Amor de Pai - RxHr escrita por Verônica Souza


Capítulo 39
Capítulo 39




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Hermione estava em um lugar parecido com um bosque. Tudo estava tranquilo, e não havia mais ninguém ali. Ouvia-se apenas o canto dos pássaros, e o barulho dos coelhos brancos correndo pelos campos. Hermione não saberia dizer onde era aquele lugar. Queria achar um jeito de sair dali, e voltar para casa.

– Um lugar muito bonito, não acha Senhorita Granger? – Ela ouviu uma voz conhecida, e não acreditou até virar-se e dar de cara com ele. – Oh, desculpe-me. Estou desacostumado. Seria... Senhora Weasley, não é? – Ele sorriu divertido.

– Professor Dumbledore? – Hermione olhou assustada.

– Acho que também tem que acostumar a me chamar apenas de Dumbledore. Não leciono mais. – Ele sorriu. – Mas acho que seria melhor, em minha opinião, se eu te chamasse apenas de Hermione.

Hermione apenas sorriu.

– Dumbledore... – Ela olhou em volta. – Onde estamos?

– Harry fez a mesma pergunta da ultima vez que nos encontramos. Eu realmente não sei onde ficam esses lugares, embora pareça que eu venho sempre por aqui.

– Não sabe? Então...

– Acho que há dúvidas maiores que você deseja saber, não é? – Ele sorriu.

– Bom... Algumas.

– Então... Sou todo ouvidos. Não é assim que dizem?

– É... Sim. – Ela sorriu. – Bem... Eu... Eu estou...?

– Hum, creio que não. Parece que finalmente descobrimos mais uma utilidade da pedra filosofal.

– Sim, eu estava com ela quando... – Ela parou de falar. Temeu que nunca mais pudesse voltar e ver sua família novamente. Imaginou como Rony e Mia estavam sofrendo. Sentiu um aperto no coração.

– Se não me engano, quando você segurou a pedra, ela criou uma barreira de proteção em você. Sendo assim, felizmente, a maldição não funcionou em você. E parece que, além disso, a pedra transferiu um grande poder para você. Tornou-te mais forte, Hermione.

– Então... Meus poderes podem estar mais fortes?

– Ah sim. Com certeza. – Ele sorriu. – Poucas vezes durante a minha vida, eu vi um amor de mãe como o seu. Foi muita coragem sua se arriscar. Mas me sinto no dever de dizer, que o que mais protege os seus filhos, não são apenas os seus poderes e o seu amor maternal, mas também os do Senhor Weasley.

– Rony?

– Ah sim... Parece que ele é muito preocupado com sua família e com seus filhos. Mesmo que ele não saiba, os poderes dele protegem os seus filhos. E fico orgulhoso em dizer, é uma proteção muito forte. Tão forte a ponto de que talvez... Nenhum mal possa atingi-los, enquanto vocês forem responsáveis por eles.

– Até completarem a maioridade.

– Exatamente.

Hermione abriu um largo sorriso.

– Acho que... Se quiser, a pedra deve ficar em proteção. – Ele abaixou a cabeça e olhou para a mão de Hermione, onde estava a pedra. Ela se assustou, não percebeu que ela estava ali antes.

– Sim... É claro. – Ela esticou a mão e a entregou para Dumbledore.

– Acho que agora aprendi que não se deve subestimar os alunos de Hogwarts, principalmente se tiverem sangue Weasley-Granger nas veias. Com certeza irei arrumar um jeito melhor de escondê-la.

Hermione riu, e deu uma ultima olhada pra a pedra.

– É tentador não é? – Ele olhou para a pedra. – Ter uma vida infinita, com muitos poderes.

– Talvez não seja tão bom assim. Não vejo como ser feliz, vendo todos que você ama partirem, enquanto você ainda tem a eternidade pela frente.

– Exatamente. Só um bruxo muito inteligente conseguiria resistir à pedra. Não imaginava menos de você, Hermione. – Ele sorriu. – Bom, acho que já está na hora de ir. – Ele olhou para o céu. – A realidade te aguarda.

– Isso foi um sonho? – Ela perguntou.

– Talvez sim, talvez não. Depende do que você acreditar. – Ele sorriu para ela. – Até mais, Senhora Weasley. – Ele piscou e saiu andando. Hermione continuou olhando para ele, até que ele parou e se virou. – Sabe... Quando eu era criança, tive uma grande amiga, que não me esqueço dela nunca. Seu nome era Rose. Acho um nome muito bonito, e combinava muito com a personalidade dela. Um nome forte. – Ele piscou para ela e se virou.

Hermione não entendeu porque ele quis dizer aquilo, até que sentiu algo. Colocou a mão sobre sua barriga e seus olhos encheram-se de lágrimas. Estava sentindo o bebê chutando. Ela olhou feliz para Dumbledore, mas ele já tinha desaparecido. Uma luz começava a cegá-la, até que ela finalmente fechou os olhos, como se estivesse adormecendo.

