Bem mais perto escrita por Mai


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Espero que gostem.



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Capítulo 7

Santana não se cansava de ler todos aqueles relatórios. Tinha que encontrar alguma pista ali. Como uma criança poderia desaparecer daquele jeito. Olhava as fotos da pequena e lembrou-se do quanto a menina era risonha e carinhosa. Rachel e Quinn a tinham dado para batizar. No dia que eles a chamaram para ser madrinha de Megan, ela ficara muito feliz. Amava muito a afilhada. Mimava-a e paparicava-a muito. Quando Meg sumiu, ela tinha acabado de passar no concurso da policia e estava em treinamento. Não podia fazer nada pela criança. Nem em sua casa podia ficar muito tempo. O pai e alguns colegas da corporação que investigava o caso. Mas era muito difícil, pois ninguém sabia de nada. Trabalhou muito, se esforçou bastante, lutou para chegar na posição que estava hoje. Lá no fundo, aquele também era o seu objetivo. Encontrar Megan. A sua Fofolete, como ela costumava chamar à afilhada. Voltou mais uma vez sua atenção aos relatórios. Tinha que encontrar alguma coisa ali.

≈★ ≈

– Mamãe? – balançando a mãe de leve – Mamãe, acorda!
Lilian não acordava e aquilo já estava deixando Charlie nervosa. O que a mãe tinha? Estava preocupada. A mulher sempre acordava antes dela para fazer o café.
–Mãe!!! Acorda, mãe.

Lilian foi despertando aos poucos. Abriu os olhos e viu a sua filha em cima dela já com as lágrimas escorrendo.
– O que a senhora tem? Eu vou chamar alguém.
– Não precisa, minha filha. Eu estou bem.
– Mas a senhora não acordava.
– Eu só estou cansada. Mas eu estou bem. Já vou levantar.
– Não! A senhora fica aí deitada. Não levanta não.
– Eu tenho que trabalhar menina. – sentando-se na cama.
– Vai hoje não. Fica aqui. Eu fico com a senhora.
– Nada disso. Você vai pra escola. Já era pra estar arrumada. Vai logo se arrumar vai.
– A senhora está bem mesmo?
– Estou sim! Pode ir se arrumando.

Charlie foi para o seu quarto e Lilian se levantou. Sentiu uma pequena tontura. Apoiou-se na cabeceira da cama até passar. Depois foi andando para o banheiro. Fez sua higiene e foi arrumar as coisas para o café da manhã. A menina sentou-se a mesa e comia olhando desconfiada para a mãe. Estava preocupada. Tinha quase certeza que a mãe não estava bem.
Terminou o seu café, escovou os dentes e despediu-se da mãe. Esta pediu a ela que fosse para a casa da madrinha almoçar, pois não iria dar tempo de fazer o almoço, já que estava atrasada para o trabalho.
Charlie confirmou com a mãe e saiu para a escola. Assistiu às primeiras aulas e na hora do intervalo foi atrás do amigo Rory, mas não o encontrou. Disseram que ele tinha faltado e não sabiam o motivo. Voltou para a sala, assistiu às aulas seguintes e depois foi para a casa da madrinha.

– Oi Amarela! – beijando a testa da menina – Não veio trabalhar não, né?
– Não Dinda! Eu posso comer aqui? Minha mãe não fez o almoço hoje porque não deu tempo.
– Claro que pode! Aconteceu alguma coisa?
– Eu acho que minha mãe está doente, Dinda. Hoje ela quase que não acorda.
– E ela foi trabalhar?
– A senhora sabe como ela é teimosa! Disse que ia trabalhar, sim, e me mandou pra cá.
– Vai lavar as mãos vai. Vamos almoçar juntas.

Charlie foi até o banheiro e lavou as mãos. Britt sentou-se com ela. Pediu uma comida bem saborosa e as duas almoçaram juntas. Conversavam sobre a escola, sobre Lilian, Britt queria estar sempre a par do que acontecia com a afilhada. A menina perguntou se ela tinha visto Rory por ali, e Britt disse que não. Depois do almoço Charlie ficou por ali e foi ver se encontrava Rory. Ninguém tinha visto o garoto desde o dia anterior. Voltou para o restaurante da madrinha e sentou-se no batente da porta.

