–Eu tenho um plano- diz Jenny sorrindo

–Qual- pergunto.

–Nós podemos ligar para a Eugenia, assim ela fala com quantos improváveis conseguir, para que eles venham nos ajudar- diz Jenny

–Quem é Eugenia e quem são os Improváveis?- pergunta Ana

–Longa história- digo- mas ela não tem o telefone deles.

–Ela dá um jeito- digo

–Aloo- diz Ana- a Gabi e a Alex foram capturadas.

–Você tem razão Ana.Vamos salvar a Gabi - digo tomando coragem- vamos para a sala da Umbridge agora.

–É assim que se fala- diz Ana

Jenny pisca para mim e começamos a correr, só paramos quando estávamos de frente para a porta de Umbridge, que estava encostada.

–O que nós vamos fazer?- pergunto

–A única opção que temos é abrir a porta e atacar todo mundo- sussurra Ana

–Só se for agora- diz Jenny

–No três?- pergunto

–No três- confirmam as duas.

–Um- diz Ana

–Dois- diz Jenny

–TRÊS- grito escancarando a porta com a varinha em punho, mas só haviam duas pessoas na sala, Alex e Gabi.

Alex se debatia loucamente, mas estava amarrada á cadeira e amordaçada, e como não tinha poderes, não tinha como sair. Já Gabi, estava desacordada, mas também estava amarrada e amordaçada á cadeira, sangue escorria se sua testa, e sua cabeça pendia para frente.

Eu corro para libertar Alex, em quanto Ana procurava alguma coisa na mochila de Jenny. que pudesse acordar Gabi. Jenny pega o telefone sem fio e liga para a Eugenia, para que entrasse em contato com os Improváveis que conseguisse encontrar. Ficamos de costas para a porta, que voltamos a encostar.

Eu arranco a mordaça de Alex, que estava cansada de tanto se debater.

–Vá embora John- grita Alex- leve as garotas com você

–Não vou sem vocês- digo- o que aconteceu com vocês? Cadê o Gato?

–Ela pegou o Gato, John!- grita Alex, com ar de delírio- ela disse que ia me matar, ela disse que vai matar vocês! Vá embora, por favor!

–Quem é o Gato?- pergunta Ana

–É meu Gato de estimação que fala, ele é bem irritante, mas é engraçadinho porque parece um filhote de tigre- digo- Longa história.

–Deve ser um fofo- diz Ana

–Não deixe ele ouvir você dizer isso!- exclamo

Ana gargalha e Jenny pede para abaixarmos o volume, para ela poder ouvir a Eugenia do outro lado da linha.

Alex continuava a resmungar e praguejar.

–Alex- digo- está tudo bem agora, estamos aqui

–Não está tudo bem- grita Alex- me amarre de novo e fuja, ela vai te matar.

Quando solto Alex, pude perceber que seu braço estava que ser braço estava arranhado.

–Quem fez isso com você?- pergunto

–Foi ela- diz Alex estremecendo

Quando olho melhor para as marcas no braço dela pude perceber, que na verdade eram palavras escritas, na letra de Alex, elas diziam “não devo maltratar os gatos”. E a única pessoa que eu conheço que fazem marcas desse tipo era...

–Receio...- diz uma voz fina atrás de mim- que eu seja “ela”

Essa não percebi tarde demais, Umbridge tinha feito isso com elas, e agora ia nos matar.

Devagar, nós três nos viramos para encará-la. Ela não estava sozinha, Diego cujos joelhos estavam rasgados de tanto cair no chão, (valeu Gringo maldito) e alguns outros alunos diabólicos estavam apoiando-a. Umbridge trazia o Gato no colo, que vestia uma ridícula roupa de marinheiro, com um chapéu combinando. Nunca vi ele tão triste e desesperado, pobre Gato não podia culpá-lo

–Me solte- gritava o Gato- sua sapa velha e gorda.

Umbridge se vira para Jenny, que ainda estava com o telefone na orelha, mas estava muda.

–Posso saber com quem a senhorita está falando?- pergunta Umbridge.

–Velha, gorda, inútil e fedorenta- grita o Gato- se não me soltar, vou te transformar em picadinho.

Jenny e eu congelamos, ficamos pálido e não movemos um músculo, cada segundo parecia uma hora, os sorrisos estampados no rosto dos alunos nos pareci ameaçador. Mas Ana agiu bem rápido.

