Bem mais perto escrita por Mai


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi gente.. Demorei um pouquinho pra postar pq estava doente :ss Mas tamo ai com mais um capitulo pra vocês. Obrigada pelos comentários. Espero que gostem ((:



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Capítulo 10

Rachel passou a noite toda no escritório. Levantou-se pela manhã, foi para o seu quarto, tomou um banho, trocou de roupa e foi até o quarto da filha. Kat ainda dormia. Sentou-se na cama da filha e a acordou.
– Kat, acorda filha. – acariciando os cabelos dela.
– Eu estou com sono. – passando a mão no rosto.
– Você tem que ir pra escola.
– Não quero ir pra escola hoje. – fala colocando o travesseiro no rosto.
– Mas você tem aula.
– Me deixa.

Quinn entra no quarto e vê a mulher com a filha.
– O que foi?
– Ela não quer ir pra escola.
– Kat, acorda! Levanta pra ir pra escola.
– Eu não quero ir hoje.
– Você tem que levar o trabalho de história. Acorda, filha. – tirando o edredom dela.
A menina levanta e vai direto pro banheiro. Quinn sai do quarto da filha e Rachel fica sem saber o que falar, nem o que fazer. Kat sai do banheiro, troca de roupa e não dirige a palavra à mãe. A morena fica sem graça e sai do quarto.
Quinn terminou de se vestir e desceu para tomar seu café da manhã. Passou por Rachel e não falou nada. Esta entrou no quarto e ficou lá sozinha.
Kat também desceu para tomar café junto a Quinn, depois de alimentadas as duas saíram juntas. A loira iria levar a menina para a escola. Rachel ficou da janela do quarto vendo as duas entrarem no carro e saírem. Sabia que se Quinn resolvesse sair de casa, Kat não pensaria duas vezes e iria com ela.
Ficou sozinha em casa. Ligou para Tina e avisou que não iria à ONG naquele dia. A amiga perguntou se estava tudo bem, e ela afirmou que sim. Resolvera arrumar as suas coisas. Há quanto tempo que ela não ficava em casa e fazia isso. Pegou algumas caixas no closet e sentou-se no chão. Tinha muito papel ali que merecia ir pro lixo. Muita coisa entulhada. Separou alguns documentos e colocou em uma pasta, tinha umas fotos de Quinn, outras das duas juntas, mas uma coisa chamou a atenção dela. Estava no fundo da caixa, dobrado. Quando ela pegou e abriu, pôde ver que tinha um papel dentro de outro. Eram dois desenhos que Kat tinha feito. Lembrava-se do dia que a menina chegou com eles e lhe entregou.


≈ Flashback on ≈

Rachel estava cansada. Passara a noite toda em claro com Megan nos braços, esta tinha tido cólica e não deixara a mãe dormir. Sua cabeça latejava. Queria descansar, mas não podia. Tinha muita coisa pra fazer. Ainda por cima, teve uma pequena discussão com Quinn por causa da ida delas até a casa de sua mãe biologica. Quinn queria passar o Natal com a família dela, e a morena queria visitar Shelby. Meg já havia dormido, enfim a dor havia cessado, mas nem isso diminuiu o grau de irritação de Rachel. Desceu para a cozinha da casa e encontrou Nana fazendo o almoço.

– Minha cabeça vai explodir!
– Deita um pouco e descansa.
– Não posso! Tenho que ligar para Shelby e tentar dar uma desculpa para não irmos no natal. Ela vai ficar muito irritada. Nunca passamos o Natal lá. Quinn não quer viajar para fora do país, pois tem trabalho aqui.
– Vai você com as meninas.
– Passar o Natal sem ela? Não! E além do mais, não poderia fazer isso. É o nosso primeiro Natal com a Meg. Eu queria levá-la para minha mãe conhecer, mas a Quinn não poderá ir.
– Não tem como ela ir mesmo?
– Pelo menos, ela diz que não.

Quinn entra na cozinha trazendo Kat no colo, vai até a mulher pra lhe dar um beijo e Rachel desvia o rosto.

– Eu já te expliquei, Rach.
– Eu já ouvi sua explicação. Porém não me conformo.
– Nós iremos de outra vez.
– Está bom, Quinn! Mas eu vou logo avisando, eu quero visitar a minha mãe. Já tem muito tempo que não a vejo.
– Seus pais iriam ficar muito magoados se não passássemos o Natal aqui.

