Toda garota precisa de um melhor amigo escrita por Jessie


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Dedicado às minhas lindas leitoras super fodas:

Filha da Sabedoria, muito obrigada mesmo pelos comentários, pelo super apoio, por favoritar e recomendar a história! Fiquei até emocionada :’)
Miss Mistery – que agora é Miss Sparrow – obrigada pelos comentários e por favoritar, você é muito foda s2
Paloma Davino, minha linda nova leitora, obrigada por comentar e favoritar, espero que você apareça sempre aqui!
Laristen, Bella, Jadeanne, AlexiaB e Angel of City, obrigada pelos comentários garotas, adoro ver vocês por aqui!
Rafitia, obrigada por favoritar, espero te ver lá nos comentários!
Sarah J Carax e Histórias de Joaninhas, muito obrigada por estarem acompanhando!

E aos demais vinte e quatro que estão acompanhando, obrigada mesmo, de coração. Adoro vocês!

Sim, eu amo agradecer. Deixem-me ser feliz.

Sem mais delongas... Aqui está minha prova de amor a vocês: o novo capítulo – que só ia ser postado amanhã –. Boa leitura!



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Minha cabeça doía. Ler tantos textos havia me deixado morta. Porém, eu finalmente tinha terminado o bendito trabalho. Ao menos, durante toda quarta-feira, minha cabeça só estava concentrada nisso, e em nada – ou ninguém – mais.

Entretanto, a quinta-feira chegara na base da voadora.

Tomei meu Ibuprofeno, junto com um chá de camomila. O motivo da tal dor não era apenas os textos.

*Quatro horas antes*

Uma hora da tarde, e eu me encontrava esparramada sobre os lençóis, no terceiro sono, dormindo como um anjinho – um anjo que ronca –.

Estava chovendo muito, e o clima estava tão agradável. Era o tipo de tempo convidativo a se passar o resto do dia na cama.

Um som intruso despertou a bela adormecida que sou eu. Pisquei algumas vezes, desnorteada, até perceber que se tratava do novo toque do meu celular. Eu havia trocado pouco depois da ligação do Marcelo, e até ali ainda não havia me acostumado.

— Será que ninguém sabe que não se pode acordar um músico antes do meio dia?! – resmunguei, completamente sem noção de tempo ou espaço.

Arrastei-me pela cama até alcançar o maldito no criado-mudo.

Atendi sem ver quem era, completamente cega de sono.

— O que é? – falei entre um bocejo.

— Abra a porta. – disse a voz no outro lado da linha. Apesar de não ter visto o número ao atender, a voz era inconfundível.

Meu coração acelerou um pouquinho, mas era só efeito do susto súbito.

— Tudo bem.

Desliguei o celular e me levantei, de repente totalmente desperta.

Corri em direção à sala, parando na mesinha de centro pra pegar uma balinha que estava jogada por lá. Alcancei a chave que estava pendurada no gancho da parede, como de costume, e abri a porta com uma mão, enquanto usava a outra pra desembrulhar habilidosamente, com uma ajudinha da minha boca, a bala.

— Nossa! – exclamei ao ver Luiz, enquanto escondia o papelzinho do bombom no bolso – Você está encharcado!

Coloquei a mão sobre a boca pra esconder um risinho que teimava em aparecer. Mas eu não tinha culpa! Ele estava molhado dos pés a cabeça.

— Meu bem, isto é natural já que estou vindo lá de fora e, por acaso, está chovendo. – disse com a cara fechada enquanto entrava.

Eu estava pronta para rir bastante, quando notei algo que ainda não havia visto.

Ele estava com uma camisa de manga longa, e uma parte da manga esquerda estava rasgada. Puxei-o pra mais perto, e vi que por baixo da parte rasgada, tinha um corte. Um corte bem feio, aliás. Meu sorriso desapareceu.

— O que aconteceu? – indaguei-o assustada.

— Eu me cortei. – disse simplesmente.

Franzi o cenho.

— Jura?!

— Sim. – afirmou, com as mãos nos bolsos.

Ergui uma sobrancelha e cruzei os braços.

— Sei. Simplesmente se cortou. – debochei com os olhos estavam semicerrados. – A questão aqui, meu querido, é como.

— Ok. – soltou um breve suspiro – Você venceu, loirinha. Eu estava discutindo com um colega, até que as coisas começaram a se complicar e... – começou a explicar, mas eu o interrompi.

Coloquei a mão sobre a boca novamente, dessa vez por espanto.

— Espera aí. Você entrou em uma briga, foi isso mesmo? – perguntei descrente. – Tudo bem, você pode ser idiota, irritante, orgulhoso e tudo o mais...

Ele me encarou carrancudo.

— Mas, gente! – prossegui – Eu não sabia que também era encrenqueiro.

— Ha—ha – bufou.

Balancei a cabeça negativamente em resposta.

— Aliás, por que você veio bater aqui?