–NÂO- gritou Ana arrancando o telefone da mão de Jenny e jogando no rosto de Umbridge, que consegue desviar, mas deixa o gato cair.

Ana aproveita a chance pega o Gato, a mochila de Jenny e corre porta a fora, pisando no telefone para destruí-lo ainda mais.

Depois que o choque passa, Umbridge ordena que dois bruxos sigam Ana, matem-na e capturem o Gato, para ela. Os aluno obedecem imediatamente.

–Agora meus queridos- diz Umbridge- vou acertar as contas com vocês.

Alex começa a gritar, apavorava. Então Diego volta a amordaça-la e apertar as cordas.

–Solta ela- grito- sapa velha, sua inútil.

–Você vai gritar comigo, Sr. Stark?- pergunta Umbridge- se gritar comigo de novo vai sofrer as consequências.

Umbridge se vira para falar com Jenny e eu cuspo em seus pés. Admito, eu acabei indo longe demais.

Umbridge se vira para me encarar, seus olhos estavam vermelhos. Eu olho para Jenny, para não precisar olhar para a sapa, mas o pavor no olhar de Jenny foi como um soco no estomago. Eu revolvo encarar o teto.

–Não castigue ele- grita Jenny- Eu mereço ser castigada no lugar dele

Para confirmar o que acabou de dizer, Jenny vira a mesa de Umbridge.

–CHEGA- grita Umbrigde com a voz falhando e sem ar- eu não queria ir tão longe, vocês dois me obrigaram- Umbridge aponta para nós- Senhor Malfoy, traga a poção do amor!

–Poção do amor?- questiona Diego

–Você está a fim de me desafiar também?- grita Umbridge com os olhor cheios de fúria, nuca vi ninguém tão nervoso.

–Não, é que...- diz Diego

–Faço o que eu pedi- diz Umbridge- antes que eu te transforme em um rato e te dê para um de meus gatos!

–Está bem, vice diretora Umbridge- diz Diego correndo para fora da sala.

–E vocês dois- diz Umbridge apontando para alguns dos garotos que a observavam apavorados.- amarrem o garoto.

Eu decido não resistir, só ia ser pior para mim.

Os garotos pegam meus braços e me prendem na cadeira, amarrando muitas vezes.

–Não o amordacem- diz Umbridge- quero ouvir ele gritar.

Os garotos terminam de me amarrar e fico imóvel.

Gabi abre os olhos e levanta a cabeça, meio perdida. Depois ela começa a se debater. Então ela para e fecha os olhos, como se estivesse meditando. Em seguida ela abre os olhos e procura alguma coisa na sala, pude notar o desespero no seu olhar.

Alex só solta um grito que é abafado pela mordaça.

–Acho que a senhorita procura por isso- diz Umbridge apontando para o colar preso ao pescoço. Imediatamente eu o reconheço, era o colar rosa de Gabi- Eu sei que os Guardiões não conseguem usar seus poderes sem isso.

Eu não sabia disso, mas não fazia diferença, já que eu não sei controlar meus poderes. Alguma coisa no olhar de Gabi, me levou a acreditar que aquilo era verdade.

–Como você soube?- pergunto

–Foi o GM que disse- diz Umbridge

–O Josh? Você o conhece?- pergunta Jenny

–Eu trabalho para ele, minha querida- diz Umbridge- e esse é o único motivo para eu manter a respondona e o cuspidor- ela aponta o dedo curto e gordo para mim- vivos. Agora calem-se, antes que eu mande amordaçar os dois

Diego aparece correndo com um pequeno frasco com um líquido cor de rosa, devia ser a poção do amor, para que Umbridge usaria aquilo?

–Ótimo- diz Umbridge com um brilho no olhar- Segurem a garota- Todos os brutamontes que estavam na sala imobilizaram Jenny- Perfeito, Senhor Malfoy, dê a poção para a garota.

–Não- diz Jenny com lágrimas no olhos

–Não- grito desesperado- você não pode fazer isso. Por favor, eu te imploro.

Eu tento me levantar, mas não consigo. As cordas estavam muito bem amarradas. Eu começo a suar frio, e meu coração palpita, eu estava quase chorando.

–Cale a boca Stark, não pensou nela quando cuspiu em mim!Você me obrigou a fazer isso, a culpa é sua- grita Umbridge- Diego dê a poção a ela logo, antes que eu passe a tarefa para outro.

Jenny começa a chorar e soluçar, assim como Alex, mas ela não tentava gritar, não adiantaria nada.

