Cartas de Amor escrita por Palavras Incertas


Capítulo 7
Objetivos traçados


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Tudo bem com vocês? Então, desculpa a demora, mas acontece que meu celular estragou, e como eu uso ele pra escrever a fanfic eu passei por um bloqueio de criatividade enorme, eu ainda estou sem ele, mas pelo menos a criatividade voltou. Ah, os comentários maravilhosos que alguns leitores deixaram ainda não foram respondidos porque meu computador também está com problemas e toda vez que eu tento responder não dá certo. Mas um agradecimento enorme para: Lua Stoll, Duncan Urban, Maah Nutella, MariAna , Uma filha de Atena, Daughter of Lighting e Ariel. Vou tentar responde-los agora, já que eu estou usando outro computador.Uma notícia feliz: finalmente estou de férias e vou tentar postar mais rápido.



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– Não ria de mim! Eu estou nervosa! - Annabeth me repreendeu, jogando algo na minha direção, que, para a felicidade dela, me acertou, mas que, para a minha sorte, era só um pano de prato, o qual ela usava para secar os copos enquanto eu colocava os mesmos na mesa.

Sua atitude e sua cara levemente infantil só me fez rir ainda mais, se antes eu tentava esconder minhas risadas, agora eu gargalhava abertamente. Eu não tinha culpa, o nervosismo dela me deixava feliz, mais feliz do que eu jamais estive depois do acidente. Talvez eu não devesse estar tão animado assim, mas eu estava e pretendia aproveitar esse momento. Então fiz a coisa mais sensata nessa situação: revidei, jogando o pano de volta na direção do rosto dela.

Tudo bem, confesso, provavelmente aquela não era a atitude mais lógica a se tomar, porém era, com certeza, a mais divertida. No entanto, antes que aquilo virasse uma guerra estúpida e infantil, a loira resolveu falar sobre suas preocupações.

– E se tudo der errado? E se não sair como eu planejei? Será que ela vai gostar do jantar?

Olhando para ela, pela luz fraca e alaranjada do fim da tarde que adentrava pela janela da cozinha, pude ver sua preocupação estampada em seu rosto delicado. Eu sabia que aconteceria novamente, aquele estado de torpor onde tudo que eu consigo enxergar é ela, é como um estado de graça, mas eu não poderia deixar me levar pelos pequenos detalhes que eu sempre notava nela, não poderia agir como o bobo apaixonado que eu, na verdade, era. Não poderia por aquele momento a perder a deixando constrangida, por isso me esforcei em encarar a parede de azulejos e responder sua pergunta.

– Vai dar tudo certo! Não tem com o que se preocupar! - Afirmei com convicção.

– Não tem com o que eu me preocupar? Percy você faz noção do que está dizendo? É claro que eu tenho que me preocupar! Ela é minha sogra! Basicamente toda nora quer ser aprovada pela sua sogra! Tem que estar tudo perfeito! E se ela não gostar de mim?

Não pude deixar de sorrir, agora sim eu estava completamente feliz, aliás, não sei se tinha como eu não me alegrar com aquelas palavras. Annabeth tinha acabado de chamar minha mãe de sogra e estava se esforçando muito para agradá-la. Ela queria ser aceita pela minha mãe, o que só poderia significar que talvez, mesmo que com possibilidades remotas, ela visse um futuro para nós. E também dizia que não era tão difícil para ela se enxergar como minha esposa.

Nós, era tudo o que eu repetia na minha cabeça. Eu tinha que fazer um esforço enorme para me conter e não gritar de felicidade. O que ela disse pode ter sido inconsciente, mas ela havia dito, aquelas palavras haviam saído de sua boca, me fazendo sentir o cara mais sortudo do mundo. Aquilo me deu esperanças para continuar lutando por ela.

– Annabeth, por favor, não se desespere, vai estar tudo perfeito. Fique tranquila, ela te adora. Nada vai sair errado.

– Você promete? - Minha esposa ainda queria uma confirmação.

– Prometo. - Respondi, completando com um beijo em sua bochecha. Talvez tenha sido um ato irracional e precipitado, mas eu não pude resistir, naquele momento eu sentia uma confiança enorme, como se nada pudesse me destruir, tirando eu mesmo, que sempre acabava fazendo besteira.