Rachel saiu e deixou a loira falando sozinha. Foi para o quarto tentar falar com a mãe e mais uma vez pedir desculpas por não ir vê-la.

– Mamã braba! – A menina disse sacudindo as mãozinhas para a loira

– Ela está brava comigo, princesinha.
– Mami danada. – colocando a mão na boca e sorrindo.
– A Mami é um anjo! – beijando o pescoço dela e lhe fazendo cócegas. – Agora vai pro chão que a Mami tem que trabalhar. – fala deixando a menina no chão.

Quinn vai pro escritório da casa e Kat fica ali um tempinho com Nana. Depois sobe para o quarto de Rachel. Esta ainda estava ao telefone com a mãe tentando explicar em vão o motivo de não irem no Natal.

– Assim que der a gente vai, mãe.
– Quando, Rachel? Voces nunca vêm aqui. Eu nem conheço a Meg. E a Kat nem deve lembrar mais de mim.
– Eita mãe! Não exagera. A Kat lembra da senhora sim!
– Faz tanto tempo que nós nos vemos, filha. Venha com as meninas.
– Não posso ir sem a Quinn.
– Você vive para Quinn. Nunca vi uma coisa dessas.
– Eu juro que assim que der, nós vamos.
– A outra lá pode ficar com as minhas netas. Eu tenho que me contentar a vê-las uma vez no ano e olhe lá.
– Nós iremos,Shelby. Deixa a Quinn ver as coisas no trabalho dela.
– Tudo bem, Rachel. Mas lembre-se que nós também somos a sua família.
– eu te amo, mamãe!
– Eu também te amo filha. Se cuida. Dá um beijo nas minhas netas.
– Pode deixar. Beijo!

A morena desligou o telefone e ficou olhando para o aparelho.

– Mamãe braba? - Só naquele momento que Rachel viu que a filha estava no quarto.
– Sua Mami é uma safada! Por causa dela eu fico levando bronca.
– Mami não.
– Mami sim! Aquela folgada! Ai minha cabeça!!! – colocando as mãos na testa – Mamãe precisa dormir, filhinha. Vai ficar um pouquinho com a Bá vai. – deitando na cama. – Daqui a pouco mamãe desce.

A menina saiu do quarto e foi para o seu que ficava ao lado do quarto das mães . Pegou uns papéis e umas canetinhas coloridas e ficou pintando enquanto a mãe dormia. Quinn foi chamá-las um pouco mais tarde para almoçar.

– O que a senhorita está aprontando?
– Pintando pra mamãe! – mostrando a ela o desenho.
– Pintando pra mamãe e se pintando também, né? – rindo – Sua mãe não vai gostar muito dessas pernas riscadas não. Que lindo, princesa! É a mamãe?
– É! – abrindo um largo sorriso para a loira – Ela está braba!
– Vamos lá dar a ela, vamos!

Quinn pegou a filha no colo e os desenhos. Foi até o quarto do casal e colocou a menina em cima da cama. Kat foi até a mãe e lhe deu um beijo no rosto.

– Mamãe! - A morena abriu os olhos e viu a filha em frente a ela.
– Oi minha princesa!
– Fez pra mamãe! – entregando os desenhos a ela. - Mamãe, Kat, Mami e Meg – apontando no desenho cada um da família.
– E quem é esse?
– Téo! – Falou a menina rindo
– O Téo não podia faltar, né?Você ama aquele urso.
– Mami com a Mamãe!
– É assim que tem que ser, né filha? Mami com a Mamãe – Disse Quinn olhando para a Rachel
– Safada! – A morena dá um tapa na loira rindo.

– Bate não, mamãe!
– Tá vendo, Amor? – A loira imitava a filha – Não é pra bater não!
– Ela merece, princesa.
– Eu mereço é beijinhos, Rach. – fazendo bico.
– Merece é tapa.
– Dá beijinho mamãe!
– Em você eu dou minha princesa! – ela fala isso e agarra a filha enchendo-a de beijos! – Te amo, te amo, te amo.
– Eu também amo. –agarrada ao pescoço da mãe – ó o outro desenho. É mamãe.

Rachel pegou o papel e elogiou a filha.
– Que lindo! Eu amei! Vou guardar pra sempre. – ela dá outro abraço na filha e um beijo.
– Eu também quero. – a loira fala com cara pidona
– Será que a gente dá? – A morena pisca para a filha.