Diego, anda até Jenny, meio hesitante e tenta fazê-la beber a poção, mas ela vira o rosto e cospe o que consegue.

–Segurem o rosto dela- grita Umbridge

Os garotos prendem a cabeça de Jenny, e ela fica sem opções que não envolvam engolir a poção. Por isso ela acaba engolindo. Depois de engolir Jenny para de se debater e de chorar.

Alex solta outro grito que é abafado pela mordaça

–Soltem a garota- ordena Umbridge- a poção fez efeito.

Os brutamontes soltam Jenny e ela cai no chão.Ela leva um tempo, mas consegue se levantar, todos olhamos atentos para ela.

–Jenny- grito- você está bem?

–Cale a boca Stark- diz Jenny- eu não quero nada com você

–Mas...- digo com lágrimas nos olhos

–Para que querer um fracassado órfão como você se posso ter um garoto tão bonito quanto o Diego- diz Jenny, olhando para o Diego com um brilho no olhar, o brilho que eu sempre via nos olhos dela quando ela olhava para mim.

–Pare Jenny- digo tremendo- eu te amo

–Sai de mim garoto- diz Jenny- você não passa de um ridículo! Eu nunca gostei de você, eu só te fiz de step porque a sua incompetência matou o meu ex-namorado.

–Não diga isso- digo, prestes a vomitar- não é verdade!

–Quer ver o que é verdade?- diz Jenny.

Jenny coloca a mão direita no rosto de Diego e com a mão esquerda, puxa ele para mais perto, depois seus lábios se colam, eles se beijavam apaixonadamente.

–NÃO- grito me matando de chorar e fechando os olhos

–Abra os olhos dele- diz Umbridge- não quero que ele perca nada.

Um garoto força meus olhos para que permaneçam abertos e posiciona a minha cabeça para que olhar seja inevitável.

–Pare- grito

Alex grita e chora tão alto, que podemos ouvir, até com a mordaça na boca dela.

–Pelo amor, tragam a poção do coma- diz Umbridge-. Quero colocar a chorona para dormir.

Alex continua a berrar em quanto alguns garotos correm para fora da sala e eu choro por Jenny.

–Parem de se agarrar agora- diz Umbridge separando Jenny e Diego- Isso foi só uma amostra, o real castigo vai ser bem mais doloroso

O garoto que segurava meus olhos se afasta devagar

–Não...sei...como...piorar- digo, como se cada palavra fosse um sacrifício para mim, e realmente era

–O real castigo vai ser você ver a sua amada morrer, amando outro homem- diz Umbridge- Thomas vai sacrificar três pessoas para fazer algumas Horcruxes, sua amada será uma delas.

–Ele não pode fazer isso!- digo

–Porque não?- pergunta Umbridge

–Porque vocês querem transformar as Relíquias da morte em Horcruxes, e vocês só tem a pedra da ressurreição- digo

–Como você sabe disso?- pergunta Umbridge- Não me obrigue a fazer a sua namorada se agarrar com o senhor Malfoy na minha sala novamente, não gosto dessa safadeza dos jovens de hoje em dia.

–Porque a capa está com o Vítor Hugo, e a Varinha das varinhas com Dumplecof- digo, já me arrependendo.

–Obrigado por me informar querido- diz Umbridge. “cínica maldita” pensei “ se eu pudesse te enforcar agora...”- Você- diz ela apontando para o garoto que segurou meus olhos abertos- informe isso a Thomas imediatamente.

–Sim senhora- diz o garoto correndo para fora

Segundos depois, dois garotos entram na cela, e um deles segurava um frasco com uma poção escura. Umbridge toma a poção da mão do garoto e agradece, depois ordena que levem Jenny para a masmorra. Foram necessários todos os garotos ( menos Diego) para arrastar Jenny para fora da sala e dasaparatar.

–Ah a poção do coma- diz Umbridge olhando para o vidro com o líquido escuro com orgulho no olhar- Ela é da saga Instrumentos Mortais, é bem mais poderosa do que as nossas poções. Foi usada por Jocelyn, a mãe de Clary para entrar em coma. O efeito só passa com uma poção específica, que é muito escassa.Eu mesma consegui a poção! O que acham da chorona experimentar um pouco?

Alex balança a cabeça negativamente e Gabi se debate loucamente.

–Não- digo- dê a poção para mim! Não faça isso com ela.

–Não, você e aquela ali- diz Umbridge apontando para Gabi- são muito valiosos, GM não gostaria disso!

