Era Uma Vez o primeiro Vôo escrita por Pedro_Almada


Capítulo 4
Redenção




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- 4-
Redenção

Eu entrei no metrô às pressas, sentindo o tênis apertar os meus dedos violentamente, uma dor monstruosa que arrancou lágrimas involuntárias dos meus olhos. Joguei-me na cadeira, próximo a porta do vagão, enxuguei os olhos na manga comprida do suéter e, sentindo o ar quente cessar ao fechar a porta, relaxei a cabeça no encosto, sentindo a tranqüilidade do fim do dia inundando meu corpo cansado de tanto trabalhar.
    O vagão estava cheio de rostos, alguns conhecidos, de pessoas que acompanhavam o mesmo trajeto comigo todas as tardes, no fim do expediente, cansados, com a mesma sensação de alívio que eu, exceto a dor nos pés, que parecia ser exclusividade minha. Fechei o zíper do suéter, sentindo o frio se instalando no ambiente, pesando meus pulmões e me fazendo tossir. Eu havia esquecido as luvas sobre a copiadora do escritório. Foi um presente da minha mãe, que vivia preocupada demais comigo para perceber que tinha uma doença que a levou meses atrás. Eu sentia falta dela. E esquecer as luvas me fez sentir um frio mesclado de remorso. Não era como se eu tivesse esquecido minha própria mãe, mas eu devia cuidar mais de mim, já que era isso que ela queria. Ergui o pulso e direcionei meu relógio na direção da luz. Faltavam alguns minutos. Olhei para os lados, esperando que não houvesse nenhum atraso.
    O metrô começou a se mexer, rangendo um ruído metálico tão familiar aos meus ouvidos. Era o meu trajeto habitual, uma rotina diária que, dificilmente, era quebrada pelo imprevisível. Meus cabelos ainda estavam úmidos, eu havia corrido muito pela garoa até chegar ali. Pelo reflexo da janela, meus cabelos estavam mais negros do que o habitual castanho. Talvez fosse a luz fraca.
    Depois de um dia exaustivo, minha pasta parecia dobrar de tamanho e volume. Esfreguei as mãos freneticamente, tentando espantar o frio que adormecia as pontas dos meus dedos. Eu não era o único, muitas pessoas ali usavam técnicas comuns para aquecer o corpo, como esfregar as mãos, os braços, abraçar a si mesmo, ou abraçar outra pessoa, como faziam as mães e os casais. Eu senti falta de alguém, não importa quem fosse, mas alguém que pudesse conversar comigo, fazer aqueles minutos longos durarem menos, jogar conversa fora, esquecer a pilha de trabalho que ficava sobre a minha mesa todos os dias antes de sair do escritório. Outra espiada no relógio. Senti vontade de saltar ali mesmo, correr para a rua e pegar um ônibus. Mas era ali que deveria estar. Era ali que eu disse que estaria.
    Eu ri de mim mesmo, me sentindo um velho rabugento reclamando da vida. Com apenas vinte e oito anos, eu tinha muito tempo pela frente, mas eu sentia como se estivesse desperdiçando cada segundo da minha vida com coisas pouco importantes, irrelevantes. Deveria estar no bar com os amigos, bebendo alguma coisa quente, um café descafeinado, ou uma cerveja sem álcool, já que nunca gostei de vícios, nem sequer me aproximar deles. Poderia estar com um dos meus irmãos, conversando sobre a vida, relembrando a infância feliz, despreocupada, a adolescência complicada, as resoluções de nossas vidas. Eu deveria estar cuidando de alguém que eu amei muito. Ao invés disso eu decidi me lançar à sorte, viver uma vida solitária, conseguir as minhas coisas ás minhas próprias custas. Com isso, sem saber dominar esse desejo de liberdade, eu afastei as pessoas de mim. Eu tornei os relacionamentos mais complicados. Eu tinha tudo o que eu sonhei. Deixei meu carro de luxo estacionado em frente ao meu apartamento, que ficava na cobertura. Poderia pegar meu celular e ligar para o melhor restaurante da cidade e exigir a melhor mesa para a hora que eu quisesse. Olhei meu relógio, ansioso, olhei para os lados, procurando por alguém mais conhecido do que rostos familiares.
