A Filha das Trevas (LIVRO 1 - COMPLETO) escrita por Ally Faro


Capítulo 36
Capítulo Trinta e Seis


Notas iniciais do capítulo

Espero que se divirtam.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/483398/chapter/36

Capitulo Trinta e Seis

Lestrange olhou em volta da masmorra circular, era um lugar calmo, afastado e bonito. O teto alto e claro parecia pedir por aquilo, a janela de vidro que ia do teto ao chão mostrava a Floresta Proibida. A menina se jogou na perna de Murilo, que a encarou de cenho franzido.
–O que você quer? –Questionou ele.
–Por que acha que quero algo?
–Você tá sendo carinhosa demais. –Acusou e ela riu.
–Porra, quando sou chata você reclama, quando sou legal reclama também?
–É que não dá pra simplesmente confiar em você quando tá assim. –Esclareceu. –A última vez que fiz isso, você e os ruivos me fizeram de cobaia pras vomitilhas. –A lembrança fez a menina gargalhar.
–Os meninos já disseram que é assim que provamos nosso amor.
–Vocês são doidos, isso sim. –Ela riu.
–Mas onde estão os outros?
–Freddie e Marcos foram pegar comida na cozinha e George buscar o Douglas e o Daniel.
–Isso que é um medo de deixar os gêmeos irem pegar comida sozinhos.
–Até parece que você confiaria em comer algo que eles trouxeram sem que nós víssemos.
–Nem fodendo. –Disse ela aos risos.
–Isso é falta de confiança, sabia? –A menina deu de ombros.
–Você confiaria?
–Mas fácil eu confiar em alguém preso em Azkaban. –O comentário à fez gargalhar novamente.
–Louco.
–Somos todos, não é?
–Algo o qual tenho que concordar plenamente.
Murilo deu um sorriso de canto. Belinda ainda conseguia lembrar a primeira vez que conversara seriamente com o rapaz, ela estava furiosa com Malfoy e ele se sentou ao seu lado na Sala Comunal da Grifinória no meio da madrugada, conversaram até quase o sol nascer, foi ali que ela começara a olhar para ele com um verdadeiro amigo e talvez estivesse certa, com todos tivera um momento exato o qual fez a amizade deles nascer, podem ter se conhecido no Expresso Hogwarts em seu primeiro dia, podem ter brincado e rido juntos, mas para ter amizade de verdade aconteceram pequenas coisas que fizeram compor um todo.
Lestrange encarou os olhos claros do rapaz e sorriu, o cabelo estava pouca coisa maior e com a luz que entrava pela janela parecia mais claro que o comum.
–Você tá babando, Lestrange. –Zombou ele e ela riu.
–Quando quero algo eu não fico só babando, Mu, você sabe disso. –Ela deu um sorriso de canto. –Eu costumo pegar o que quero.
–Que orgulho. –Disse ele colando uma mão sobre o peito e com a outra fingiu secar uma lágrima.
–Você não vale porra nenhuma.
–E por isso você me ama. –Ela suspirou.
–Talvez. –Ele a encarou com a sobrancelha arqueada e com seu típico sorriso maldoso.
–Sem essa de talvez, eu sei.
–Convencido demais.
–Me diga se estou errado.
–Cala a boca, idiota. –Ele gargalhou.
–Acho que tem um leão se engasgando aqui. –Freddie comentou ao entrar no lugar.
Belinda encarou os gêmeos e os outros três rapazes se acomodarem em um circulo e colocar bolinhos, sucos e alguns pasteis no meio.
–Eu já disse hoje que amo vocês? –Questionou ela sentando e puxando o bolo de caldeirão.
–Só porque a gente trouxe comida. –Daniel bufou.
–O que mais você queria, Daniel Henri Olivier?
–Pra que chamar a porra do nome todo? –Ele arregalou os olhos de brincadeira. –O que eu te fiz, cara?
–Nasceu. –Disse ela rindo.
–Ai não foi culpa minha. –Disse rindo e pegando uma tortinha de morango. –Eu era só um espermatozoide que não sabia o que tava fazendo, vi todo mundo passar correndo e fui atrás, ai quando me dei conta do que era aquela corrida já era tarde.
–Babaca. –Murilo xingou, mas ria assim como todos os outros.
Todos se serviram e comeram enquanto conversavam amenidades e riam, até que Freddie se jogou na perna de Lestrange.
–Certo. –George chamou, já puxando sua mochila. –Agora vamos aos negócios.
–Quem aqui foi pego? –Doug quis saber.
–Depende de em que sentido. –Daniel falou encarando o amigo.
–Se tiver sido visto por um professor ou algo assim no local, paga meio galeão. –Douglas decidiu. –Um galeão quem foi levado à diretoria.
–E se foi levado à diretoria, mas ninguém tem prova que roubamos algo? –Murilo quis saber.
–Ou se fomos só pra ajudar um filho da puta que foi pego pelo Filch? –Marcos perguntou e Belinda riu.
–Meio galeão. –Disse Freddie rindo.
–Então vamos lá. –George puxou o livro de capa dura marrom e aparência antiga. –Aqui está, o livro da professora Vector.
Belinda puxou o livro e o abriu, verificando a veracidade do objeto, depois sorriu e devolveu para o ruivo. Logo puxando o mapa da sua própria mochila.
–O mapa da professora Sinistra. –Ela entregou para Murilo, que o abriu para verificação de todos. –Quase fui pega quando sai. –Riu com a lembrança. –Eu tava saindo do corredor quando ouvi vozes, por sorte tem um lugarzinho seguro lá perto. –Os meninos riram.