— Eu... – hesitou por alguns segundos. Parecia querer me contar algo. – Não sei. – desviou o olhar.

Suspirei. Seria inútil insistir.

— E então, vai ficar aí parado enquanto metade do seu sangue está indo embora?

— Caramba, Anna. – resmungou. – Não se preocupe, eu já estou indo. Desculpa te incomodar. – e virou-se em direção a saída.

Dramático.

Observei-o andar até a porta, chegando próximo à maçaneta.

“Será que eu preciso mesmo tomar a iniciativa de tudo?”, pensei irritada, enquanto andava até ele.

— Negativo. – puxei-o pela camisa, fazendo com que ele me olhasse. – Vem, você vai tomar um banho, e depois a gente vai pôr um curativo nesse corte.

— Sabe que eu nem ao menos havia pensado nisso? – exclamou num tom irônico. – O que eu faria sem você, não é, bebê? – sorriu.

Mal-agradecido. Podia deixar que ele morresse. Não que ele fosse morrer com aquilo, mas eu mesma o mataria.

— Engraçadinho.

— Agradeço o reconhecimento. – piscou.

Fechei a cara.

Ele esboçou um sorriso no canto da boca. Aproximou-se, segurou meu queixo e estalou um beijo na minha testa.

— Não se preocupe, eu já estou indo, bebê.

— Para de me chamar assim! – reclamei, com os braços cruzados.

— Desculpa. Gosto de te ver irritada. – deixou escapar um risinho. – Tanto quanto gosto de quando você se preocupa comigo.

Ruborizei. Droga, eu não podia deixar tudo tão nítido.

— Tá, agora vá para o banheiro. – ordenei, dando um empurrãozinho em seu ombro.

Ele riu e deu dois passos, até parar novamente.

— Humm... – murmurou – Acho que eu vou precisar de ajuda.

Estreitei os olhos, desconfiada.

— O quê? – tossi levemente entre a pergunta que fiz completamente sem motivo, já que eu havia escutado perfeitamente bem o que ele pedira.

— Preciso de ajuda. – ele voltou a dizer.

— Ah. – fingi ter entendido apenas naquele momento. – Com o quê? – fiz minha melhor expressão de desentendida.

— Minha camisa.

Vi aquele sorriso cínico estampado nos olhos azuis.

Continuei com a mesma expressão de anteriormente.

— O que tem?

— Porra, Anna. – suspirou impaciente. – Não vou conseguir tirá-la sozinho.

Fitei-o por alguns segundos, e finalmente o respondi.

— Certo. – foi o que eu disse, porém permaneci parada.

Luiz arqueou uma sobrancelha.

— E então?

— Então o quê?

Ele balançou a cabeça negativamente. Acho que estava prestes a me bater.

— Você anda muito distraída.

"Culpa sua, idiota!", meu subconsciente delicadamente se manifestou.

— É. Você sabe... – falei de repente. – Trabalho, provas, essas coisas.

— Sei.

Fui até ele e o ajudei a puxar as mangas da camisa.

— Eu o faria sozinho, mas dói quando mexo muito o braço. – explicou.

— Entendo. – consenti, sem prestar muita atenção ao que ele falava. Estava muito ocupada deslizando meus dedos pela sua barriga malhada e hipnotizante.  Passei as duas mãos por baixo da camisa, e a tirei devagar.

Ele murmurou um insulto quando uma das mãos passou pelo braço ferido. Mordi os lábios e me desculpei. Depois de feito, sem perceber, eu me apoiei em seu ombro e fiquei na ponta dos pés para fitá-lo nos olhos. Só então notei o quanto estávamos próximos.

— Pronto. – sorri sem graça.

O que diabos estava acontecendo comigo?! Minhas bochechas queimavam de tão coradas.

— Agora vá tomar banho. – consegui dizer, apesar de tudo. – Isso você pode fazer sozinho, não é? – perguntei ainda sorrindo, tentando disfarçar o rosto completamente vermelho. Girei nos calcanhares pra voltar para o quarto.

— Talvez eu precise de ajuda pra isso também.

Senti sua mão alcançando e em seguida pressionando meu pulso. Ele me fez encará-lo, e me deixou bem perto de novo. Encostou-me contra a parede, chegando tão perto que conseguia perfeitamente sentir sua respiração. Puxou um punhado do meu cabelo e se aproximou do meu ouvido. Eu senti seu sorriso e o arrepio foi automático.

— Não esquenta, bebê. Vou lá lavar isso aqui.

Deu-me um beijo no rosto e seguiu até o banheiro, com uma leve risada.

Eu continuei lá parada, com os olhos arregalados.

“Mas... Que merda...?!” era só o que eu conseguia pensar.


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Notas finais do capítulo

E agora? :o
Ai, me abracem, que dó da Anna. Luiz, seu coiso!
E então, o que estão achando? Eu, particularmente, estou amando. E estou escrevendo com muito carinho pra vocês ^^ Obrigada pelo apoio minhas divas s2