A Filha das Trevas (LIVRO 1 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 37
Capítulo Trinta e Sete


Notas iniciais do capítulo

Espero que se divirtam.



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Belinda sorriu para o moreno e se jogou ao seu lado, Taylor fechou o livro de Poções e a encarou.
–Demorei? –Questionou ela com um sorriso.
–O dia que você chegar no horário será milagre. –Ela riu.
–Não posso discordar, pontualidade não é um de meus pontos fortes. –O sorriso aberto nos lábios do rapaz era calmo e divertido.
–Não mesmo.
–E então, o que vamos fazer? Estou entediada e aberta a sugestões.
–O que acha de um jogo de Quadribol amigável?
–Corvinal contra Grifinória?
–Não exatamente. –Ele fez uma caretinha. –Pelo que já percebi você tem amigos de todas as casas.
–Isso é verdade. –Sorriu.
–Vamos misturar e ver no que dá.
–Você tá tão amável, me diz logo, o que quer? –Perguntou ela se colocando de pé e ele riu.
–Eu não to querendo nada, relaxa.
–Não sei não. –Ele passou o braço pelos ombros dela.
–Tanta desconfiança, Lestrange, assim até me magoa.
–Até parece. –Bufou e ele riu.
–Vamos falar com a McGonagall e depois vai chamar sua turma que eu chamo a minha.
Os dois caminharam entre conversas e brincadeiras até a sala da Vice-Diretora.
–Boa tarde professora McGonagall. –Belinda cumprimentou.
–Senhorita Lestrange, senhor Parker. –Cumprimentou a mulher mais velha. –O que os trás aqui?
–Gostaríamos de pedir permissão pra usar a quadra de Quadribol para um jogo amigável. –Ty anunciou e ela encarou os jovens por cima das lentes de seus óculos, que estava na ponta do nariz.
–Quais casas irão jogar?
–Na verdade iremos misturar as casas, professora. –Belinda deu um pequeno sorriso. –Iremos chamar alguns amigos da Sonserina e de nossas Casas Comunais.
–E acham que isso dará certo?
–Sim senhora. –Taylor garantiu. –Iremos manter a ordem.
Belinda notou que a convicção do rapaz fora inabalável.
–Assim espero. –Fora tudo o que disse. –Agora vão, tenho alguns trabalhos a organizar.
–Obrigada professora. –Lestrange agradeceu e logo os dois corriam para fora da sala.
–Nos encontramos em quarenta minutos na quadra? –Perguntou o rapaz.
–Talvez eu precise de uns minutinhos a mais, pra juntar todo mundo. –Ponderou. –Em uma hora.
–Até lá então.

Belinda e os amigos entraram no campo, Tayner ria tranquilamente enquanto armava uma pegadinha para Murilo, que ainda estava desaparecido com a garota da Corvinal, com os gêmeos. Lestrange prendeu o cabelo em um rabo de cavalo, o dia estava frio e a neve caia em pequenos flocos prateados, calma e preguiçosa, era uma bela visão.
Belinda viu o grupo de Taylor se aproximar, assim como seus amigos todos estavam com uniformes de inverno e o mais protegidos possível do frio.
–Quem vai servir como apanhador do seu time, Lestrange? –Taylor perguntou.
–Tayner, Daniel e Ginny serão artilheiros. –Os três riram. –Os gêmeos vão continuar como batedores, eu vou como apanhadora e Marcos será nosso goleiro.
–Você vai ser apanhadora, é? –Ty provocou.
–Se eu for batedora, vou acabar derrubado você da vassoura, queridinho. –Ela jogou um beijinho de brincadeira. –E seu rosto é bonitinho demais pra ser deformado. –Zombou e a turma começou a rir.
–Certo, vamos igualar as coisas Lestrange. –Sorriu o moreno. –Vou ficar como apanhador do meu time também. –Ela sorriu pra ele. –Jonathan, Flavinha e Padma serão artilheiros. –Belinda encarou Jonathan, o rapaz lindamente negro, mais alto que Taylor e de incríveis olhos negros, era o mesmo que zombara que Ty estava interessado nela na noite que ela invadiu a sala da professora Sinistra. –Marina e Zack serão os batedores. E como goleiro o Mett.
