The Ring Three escrita por Layla Heartfilia


Capítulo 3
Querido Diário


Notas iniciais do capítulo

Olá membros da família Morgan *u*
Vim deixar esse capítulo rapidinho só pra confundir um pouco a mente de vocês seus nindos



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Quando o sinal tocou, peguei meus cadernos e os enfiei na mochila, com pressa. Arya pediu para eu esperá-la já que achava que poderia apanhar de Selenne e Amber mas isso não iria acontecer pois tinha a possibilidade de quebrarem uma unha.

–Onde fica sua casa? - ela me perguntou quando já havíamos passado pelos Portões do Inferno (mais conhecido como escola).

–Não muito longe, é só seguir reto - respondi.

–A minha também - Arya sorriu.

Lembrei-me da foto e abri a mochila procurando pela minha câmera.

–Arya - chamei e ela me olhou com os olhos semi-cerrados, o sol batendo no rosto pálido.

Ela deu um sorriso e eu apertei o botão, soltando um flash dedesnecessário pois não estava escuro.

–O que faz com todas essas fotografias? - perguntou.

–Eu guardo, já que muitas vezes as revelo.

Continuamos andando sem dizer uma palavra. Era engraçado o fato de ter acabado de conhecê-la e sentir como se fôssemos amigos há muito tempo. Só havia uma coisa até agora que eu não gostava em Arya: o sobrenome Morgan.

–Chegamos - ela disse apontando para uma casa amarelo-clara.

–Sério? Somos vizinhos? - falei irônico e nós rimos.

–Parece que vou te atormentar por um bom tempo - falou, e eu não duvidava. Achava assustadora sua semelhança com Samara já que não eram primas de sangue.

–Até amanhã - despediu-se acenando.

–Até - falei e ela entrou em casa.

P.O.V. Arya

Entrei em casa e ouvi o familiar som do violino da minha mãe. Valsa em Sol Menor. Várias partituras estavam espalhadas pelo chão, inclusive as minhas.

Joguei a mochila no sofá e fui para a cozinha tropeçando nas caixas e objetos jogados pela casa. Peguei um pacote de bolacha recheada de chocolate e subi as escadas. A medida que chegava perto do quarto dos meus pais a música ficava mais alta.

Mamãe estava sentada na cama bagunçada, distraída. Assim que me viu parou de tocar.

–Continue! Gosto de te ouvir tocar! - falei e ela deu um sorriso.

–Como foi a aula? - perguntou.

–Legal. Conheci um menino chamado Aidan, ele é meio em o mas é o único que foi legal comigo - me sentei ao seu lado. - É nosso vizinho.

–Bom saber que fez amigos.

–Não mãe, você colocou aí um plural que não existe - falei e ela riu. - Mas de qualquer forma já é melhor do que ficar sozinha.

–O que achou dos professores?

–Não sei, eu dormi mais da metade da aula.

–ARYA!

Eu RI e dei de ombros.

–Seu pai ligou, está preocupado porque te deixei ir sozinha pra escola.

Revirei os olhos e dei um suspiro.

–Por que ele é sempre tão chato? Já tenho dezesseis anos, posso ir sozinha pra onde eu bem entender!

Minha mãe levantou e deixou o violino na cama.

–Fale isso pra ele! - ela riu e começou a retirar coisas de caixas que pareciam não esvaziar nunca. - Por que não vai arrumar o seu quarto?

–Ah, já vou - respondi meio distraída.

Fui para o que deveria ser o meu quarto mas que por enquanto era só um quadrado com duas janelas, uma porta, uma cama, um piano e trilhões de caixas, pequenas, grandes, médias, gigantescas e minúsculas.

As paredes tinham a textura parecida com a de um tapete e tinham a cor de um rosa envelhecido com listras verde-aguá. O chão de madeira rangia a cada passo que eu dava e isso era um tanto irritante.

Sentei na cama e comecei pelas caixas menores. Perfumes, bibelôs de anjos e gatos e uma caixinha de música em formato de carrossel que eu havia pego no dia do velório do tio Richard. Nunca contei aos meus pais sobre isso e nem o quanto eu sabia sobre a minha história.

Deixei os objetos pequenos em cima da cama para não correr o risco de pisar neles enquanto arrumava o resto das coisas. Arrastai o piano para o lado da cama com muita dificuldade e o deixei de frente para uma das janelas.

Me lembrei do meu diário, não me recordava de tê-lo colocado junto da mudança. Droga!

Comecei a revirar caixa por caixa, sem me importar se algo poderia quebrar. Sentei no chão para pensar nos lugares que ainda não tinha procurado.

Olhei debaixo da cama mas estava escuro para eu conseguir enxergar algo. Tateei pelo chão e coloquei a mão no que parecia ser um caderno e quando puxei lá estava: meu diário com a capa preta de couro sintético e uma lua minguante prateada estampada na frente. Suspirei de alívio e abri na última coisa que havia escrito, era de uma semana atrás.

07 de outubro

Querido diário,

Mamãe e papai resolveram se mudar novamente. Tudo por causa do trabalho, parece que meu pai só pensa nisso.

Eles ainda não sabem que eu já descobri tudo, inclusive quem é minha mãe biológica. É claro que isso não muda muita coisa, sempre vou considerar Atena e Roderick meus verdadeiros pais.

Ainda tenho aquelas coisas que peguei na casa do tio Richard no dia do seu velório. Não foi bem um roubo, pois ele está morto. Tia Anna também. E Samara.

Falando em Samara, preciso arrumar um vídeo cassete para assistir as fitas que consegui junto da caixa de música mas acho que vai ser meio dificil, hoje em dia as pessoas só fabricam e usam o DVD.

Mas vou achar um jeito de assistir às fitas e libertar Samara, eu sei tudo o que aconteceu, ela me contou. Sei que devo libertá-la e ajudá-la, pelo menos me parece a coisa certa a fazer.

Afinal, somos irmãs e irmãs ajudam umas às outras, certo?

Arya M. Black


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Notas finais do capítulo

E chegamos ao fim desse capítulo *--*
Gente, se vocês puderem comentar melhor porque pelo menos eu vou saber que não estou escrevendo para fantasminhas da família Morgan.
Enfim... Até o próximo capítulo pessoal e espero que estejam gostando.
Beijos da tia Eruk's ;*



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