Kat vai logo pro braços de Quinn e lhe abraça. A loira se aproxima de Rachel e lhe dá um selinho. Separam-se do abraço, a morena pega as duas folhas de papel e uma caixa.

– Vou guardar aqui! - colocando na caixa. A menina vai até a mãe e a abraça.

≈ Flashback off ≈

Rachel passa a mão sobre a folha de papel. Cada detalhe daquele dia é relembrado. O carinho da filha, a implicância com Quinn por causa da viagem, os desenhos. Kat fizera aqueles desenhos para deixá-la feliz, pois ela estava chateada com a loira. Levou o papel à boca e deu um beijo suave. A relação entre as duas era tão bonita, tão cúmplice. Porém tudo havia mudado. Aquilo lhe doía muito, principalmente ao lembrar-se das palavras de Kat na noite anterior.
– Posso entrar?
– Oi San! – fechando a caixa.
– A Nana disse que você estava aqui em cima.
– Estava dando uma arrumada numas coisas. - Ela levanta do chão e abraça a irmã. As duas vão para o quarto e se sentam na cama.
– Como você está? A Nana disse que não estava muito bem.
– Eu estou melhor.
– Você não tem se alimentado. O que foi, Rach?
– O de sempre. Não brigamos, mas...
– Não sei como vocês conseguem viver assim.
– A Quinn quer se separar.
– Talvez seja melhor, Rach.
– Ela quer tirar a minha filha de mim. Ela vai levar a Kat.
– Vai ser bom voces darem um tempo.
– Eu não vou permitir que ela leve a minha filha – levantando-se – Ela não pode me tirar ela também.
– Hei Rach! Calma! Você tem que pensar na Kat. Ela ficará melhor com a Quinn.
– Não!!! Ela é minha filha!! Tem que ficar comigo.
– Pra quê? Pra você continuar do jeito que está e não dar nem um pingo de atenção a ela?
– Eu não quero perder minha outra filha. – fala sentando-se na cama novamente e já com lágrimas nos olhos.
– Então corra atrás e conquiste-a de novo, porque do jeito que você está tratando aquela menina, vai acabar perdendo. Se não já perdeu.
– Ela disse que me perdeu também.
– Claro, Rach! Como você acha que ela se sente? Ela só tem 12 anos. É uma menina.
– A culpa é minha!
– Sim! A culpa é sua. Você é a única culpada. Desculpe eu lhe dizer isso, irmãzinha. Não vou tapar o sol com a peneira. Você é a responsável por aquele sorriso triste. Isso quando ela ainda consegue sorrir.
– Eu... eu...
– Você tem que correr atrás do tempo perdido e conquistar a sua filha de novo.
– Mas e a Megan?
– Já lhe disse que vou lhe ajudar com isso. E outra, você continuar procurando a Meg, não vai lhe impedir de ser mãe da Kat de verdade. Rachel, você perdeu suas duas filhas! Recupere a Kat enquanto há tempo.
– Eu não sei como fazer isso.
– Sendo a mãe que você era.
– Santana...
– Só você pode fazer isso.
– Eu tento.
– Pare de tentar e aja. Você quer perder a sua filha? Quer que ela sinta desprezo por você?
– Não! – limpando o rosto.
– Então tome uma atitude

As duas ficaram conversando por mais um tempo, Santana aconselhava a irmã. Tentava mostrar a ela que esta deveria tomar uma atitude e mudar seu tratamento com a filha.
– Vamos buscar a Kat na escola! – levantando-se.
– A Quinn vai pegá-la.
– Não! Nós iremos buscá-la. – puxando ela pela mão. – Liga pra Quinn e diz que você está indo buscá-la.
Rachel ligou para a mulher e avisou que ia buscar Kat com Santana. Trocou de roupa e saiu com a irmã. Ao chegarem ao colégio de Kat, Rachel pediu que a chamassem. A menina se despediu dos amigos e foi até o portão da escola.
– Você? – decepcionada – Cadê a Mami?
– Ela está trabalhando – fala sem graça.
– Tia!! – vendo Santana parada perto do carro – Que bom que você veio. – fala indo ao encontro da tia. A menina foi até a tia e lhe deu um abraço. Santana cumprimentou a sobrinha com um beijo no rosto.
– Que milagre é esse?
– Eu estava lá na sua casa, e vim com a tua mãe te buscar.