    Mais uma vez eu me peguei rindo de mim mesmo, como se eu fosse um cara patético que era assistido como uma comédia decadente. Não, as pessoas que me olhavam não me achavam assim, elas me viam com uma bola de luz nas mãos, o poder contido nos olhos, a beleza da juventude nas feições desenhadas do rosto. Um homem que eu não conseguia enxergar no espelho, porque eu decidira rejeitá-lo para conseguir as coisas que eu queria. Mas ali, dentro daquele metrô, com meu suéter velho e um tênis apertado, eu era como qualquer pessoa, comum, sem poder, sem um status, apenas um cara que comprou uma passagem de metrô de volta pra casa.
    Meus olhos percorreram, ansiosos, os rostos das pessoas. Uma mulher, bastante vulgar, usando saia jeans curta, meia-calça preta, um tamanco de dez centímetros de altura e uma micro-camiseta, começou a me encarar. Ela tinha os olhos negros, sedutores, os lábios pintados de vermelho, o rosto moreno maquiado, tão belo, tão delicado, que chegava a ser convidativo. Ela sorria para mim e me lançava beijos furtivos, um “tchauzinho” íntimo, como se nos conhecêssemos a muito tempo. Eu apenas sorri, mas um sorriso triste, vago, um sorriso arrebatador e, logo que ela percebeu, virou-se para o lado, certa de que eu não queria nada com ela, nenhuma relação. Eu podia ver naqueles olhos negros a verdade por traz de tanta vulgaridade explícita. Os olhos estavam cansados, sua alma estava surrada, seus lábios, mesmo belos, eram trêmulos, como se no íntimo pedisse por uma segunda chance, uma outra alternativa, uma oportunidade de voltar atrás e reparar alguns erros. Nós éramos parecidos nesse aspecto. Eu queria abraçá-la, dizer que as coisas poderiam melhorar. Mas eu não queria mentir para alguém cuja realidade era dolorosa demais para se ter esperanças que, talvez, não se concretizariam. Ela foi uma criança, uma jovem bela, provavelmente. Mas o que a trouxe até aquela situação? Eu gostaria de ter perguntado, mas a educação era uma barreira consistente contra a curiosidade. Talvez nem sequer teve uma infância, nem pais, nem um emprego digno.
    Logo mais a frente, no extremo do vagão, um casal de jovens, mais do que eu, se abraçavam, sorrindo um para o outro, trocando beijos românticos, olhares carinhosos, como se, não importasse quanto tempo se passasse, eles sempre seriam daquele jeito, e nem o tempo poderia tocá-los. Era bonito ver aquela perspectiva de vida, uma segurança de que o mundo era do jeito que tinha que ser. Provavelmente aquela mulher que me olhara a pouco não pensava o mesmo. Ela também olhava o casal, provavelmente se perguntando se algum dia seria amada, porque devia estar cansada de paixões de uma noite. O rapaz segurou o rosto rosado da namorada com as duas mãos, beijou o seu queixo e, sem seguida, a boca. Foi um gesto tão íntimo, tão particular, que me obrigou a vira o rosto para o lado oposto, como se fosse um momento sagrado, onde não poderia haver espectadores.
    O rapaz tinha uma mochila nas costas, enquanto a garota tinha dois livros grossos pressionados no peito, envolvidos pelos seus braços muito brancos, onde as veias arroxeadas eram evidentes, mesmo com a luz fraca do vagão. Universitários, vivendo a melhor parte da jovialidade, cheio de amigos, histórias. Provavelmente eles passaram por discussões familiares para, finalmente, obterem a aprovação dos pais, ou talvez não. Talvez fossem pais liberais, que confiavam nos filhos, que viam graça no amor jovem, na inocência de um namoro que brilhava até mesmo embaixo da terra, literalmente.
