Tom estava agarrando a Ana. Eu pensei em acabar com a festinha dos dois, mas eu me controlei, senti que iria chorar. Respirei fundo, me virei e sai. Comecei a chorar desesperadamente, eu não sei por que, mas aquela cena me feriu profundamente. Que porra de sentimento é esse que aquele desgraçado desperta em mim.

       No corredor eu esbarrei em Nadine:

-O que aconteceu? – Perguntou me segurando pelo braço.

-Nada, Nadi eu tenho que ir depois a gente se fala – Me soltei e sai correndo.

        Cheguei em casa, graças a Deus não tinha ninguém em casa, só a minha irmã e o Gab, mas eles estavam no escritório e nem me viram.Fui correndo para o meu quarto. Peguei o telefone e liguei para o Bill:

-Alô – Falou uma voz tranqüila e doce.

-Bill, sou eu a Suzana – Falei em uma voz chorosa.

-Porque você está chorando?

-Eu odeio aquele desgraçado, idiota, imbecil, viado, traidor, vagabundo, corno, cretino, vadio, safado, canalha, inútil.

-O que ele fez? – Eu contei tudo o que havia acontecido. Coitado, o Bill tinha que me agüentar. Eu só não conto para a Nadine, porque ela vai ficar falando que eu estou com ciúmes e apaixonada pelo Tom, aff! – Sabe, eu acho que você está com ciúmes do Tom!

-Pronto, era só o que me faltava, primeiro a Nadine e agora você Bill, eu não acredito nisso.

-Nadine?

-É a gente voltou a ser amigas

-Que bom – Sua voz estava chorosa – Bom, eu acho que você deveria ficar na sua e deixar que as coisas aconteçam naturalmente.

-Obrigada Bill, você sempre sabe o que dizer.

-Magina, agora eu tenho que desligar flor, tchau.

-tchau – Percebi como ele ficou triste em me ouvir falar da Nadine, coitado, está sofrendo tanto.

         Eu sai do banho e coloquei uma roupa simples e desci para jantar:

-Oi – Falei sentando em uma cadeira.

-Que bom que todos vocês estão aqui, eu e a Nanda temos uma novidade – Gab se levantou da cadeira e Nanda o acompanhou, levantaram o copo de refrigerante e falaram em coro: - Nós iremos nos casar! – Daí eu engasguei com o suco e meu pai com a comida.