–Que vença o melhor time, Ty. –Sorriu a menina e ele rolou os olhos.
–Pode deixar, nós vamos vencer. –Os amigos de Lestrange gargalharam.
–Chegamos atrasados? –Dino perguntou sorrindo, ao seu lado estava Hermione.
–Eu ia convidar o Harry e o Ron, mas não sei onde eles se enfiaram. –Bufou a castanha.
–Ótimo, a Mione é a juíza, é a pessoa mais honesta que tá aqui no meio. –Belinda disse rindo.
–Mas é da sua Casa Comunal. –Marina acusou, não parecendo gostar de ter que falar com Lestrange, que riu.
–Bem, vocês podem escolher também, mas novamente, Hermione é a pessoa mais honesta que tá aqui nesse campo hoje.
–Que seja ela então. –Jonathan sorriu e Marina bufou.
–Que seja. –Disse a loira e Belinda rolou os olhos.
–Então Mi, é com você. –Marcos comentou e ela assentiu.
–Embora Hermione não jogue, já leu os livros de Quadribol e sabe as regras. Dino vai ajuda-lo, feito? –Todos concordaram.
Os amigos de Belinda riam cheios de deboche do outro time, mas todos pareciam em um bom clima.
–Quero ver ele comemorar quando o fizermos cair da vassoura de cara no chão. –Ginny sorriu e bateu o punho com o de Bell.
–Eu vou me divertir e dar boas gargalhadas, pode apostar. –Disse Belinda, amarrando a bandana laranja no braço, por cima da camisa, assim como o resto de seu time.
–Agora saquei porque se interessou pela Leoazinha, ela é feroz. –Zombou Jonathan e Belinda viu Ty o encarar como se para mata-lo.
–Ele se interessou, foi? –Ela sorriu e encarou Taylor descaradamente.
–Cala a boca e vamos jogar, Lestrange.
–Ele ainda não tinha dito? –Jonathan questionou em tom conspiratório, sorriu abertamente pra ela e se apoiou no amigo.
Belinda viu Taylor se mexer rapidamente e dar uma rasteira no rapaz ao seu lado, Jonathan caiu de cara no gelo, o que fez todos ao redor começaram a rir.
–Filho da...
–Olha a boca, ela é tua madrinha, porra. –Belinda gargalhou.
–Vocês parecem duas crianças. –Marina implicou.
–Nos deixe ser felizes, Ma. –Jonathan falou rindo e jogando um punhado de gelo no amigo.
A loira de olhos castanhos com quem Jonathan falara, não parecia muito satisfeita com a proximidade que os dois rapazes estavam de Belinda.
–Você vai enrolar durante quanto tempo pra amarrar a porra dessa faixa no seu braço? –Belinda questionou Ty, que ainda lutava pra amarrar a bandana.
–Se tá tão incomodada, vem dar uma ajuda. –Provocou ele e ela riu.
Belinda atravessou os poucos passos que os separava e pegou o lenço roxo, o que o fez rir.
–Tá com tanta pressa de perder, Bell?
–Não, estou com pressa de derrotar você. –Deu mais um nó e sorriu. –É bem diferente.
–Você é irritante, sabia?
–Você costuma falar muito isso.
Taylor riu e deu um rápido beijo nos lábios da menina.
–Só digo a verdade.
–Idiota. –Disse ela rindo.
–Beijando o inimigo, Ty? –Flávia zombou. Flavinha como Ty chamara, era uma garota quase da altura de Bell, morena, de olhos cor de mel e cabelos extremamente cacheados e negros.
–É sempre bom desejar boa sorte pros adversários, Flavinha.
–Claro, é um belo de boa sorte. –Riu ela. –Tenho certeza que qualquer um aceita.
–Não dá pra recusar, vai? –Bell sorriu pra menina, que riu tranquilamente.
–Vamos parar de putaria e vamos derrota-los, Lestrange! –Marcos chamou e a menina riu.
–Com prazer! –Disse rindo.
Os times estavam posicionados em suas vassouras e Bell sorriu ao ver Dino libertar a Goles, os Balaços e o Pomo de Ouro.
Belinda mal vira o Pomo de Ouro quando notou um balaço vindo em sua direção, a menina deu um rasante e encarou a loira que tentara lhe atingir.