É engraçado como as histórias de vida se assemelham a uma borboleta. Alguns completam o seu ciclo. Passam pela metamorfose, se escondem em um casulo, até finalmente se abrirem para o mundo e enfrentar o vasto céu azul. Mas existem aqueles que tiveram essa transformação interrompida, onde seu casulo se quebrou antes da hora, comprometendo sua capacidade de voar para sempre. Eu senti um pesar imenso por aquela mulher jamais ser capaz de conhecer o prazer de voar. Eu conheci essa sensação, mas acabei jogando fora minhas próprias asas. Asas de cera, que se derreteram no calor da ganância e irresponsabilidade. Olhei novamente o relógio, olhei pela janela, como se a minha espera por alguém ou alguma coisa se solidificasse em volta de mim, como uma parede querendo me pressionar a cada minuto de ansiedade.
    O metrô parou em outra estação. Uma leva de pessoas sai, outra entra. Os lugares se preenchem com rostos cansados, outros contentes. O casal se levantou, sorridente, de mãos dadas, prontos para voar. Passaram por mim, atravessaram a porta e alçaram vôo. A mulher, a prostituta, sai logo depois, batendo com glamour o tamanco no chão de metal. Ela saiu rastejando para a vida que a esperava, porque ela não conseguia enxergar outro caminho. Quando a porta se fechou senti um nó na garganta, como se devesse te falado com ela, dito qualquer coisa que pudesse melhorar o seu dia, mesmo que por alguns minutos.
    Uma mulher se sentou ao meu lado. Diferente da outra, essa era muito recatada. Um sobretudo marrom cobrindo-a até os joelhos, calça bege e um sapato de salto preto, aparentava ter quase a minha idade. Ao lado dela, segurando sua mão, uma menininha de cabelos louros, soltos, cobrindo parcialmente o rosto, o vestido rosado e a outra mão segurando um batom. Seis anos, ou quase isso.
    _ Passa em mim, mãe – pediu a menina.
    _ Querida, por favor. Você ainda é muito criança para usar maquiagem. E esse batom é muito vermelho.
    _ Só um pouco.
    Rendida, a mulher pega o batom da mão da filha e passa um pouco em seus lábios. Eu fiquei vidrado, pasmo, observando aquela cena que mexeu comigo de forma inexplicável, assistindo o sorriso da mulher frente à delicadeza da filha.
    _ Sua filha tem um belo sorriso – eu comentei. Péssima escolha. A mãe me olhou com um olhar furtivo, duvidoso mas, acima de tudo, profundo.
    _ Obrigada – sua voz saiu seca e ríspida, como quem finaliza um diálogo.
    _ Olha – a menina adiantou-se alguns passos a frente, ficando próxima a mim – você não acha que eu fico linda de batom?
    Então eu percebi o que eu não havia notado antes. Os olhos amendoados, o rostinho achatado. Ela tinha síndrome de Down. Um nó na garganta impediu o ar dos meus pulmões por alguns segundos, mas eu forcei o trabalho natural que me mantém vivo, e meus pulmões se encheram de ar novamente. Abandonei a nostalgia que insistia em invadir a minha mente dolorosamente.
    _ Belíssima – eu respondi, retribuindo o sorriso – realça os olhinhos verdes.
    _ É igual os da mamãe.
    A mãe me encara com o canto do olho, sem me olha diretamente nos olhos, como se eu pudesse ser um assassino ou pervertido. Eu não a culpei, conheço a cidade onde moro, eu também tinha os mesmos medos que qualquer habitante. Não. ela não pensava que eu fosse alguma dessas coisas. Talvez ela visse em mim algo pior. Eu não a culparia por isso também.
