Uma ilha chamada André escrita por My name is Winter


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Hey! Então, agora eu terei que postar somente sábado e domingo por causa da escola. Bem, todo mundo tem uma vida social, não é? Tenham em mente que não vou abandonar a fic.



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Explorando minha ilha com mais calma

Então, você já sabe que sou problemática. Tenha isso em mente. Minha família não é perfeita, eu não sou perfeita e minha vida amorosa não é perfeita.

Então, continuando com minha exploração. A ilha André é a ilha mais misteriosa que já explorei e digamos que não sou uma exploradora que é preparada para tudo. Ninguém é. Estamos sujeitos a correr perigo em qualquer ilha. Minha mãe, por exemplo. Achou que tivesse ganhado a melhor naquela ilha, mas tudo que ganhou foi uma filha problemática.

* * *

Hoje vou arriscar uma conversa com André. Mas isso no intervalo.

Agora na entrada, tive uma breve conversa com dois amigos dele. Talvez os únicos que tenha. Felipe e Alec. Mas, suponhamos que na minha cabeça eles sejam os tigres mais ferozes e maldosos da ilha André.

Comecei perguntando:

– Então, são amigos de André?

– Sim, somos. E você é a garota que ta afim dele, não é? – Felipe falou. Por um momento fiquei surpresa e pensei se André teria falado de mim para eles.

– Como sabem? Ele falou de mim? – Eu não devia ter perguntando tão animadamente. Estava na cara que eu estava apaixonada por André. Não que isso seja algo que eu deva esconder, mas na frente dos amigos dele é constrangedor.

– Ah, não. Mas a gente viu o bilhete. A gente estava num canto só observando vocês. Aí, quando você saiu que nem louca ele leu o bilhete e o colocou no lixo. Então, a gente foi lá, pegamos do lixo, lemos e fim.

Agora faz sentido. Palavras machucam MESMO. Foi pior que cólica. Não foi como um soco no estômago. Foi como 500 soldados atirando contra mim. Perfurando meu coração, meu estômago, minha cabeça. Tudo.

Ao invés de chorar feito criança na frente deles eu simplesmente perguntei o que veio na minha cabeça:

– Ele sempre foi tão insensível assim? – Tentei disfarçar meu desapontamento, mas era impossível. Eles viram que eu estava sendo forte o suficiente para não chorar. Acho que causei uma ponta de culpa neles, já que me contaram aquilo.

– S-sempre... Não leve pro lado pessoal, garota. Hum, ele nunca foi muito gentil, digamos que ele não é a educação em pessoa. Não é a toa que somos os únicos amigos dele. – Dessa vez foi Alec que falou, demonstrando mais sensibilidade.

* * *

Então, André é assim? Não é possível. Quer dizer, ninguém é ignorante porque quer. Ninguém é frio porque gosta. Há sempre um motivo para as nossas ações.

Como convivo com uma psicóloga sei bem como é isso. Acabei pegando esse maldito dom da minha mãe. Tentar entender as pessoas. Gostando ou não faço uso disso. Pense bem, a maioria das pessoas são grossas, ignorantes, rudes e prepotentes porque falta carinho, amor no coração. O que fazemos com pessoas assim? Há um tempo atrás eu revidaria na mesma moeda. Tratar a pessoa como ela me trata. Mas, segundo minha mãe, não é assim. Temos que ser o oposto da pessoa. Tratar ela bem, ser educada o suficiente para criar um peso na consciência dela. Assim ela ficará envergonhada e se sentirá culpada pelo modo que agiu.

Os opostos se atraem.

E se eu fizer isso com o André? Vai ver a mãe não o abraçou o suficiente.

Vai ser um trabalho difícil. Eu não quero mudá-lo. Quero tornar ele uma pessoa melhor.

Ou talvez dar o que falta a ele. Carinho. Apenas isso.

Pensando bem, não vou dar uma de psicóloga feliz. Eu não vou entrar na cabeça dele e forçá-lo a entender que a vida não é um mar de rosas e nem por isso é preciso descontar nos outros. Não vou fazer com ele o que minha mãe faz comigo.

Não vou ser psicóloga dele. Vou ser amiga dele.

Quando você ama alguém, tem que passar por dificuldades.

Concluímos então que a ilha André nunca foi explorada porque essa ilha nunca ficou visível o suficiente para alguém. Nunca foi considerada uma ilha bonita, digna de ser explorada. Fico feliz de ser a primeira exploradora.

Preciso mostrar ao mundo que essa ilha não é tão perigosa quanto dizem.


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