Não deixei que o clima ficasse estranho entre nós dois, sinceramente, não esperei nem pela reação de Annabeth, saí da cozinha com a desculpa de ir me arrumar, deixando-a encarregada de terminar de arrumar a mesa.

Passei muito tempo pensando sobre o que eu tinha feito, era só um simples gesto, só um simples beijo, só uma tentativa de consolação. Mas por outro lado poderia significar muitas coisas. Por um momento eu não queria nem saber qual seria sua reação, porém em outro um desejo ardente de saber o que ela tinha pensado na hora me consumia. Não vou negar, Annabeth me deixa confuso, ela tem esse poder sobre mim e sempre teve.

Um pouco de água quente me ajudou a tomar uma decisão importante, não iria mais tentar esconder o que sentia por Annabeth, não iria me abrir completamente, nem me declarar, nem a obrigar a tomar uma decisão, entretanto também não iria mais me manter afastado, não iria mais me negar o prazer de sua companhia. Ela é minha, eu a amo e deixarei que ela saiba disso, essas são minhas novas metas, fazer ela se apaixonar por mim, quantas vezes forem necessárias.

Quando sai do longo banho, com os pensamentos renovados e os objetivos traçados, me deparei com uma de minhas roupas já colocadas em cima da cama que eu vinha usando, mas antes mesmo que eu pudesse ao menos raciocinar sobre aquilo uma leve batida na porta do quarto se fez presente.

– Sim? – Indago, esperando por uma resposta.

– Percy, você se importaria de usar a roupa que eu separei pra você? – Minha esposa pergunta.

Já sei o que esperar das peças que ela escolheu, provavelmente algo que misture o formal com o casual, não me surpreenderia se eu encontrasse ali uma gravata. Normalmente eu não usaria algo assim para jantar com a minha mãe, mas ela está vindo visitar Annabeth pela primeira vez desde o acidente, então se a minha loira está tão disposta a agradar a minha mãe, não importo em ajuda-la com seus planos. Se ela ao menos soubesse o quanto é querida pela minha família, talvez não estivesse tão desesperada quanto está agora.

– Não é problema nenhum, - Respondo.

– Muito obrigada. – Annie agradece e eu quase posso ver os contornos de seu sorriso se formando do outro lado da porta.

Quando finalmente saí do quarto de visitas avistei Annabeth sentada alisando o vestido em um gesto frenético, era o modo dela aliviar a tensão, eu sabia disso, conhecia esse detalhe nela assim como sabia meu próprio nome. Ao me ver, inesperadamente, ela se levantou da poltrona em que estava sentada. Tudo o que posso dizer é que ela estava maravilhosa, que foi o que eu realmente disse.

– Você está linda. – Afirmei, analisando-a mais de perto.

– Você gostou? – Ela perguntou um tanto tímida e um pouco brincalhona, dando um giro rápido, fazendo seu vestido florido esvoaçar levemente.

– Eu adorei. – Confirmei.

– Obrigada. Você também não está nada mal.

– Obrigado, eu acho. – Agradeci confuso.

– Foi um elogio. – Annabeth praticamente sussurrou tais palavras antes de vir andando em minha direção e começar a ajustar corretamente minha gravata.

– Sou um caso perdido com gravatas. – Declarei, como se fosse um segredo.

– Acho que percebi isso. Mas para sua sorte eu estou aqui. – Ela afirmou convencida.

– Eu sou um cara de sorte. – Falei, me referindo à gravata, mas pensando internamente em como eu tinha sorte em tê-la ali comigo.

Antes que eu pudesse ouvir o que ela tinha para dizer sobre meu comentário ouvi o som estridente da campainha sendo tocada e o porteiro avisando que Sally Jackson estava subindo. Fiquei realmente animado com a notícia, já estava com saudades da minha mãe, porém ao meu lado pude perceber Annabeth se entregando ao nervosismo.

– Venha! Quero que conheça minha mãe. – Ofereci minha mão, a qual ela aceitou sem relutância, então a guiei até a mesa de jantar.


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Notas finais do capítulo

Então, foi isso, espero que tenham gostado. Não se esqueçam de me dizer o que acharam.
Beijos da autora...
Até o próximo capítulo....



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