–Para de chamar o Josh de GM, ele não tem nada de Grande Mago- digo- se arrancarem o colar dele, ele seria uma pessoa comum, como qualquer trouxa.

–Dobre a língua antes falar do GM- diz Umbridge se aproximando se mim. Ela se aproximo tanto que pensei que ela me bateria, mas ela só arrancou meu colar e colocou no próprio pescoço.- eu quase me esqueci de tirar o seu colar.

Umbridge anda até Alex e a desamordaça, Alex grita a plenos pulmões, como se alguém estivesse a matando. Mas Umbridge força a poção em sua garganta e Alex acaba bebendo. Quando ela acaba de beber, relaxa na cadeira e fecha os olhos.

–Você vai para o inferno- digo

–Se tiver ar condicionado, eu não me importo em ir para o inferno- diz Umbridge gargalhando.

Gabi se debate ainda mais e começa a gritar, mas a mordaça bloqueia o som.

Então uma coisa bizarra acontece, o Gato entra no quarto com melhor olhar de “cachorro que caiu do caminhão de mudança”.Ele não estava mais com sua roupa ridícula, provavelmente ele a rasgou.

–A garota fugiu- diz ele com o olhar cabisbaixo- ela era muito má.

–Seu traidor- grito, não acredito nisso, ele me pareceu tão fiel. Isso só podia ser um plano da Ana, por isso achei melhor entrar na farsa. Eu precisava salvar a minha Jenny, não importa se ela não me ama mais, eu a amo e não vou deixar que ela morra.

–Não liga para ele -diz Umbridge correndo até o Gato e o pegando no colo- é só um bobão. Meu gatinho falante.

–Vice diretora Umbridge, não acho uma boa ideia acolher esse pulguento- diz Diego

–Se me chamar de pulguento de pulguento de novo, vou acabar com você- diz o Gato com olhar ameaçador.

–Esquece o Diego- diz Umbridge fazendo cafuné no Gato- ele não pensa direito, fofinho.

Quando ela disse aquela palavra, eu congelei. O Gato vira uma arma mortal quando o chamam de fofinho.

–EU NÃO SOU FOFINHO- diz o Gato arrancando os dois colares do pescoço e Umbridge com a pequena pata e danado uma voadora no rosto da sapa velha. Aquela foi a luta mais estranha que eu já vi.

Depois o Gato cravou as garras no traseiro de Umbridge e nem Diego coseguiu arrancá-las.

Então Ana aparece correndo para dentro da sala, gritando feito uma louca e chuta no meio das pernas de Diego, que cai no chão gemendo e rolando de dor.

–Isso foi pela minha amiga, seu babaca- diz Ana

A Gabi olha frenicamente para o clocar, caído no chão como se implorasse para que Ana o devolvesse.

–Ana-Grito o colar da Gabi

Ana pega o familiar colar rosa de Gabi e prende no pescoço da Garota, depois se afasta rapidamente.Em quanto isso Umbridge se levanta e corre pela sala grintando e procurando a varinha, em quanto é perseguida pelo Gato.

As cordas que amarravam Gabi viram cinzas em segundos, e ela tira a mordaça da boca.Gabi olha para Ana como se estivesse prestes a chorar.

–Obrigado- diz Gabi- solte a Alex, vou cuidar para que a bruaca velha tenha o que ela merece.

O que aconteceu a seguir andou em câmera lenta na minha cabeça.

O Gato parou de perseguir Umbridge quando ela o ameaçou com um abajur. Umbridge estava de encostada na janela de sua sala ( que fica no terceiro andar, uns 150 metros do chão) e estava de frente para o Gato.

Gabi corre como o vento na direção de Umbridge e lhe dá um soco tão forte no rosto, que Umbridge atravessa a janela, gritando de terror e suja de sangue, em quanto cacos de vidro se espalhavam sobre o carpete e cortavam os braços pálido de Gabi.

Lentamente, Umbridge gritava e caía, até que um barulho alto indica que ela atingiu o chão, só pelo barulho eu soube, Umbridge não sobreviveu á queda.

–Isso- diz Gabi- foi pela Alex.

Diego se levanta e corre para longe, antes de decidirmos atirá-lo também. Mas eu não me importava com isso. Tudo o que eu queria era salvar a Jenny.O castigo do Diego poderia esperar.

Jenny precisava de mim, e eu prometi que sempre estaria ao lado dela ,e a um grito de distância. Não posso quebrar a minha promessa.