– Não encontrou seu amigo, não?
– Não! Nem sinal daquele peste! Onde será que ele se meteu? Será que está doente?
– Pode ser. Ele vai aparecer. Não vai fazer suas atividades não, Amarela?
– Vou fazer em casa, Dinda.
– Nada disso! Pode ir pegando suas coisas e sentando-se ali numa mesa daquelas e fazer seus deveres.

Charlie pegou seus livros e fez o que a madrinha mandou. Logo Britt veio com um pratinho de doce pra ela lanchar. Sentou-se com a afilhada e ficou ensinando algumas coisas que ela tinha dúvida. A menina logo terminou suas lições, arrumou suas coisas, despediu-se da madrinha e foi para casa.
Chegando lá, varreu a mesma e tirou poeira, tomou banho e ficou na porta brincando com as amigas esperando a mãe chegar.
Lilian chegou muito cansada. Segurava o braço e tinha uma expressão de dor. Entrou com a filha em casa e sentou-se no sofá.

– O que foi mamãe?
– Nada não, filha.
– A senhora está com dor, né? A senhora tem que ir no médico.
– Depois eu vou tirar uma ficha lá no posto.
– vai mesmo. Eu não gosto de ver a senhora doente.

– Eu estou bem, filha. Não é nada demais.
– Eu quero que a senhora vá ao médico.
– Eu vou. Agora deixa eu ir tomar banho.

Lilian se levanta e vai tomar seu banho. Depois toma café com a filha. As duas ficam na sala assistindo TV até dar a hora de dormir.

≈★ ≈
A semana passou tranqüila na casa dos Fabray, pelo menos as discussões haviam diminuído e o clima estava suportável. Rachel estava muito nervosa, pois no dia seguinte elas teriam o encontro e tudo seria divulgado pela mídia. Tinha que dar certo. Era uma chance que elas não poderiam perder. Com o apoio da mídia, eles iriam conseguir encontrar muito mais gente. Tudo estava sendo arrumado e preparado pra o outro dia. Ela trabalhava sem parar. Entrava em contato com as pessoas lembrando do encontro. Faziam cartazes, preparavam o material, tudo deveria ser exposto. Quase não parava em casa, sua mente estava voltada para aquilo naquele momento. Quinn tentava compreender aquela necessidade da mulher. Ele também sofria, e torcia para que tudo desse certo.Kat já estava acostumada com a ausência da mãe. Não dizia mais nada para não criar confusão, mas que aquilo doía, doía. Buscava a atenção que não tinha com Quinn ou com os avós. A loira permitira que ela fosse dormir na casa deles. Assim a menina se distraia mais.
Rachel nem dormiu direito de sábado para domingo. Mexia na cama e pensava em tudo que tinha passado naqueles oito anos. A sua maior esperança era encontrar a filha. Quem sabe agora conseguiria? Não só ela, como Tina e as outras mães do grupo. Um grupo que nascera pequeno, da união da sua dor com a da amiga, e hoje já tinham junto a elas, várias mães que padeciam do mesmo sofrimento.

Levantou-se da cama e deixou Quinn ali sozinha, tomou um banho e foi para o jardim respirar o ar da manhã. Fazia frio na cidade. Sentia a brisa fria tocar em seu rosto e abraçou-se procurando se esquentar. Sentou-se numa cadeira e ficou olhando a chuva fina cair.

Flasback on
Megan vinha com seus passinhos desengonçados correndo pela grama. A menina cambaleava parecendo que ia cair, mas Rachel a pegou.

– Pronto minha pequena! – abraçando-a – Não pode tomar chuva não. Senão vai ficar gripada.
– Mamãeee!! Suva! – abrindo os bracinhos.
– É a chuva meu amor! Vamos entrar pra casa pra não se resfriar vamos!
– Suva mamãe! – a menina pega a mãozinha molhada da chuva e coloca na boca. - Gotosa! – sorri mostrando os dentinhos.
– Safadinha! vamos entrar, vamos! Senão a senhorita vai ficar gripada. E eu não quero a minha princesinha doente não. Senão a mamãe não dorme.
– mamãee! – abrindo a mãozinha e levantando o braços em direção à chuva.

Rachel entra com a filha em casa e a leva para o seu quarto onde ficam brincando até a menina adormecer. Ficou velando o sono da sua pequena e cantando pra ela que já dormia tranquilamente.