**

– Por favor, Senhor, tem que esperar lá fora. – A ajudante de Madame Alberta dizia para Rony que estava completamente alterado.

– Rony, é só por uns instantes! Depois você volta! – Harry ajudava a enfermeira, mas Rony era realmente muito teimoso.

– Eu já disse que não vou sair daqui enquanto ela não acordar.

– Mas já disseram que ela está bem Rony! Não tem que se preocupar.

– Harry, me solta. – Rony olhou para ele, e então Harry o soltou. – Por favor... Só alguns minutos. Prometo que saio depois. – Ele disse ofegante para ajudante. Ela olhou de relance para Harry, e ele afirmou com a cabeça.

– Está bem... Mas só alguns instantes! Depois tem que sair.

Rony sorriu e se apressou em ir até a cama de Hermione. Ele se sentou ao lado dela e segurou sua mão quente. Ele sorriu com o toque. Era reconfortante sentir Hermione tão viva.

– Graças à Mérlin você está bem... – Ele sussurrou passando a mão no rosto dela. – Me senti tão culpado... Não sabia o que fazer... Minha vida tinha acabado quando vi você no chão daquele jeito... Não sabia como ia continuar cuidando dos nossos filhos sem você. Acho que eu não conseguiria... – Ele abaixou a cabeça e sentiu Hermione apertando sua mão. Ele levantou o rosto e olhou para ela, que estava sorrindo olhando para ele.

– Tenho certeza que conseguiria. – Ela disse ainda sorrindo. Rony se levantou e a abraçou, lhe enchendo de beijos. Hermione riu retribuindo o abraço.

– Meu amor, eu estou tão feliz! – Ele disse animado com lágrimas nos olhos. – Você voltou para nós! – Ele sorriu.

– Sim! – Ela colocou a mão no rosto dele. – E não vou deixar vocês tão cedo.

– Assim espero. – Ele beijou a mão dela.

– Senhor... Tem que sair agora. Madame Alberta vai examiná-la uma ultima vez. – A ajudante se aproximou.

– Eu volto depois está bem? – Ele beijou a testa de Hermione e sorriu para ela. – Eu te amo. Muito.

– Eu também te amo. – Ela sorriu.

– É uma mulher de sorte. Seu marido é um homem muito bom, e se preocupa muito com você. – A ajudante se aproximou de Hermione sorrindo. – Ele chegou aqui transtornado, e não quis sair enquanto madame Alberta não garantiu que você estava bem.

– É... Ele é um marido maravilhoso. E um pai maravilhoso também. – Hermione sorriu lembrando-se do que Dumbledore lhe contou. Ela ainda não saberia dizer se tudo foi um sonho, ou se ela realmente esteve conversando com ele. Mas isso não importava. Ela estava de volta para sua família.

**

– Tudo bem. Agora coloque esse enfeite ali em cima. – Mia dava instruções para Jorge, que a ajudava com a decoração. Ele agitou sua varinha fazendo o enfeite ir para onde Mia havia indicado.

– Vê se não coloquem fogo nos enfeites como no aniversário de Vic. – Molly disse para os dois. Eles abafaram um riso. – Fred! Eu já disse que não quero essas coisas voando pela minha sala! Dá um grande trabalho limpar isso depois!

– Mas foi a Mia que deu a ideia. – Ralhou Fred.

– Ah... Então tudo bem querida. Não tem problema. – Molly sorriu para ela e saiu da sala.

– Injustiça! Se tivesse sido ideia nossa ela não teria concordado. – Fred reclamou.

– Mas foi ideia de vocês tio Fred. – Mia riu.

– Mas ela não precisa saber disso. – Jorge piscou para ela.

– Já está tudo pronto? Eles já devem estar chegando! – Gina entrou na sala com Tiago no colo. – Fred! Mamãe já disse várias vezes que não quer esse negócio pela casa!

– Mas foi ideia da Mia!

– Ah... Então tudo bem. – Ela sorriu e colocou Tiago no chão. – Mia, Tiffy está terminando de arrumar seus irmãos. Por que não vai até lá para ajudá-la? Seus pais já devem estar chegando.

– Sim tia Ginny. E vocês dois terminem isso logo! – Ela disse olhando para os tios e subiu a escada.

– Meu Deus! Criamos um monstro Fred. – Jorge disse abaixando a varinha.

– Arrumaram uma ótima chefe. Podem levá-la para a loja logo, logo! – Gina riu.

– Então Rony nos mata! – Fred disse. – E não queremos mais ninguém morto na família.