Rachel voltou sem jeito para perto do carro. A menina nem sequer a cumprimentara.
– Já podemos ir.
– Entra no carro, magrela. – abrindo a porta para a sobrinha. Kat entrou e Santana fez o mesmo. Rachel entrou e ligou o carro. Saíram dali em direção à casa dela.
– Rach, me deixa lá na Central da Polícia. Eu tenho que trabalhar.
– Você não vai almoçar com a gente, Tia?
– Eu tenho que trabalhar. Só dei uma passadinha por lá pra falar com a sua mãe.
Rachel desviou o caminho e levou a irmã até a Central de Polícia. Elas se despediram e Santana saiu do carro.
– Por que vocês não aproveitam o dia lindo e vão dar um passeio? – A latina fala apoiada na janela do carro.
– Eu estou cansada e com fome. Quero ir pra casa. -Kat cruza os braços
– Chata. Tchau irmãzinha! Se cuida!
– Até mais, San Obrigada!
Santana mandou um beijo para a sobrinha e entrou na central de delegacia. Rachel saiu com o carro novamente.
– Tem certeza que não quer dar uma volta? – fala olhando para a filha através do espelho retrovisor.
– Eu estou com fome.
– A gente pode comer alguma coisa no shopping.
– Ok! Mas a gente pode passar na livraria lá do shopping? Eu quero ver se tem um livro que a minha professora falou.
– Podemos sim! Eu hoje não vou à ONG.
– Milagre! – fala colocando o ipod no ouvido.
– Como foi a aula?
– Legal! – sem dar muita importância.
– Entregou o trabalho?
– Humrum... – fala e vira o rosto para a janela do carro.
A morena fica em silêncio e volta a sua atenção ao trânsito.

≈★ ≈

– O que você tanto lê aí nessa tela de computador? - A mulher se abaixa ao lado da latina colocando uma caneca de café em cima da mesa.
– Estou tentando encaixar umas peças. Mas está difícil. - A latina pega a caneca e toma o liquido quente, olha para a mulher e continua – reabri o caso da minha sobrinha novamente.
– Acharam alguma pista?
– Não! Eu estou tentando encontrar essa pista. Mas está difícil. Parece que a menina foi tragada pela terra.
– Já tem quanto tempo?
– Oito anos. Ela desapareceu em Los Angeles quando minha irmã e minha cunhada estavam de férias. Elas foram se divertir, e o que era para ser um passeio em família, se tornaram nas piores férias da vida delas.
– Complicado isso. - A mulher franzi a testa- O que você pretende fazer?
– Vou investigar o caso novamente. Prometi à minha irmã. Irei procurar a Meg nem que seja no fim do mundo.
– Você já voltou à cidade onde a menina sumiu?
– Estou pensando em fazer isso esse final de semana.
– Se você quiser, posso ir com você. Esse final de semana eu estou livre.
– Você me seria de grande ajuda. - Coloca a caneca em cima da mesa – Obrigada, Emily.
– Não precisa agradecer, detetive. - pisca para a latina – Só estou fazendo o meu trabalho.

≈★ ≈
– Eu quero comer no MC. – andando com a mãe pelo shopping.
– Tudo bem.
– Hã? Tem certeza?
– Sim! Tudo bem. Vamos comer no MC.
– Mas você...
– Uma vez ou outra não vai fazer mal. - Kat olhou para a mãe desconfiada. Na verdade só pedira para ir ao MC com o intuito de irritá-la.
– Não! É melhor a gente não ir lá não. Vamos em outro lugar.
– Onde você quer almoçar então?
– Em qualquer lugar. – dando de ombros.
– Vamos ao restaurante a quilo. Daí a gente pode escolher o que tivermos vontade.