    _ Sua mãe deve ser uma mãe orgulhosa.
    Minhas palavras despertaram na menina um sorriso radiante, completamente diferente. Ela levantou os braços curtos, com mãozinhas quadradas e dedos curtos, como se celebrasse.
    _ Ela é sim. – quem respondeu foi a mulher – quem não teria?
    Eu pude sentir, na voz daquela mãe, o amor transbordante, a dor por traz da voz trêmula, os olhos iluminados por aquele anjinho loiro. Ela sentia amor pela filha, um amor incontestável, irrevogável, mas também um pesar indecifrável, como se lamentasse todos os dias, o fato a filha não poder ser como as outras pessoas, não por não aceitar a deficiência, mas por querer que a filha pudesse viver como as pessoas normais, com as mesmas capacidades, sem a necessidade de cuidados especiais. Eu me lembrei, então, daquele casal de jovens, e me perguntei se algum homem, algum dia, seguraria o rosto daquela menininha como o rapaz fez com a namorada.
    _ E você deve se orgulhar da mãe que tem – eu falei com a garota. Senti o olhar de surpresa da mulher me fitar com curiosidade – ela é uma pessoa forte.
    _ Eu sei. Ela me ama. – a menina sorriu, abraçando a mãe em seguida.
    A mãe me olhou com os olhos radiantes, uma luz ilegível, algo que eu não poderia ter explicado mesmo com horas de contemplação.
    _ Você também deve ser uma boa pessoa. Sua mãe também deve sentir muito orgulho. – a mulher me falou.
    A voz dela provocou uma fisgada dolorida em uma ferida que se abriu novamente em meu peito. Minha mãe sentia orgulho de mim, mas não sei se hoje ela sentiria o mesmo. Talvez se ela ainda estivesse comigo, eu não teria permitido que essa amargura e ganância crescessem em mim como erva daninha.
    _ Ela faleceu há alguns meses – eu mencionei. Foi desnecessário.
    _ Oh, eu sinto muito. – ela parecia sentir mesmo.
    _ Não sinta, desde que fique sempre ao lado de sua filha. Não importa como, não deixe faltar amor pra essa menina.
    Ela, tanto quanto eu, ficou impressionada com a intensidade das minhas palavras. Era verdade, eu queria que aquela menina nunca sentisse ou passasse pelo que eu passava, e desejei que aquela inocência sempre habitasse naqueles olhos em forma de amêndoas e naquele sorriso curto e simpático.
    _ Eu já faço isso. – ela respondeu.
    _ Obrigado. – não sei porque, mas simplesmente agradeci. E, sinceramente, estava grato por ela ser uma boa mãe, e por ainda estar viva, ao lado da filha que precisava – e o pai dela?
    _ O pai? – a mulher hesitou. Ela poderia ter me dado um ultimato, me pedisse que eu não intrometesse, que nós não nos conhecíamos. Mas, não. ela simplesmente respondeu – Ele foi embora assim que ela nasceu. Não queria uma filha com problemas. Ele era muito novo, estava apenas com medo.
    Ela olhou para a filha, que estava absorta no botão do sobretudo da mãe, que brilhava como um diamante sob a luz bruxuleante da luminária acima de nós.
    _ Um erro grande. – eu respondi, decidido – eu garanto que ele deve estar sentindo mais falta.
    _ Eu espero que ele se arranje logo – ela disse – Algum dia ele vai procurar pela filha, e eu espero que ela o ame.
    O nó na garganta voltou, eu tive que massagear a nuca para aliviar o desconforto das palavras, que me atingiram como uma rajada de ar quente.
    _ Ele deve se arrepender muito.
    _ Não sei. Não o vejo desde o dia em que Evelyn nasceu.
    _ Evelyn... – minha voz repetiu o nome num sussurro – que lindo nome.
    _ O pai dela quem escolheu... Antes de saber que ela não era como o resto das crianças.