–Toma. –Murilo devolveu e logo entregou o pergaminho de rúnas francesas para Douglas, que sorriu. –Fui pego pelo Filch quando tava saindo da sala da Babbling. –Bufou. –Mas a Bell e o Coren me ajudaram a esconder o pergaminho, só fui acusado pelo suposto roubo de um livro. –Deu de ombros.
–E o que Dumbledore fez? –Belinda quis saber.
–Chamou a professora Babbling e disse que peguei o livro em questão, mas questionou o motivo de alguém ser punido por buscar conhecimento. –Suspirou. –Ai ele ia me liberar, mas graças ao maldito Zelador, vou ter que passar a semana polindo a prataria do castelo, com mais dois alunos da Lufa-Lufa e um da Sonserina. –Murilo bufou. –Todo dia, das 17h às 22h. Sabe qual a pior parte? –Ele encarou os amigos.
–Qual mano? –Douglas perguntou, mas gargalhava.
–Vai tomar no cu. –Mandou Murilo e só fez o loiro rir mais. –Ter que aguentar o Filch todo dia me infernizando a vida. –Falou de qualquer forma. –Vou acabar jogando a prataria naquele cara.
–Soterra ele de baixo de toda aquela prata e diz que foi sem querer. –Freddie disse rindo e Douglas devolveu o pergaminho para Pucci.
–Eu entre e sai sem ser visto. –Anunciou o loiro passando a Losna para Freddie. –Então não devo nada pra vocês.
–Somos dois então. –Freddie sorriu ao devolver a Losna e passou o walkman para Marcos.
–Eu fui pego por causa desse viadinho do Murilo. –Bufou, ainda verificando o aparelhinho, o qual Belinda pegou de sua mão e analisou com cuidado.
–O que exatamente isso faz? –Quis saber ela.
–Nunca tinha visto um desses? –Murilo questionou.
–Vivo com os Malfoy, nada de coisas Trouxas. –Bufou.
–A gente coloca a fita aqui. –Disse ele apertando em um dos botões e a portinha abriu, Murilo sorriu. –Tem fones de ouvido, ai escutamos música ou gravamos o que as pessoas estão falando.
–É útil pra aula da Sibila então. –Disse ela. –Quase nunca presto atenção naquela aula. –Bufou ela devolvendo o aparelho para Freddie e os meninos riram. –Mas sim, continua Marcos.
–Obrigado. –Disse ele cheio de deboche e ela riu, enquanto ele passava o chifre para Daniel, que o pegou com interesse, todos queriam pelo menos um pedaço de algo como um chifre de unicórnio. –Eu o peguei sem problema e guardei, mas ai depois de estar voltando para o Salão Principal fui pego pelo Filch, porque tropecei sem quere nele. –Disse com um sorriso cínico.
–Se aquilo foi sem querer, eu sou um patinho lilás. –Murilo riu.
–Rosa combina mais com você.
–Vai se foder, mano. –Aquilo fez os outros rirem.
–Mas você fez o Filch se machucar? –George questionou com interesse.
–Ele tá mancando mais que o normal. –Respondeu rindo.
–Quem concorda que o Marcos, por ter machucado o Filch, não precisa pagar? –Freddie pediu a votação e todo mundo ergueu a mão, o que os fez gargalhar.
–E você, Dan? –Belinda encarou o rapaz que acabara de devolver o chifre de unicórnio.
–Eu encontrei nossa querida e amada professora Sibila Trelawney quando ainda estava na sala dela. –Sorriu e mostrou a bola de cristal, a qual Belinda pegou antes de qualquer um. –Mas joguei meu charme e ela nem desconfiou que peguei isso.
–Conta isso direito. –Murilo mandou.
Daniel sorriu e começou a narrar como pegara a bola de cristal na sala da professora Trelawney, de como a convencera que só estava ali por precisar de uma bola de cristal para um trabalho, porém omitiu sua despedida com a professora de Adivinhação.
–Você é o cara mais cínico e filho da mãe que conheço. –Belinda riu.
–Dá licença, eu sou foda.
–Não. –Murilo sorriu. –Você só é filho da puta mesmo.
–Só tá com inveja porque fui mais inteligente.
–Foda-se quem foi mais inteligente. –Belinda sorriu. –Os dois vão ter que pagar pra todo mundo. Dan pagará meio galão pra cada e Mu um galeão inteiro.
–Vocês vão acabar me falindo um dia. –Zombou Daniel.
–Ninguém mandou você apostar. –Murilo implicou.
–Vai se foder. –Mandou o outro.
–Assim que eu sair daqui, mano.
–Como assim? –Belinda se meteu e ele riu.
–Bem, minha detenção é só mais tarde, já esta quase acabando a hora do almoço e vou matar a metade do dia. –Sorriu.
–Quem é a vitima?
–Vitima? –Ele a encarou, dando um sorriso maroto. –Ela quer também minha querida.
–Ainda assim tenho pena da pobre coitada que caiu em suas cantadas baratas.
–Bem, conheço um Corvinal idiota que caiu no seu papo também. –Ela sorriu.
–Estamos empatados então.
–Bom que você sabe. –Ela sorriu e se colou de pé.
–Falando nele, marquei de me encontrar antes do fim do almoço com ele. –Sorriu e vestiu novamente a capa da Grifinória. –Então até mais pra vocês.
–Se ele usar mão boba, corte a mão dele fora! –Mandou Murilo quando ela estava na porta, o que a fez rir.
–Se ele usar mão boba, o problema é meu! –O grupo de rapazes ficou gargalhando enquanto ela sumia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai?
Curtiram?