As duas se dirigiram à praça de alimentação e entraram em um restaurante. Lavaram as mãos e foram se servir. Almoçaram em silêncio. Quase que não trocaram palavras. Assim que terminaram, a morena pagou a conta e as duas saíram. As duas se encaminharam até a livraria e Kat foi até a seção infanto-juvenil. Rachel a acompanhou. A menina olhava alguns títulos com curiosidade.
– Qual o livro que você quer?
– É uma coleção. O nome é Poderosa: Diário de uma garota que tinha o mundo nas mãos.
– Deve ser bom.
– Minha professora disse que sim.
A morena começou a procurar o livro na prateleira a fim de ajudar a filha.
– Aqui! – pegando o livro e mostrando a filha.
– É esse mesmo!
– Tem mais dois aqui. Vai querer levar?
– Sim! – com outro livro nas mãos.
– E esse?
– Ah... Não é nada não. – lendo a sinopse do livro.
– Então vamos? Vai querer mais algum?
– eu posso levar esse? – fala sem jeito.
– que livro é esse? - ela pega o livro e lê o título – Coisas que toda garota deve saber. Hum... – sorrindo – Pode levar sim.
– Brigada! - toma o livro da mãe e o abraça – Já podemos ir.
Rachel deu um sorrisinho para Kat e as duas foram juntas para a fila do caixa. Começou a reparar mais na filha. Pra que ela queria aquele livro. Ficou se perguntando.
Kat estava um pouco sem graça. Pegou o livro, colocou no caixa e a mãe pagou. Depois de ter pagado, Rachel saiu da livraria com a filha. Notou que a menina vestia duas blusas. Uma por baixo do uniforme.
– Kat...
– Hum...
– Pra que essa outra blusa?
– Hã? Por que eu gosto.
– Mas está calor. Como você agüenta?
– Eu gosto assim.
– Mas está muito calor.
– Eu vou assim todo dia pra escola. Só você que nunca viu.
– Mas pra que isso?
– Por nada...
– Olha! Vamos entrar aqui. Tenho que comprar um presente pra Tina. Semana que vem é o aniversário dela.

As duas entraram numa loja de roupas e Rachel foi procurar uma blusa para a amiga. A menina sentou-se num puf enquanto a mãe era atendida por uma das vendedoras.
– Gostou dessa? – mostrando a blusa à menina.
– É bonita!
– Vou levar essa. Quero pra presente. –entregando a blusa à vendedora.
– Não vai levar nada pra senhora?
– Não, brigada!
– E pra sua filha? Temos modelos lindos pra ela.
– Quer ver alguma coisa?
– Não!
– Mas temos umas blusinhas lindas! Vem ver. – pegando na mão da menina – Você vai gostar.

A vendedora levou Kat até o balcão e começou a lhe mostrar um monte de peças. A morena foi para perto da filha olhar também.

– Esse vestido está lindo! – pegando o vestido e mostrando pra filha.
– Experimenta! Olha essa saia também. - A vendedora disse- Vai ficar linda em você.
– É linda mesmo! Experimenta, Kat.

A menina pegou as peças e foi até o provador. Vestiu as roupas, escolheu um vestido e saiu.
– Mas a gente nem viu. Sua mãe com certeza quer ver como fica.

Kat olhou para Rachel e esta fez que sim. A menina foi até o provador e vestiu o vestido novamente.
– Está linda! Ficou ótimo em você.
– É... Ficou...
– Ficou muito bonito mesmo. Eu vou pegar mais peças pra você vestir. - A vendedora saiu e logo voltou com uma cestinha cheia de roupas para a menina experimentar. Kat experimentava e depois saia para a mãe ver. Elas nunca tinham saído assim para comprar roupas, não que a menina se lembrasse. Era estranho aquilo. Quem sempre comprava roupas para ela, era Quinn ou os avôs. A mãe estava diferente naquele dia. Com certeza a tia lhe falara alguma coisa.
– Essa ficou linda também – falando da blusa que a menina vestia.
– Gostei não. – olhando-se no espelho – É muito decotada. – segurando a parte da frente da blusa.

Rachel ficou observando a filha e notou que ela estava com vergonha.
– Eu vou tirar. – fechando a porta do provador.

Kat vestiu a sua roupa e saiu do provador. Entregou às últimas peças a vendedora e foi até o caixa com a mãe. Pegou as sacolas com a ajuda da mesma e as duas saíram. Seguiram para o estacionamento do shopping, colocaram as compras no banco traseiro e entraram no carro. Rachel dirigiu para casa. Quando chegaram lá, ajudou a filha com as sacolas e entraram em casa.
– Eu vou para o meu quarto.
– Você gostou, kat?
– Humrum...
– Que bom que gostou.
– Brigada! – ela pegou o restante das sacolas da mão da mãe, deu um beijo no rosto dela e saiu correndo subindo as escadas.

Rachel passou a mão no rosto e fechou os olhos. Há quanto tempo não recebia um beijo da sua filha.A menina entrou no quarto e fechou a porta. Jogou as sacolas em cima da cama e tirou as roupas. Vestiu uma por uma novamente. Estava feliz. Rodopiava pelo quarto com o sorriso estampado no rosto.

