Gêmeas Em Chamas. escrita por giovanacanedo


Capítulo 22
Os jogos realmente começam.


Notas iniciais do capítulo

Ops, eu de novo.



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POV Katniss:

— Acorda, Clove! - eu disse puxando o cobertor dela.

— Cacete! O que foi? Sermão da nossa mãe agora, não!

— Ah, nem me fale! Ouvi o voo inteiro da capital pra cá. Sorte sua que você pegou o voo antes.

— Resume.

— Johanna recebeu uma mensagem pra esse link. É viral.

— Merda, até aqui eu não vou ter sossego.

— Como a notícia que você estragou a festa do casamento do papai se espalhou tão rápido? Normalmente essas fofocas da capital passam despercebidas nos distritos...

— Jura?

— Ah, Glimmer! Bem a cara dela!

— Você acha mesmo que a Glimmer perde tempo olhando o site do jornal do distrito 12? A maioria das notícias é sobre política, agricultura, crimes, economia, blablabla. A coluna social e de  fofocas tem um espaço bem pequeno, passa despercebida. Ao contrário da capital que se promove com sensacionalismo. Glimmer só repassa o que passam pra ela.

— E quem foi então?

— Quem daqui é louco por notícias constrangedoras alheias?

— O louco dos segredos...

— Que revanche idiota.

— A escola vai encher você de perguntas e piadinhas. Esses idiotas querem que você perca a cabeça de novo.

— Como se fossem conseguir! Se Marvel repetisse o que ele disse agora, eu só riria da cara de paspalho dele. Já aprendi a ouvir o que me tira do sério, e dessa vez, não será minha cabeça que vai rolar. Mas o que a maioria provavelmente vai vir me dizer é que eu não devo ter gostado dele ter dito algo sobre o meu visual... pavônico!

— Eles devem achar que você vai chegar de boné e óculos escuro pra passar despercebida.

— Faço questão de aparecer com rabo de cavalo pra deixar meu rosto bem a mostra.

— Finnick Odair vai querer morrer vendo você ligar o foda-se!

— Eles subestimam demais a capacidade de... superação.

Dei um sorriso meio fraco. Mas Clove já tinha voltado a dormir. Fui para o meu quarto. Que bom que Marvel não disse nada sobre aquilo pra Clove. Por mais que Clove tivesse sofrido com aquelas palavras de Marvel, poderia ser muito pior. Não sei como Clove reagiria se soubesse. Eu escondo algumas coisas dela, mas isso... isso é pesado e doloroso demais. Talvez nossa relação nunca mais seria a mesma se ela soubesse o que eu escondi e ainda escondo dela e da nossa família.

POV Johanna:

— Obrigada por deixar eu dormir aqui, lá está muito...

— Tudo bem, Annie. Minha mãe vai notar a sua presença tanto quanto nota a minha, hahaha!

— Eu não quero incomodar, Johanna. É porque é realmente horrível ficar lá sozinha. Mas logo dou meu jeito e arrumo um outro lugar.

— Que isso Annie! Nem pensar, pode ficar aqui até a gente ficar de maior! ... o pior mesmo de ficar aqui é o nosso vizinho. O ignorante do Gale.

— E os pais dele?

— Ah, os pais deles são uns amores. A mãe dele é bipolar. Mas é muito gentil, ela gosta de jardinagem também. Ela vem aqui me ajudar com o jardim aqui de casa. O pai do Gale ama ela. É impressionante, bom, pra você nem tanto assim.

— Sabe, Johanna, eu vou querer ser médica. Quero ajudar os outros como ajudei minha avó.

— Você vai ser uma médica foda, Annie!

POV Cato:

— Parece que todo mundo recebeu a mensagem e já virou fofoca. É amanhã que essa Clove perde a pose! - disse Gale.

— Cai do cavalo! - disse Finnick.

— É destronada! - disse Peeta.

Eu estava de costas sentado olhando a rua. Não queria saber da vingança deles.

— Ei, Cato! Faltou você! - disse Finnick.

— Isso é tão, mas tão desnecessário. - eu disse.

— Nem é, a gente tá se vingando pelo grupo inteiro. - Peeta disse.

— Então são só vocês, porque eu não me senti ofendido. Ela só botou um medo de mentira.

— Esquece o Cato, gente. Ele não é mais o mesmo faz muuuuito tempo. - Gale disse.

— Já que vocês estão se divertindo demais no celular, vou pra corrida sozinho, menos concorrentes, melhor. - eu disse.

— Nem pensar! Eu quero ir só pra vencer. Faz tempo que eu não venço. - Finnick disse.

Todos nós fomos imediatamente pra lá.

— Nossa, isso aqui tá lotado hoje... - disse Peeta.

— Espero que dessa o título não fique para nenhum anônimo aparecido. - disse Gale.

— Relaxa, a bandeira de hoje é minha. Não se preocupem, sempre há próximas chances! - Finnick disse.

— Foi mal, Finnick, mas hoje todo mundo quer vencer. - Peeta disse.

— Droga, pena que tenho que ficar sóbrio! - Gale disse.

— Por mim você já pode beber todas Gale, aproveita e distribui pros outros competidores. - Finnick disse num tom de grosseria.

Começamos a nos aprontar e por os capacetes. Eram quase 20 motociclistas ao todo competindo.

A largada foi dada e disparamos. Um cara que competia já fazia tempo estava a frente de mim e de Finnick. Gale nos alcançou. Peeta estava um pouco mais atrás. A graça e o perigo é que tínhamos que desviar de alguns obstáculos. Observação e rapidez eram fundamentais. Haviam obstáculos pequenos que muitos não viam.

Finnick logo conseguiu ultrapassar o cara que estava ganhando e eu logo alcancei Finnick, Gale estava nos xingando. Mas um outro motociclista nos alcançou e conseguiu nos ultrapassar, então logo reparei que era a mesma moto que tinha ganhado na noite anterior. Eu consegui dizer ao Finnick que era o ganhador anônimo e nós começamos a correr feito loucos.

Mas ele continuou na nossa frente e pegou a bandeira. Ganhou novamente. E exatamente como ontem, não parou a moto, mas eu e Finnick também não paramos e já estávamos a alta velocidade na estrada perseguindo ele. Entramos na cidade. O cara era um desgovernado fora da lei e entrou na praça dirigindo, a sorte que era madrugada, e a gente também acabou fazendo o mesmo. Fiz um sinal e eu e Finnick nos separamos pra encurrala-lo, mas o desgraçado tinha ido em direção a delegacia e a gente nem tinha reparado e a polícia começou a nos perseguir. Acabou que os carros da polícia encurralou eu e Finnick e o desgraçado, como tava na frente, escapou.

— Vocês de novo?! Cato e Finnick, vocês não cansam?

O delegado já conhecia a gente. Mas como era madrugada e não tinha ninguém na rua, ele liberou a gente em troca de serviços sociais e nossas motos ficarem lá por um mês.

Finnick xingou o caminho inteiro. Inconformado com o cara ter vencido duas vezes seguidas. Se não fosse pela polícia, a gente teria pegado ele.

Quando cheguei em casa tudo o que eu queria era dormir.

No dia seguinte acordei atrasado pra escola. Chegando lá, Finnick, Peeta e Gale estavam no estacionamento com uma cara de ódio. Eles me olharam e eu logo reparei onde eu e Finnick costumamos estacionar nossas motos, as bandeiras da corrida estavam lá, bem na nossa cara, desafiadoras.


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