– Certo! Vamos nos posicionar. Eles já devem estar chegando. – Molly entrou correndo na sala com uma vasilha de salgadinhos. A colocou em cima da mesa, junto com as outras vinte vasilhas. Ela arrumou seu vestido, enquanto Senhor Weasley se posicionava ao lado dela. Fleur e Gui entraram na sala, seguidos por Victória e Teddy. Mia e Tiffy desceram com os gêmeos, e ficaram ao lado dos outros. Angelina, Katherine e Mirella terminaram de dar os últimos retoques na mesa farta. Harry e Sírius se posicionaram ao lado de suas respectivas esposas. A lareira se acendeu, e Rony saiu abraçado com Hermione. Todos aplaudiram e gritaram animados. Hermione olhou em volta emocionada. Rony sorriu e beijou a cabeça dela quando ela se aninhou em seu peito emocionada.

– Bem vinda de volta mãe! – Mia foi até ela, de mãos dadas com os gêmeos. Hermione se abaixou e abriu os braços para abraçar os filhos. Os três correram e pularam no colo dela, quase a sufocando com um abraço.

Depois da sessão abraço e de vários agradecimentos de Hermione, a comemoração finalmente começou. Hermione nunca pensou que ficaria tão aliviada em ouvir Molly dando broncas nos gêmeos, de Rony correndo para pegar Allan subindo em cima de um móvel, ou de Gina chamando a atenção de Harry por ele induzir Tiago a montar em uma vassoura de brinquedo que ele havia ganhado em seu aniversário de três anos. Era reconfortante ver a casa tão cheia e tão barulhenta. Hermione respirou fundo sorrindo, e colocou a mão em sua barriga, sentido-se mais uma vez, muito feliz por saber que seu bebê estava muito bem.

– Está tudo bem? – Harry se aproximou dela, lhe entregando um suco de abóbora.

– Sim, tudo está fantástico. – Ela sorriu ainda observando a família.

– É uma ótima sensação não é? Sentir-se vivo.

– Realmente.

– Só nós dois sabemos o quanto isso é maravilhoso.

– Nós três. – Ela colocou a mão em sua barriga, sorrindo.

– Ah, claro. Nós três. – Harry sorriu.

– Sabe Harry... Lembra-se de quando você nos contou, que na noite que Voldemort tentou te matar, você teve um sonho com Dumbledore?

– Sim, lembro.

– Eu tive o mesmo sonho.

– Mesmo?

– Mesmo. Não... Não sei exatamente se foi um sonho.

– Eu também não sei. Parece tão...

– Real. – Eles disseram juntos e riram. – E o que foi que ele lhe disse?

– Disse que em toda a vida dele, foram poucas vezes que ele viu uma mãe se sacrificar pelos seus filhos como eu me sacrifiquei. E aposto que uma delas foi sua mãe. – Ela sorriu para ele.

– Acho que minha mãe teria muito orgulho de você nesse momento. – Harry segurou a mão dela. – Assim como eu estou orgulhoso.

– Obrigada Harry. – Hermione sorriu. Harry beijou a testa dela e a abraçou, como sempre faz há mais de onze anos. Um abraço de irmão, de protetor.

– Posso aproveitar um tempo com minha esposa também? – Rony se aproximou sorrindo.

– Vou pensar no seu caso. – Harry brincou e soltou Hermione. – É toda sua. Literalmente. – Harry sorriu e se afastou, se juntando à Sírius do outro lado da sala.

– Está tudo bem? – Ele perguntou olhando para ela.

– Está tudo ótimo. – Sorriu.

– Que bom. – Ele beijou o rosto dela. – Você realmente é muito melhor do que eu imaginava. Uma esposa e mãe maravilhosa.

– Não sou tudo isso. – Ela sorriu envergonhada. – Apenas fiz o meu dever.

– O que poucas mães fazem hoje em dia. – Ele sorriu. – Agora sei que nossos filhos estão realmente protegidos.

– Pois fique sabendo que não sou eu que os protejo. – Hermione sorriu para ele, emocionada. – Você os protege.

– Como assim? – Perguntou confuso.

– Parece que sua preocupação e seu amor por nossos filhos é forte o bastante para protegê-los de praticamente todo o mal.

– Quem disse isso?

– Dumbledore.

– Dumbledore? Como assim? Quando ele te disse isso?

– É um pouco complicado pra você entender. É complicado até pra mim. Mas eu tenho certeza de que ele tem razão. – Ela segurou as mãos dele. – Estou orgulhosa de você Ron. Hoje eu sei que não poderia ter escolhido ninguém melhor como marido e pai dos meus filhos.

Rony não disse nada. Hermione soube que ele ainda estava digerindo toda aquela história. Mas isso não importava. Ela se orgulhava dele, e muito.

– Melhor voltarmos para a festa. – Hermione sorriu para ele, lhe beijando rapidamente. – Afinal, temos muito que comemorar.

– E como. – Ele sorriu para ela.

Os dois se aproximaram do resto do pessoal, e começaram a conversar. Ninguém tocou no assunto do incidente.

– E então Mione, já está pensando no nome para o bebê? – Mirella perguntou.

Hermione abriu um largo sorriso.

– Tenho um em mente. – Disse sorridente.


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Notas finais do capítulo

Tá acabando a primeira temporada gente :((( Mas a segunda já vem por aí!