Flasback off
≈★ ≈

– Charlie Sai dessa chuva menina! Vai acabar ficando gripada e depois vai me dar trabalho. - A menina vem correndo pra casa e chega onde a mãe estava. - Sabe que não pode tomar chuva.
– É que eu fui na padaria e começou a chover. – entregando a sacola de pão pra mãe.
– Deveria ter levado o guarda-chuva. – entrando em casa com a menina.
– Eu não gosto! –sorriu- Eu gosto da chuva.

– Depois fica aí tossindo e não me deixa dormir. Vai secar esses cabelos, vai. Nada de ir pra rua hoje.
– Mamãe...
– Está chovendo. Nem vai dar muito turista lá. Vai ficar em casa hoje!
– Fica domingo dentro de casa? É a maior chatice.
– Caça alguma coisa pra fazer. Agora vem tomar café, vem. - As duas foram para a cozinha para tomarem o café da manhã.
≈★ ≈

Quinn foi para casa dos Berry. Iria passar o domingo lá com eles e com a filha que já estava por lá desde o dia anterior. Como Rachel iria sair e certamente passaria o dia todo fora, resolvera então que não iria ficar sozinha em casa. Santana também iria ficar com a família. Já tinha arrumado todo o apartamento e estava exausta do trabalho. Queria ficar sem fazer nada naquele dia, e nada melhor pra isso do que na casa dos pais, lugar em que era paparicada. Todos se reuniram na casa dos Berry naquele domingo.

– Bom dia, família!
– Tia San – levanta e vai ao encontro da tia abraçando-a.
– Oi KitKat!
– Que bom que veio, filha! - Hiram entrando na sala
– Hoje é minha folga. Vim curtir um pouco a família. – abraçando mais a menina – Cadê a Quinn?
– Está lá no quintal.
– Já arrumou todo o apartamento, filha?
– Já sim, papai. Estou um caco. Não pensei que tinha tanta coisa.
– Você tem que arrumar alguém pra limpar a sua casa. Quase não para nela. Não sei por que você foi morar em um apartamento, poderia muito bem morar aqui conosco.
– Quero ter meu canto. Já acostumei a viver assim, papai.
– Aqui você também teria sua independência. Eu poderia cuidar das suas coisas.
– Obrigada, papai! – vai até Hiram e lhe dá um beijo – Eu vou ficar bem lá.

– Quando eu fizer 18 anos eu também vou morar sozinha.- A menina disse rindo
– Que história é essa, Kat?
– É verdade, vovô Hiram. Eu vou morar sozinha. Vou embora.
– Nada disso. - O homem disse indgnado
– A Quinn te pega, menina. – A latina bagunçou os cabelos da sobrinha – Falando nela, deixa eu ir vê-la.
Santana foi até o quintal cumprimentar a cunhada. Deixou Hiram e Kat na sala
– Pára com isso. Não fica falando que vai embora não. – Hiram vai até a menina e a abraça.
≈★ ≈
Rachel saiu de casa e foi em direção à ONG. Terminou de arrumar as coisas e ficou esperando a amiga. Tina logo chegou com o marido.

– Bom dia! Preparada, Rach? – abraçando a amiga.
– Estou muito ansiosa.
– Eu também. Quase não dormi à noite!
– Eu que o diga! –Disse o homem asiatico - Bom dia, Rach!
– Bom dia Mike ! – cumprimentando-o – Tem que dar tudo certo hoje.
– Vai dar. Rachel, a gente trabalhou muito. Nos esforçamos, estamos esperando por esse dia há muito tempo.

A morena foi até a amiga e a abraçou. As duas ficaram por alguns minutos abraçadas, sabiam o quanto aquele dia seria importante para elas.

– É melhor nós irmos, meninas. Senão chegaremos atrasados.
– Verdade!

Eles pegaram as coisas e colocaram dentro dos carros. Rachel foi no seu, e Tina e o marido foram no deles.
Mike resolvera acompanhar a esposa. Sabia o quanto aquilo era importante para ela. Sofria junto com Tina o desaparecimento do filho deles. Diferente do que acontecia com Rachel e Quinn, Tina e Mike viviam bem o seu casamento. Só não eram felizes por completo devido a falta que sentiam do filho, mas eles se apoiavam mutuamente. Buscavam juntos, a harmonia do casamento.

