contar nada. - argumentei

– Mas eu quero fazer isso. - sorriu confiante

– Certo, estou ouvindo então. - retribuí o sorriso

– Maurício sempre me tratou muito bem, e nunca fez distinções entre mim e meu irmão. Por isso, o considero como pai, ainda que não tenhamos o mesmo sobrenome ou qualquer laço de sangue. - concluiu

"Maurício? Onde já ouvi esse nome?" pensei, porém não consegui me lembrar.

– Sua história é triste e ao mesmo tempo feliz. Acho que você é muito sortudo por ter um pai, mesmo que não seja biológico, que te ama assim como sua mãe. Daria tudo para ter os meus ao meu lado como quando eu era criança. - suspirei - Obrigada pela confiança.

– Quando quiser desabafar, saiba que estarei aqui e irei te entender, seja o que for. - só então ele soltou minha mão

Ficamos um tempo calados, e em uma rápida reflexão achei que seria correto contar a ele, afinal as coisas não podem ficar piores do que já estão.

– Você tem razão, existe um motivo muito forte pelo qual eu decidi sair da capital. - respirei fundo e fui direto ao ponto– Rodrigo, eu estou grávida.

Percebi em seu rosto o quanto ele havia ficado surpreso com minha revelação. No entanto, como nada disse, resolvi continuar:

– A questão é que vivi um amor impossível, proibido... - sequei uma lágrima teimosa que escorria por minha face– enfim, me mudei para cá porque quero passar a gravidez longe de tudo, depois só o tempo dirá o que farei.

– Paulina, agora mais do que nunca, minha proposta está de pé.

– Qual? - perguntei, sem entender

– Você sabe sobre meus sentimentos. Case-se comigo, e poderei ser o pai do seu filho, assim como Maurício foi e ainda é para mim. - disse-me sincero

Fui pega totalmente desprevenida com a atitude nobre de Rodrigo.

– Estaria disposto a criar o filho outro como se fosse seu? Você não tem porque fazer isso. - argumentei

Sem se importar com os outros ali presentes, ele se levantou, fez a volta na mesa e pediu que eu também me levantasse. Assim que o fiz, Rodrigo se aproximou mais um pouco e então disse:

– Eu te amo, e sei que posso amar essa criança também, só precisa me dar uma oportunidade.

Fiquei sem palavras naquele momento, e acabei ainda mais sem jeito quando percebi que ele tentaria me beijar. Por um momento pensei em me deixar levar, mas meu coração apaixonado e o fato de estarmos bem no meio do restaurante, não permitiram.

– Eu preciso pensar, ainda é muito cedo para uma resposta definitiva, desculpe. - falei enquanto virava o rosto e logo me afastei– Peça para colocarem o jantar em minha conta, boa noite.

Sem esperar resposta, saí apressada em direção ao meu quarto.

Fechei a porta e me joguei na cama, repassando mentalmente as palavras de Rodrigo.

Me sinto como se estivesse perdida no meio de um labirinto, sem saber qual caminho seguir. Talvez aceitar esse casamento seja um jeito de recomeçar, embora saiba que meu amor sempre será dele, Carlos Daniel... mesmo que o mundo inteiro nos separe, não poderei me apaixonar por outro. Entretanto, não posso pensar em somente em mim, em primeiro lugar deve estar meu filho, e preciso considerar a possibilidade dele crescer dentro de uma família...

Será que realmente estou sendo justa ao não contar ao verdadeiro pai sobre essa criança? Em meio a tantas dúvidas, decidi que não posso me casar sem antes revelar a Carlos Daniel que um fruto de nosso amor cresce em meu ventre, preciso saber sua reação e quem sabe... não, isso não, nossos momentos juntos se acabaram naquela noite, ainda que sigam eternamente em meu coração. No entanto, preciso acalmar essa angústia de estar escondendo algo tão importante.

Quando peguei meu celular, a maldita covardia outra vez me dominou, e não consegui telefonar para dizer a verdade. Por isso, peguei uma folha branca juntamente com uma caneta e comecei a escrever sobre tudo que estava acontecendo, é a única forma que encontrei para que Carlos Daniel fique sabendo de tudo, ainda que essa verdade traga consequências para ambos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Será que essa carta vai chegar mesmo nas mãos do Carlos Daniel?

Comentem, favoritem, recomendem!!