–Desculpa florzinha, mas vai ter que ser melhor que isso pra me deter. –Lhe deu uma piscadela e jogou um beijinho.
Lestrange sabia que não era uma boa ideia provocar a garota e que ela provavelmente passaria o jogo todo tentando lhe acertar o balaço, mas ela adorou ver a loira ficar vermelha de raiva e ciúmes. Era notório que a garota gostava de Taylor e estava furiosa por Belinda ter sua atenção.
–Você adora provocar, né? –Ty brincou ali ao lado. Tão atento ao Pomo quanto ela.
–Eu nem comecei ainda. –Sorriu de lado. –Saberá quando eu começar a provocar.
Taylor ia falar algo, mas eles avistaram o Pomo de Ouro e os dois voaram rapidamente pra ele. Belinda viu o rapaz se aproximar e se jogou contra ele, os dois ficaram lado a lado.
–Sabia que nessa posição que estamos eu posso te derrubar? –Questionou ele e ela riu, ainda sem tirarem os olhos do Pomo.
–Saiba que você virá junto comigo. –Ele riu.
Belinda baixou a ponta da vassoura e desceu rapidamente, Ty a seguiu de perto. O Pomo parecia dançar em sua frente, como se a provocasse a tentar agarra-lo, mas era possível ver que ainda não dava pra fazê-lo. Belinda viu pelo canto do olho Ty se defender de um balaço, que viera consequentemente pra ela, mas fora tão rápido que não lhe deu tempo pra uma defesa eficiente, o balaço acertou a parte de trás de seu ombro direito e isso a impulsionou pra frente, quase a levando para o chão.
–Porra! –Xingou ela.
Taylor parece ter saído ileso, o contrario dela, que parecia ter tido o ombro pisoteado por um Troll desgovernado.
–Tá legal? –Ty questionou rindo.
–Só depois que eu pegar esse Pomo de Ouro.
Cinco minutos mais tarde, Belinda caíra junto com Taylor das vassouras, onde ela realmente pegara o Pomo de Ouro e caiu por cima dele, não sem machucar mais o ombro e uma provável torção no pulso esquerdo, que quase a faz deixar o Pomo cair no chão. Belinda rolou para o lado do rapaz.
–Você tá legal? –Ele quis saber.
–Acho que sim e você?
–Torci o pé, mas vou sobreviver. –Ela riu minimamente.
–É bom mesmo.
–Preocupada?
–Bem, até onde sei é você quem tá interessado em mim.
–Calada Lestrange.
–Aê! –Ginny comemorou, descendo da vassoura e se aproximando da amiga. –Quantos ossos quebrados?
–Porra, eu realmente prefiro ser batedora. –Resmungou Lestrange e deu o Pomo pra ruiva. –A gente se quebra, mas quebra as pessoas também. –Os amigos riram e Ginny a colocou de pé.
–O importante é que nós ganhamos.
–Vamos querer revanche. –Jonathan esclareceu.
–Revanche? –Bell zombou. –Tá mais fácil querer perder novamente. Cuidado que vai acabar ficando feio pra vocês.
–Até parece. –Ty se colocou de pé com a ajuda do amigo e colocou se peso no apoio que Jonathan lhe oferecia.
Todos zombavam enquanto iam para a enfermaria, Belinda estava sendo carregada por Freddie enquanto dramatizava a dor no pulso e ombro, mas todos sabiam que era mais encenação e brincadeira do que dor. Hermione usara alguma magia que amenizou a dor da menina, de Taylor e Tayner, que fora atingido e quebrara o braço em duas partes diferentes.
Belinda sabia que apesar dos machucados, havia sido um dia divertido, quando estava saindo da enfermaria, encontrou Draco que a encarou de cenho franzido e ela se aproximou com um sorriso.
–Que merda aconteceu?
–Cai da vassoura em um jogo de Quadribol.
–Tá parecendo que foi atropelada, isso sim.
–Foda-se. –Ele sorriu.
–Você é insuportável. –Bagunçou os cabelos da menina e foi embora.
–Idiota! –Berrou ela e ele a ignorou.
Belinda sorriu, sim, fora um dia divertido.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Espero que sim.
Beijos e até o próximo capítulo.