≈★ ≈

Santana passou a tarde toda vasculhando os relatórios tentando encontrar alguma pista. Não sentiu o dia passar, quando olhou pela janela, já era noite. A latina desligou o computador, se despediu de Emily e seguiu para a casa dos pais. Quando a latina chegou, encontrou os pais e Judy fabray conversando na sala e se juntou a eles.
– Como assim você vai pra LA, minha filha?
– Vou este final de semana, papai – comendo um pedaço de torta salgada.
– Você achou alguma pista?
– Não! Mas eu vou atrás.
– Vai ficar quantos dias lá?
– Só o final de semana. Vou com uma amiga. - Hiram franze a testa e a latina revira os olhos – Ela vai me ajudar nas buscas, papai
– Espero que vocês encontrem algo, mas creio que não vá encontrar nada. Da outra vez, eu mesmo fui até lá. - o outro pai da latina disse
– Eu tenho que fazer isso. Pela minha irmã, pela família dela.
– Por que você está dizendo isso? – Judy fala sentando-se a mesa.
– Eu fui até a casa deles hoje. Tiveram outra discussão ontem.
– Na frente da minha neta? - A loira perguntou
– A Kat está presente em tudo. Eu não queria dizer isso mas acho que a Quinn disse que ia sair de casa.
– Eu dou todo apoio a minha filha. A Rachel mudou muito. Nem liga pra ela nem pra menina. Ela tinha que ir morar comigo.
– Olha como você fala da minha estrelinha, Fabray – Hiram olhou feio para a mulher
– Não pense que a minha irmã vai permitir isso não. Ela disse que não vai deixar a Quinn tirar a Kat dela.
– Mas se ela não dá importância a minha neta? A menina fica jogada. Eu gosto da Rachel, entendo a dor dela, mas o que ela faz com a minha neta, eu não admito.
– Judy, a Quinn sabe o que é melhor pra vida dela.

Santana ficou mais um tempo na casa dos pais e depois foi para o seu apartamento. Fez algumas ligações e deitou-se.
≈★ ≈

Quinn chegou em casa à noite. Foi para o quarto de hóspedes, tomou banho, trocou-se e depois foi ver a filha em seu quarto.

– Boa noite, princesa! – indo até a cama dela e lhe dando um beijo na testa. – Vamos jantar?
– Já estou indo! – se espreguiçando.
– O que você está lendo?
– Um livro que a minha mãe me deu.
– Voces saíram juntas?
– Humrum... – fechando o livro e colocando debaixo do travesseiro.
– A sua tia foi junto?
– Não! Ela ficou no trabalho dela.
– E você e sua mãe foram onde?
– Ao shopping. Ela comprou um monte de roupa pra mim.Não sei o que deu nela. – levantando-se – Hoje ela estava estranha.
– Vamos comer, vamos. – abraçando a filha – Estou com fome.

As duas desceram as escadas e foram para sala de jantar. Quinn pediu a Nana que servisse a comida e ela assim o fez. As duas começaram a comer, porém foram interrompidos por Rachel.
– Por que não me chamaram para jantar? – sentando-se.
–Você raramente senta pra comer conosco.
–Mas a partir de hoje, sentarei com vocês.

Quinn olhou para a mulher e sacudiu a cabeça. Sabia que essa tentativa da morena não iria dar em nada. Ela sempre tentava, mas no final, tudo voltava a ser o que era antes. Rachel fez o seu prato e as três voltaram a comer. Depois do jantar Kat voltou para o seu quarto, Quinn foi para o escritório e Rachel para o quarto do casal. Ligou pra Tina e procurou saber da amiga o que se passava na ONG. Esta lhe contou que a produção do programa entrara em contato com ela novamente e queriam que as duas fossem ao programa no próximo domingo. Queria divulgar mais o trabalho das duas, e também porque aquelas histórias tinham dado muito audiência. Muitos se solidarizaram com a causa delas. A morena ficou empolgada. Iriam ter outra oportunidade. Conversou mais um bom tempo com a amiga, depois desligou, vestiu uma camisola e foi até o quarto da filha. A menina já dormia. Tirou o livro de cima dela, a cobriu e lhe deu um beijo no rosto. Desligou a luz e saiu do quarto. Kat ainda de olhos fechados esboçou um sorriso. Ajeitou-se melhor na cama e dessa vez, sim, ela dormiu.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? comentem.. ps: To adorando escrever o próximo capitulo :**



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