Chegaram ao local combinado. Algumas pessoas já estavam ali reunidas. Todas com cartazes nas mãos de seus parentes que por algum motivo desapareceram e não foram mais vistos. Rachel e Tina desceram dos seus respectivos carros e com a ajuda de Mike e Mercedes pegaram o material que faltava. Reuniram-se com as outras pessoas e arrumaram tudo para a chegada da equipe de reportagem. Elas escolheram o Central Park. Costumavam se reunir ali todo primeiro domingo de cada mês. Os encontros que elas faziam ali, começaram a ser conhecido pelas pessoas. Muitas passavam e olhavam com curiosidade. Elas começaram a ficar conhecidas por ali, mas era a primeira vez que a mídia tinha dado importância ao trabalho e ao sofrimento delas. Um produtor de um programa dominical tinha ouvido falar daquelas mães, e resolvera fazer uma matéria com as mesmas. Queriam saber do que se tratava o trabalho, e quando Rachel e Tina explicaram o que elas pretendiam, ele resolvera ajudar. Combinou com elas que iria divulgar o trabalho das duas e exibiria a entrevista ao vivo no programa da emissora. Desde o dia que o produtor entrara em contato com elas que as duas estavam ansiosas. Aquele seria um grande dia.
≈★ ≈
– Deixa eu sair, mamãe!
– Nada de sair, Charlie! Olha a chuva que está caindo. Você vai acabar ficando gripada.
– Mas é que eu tenho que ver se o Rory está lá na rua.
– Nada disso. Amanhã você encontra com ele na escola.
– Ele nunca mais foi pra escola.
– O que foi que aconteceu?
– Eu não sei. Eu quero saber como ele está. Alguma coisa aconteceu pra ele ter sumido.
– Filha! Eu sei que você está preocupada com o seu amiguinho, mas não vou deixar você sair nessa chuva não.
– O que eu vou ficar fazendo dentro de casa? - A menina dizia irritada

– Ver TV.
– Dia de domingo não passa nada legal.
– passa sim! Daqui a pouco começa o programa da tarde.
– Eu não gosto não. É chato! - fazendo bico
– Deixa de ser implicante. – A mulher riu da cara da menina – Nem adianta que não vai sair.
Charlie se jogou no sofá e ligou a TV. Não tinha outra coisa a fazer mesmo, a não ser passa o domingo todo vendo televisão. A chuva que caia lá fora era muito forte. Com certeza, Lilian não iria deixá-la sair.
≈★ ≈
– Que horas vai começar o programa que a mamãe vai aparecer?
– Acho que daqui a pouco,filha.
– E vai passar mesmo, Q? - Perguntou a latina
– Creio que sim. Eles já tinham combinado tudo.
– Minha estrelinha deve estar ansiosa – Hiram estava nervoso, andava de um lado para o outro da sala. Estava preocupado com a filha mais nova.Todos se dirigiram para a sala de TV e Leroy ligou o aparelho. Colocaram no canal em que ia passar a entrevista e ficaram todos assistindo.
≈★ ≈
O produtor chegou e foi falar com Tina e Rachel. Estava arrumando tudo para a entrevista. A transmissão iria ser ao vivo. Fizeram uma matéria gravada falando do projeto das duas, mas elas seriam entrevistadas ao vivo pelo apresentador do programa. Na verdade, eles não queriam apenas ajudá-las. Queriam também audiência. Sabiam que uma história triste sempre levantava audiência de qualquer programa. Um drama sempre era muito bem vindo. E pra que drama maior do que o de mães em busca dos seus filhos?

Uma mão lavava a outra. Eles divulgariam o trabalho delas, e também teriam a audiência desejada. Iriam usar de todos os artifícios para sensibilizar as pessoas e a matéria depois ser bastante comentada.
Já estavam preparando tudo para a transmissão. A repórter já havia chegado e estava falando com Rachel e Tina, queria estar mais por dentro de tudo.
– Daqui a pouco o apresentador vai chamar o link. Nós vamos fazer as perguntas usuais pra vocês. Como começou o projeto, o objetivo de vocês... Não tem muita coisa extraordinária não. Fiquem calmas.
– A gente nunca apareceu assim na televisão. - Disse a mulher asiatica
– Vai dar tudo certo.
O produtor avisou a elas que tudo estava pronto e que dentro de poucos minutos elas entrariam no ar. No estúdio o apresentador falou da matéria e chamou a reportagem. Primeiro eles colocaram um vídeo explicando sobre a ONG, com uma música bem triste ao fundo. Nesse vídeo, eles contavam por cima o que era o projeto e o que aquelas mulheres faziam. Logo depois do vídeo o apresentador chamou a repórter.