    _ Ele pode estar pagando caro por isso... – murmurei, observando como a menina, tão sorridente e doce, era completamente apática ao mundo infeliz que a rodeava.
    _ Eu espero que esteja errado – a mulher respondeu, dando de ombros – desde o dia em que ele se foi, eu desejei que ele se tornasse alguém melhor. Eu não me importo se ele voltar. Mas eu queria que ele soubesse que a filha dele está bem, e é muito feliz, mesmo que isso não seja o que ele esperava ouvir.    
    O silêncio me dominou. Fiquei observando a menina, inocente, imaculada, a vida começando agora, sem nenhum arrependimento. Ela não seria capaz de entender o meu passado, não seria capaz de aceitar as decisões que eu havia tomado, porque naquela mente de criança, certo é certo, e errado é errado. Mas quando crescemos, temos a mania de pensar que fazemos as coisas erradas para o bem. Quando se cresce, e amadurece, a simplicidade morre com a inocência.
    Do outro lado do vagão, um homem de meia idade, os cabelos muito grisalhos, segurava o braço de um garoto sorridente, cabelos negros e oleosos, mas tão feliz, como se o metrô fosse uma montanha-russa. Quando é que nós perdemos toda essa inocência de criança? Quando é que deixamos de ver o mundo daquela forma, colorido, diferente do que realmente é?
    _ Nikki... – eu murmurei, olhando a mulher nos olhos, e senti a primeira lágrima molhar minha bochecha – eu sinto muito...
    Ela me encarou. Os olhos tão transparentes, como uma janela aberta, eu podia ver perfeitamente as marcas que a feriram no passado, e ela ainda estava ali, forte, desejando apenas bem ao homem que a abandonou e, com ela, sua filha.
    _ Eu sei... Apenas você tem arrependimentos, Phill. Não eu.
    Rendido pela dor, e pelo remorso, e pelo arrependimento de fazer as escolhas erradas, eu me rendi aos braços dela, á beleza de Nikki, como numa atitude desesperada de me desculpar pela minha covardia.
    _ Eu sinto muito mesmo... – minha voz saiu abafada sobre o colo dela.
    Senti sua mão suave me tocar acima da cabeça, acariciando meus cabelos com ternura, sem nenhuma raiva, nem rancor. Não havia ressentimento algum.
    _ Eu vim, como você me pediu. – ela murmurou, e senti as lagrimas através de sua voz – eu vim para que você saiba... Nós perdoamos você.
    _ Obrigado por isso. – eu murmurei em resposta, minha voz era apenas um sussurro – eu queria poder reparar esse erro.
    Eu senti as mãozinhas minúsculas de Evelyn encostando minha bochecha, então abri os olhos e encarei aquele rostinho, tão amoroso, que me olhava com alegria.
    _ Não chora não, moço – ela disse, sorrindo – vai ficar tudo bem.
    Eu me encolhi no colo de Nikki, sentindo, pela resposta dela, que eu, finalmente, havia recebido minha absolvição Ela tinha me perdoado, tão fácil, tão verdadeiro, que eu me senti mau por ser um bastardo com as duas mulheres que significavam em minha vida mais do que eu poderia imaginar e, naquele momento, elas estavam ali, ao meu lado. Não me importei com nada, nem com os olhos curiosos que nos fitava com interesse. Deixei apenas as mãos de Nikki e a voz macia de Evelyn embalar o meu sono sobre o colo da única mulher que me fez voa um dia. Eu senti minhas asas se abrirem novamente. Senti todo o peso que me seguiu nos últimos seis anos caírem como pena, como se eu não precisasse mais me sentir culpado. Não me importava ter uma segunda chance, ela poderia me abandonar naquele momento, e levar Evelyn para sempre. Eu tinha cumprido a minha sentença e, depois disso, veio a minha redenção. Eu podia respirar e viver mais uma vez. A esperança se abriu em meu peito, e eu descobri que poderia voar outra vez.


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