– Boa tarde Ciro! Estamos aqui no Central park com as responsáveis por esse projeto que vocês acabaram de ver. Essas mulheres corajosas que lutam para encontrar filhos e parentes desaparecidos.

– Boa Tarde Suzy! Muito bonito o trabalho delas, não? - Disse o apresentador
– O trabalho delas é maravilhoso. Vou apresentá-las pra vocês. Essa é a Tina – a câmera focando em Tina - E esta é Rachel – mostrando Rachel também – As duas são as responsáveis por esse trabalho. As duas juntas que construíram isso tudo.
– Boa tarde Tina! Boa tarde Rachel! Fiquei impressionado com o trabalho e com a luta de vocês. Qual o motivo de vocês terem organizado tudo isso?
– Boa tarde Ciro! Bom, eu e a Rachel estamos juntas há cinco anos. Nós resolvemos nos unir para tentar recuperar os nossos filhos, e ajudar outras mães que passam pelo mesmo que a gente.
– Vocês também têm filhos desaparecidos? - perguntou o apresentador e a mulher asiatica continuou
– Infelizmente sim. E devido a essa dor que passamos, resolvemos nos unir.
– A entidade já tem cinco anos?
– Sim! Estamos há cinco anos batalhando nela. - Rachel disse - Já encontramos algumas crianças desaparecidas, mas infelizmente não tantas como gostaríamos. Não temos tantos recursos assim. Contamos com a ajuda das pessoas.
– Por que voces se reúnem no Central Park, Rachel?
– Por muitas pessoas passarem por aqui. Temos a esperança de que alguém possa passar e reconhecer um desses rostos desaparecidos e nos dar alguma pista para encontrá-los.
– Elas se reúnem aqui uma vez por mês. – A reporter toma a frente e a câmera agora focava as outras mães que estavam presentes e mostrava alguns cartazes que elas carregavam – Trazem cartazes com fotos dos parentes desaparecidos e esperam que alguém os reconheça.

A repórter entrevistou algumas mães. O apresentador falou com algumas delas também e fez um pequeno discurso sobre o quanto àquelas mulheres sofriam e o quanto deveriam estar desesperadas atrás dos filhos.

– Quantas pessoas vocês têm nessa entidade, Tina?
– Temos mais de 3000 casos de pessoas desaparecidas cadastrados.
– Além de oferecer ajuda jurídica, elas também oferecem apoio psicológico e assistência social. - a reporter concluiu.

Ciro fez outro discurso inflamado sempre ao som de uma música triste ao fundo, pedindo apoio às autoridades para aquelas mães.
– Ciro, essas duas mulheres são surpreendentes. Elas por não se conformarem com a dor que passam, tentam ajudar outras mães que passam pelo mesmo que elas. Com a ajuda delas, já foram encontradas várias pessoas, mas infelizmente as duas ainda não encontraram os seus filhos. Há oito anos que a filha da Rachel está desaparecida. E o filho da Tina está desaparecido há seis.
– Nossa! Como os filhos delas desapareceram?
– O Nicholas estava no portão da nossa casa brincando. Ele sumiu de repente. Ninguém nunca mais o viu. A última vez que o viram, ele estava com um rapaz, mas a policia não tem pista nenhuma, ninguém sabe quem é esse homem. Desde esse dia, não vejo mais o meu filho.
– O único filho dela.- A repórter pega a foto da criança e a câmera focaliza bem o rosto do pequeno. Ciro faz um apelo aos telespectadores para que se alguém viu a criança que entre em contato com o número que estava embaixo da tela.

– E você Rachel? Como sua filha desapareceu?
– Eu e a minha família...
– Espera um momento! Não conta agora! Nós vamos aos comerciais e daqui a pouco voltamos!

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Notas finais do capítulo

Eai? Não me matem hahahah



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